sábado, 31 de dezembro de 2011

PARQUE DOS POETAS

Por impulso ou chamamento,
Dei por mim, em passo lento,
A caminhar, num dia de Sol...
E, por força do Destino,
Senti-me de repente, pequenino...
Se em pauta, um simples "bemoç".

Fui, ao encontro dos ancestrais
Poetas de referência e valor mais,
Em repouso no seu eterno Olimpo.
Nesse lugar - "Parque dos Poetas",
Local de culto, de tantos profetas,
Andam poemas no ar; bem os sinto!

Ali jazem, sob os nossos pés,
Quando se passa, mesmo resvés!
Os indiferentes, sem ver o que brota,
Nas lajes de inscrição a perdurar,
Têm os vates a declamar
E, alarves seguem, movendo a bota!

Na envolvência do espaço, se enquadra,
O misticismo da Arte na Palavra.
Tantos! Os Poetas laureados deste país,
Aguardando visita de consagração;
Romagem, onde nem todos vão
Porque a Poesia nada lhes diz.

Que não a mim, "poeta-aprendiz"!
Ali fui, aspirar a verve, de raíz,
Tentando aprender a soletrar magia;
Quem sabe, com a Graça de Deus,
Possa um dia, ter versos meus
Que alguém, por bondade, elogia!...

FALANDO DE BARRAGENS

Obra por todos desejada,
A sonhada, Barragem do Alvito!
Poder oculto, pela calada,
Fez-lhe, um "Bordalo" manguito!

Já outra, tão contestada,
Conhecida, como do Tua,
Segue a meta programada,
À força da falcatrua!

Maldição, dos poderes instalados,
Parece ser a causa e o efeito.
Num país de "génios iluminados",
O razoável, será sempre, defeito!

Pensa-se, num encontro da razão:
Quem?... como... ou porquê?
Um bom Edil, honesto beirão,
Parece ser a leitura, deste ABC!

A ACTUAL ASSEMBLEIA...

Deputados modernaços
Com brinquinho na orelha
De verborreia e, embaraços;
Esquemas de moda azelha,

São alguns dos representantes
Que defendem nossos interesses;
Outros há, bem mais pedantes
Com largo canastro e benesses.

Todos juntos, contados por grosso,
Duzentos e tantos, vejam só!
Este, é apenas o esboço;
O resto, até mete dó!

Risotas, peixeiradas, despiques,
Em semi-círculo, todos à volta,
Como pingentes ou apliques,
Num candelabro que revolta!

Porque a "luz" que difundem
Pouca claridade nos fornece;
Como lampadas se fundem
E, a chama não aquece!

LOJA DE PENHORES

Na minha Escola Primária
Onde fui, aluno distinto,
Descobri, na fase embrionária
Que 3+2, era igual a 5.

Muito mais se aprendia
À custa da tabuada.
Se algo, ao momento esquecia,
Era certa, a reguada!

Por tal, sei fazer contas!
Estas, agora vindas a lume,
Deixam-me um sabor d'afrontas,
Aliadas a grande azedume.

O empréstimo a Portugal
Dos milhares de milhões
Metade será para o aval
Dos prestimistas, figurões.

Saber o que somos e, temos
Não creio chegar-mos lá!
Assim? Com tais estafermos?...
Usurários, do pior que há?!...

MAUS MODOS

Pertenço à "geração dos antigos";
Dos actos e costumes comedidos.
Pelo exemplo, aprendizagem e educação.
O pegar na caneta,... estar à mesa...
Bons modos, entre todos, uma certeza,
Seguidos por nós, sem excepção!

Hoje, os humanos não têm postura.
Os maus exemplos, rebentam pela costura.
Nem sabem definir delicadeza.
Armas de ataque, o garfo e faca;
Posições de indolência; etiqueta fraca.
Podem ser ricos! Moralmente, uma pobreza!

UNS E OS OUTROS...

Estarei errado no pensamento
Ou neste país há duas correntes?
A da Direita - um tormento;
A da Esquerda - com grandes "mentes".

Corre a direito, praga mafiosa:
Escândalos, roubalheira à vista;
Maçónicos fechados, gente manhosa
São os outros, de extensa lista.

COMO?

Como podemos ser felizes,
Neste lugar de tantos deslizes?
Com vulgares "Patetas Alegres",
Filósofos, "Filhos da Truta"
Que nos deram a cicuta...
E outros, similares das lebres?

DIZEM E DESDIZEM

Este povo, não dorme
E, quando um político alarve
"Mete a boca no trombone"
A coisa, fica muito grave.

Não venha depois desmentir
O que disse, pùblicamente!
Ninguém vai nesse carpir
Nem se perdoa a quem mente.

A VIDA

Qualquer vida
Encerra um poema;
Do modo como vivida,
Agitada ou serena.

A minha, bem comprida,
Deslizou pelas planuras,
Cansou-se, na subida,
Desce, sem amarguras.

Realizei pequenos feitos
Na medida de quem sou
Não fui escolhido, eleito
Que mais acima se elevou.

Visionário, provedor da utopia
Deixo obras, apenas sonhadas
Por falta de maior valia
Que as tornaria realizadas.

Tenho sido homem honesto
Cumpridor dos preceitos.
Favores? Ainda os presto;
Uns bem; outros contrafeitos.

Será simples, o poema
Da descrição do meu viver;
Se diga: "de fama pequena"...
"Mas conhecê-lo, foi um prazer"!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

QUERO ACREDITAR

Ano Novo,
Vida Nova!
Paz no povo,
Canto de trova;

Do mal,
O menos,
Em Portugal.
Sejamos serenos...

Hoje assim,
Amanhã melhor;
O mal tem fim,
Quando há valor.

Sempre o tivémos
Na nossa vida;
Tudo fizémos,
Justa, a medida.

Nova a medida
Que se deseja;
Bem repartida
E que se veja.

Porque ver
Como S.Tomé,
Também requer,
Uma boa maré.

Maré de sorte
Bem merecida;
Rumando a Norte,
Singrar na vida!

Assim seja
Todo o ano!
Eu que veja
E, fique ufano

MALFADADA GREVE

Este Governo, porque espera
Para sanear, de imediato,
O mal que me desespera,
Deixando-me, apeado?

Venha a requisição cívil,
Dos maquinistas "fora da linha"!
Agir, de forma víril;
Terminar, com a "maminha"...

Incumprimentos, mal de raíz!
Dela não queiram fugir.
Voltem, "a entrar nos carris"!
O povinho, vos irá aplaudir.

HERÓIS DO MEU PAÍS

São dez mil, identificados,
Na pedra fria do Bomsucesso!
Todos eles foram chorados,
A quando da ida, sem regresso.

São os mártires do meu país,
Vítimas, do chamado Ultramar.
Por lá andei e, Deus quiz,
Conceder-me a Graça de voltar.

Perdi amigos; chorei a perda;
Hoje, quando a dúvida se instala,
Mando, mentalmente, "à merda",
"Ilustres", a quem "bati a pala".

Onde mora o brio; o amor à farda?
O juramento feito à Bandeira?
Será que uma geração bastarda,
Se rendeu, à bandalheira?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

GALERIA DE ESCRITORES

Somos um paraíso de escritores.
Figurinha que se saliente,
Procura logo, uns Editores
Para publicar, o que sente.

E surge, a famosa pirosice
Da vida banal, sem interesse
Toda dada à coscuvilhice
Que só a poucos convence.

Sempre assim foi, nesta terra:
"Copianço", no que está a dar;

"Ir na onda", "estar na berra"!...
"Pés de barro", em gente vulgar!

ESCALA DE AMIZADES

Este ano, pelo Natal,
Fui mau, por negligente!
Guardei, o voto tradicional;
Não o dei, a toda a gente!

Quiz fazer prova cabal
E, selecionar os amigos;
Os que de forma informal,
Nunca nos deixam esquecidos.

Outros, talvez por comodismo,
Não se dignam a aceder;
Têm o seu próprio realismo:
Apenas gostam de responder.

Amigos, por excesso ou defeito,
Todos temos, na nossa vida.
Nenhum deles eu enjeito
Mas a prova foi aferida.

TAP OU DESTAPE

É, uma autêntica escandaleira
Que a Transportadora Nacional,
Inflacione, os preços, p'rá Madeira
Nesta altura, tão procurada, do Natal!

Porque detém, ardilosa exclusividade
Abusa, de tal facto comprovado;
Brinca, com a nossa passividade
E, nessa prática, alguém fica lesado

BORDALO & ALEIXO

Com a ironia do Bordalo,
Gozo um belo prazer!
O Aleixo, me dá regalo
Na verdade, do seu dizer.

Os dois, bem populares,
Marcaram a sua geração;
Ainda hoje, os azares,

Têm, igual reputação.

Foram ambos, ainda vivos
E, seria um fartote,
P'ra nós, pobres nativos,
Deste país de má sorte.

POEMINHA

É Natal!
Toca o sino;
Dá o sinal:
Nasceu o Menino!

Seu nome, Jesus;
Ficou na História.
Ao morrer na cruz,

De triste memória.

sábado, 24 de dezembro de 2011

QUANDO TE FORES

O que será de mim,
Quando Deus te chamar?
Desejarei o mesmo fim
Para de novo te encontrar!

Sem ti, a vida é nada!
O Sol, ficará no poente;
A Lua, se quedará, parada,
Terei a alma doente.

Vidas assim, tão unidas,
Vividas em longos anos,
Não podem ficar esquecidas,
Separadas, ou com danos.

Assim Deus queira; eu quero,
Ir contigo, quando fores;
Porque mais nada espero;
Não sou, de outros amores...

NATAL!

É Natal!
Nasceu o Deus Menino!
Esqueçamos todo o mal;
Cantêmos, o seu hino.

O Hino do Amor
Entre todos; somos irmãos!
Sentir dos outros, o calor
Que vem do dar as mãos!

Igualêmos, a humildade
Daquela Santa Figura;
Compreender que a Verdade,
Nos foi dada por Escritura.

Em suma, num resumo:
Sejamos puros no instante;
Manter todo o nosso aprumo,
Hoje, amanhã... aí por diante!...

"MEUEDEN" - O MEU JARDIM

Todo o homem tem o seu espaço
Adquirido por direito, na nascença;
Eu, construi o meu, à força de braço;
Lhe dei nome e, imaginária crença.

"Meueden", é simples fantasia,
Do poeta que tenho em mim!
Aqui vivo, em plena alegria,
Neste lugar, feito jardim!

PENSAMENTO DE BEIRÃO

Pensar beirão
Sentindo que o é,
Tendo no coração,
O sentido da Fé,

Conforta a alma!
Dá conformismo,
Na vida calma,
Do nosso protagonismo!

Tão simples somos!
Verdadeiros na pobreza
Recordando o que fomos,
Hoje, na nossa "riqueza"!

Bençãos, nos são devidas
Neste viver que terá fim;
Nossas preces sejam ouvidas
E, Deus nos diga que sim!

RETRATO TIPO "PASSE"

Políticos sem nível,
Gestores gananciosos,
Nada é crível,
Nos dizeres enganosos.

Em curta resenha,
É isto o que penso;
Junte-se a manha
Ao fétido intenso...

E aí teremos,
O "país ideal"
Onde nós vivemos,
Pobres, muito mal!...

VALIOSOS SINDICATOS

Os nossos valiosos Sindicatos,
Instrumentos, algo caricatos
Para que servem de concreto?
Nas "lutas" nada resolvem;
Idem nas causas em que s'envolvem
Com o seu duvidoso intelecto.

Venha, a primeira grande vitória
A inscrever na sua longa história
Para que fiquêmos conscientes
De existência rara e valiosa
Ou presença, meramente caprichosa
Na manutenção de "tachos" permanentes!

UNS E OS OUTROS

Estamos em profunda crise;
Não se permite, um deslize!
No "ponto", a tolerância acabou;
Mas os ilustres figurões,
Suspenderam, as suas sessões;
Para esses, o trabalho cessou.

Sendo assim, os "despurados",
Vão prá Festa mais bafejados
Que o resto dos portugueses!
País de trágicas comédias
E, de apregoadas lérias...
Uns, barões; outros "malteses"!

ALMOÇO DE PRIMOS

É já um almoço tradicional
Este, o de primas e primos;
Sempre em Dezembro, mês do Natal;
Com alegria, porque nos reunimos...

Sempre recordando o Passado,
Trocamos presentes e brindamos!
No fim, deixamos recado:
Assim seja, por longos anos!...

Dos muitos, vieram poucos;
Lá teriam outro evento...
Mas, "abertos os caboucos"
O todo persiste,... com lamento.

Nos referimos aos esforçados,
Vindos da maior distância;
Os faltosos, foram perdoados,
Embora registada a circunstância!

Foi em 3 de Dezembro.

domingo, 18 de dezembro de 2011

OS "RATINHOS" DA BEIRA-BAIXA

Elejo, o prato "ratinho",
Símbolo da jorna suada;
Das gentes do meu cantinho
Que na Beira, têm morada.

Em ceifas, no Alentejo,
Lhes era dado pelo patrão,
Nos idos tempos, quando o ensejo,
Era ir longe, ganhar o pão.

Finda a campanha, o regresso!
Com os cobres, ganhos a súor,
Se trazia o "ratinho"; um apreço
Do contratante, bom senhor!

Hoje, têm lugar nas cantareiras,
Na certeza de que alguém os usou;
Nestas famílias das Beiras,
A prova latente, ali ficou.

Se vos disser que tal prato,
Naquela altura, só prestável,
De barro pintado, barato...
Tem agora, valor considerável?!

É o preço, da riqueza cultural
Que passa de geração em geração,
Na herança antiga, tão natural:
O manter de salutar tradição.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

DESPROPORÇÃO DE RAÇAS

Em viagem pouco habitual,
Dei por mim, em dia passado,
A cismar: será que Portugal
É agora um novo Estado?

Ao estado a que chegámos!...
Num combóio suburbano,
De "nós", poucos estávamos,
Naquele imenso "mar africano".

No rodopio, do entra e sai,
Maioria viajante e presente,
Fez-me pensar, pasmai,
Estar noutro Continente.

Onde já estive, no passado;
Naquela África, d'assombro!
Desses momentos, recordado,
Me julguei, no "machibombo"!

Pela desproporção conferida,
Repito, vaticínio já previsto:
Se não criamos "mais vida",
No futuro, o Mundo será revisto,

ME CONFESSO

Tenho um grande defeito: praguejo!
À contrariedade, à ignorância.
Com muita pena, assim me revejo;
Mas como aceitar tanta jactância?

Praguejar, me alivia o ego
E, como não vou em futeboladas
Eu vos juro, eu seja cego
Se não bramo, às gentes malvadas!

GREVE NA TAP

Os bem pagos condutores
Dos "autocarros aéreos"
Usando, falha de pudores,
Mostram-se pouco sérios.

Cospem, no prato da sopa
Maltratam quem os sustenta;
Só mesmo, um vulgar lorpa,
De barriga cheia, se lamenta.

Muito ambiciosos, os meninos;
Dos mais bem pagos aviadores,
Não lhes chegam, os mimos!
Querem mais altos valores.

A pensar na "bruta" reforma
Para além do amealhado
Na carreira de fina jorna...
Tanta gula assim, é pecado!

Exigências em tempo de crise!
Que grandes patriotas (?)!
Oxalá, não vos deslize,
As contas, p'ra nós já tortas!

É o fartar da vilanagem
Dos "trastes" e, há tantos!...
Neste país de falsa miragem
Com miséria pelos cantos.

QUEM, QUANDO E COMO ?

Quem fui, no passado?
O que sou, no presente?
Quanto valho, avaliado,
Ao preço do bem vigente?

Fui pobre de nascença;
Agora, sou dono e senhor;
Na escala de variada avença,
Bem rico, de tanto amor.

Amor à vida e aos meus
Familiares, amigos,... tantos...
Amor devoto, a Deus,
Até amo, os meus prantos!...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

NUNCA FIANDO

Os defensores da classe,
Da famigerada classe política,
Caída agora num impasse
E, se apresenta paralítica,

Não se sente fora d'uso?
Deixem-se de conversa fiada!
"Cada roca tem seu fuso",
Já perderam o fio à meada!

O TRIO DA DESGRAÇA

 Os "esquerdas", perderam o sentido;
Já os da "direita", entortaram.
No centro, o fiel está partido.
Todos, o caldinho entornaram...

Esquerda, Direita e Centro,
Pró diabo quem os inventou!
Porque eu, totalmente isento,
Pago, o que o trio provocou?!

RIMAR COM SOFRER

Que mais,
Nos irá acontecer?
E, os tais,
Continuam a receber?
Quantos mais,
Sacrifícios a fazer?
E, os demais,
Gozando a belprazer?
Tantos ais,
Com os doutores no lazer?...

Poderei der demagogo;
Mas nunca um vulgar bobo!

COBRADORES DE IMPOSTOS

As tantas medidas gravosas
Que sergem, a par e "passos",
Pelo número, são às grosas;
Deixam-nos, com ar de palhaços.

Palhaços pobres, do meio circense
Que alegram os mais protegidos.
E, porque quem cala consente
Somos nós, os perseguidos.

É demais! De todo insuportável!
A vossa invenção desmedida,
De criar, o jeito "sacável",
Sem medir, o peso ou a medida.

Vá lá! Façam um frete!
Inventem novos impostos!
Por exemplo: - Ir à retrete?
Pagas, por tais pressupostos!

Sabidas as últimas e recentes,
Só faltava essa ou semelhante.
Pergunto: - Quando passais a decentes,
Com tanta medida aberrante?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

POR EXEMPLO...

É dia de festa na aldeia!
Alguém teve a feliz ideia:
Visitas de médico, semanais!

Traz consigo, gentil enfermeira;
Prestativa, competência de primeira;
Quem poderia exigir mais?

Consultas com todo o rigor
São realizadas pelo bom doutor
Que já é, "o nosso amigo"!
Só o passar das receitas,
Nos alivia um ror de maleitas,
De quem sofria duro castigo.

O senhor da Junta de Freguesia
Irá à Vila; Lá as receitas avia;
Com honestidade, todos pagamos,
Os "remédios" tão necessários,
Agora ao alcance... sem comentários!
Estes, sim! Estes são bons planos!...

Não digam ser isto impossível!
Haja vontade bem visível,
Da pouca que "deles"emana
Para resolver a grave lacuna
E, voltar atrás, com quem assuma...
Aos tempos, do "João Semana"!...
...............................................................
Retornando à citada aldeia;
A festa termina, de ´mão cheia:
Almoçarada, de todos, com o doutor!
E, a enfermeira, pois então?!...
Forma de expressar gratidão,
Pois, cuidar do próximo, é Amor!

       ... se Maomé não pode ir à montanha,...

ABOLIÇÃO

À semelhança do que aconteceu
Emcertos países ocidentais,
Se proíba, o capúz, plebeu,
Semelhante, aos véus orientais.

Em ambos, a função é esconder,
Cada um à sua maneira:
Véu, tapa rosto de mulher;
Capuz, o autor da roubalheira.

SER POLÍTICO É PROFISSÃO?

Há figuras neste país
Que me merecem reflexão.
Qual o seu mérito de raíz?
Em que consiste a sua profissão?

Ser político é ter emprego?
Não o creio, nem ninguém;
Qualquer um, mesmo labrêgo,
O pode ser; mal ou bem.

É só preciso ter "palheta",
Embrulhada em aldrabice;
Muitas promessas de treta,
A esconder, papalva nabice.

Papagaios bem falantes,
Muito pródigos em asneiras;
Mas, tal como em Abrantes,
Tudo igual... são só maneiras!

CORO DOS DELAPIDADOS

Hoje, vivendo em desatino,
Vamos cantar um hino
Para aliviar as maleitas!
Todos, numa só voz;
Unidos, avôs e avós:
O "Hino da Contas Mal Feitas".


Uma voz apenas, é nada!
Melhor fora estar calada;
Mas muitas, formam um coro.
Que o seja, de protesto
Pelo que nos tiram, por arresto,
No uso de sujo desaforo.

CATEDRAIS DE CONSUMO

Nas catedrais de consumo,
Há de tudo, em resumo;
Para o menino, o senhor e a senhora!
Prateleiras extensas, largos corredores...
Onde as variedades e os sabores
Atraiem, a cobiça consumidora.

Eu me pergunto, sinceramente:
Como é possível, (ou de mente)
Haver tanta procura, nesta crise?
Elas, abarrotam de clientela,
Com preços, acima e abaixo da tabela
Sem preocupações de deslize.

É certo! Muito se vê:
Carrinhos cheios, sei lá de quê,
Dos abastados; que os há!
E, quem só leve, em saco de plástico...
O pouco dinheiro não é elástico
Nos que vivem... ao Deus dará!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MURALHA IBÉRICA

Com a velha Europa de pantanas,
Penso, nas fronteiras "nuestras hermanas"
E, em presságios quixotescos,
Sonho com ideário impossível
Ou quiçá...bem passível,
Vencidos, obstáculos, talvez dantescos.

A criação do forte "Bloco Ibérico",
Não confinado ao limite periférico;
Antes, projetado na imensidão
Que outrora se conquistou ou descobriu,
Quando os povos tinham elevado brio,
Perdido depois, no Mundo em convulsão.

Dá para imaginar, o potencial obtido?
Estudos, Tratados, tudo bem conseguido?!
Peito feito e garra, contra inúteis
Que nem os seus sabem governar
Quanto mais, em nós virem mandar ,
Perdendo tempo, em reuniões fúteis?

Este, o momento para causas eleitas!
Com ambos os países, em "linhas direitas",
Unidos, por um bem comum, a dois
E, mais os muitos, das mesmas línguas,
Esqueçamos este viver de mínguas,
Procurando, novos e risonhos sóis!...

AJUDA AOS PEQUENOS

No momento de crise profunda,
Há medidas que urge tomar:
Acabar com tamanha barafunda
Que trava, quem quer trabalhar.

Nas micro e pequenas empresas,
Está o futuro de muitas famílias;
Vamos acabar com as represas,
Eliminando, todas as quezílias.

De modo cordato, simplifiquem;
Não pensem, "in loco", em "sacar".
Deixem que elas frutifiquem;
Com folga, todas irão pagar.

Agora, cobrar à cabeça,
Impostos, licenças e que tais...
Será ditar uma sentença,
Na liquidação desse mortais.

GREVE OU MANIFESTAÇÃO?

Às greves, digamos, não!
Apoiemos, a justa manifestação,
Pontual, caso a caso; à vista.
A desigualdade é flagrante?
Vamos todos em massa, àvante!
Bater o pé, no direito que nos assista.

Exemplos? Tantos! A lista extravasa!
Por exemplo: subsídio de renda de casa;
Não deveria ser igual o direito?
Quantos professores são deslocados
E, vivem sós, em quartos alugados,
Longe da família, sem proveito?

Contra isso, vamos à luta!
Igualdade, no todo, de quem labuta.
Seja abolida, tamanha maldade.
Ministros e Secretários de Estado
Já têm, certo e bom ordenado!
Porquê, dar-lhes mais, caridade?...

P.S. - Qualquer termo ou indício de
           Esquerda, é pura coincidência.

VERSOS "À PASSARINHO"

Os meus versos são passarinhos!
Em pensamento, lhes faço ninhos.
Nascem depois,...expontâneos.
Dou-lhes "penas" e cantos...
São muitos; imensos...são tantos!...
Ficam comigo, mas momentâneos.

Depois, por amor à vida,
Liberto da prisão/guarida,
Meus versos...as tais avesinhas!...
Esperando que alguém as cative,
Retenha a mensagem - ela vive
E, os guardem, como ofertas minhas.

MULTIPLICAÇÃO DE "TACHOS"

Trabalhadores, vos convido à rebelião.
Sabendo que esse Gestor, já reformado,
Vai "sacar", com destaque, novo quinhão
Na vossa Empresa, de sucesso limitado,

Unam-se e digam: nem pensar!
Já tens a barriga bem cheia!
A outro, desempregado, cede lugar;
Chega, de sempre os mesmos, em cadeia...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

DRAMA PESSOAL HIPOTÉTICO

Por ti choro neste momento
E, te imploro, em lamento:
Fica! ´Não transformes num deserto,
O que de bom conquistámos,
Naquele óasis que deixámos
Porquê? Nem sei ao certo!

Sei, isso sei e bem
Que te tratei com desdém!
Pelo tanto que me foi dado
Retribuí, azêdo e agreste,
Esquecido do bem que me deste,
Caminhei, por outro lado...

Errei, nesse tortuoso caminho;
Do bem desejado, agora o espinho,
Associado à inútil pergunta: Porquê?
Se tinha o bom, ali ao lado
E, fui atrás do pesadelo, em pecado,
Quando o resultado é isto que se vê?

Aqui estou, a implorar o teu perdão,
Tentando voltar ao que fomos então;
Com a minha promessa de mudança,
Pecador obsessivo, não serei.
Humildemente, te confesso, errei;
Mereço, novo caminho de Esperança!...

O RESOLVER DA EQUAÇÃO

Proponente de uma reflexão
Vos convido a resolver esta equação:
Um fulano, com bens incalculáveis,
À vista e deles fazendo alarde,
Como pode, protegido e cobarde
Declarar rendimentos, miseráveis?

E, que isso se sabe e cala,
Motivando raiva em alta escala?
Neste caso, Fisco, Governo e apaniguados?
É, porque fazem parte da "pandilha"
Ou são lobos ávidos de igual matilha?
Respondam! Não nos deixem, indignados.

AVISO À GOVERNAÇÃO

Senhores Governantes, vos aviso!
Tenham tento e, muito juízo,
Para comigo e, outros portugueses...
Se após os sacrifícios a que obrigam
Não os ultrapassarem ou os mitigam,
"Vos mandarei à fava", mil vezes!

P.S. - Com todo o respeito e moderação,
          Nesta minha observação.

GREVE GERAL EM TEMPO DE CRISE

Amanhã, haverá greve!
Geral, assim se descreve.
Nós todos, o que iremos ganhar?
Nada, como vai sendo habitual;
Mas fica mais pobre, Portugal,
Com os trabalhadores, a mandriar...

Houvera bom senso; pleno
Neste povo, dito tão sereno
E, não participariam, de barato.
Façam greves, aos Domingos e Feriados!
O grito é igual, nos vários recados;
No sentido e, no aparato!

P.S. - Sou apologista da greve;
          Só que esta, não serve.           

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DERRAPAGENS

Tratando-se das derrapagens,
No todo, das suas miragens,
A minha pergunta, é inocente:
Se algo custa, acima do projetado
E, o dinheiro se some p'ra algum lado,
Quanto deslisa nos bolsos da má gente?

O PROVEITOSO SALÁRIO MÍNIMO

"Pela boca morre o peixe"...
Antes que a inspiração me deixe
Aproveito para bem desancar
Num responsável, fatela
Que com abundância na panela
Os pobres veio ultrajar.

De seu nome, algo Martins
Ao qual se deve, par de patins
Por irrelevante falta de tacto
Dizer que não é baixo o salário
Dos pobres, com mínimo erário,
É tão feio, como cuspir no prato.

Pela deselegância na palavra
Lhe aplicaria, pena pesada:
Viver com o mínimo, largos meses
Sem as mordomias que lhe pagamos;
Sair da classe dos senhores/amos
E, saber como vivem os portugueses!

À ATENÇÃO DOS JUIZES

Seria um gesto invulgar
Mas houvesse Lei de mão cheia
E, Juíz que não soubesse julgar,
Iria ele...p'rá cadeia!

Quando se solta um criminoso
E o mesmo volta ao crime,
O caso é tão danoso...
Ou como será que se define?

Porque acontece a par e passo;
Sai do Tribunal por favor
Dum qualquer juíz relapso
E, volta ao mal,  o malfeitor!

O FIEL AMIGO

Ao ver, a tamanha dedicação
Daquele indiscriminado cão,
Senti que a Natureza está viva.
Se perderam, os valores do Homem;
Nos animais, a regra ainda é mantida.

Separado do seu bondoso dono,
Entregue, por só, ao abandono.
Permanece, imune à indiferença
No local, onde se deu a separação,
Aquele dedicado e fiel cão,
Mantém-se firme, na presença!

Exemplos assim, tão reais,
Lembrados, nunca serão demais
Para as consciências alertar.
Se´não há melhor ensinamento,
Siga-se, dos animais o exemplo
Ou em "bestas", nos iremos transformar.

DISPARATES SEM OFENSA

Estas quadras destrambelhadas
São um pequeno reflexo
Daquelas almas penadas
Que nos ralam o complexo.

Uma estrela sómente
Não ilumina o firmamento
Também a pessoa ausente
É p'ra nós um sofrimento.

Sem conta, peso e medida
Esta gente dos governos
Dá cabo da nossa vida
E, não estão, com meios termos.

A bota e a perdigota
Não se ligam a contento
Se me aperta a bota
Calculem o meu sofrimento.

Quem canta seu mal espanta
E quem se cala consente
Na manhã, o galo canta
Cacareja, a galinha contente.

Água pura, meio sustento
Para os fracos de carteira
Coitados dos sem rendimento
Dependentes, da torneira.

A montanha pariu um rato
Coisa mais disparatada
Mulher de fino trato
Nada diz, fica calada.

Lá vai uma, lá vão duas
Três rolinhas a voar
Deixem-se de falcatruas
Vamos pô-las, a assar.

Não entres por porta estreita
Que te podes entalar
E cuidado com o endireita
A perna te pode quebrar.

A chuva dos molha tolos
É enganadora a valer
Previnam-se dos desconsolos
Sempre que esteja a chover.

O muito caminhar faz mal
A quem anda descalço
Terra batida e barrocal
Provocam dor, no precalço.

Quem deu nome ao guarda chuva
Não era bom do miolo
Já o vinho que sai da uva
Faz-nos felizes, dá-nos consolo.

A moda da barba crescida
Voltou, aos nossos tempos
Tudo é assim nesta vida
Ir e vir, conforme os ventos.

Quem muito dorme, pouco vive
Conceito bem peculiar
Há quem da cama se esquive
É bem melhor, vadiar.

Quando ouço a chuva lá fora
E eu aqui, bem abrigado
Um desejo se me aflora:
Agradecer a Deus, o telhado.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PORQUÊ?

Na fabulosa complexidade,
Do meu cérebro, já cansado,
Lhe peço, uma verdade
Que me deixe, sossegado,

Uma só pergunta, lhe é posta:
PORQUÊ? E, ele, não me responde;

É demasiada a ... "bosta",
Onde a verdade se esconde!

Porquê?...
O nosso bem, quando se vê?...

ÁVIDA MATILHA

Esta gente, perdeu o tino?
Equidades? Democracia?
É tão fatal como o Destino:
Estamos a cair na pia!

Não na batismal; antes fosse;
Aí, a água é límpida e sacra.
Na espera da pêra-doce,
Nadamos todos na charca.

Debitam, termos sem significado,
Tudo a bem do povo e do país;
Ambos, em sistema espartilhado
Que não encontra, um bom juíz.

Deixem-se de tretas, senhores!
Por lerem todos, na mesma cartilha,
Entámos, na senda dos horrores,
Perseguidos, por ávida matilha.

SÓ NÓS?

Se nos tiram, ao arrepio,
Aquilo que nos é devido,
Lanço aqui, um desafio:
Lembrar o que está esquecido;

As reformas milionárias
Num país tão pobretanas,
È prova de que as "alimárias",
À evidência, fazem...tanas!

Haja igualdade, no ignorar a Lei!
Se me roubam, à descarada,
Vão aos patrões da grei,
Tirar, bom quinhão da mesada.

Não me falem de adquiridos!
Então e eu? E, tantos mais?
Só nós, somos...despromovidos?
Tratados como irracionais? 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

QUEM ME DERA!...

Tivera eu, um grande coração
E, todo ele, seria p'ra te amar!
Fico triste, nesta frustração;
Ele é tão pequeno, no seu dar!...

Houvera em mim, elevados dons
Que pudessem fazer-te feliz...
Ter as mais belas cores e tons,...
Um desejo que sempre quiz;

Pudera ser poeta laureado
Para te elevar, em verso;
Tu, um ser, sem nada errado
E eu, poeta-menor, me confesso.

Quizera ser ainda e, também,
Pintor de fama consagrada
Para com fino traço, fixar-te bem
Na tela em que serias retratada.

Quem me dera, ter voz de tenor!
Cantar-te, em ária bem sonora,
Como vive em mim, esta amor,
Tão antigo e certo, hora a hora.

Do tanto querer, Deus não me dotou;
Fez-me, simplesmente, assim...
Aceita-me pois, tal como sou
E, te peço: - não tenhas pena de mim!

ANSIADA PREVISÃO

O SEGURO MORREU DE VELHO

O Seguro,
Já luta pelo futuro,
Com as medidas que impõe,
Ao seu rival,
No Plano Orçamental
Que arrisca e, ele contrapõe.

De alívio, respiramos,
Nós os que sempre pagamos,
Deslizes de terceiros;
Já vemos Natal ou férias,
Mais livres das muitas misérias,
Causadas, por erros grosseiros.

C.M. 8 Novembro, 2011

BOCAS "FOLEIRAS"

Um "mestre" do disparate,
Com função governativa,
Revelou, ter mau quilate,
Nesta frase, intempestiva:

"Se estamos no desemprego,
Temos de sair da zona do conforto"!
Palavra de político labrego
Que para o ofício, nasceu torto!

AFINAL QUEM LUCRA?

Quem ganha com a greve?
A mesma, a quem serve?
Perguntas de certa pertinência.
Poupam, nos consumos, as empresas;
Os seus gestores, reduzem despesas
E, os utentes, perdem a paciência!...

Se perde também, o dia;
Sem trabalho que lhe dá valia;
Os Sindicatos e respetivos parasitas,
Julgam, ter prestado bom serviço.
Melhor fora, dar-lhes sumiço;
Expulsá-los, como aos jesuítas!...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MAIS TRABALHO?

Como alguém disse,
"Deixa-me rir"!...
Por esta nova idiotice,
Do mais querer produzir,

Na meia hora por dia,
Imposta aos trabalhadores.
Será de pouca valia;
Não se verão, os suores.

Conhecendo a nossa gente,
Estou a vê-los, "à Bordalo";
Todos de cabeça quente:
"No descanso, é um regalo"!

MALFADADO IMPOSTO

Por obra feita e, por legado,
Tenho senhorio que me é imposto;
Daí, ser inquilino, incomformado!
Tal aberração, só me dá desgosto.

Do que é meu, pagar renda?
Só mesmo neste "pantanal"!...
Não haverá quem entenda,
Melhor lei, em Portugal?

Acresce que ainda pago obras
Mais o aberrante saneamento!
Vivi em poupança; com sobras
E, fui herdeiro por testamento.

É legal, todo o meu património.
Gostaria de o tansmitir a fihos.
Será que o meu senhorio/demónio,
Me deixará viver sem sarilhos?

O tal,,,tem nome: Lhe chamam IMI.
Age, a coberto de Leis Municipais,
Aliadas do Estado que muito ri!...
Choramos nós, pobres mortais!

PENSÃO DUPLICA PARA POLÍTICOS

Subvenção, a duplicar
Segundo Lei estabelecida;
A maneira mais invulgar
 De lhes dar...boa vida!

Meu Deus! Que vileza!
Atentado, do mais básico!
Aviltamento à nobreza,
Filme de cariz trágico!

"Tadinhos"! Bastam 60 anos
Para duplicar a benesse!
E, os outros? Os seus danos,
São problema que se esquece?.

REUNIÃO DO CONSELHO DE ESTADO

As altas figuras do Estado,
Reuniram-se, em Conselho.
Eram tantos,...em número contado!...
Todos refletidos no mesmo espelho,
Para exigir, em bloco,
Um diálogo construtivo,
Na Assembleia, "in loco",
Quando o Orçamento for discutido.
Blá blá...diálogo entre pares;
Conversa fiada, de pouco ou nada
Que resolva os nossos azares,
Em tamanha "palhaçada"!

Entre as muitas Fundações,
incluam, também, estas reuniões!...

COMO AGIR NA DESGRAÇA?

Construi a minha vida,
Com senso, peso e medida.
Na base dos meus proventos,
Nunca ultrapassei o limite
Que o orçamento permite;
Jamais, emiti culpas ou lamentos.

Julguei, após moderação e sacrifícios,
Viver a velhice com os obtidos benefícios,
Mas um tal ladrão, parece empenhado
Em destruir o meu sossego,
Na divulgação, que não é segredo,
De subtrair, parte do amealhado.

Qundo, forçado a incumprimento,
Como ultrapassar tal momento?
Liquidar quem tanto nos oprime?
Farto da vida, jogá-la fora?
Não! Porque ela é bem; não se ignora!
Também, sendo cristão, não cometo crime.

Me dizei então, senhores do Mundo:
Se a vós é devido, este poço sem fundo,
Como resolver a minha vida?
Quereis, os meus ossos enfraquecidos,
Ou o resto dos bens ainda esquecidos,
Se já vos dei, a carne tão sofrida?!...

NÃO HÁ DOMINGO SEM MISSA

Hoje, domingo, venci a preguiça
E, por convidado, fui à missa.
Igreja de Nossa Senhora da Luz!
Na oportunidade, voltei atrás,
Ao reviver os tempos de rapaz;
Assim, recordei, como nunca supuz,...

O primeiro e infantil namoro,
Vivido com todo o decoro,
Como a religião aconselhava;
As comunhões; da primeira à solene;
A crisma, na idade mais perene;
As procissões e, o muito que se rezava.

Mais tarde, o casamento; eu, noivo ausente.
À distancia celebrado mas ali assente,
Naquela casa da Senhora e Santa!
No austero banco de madeira escura,
Meus olhos não pararam, na procura,
Do voltar a viver, o que nos encanta!

Pouco ou nada mudou, na "minha igreja";
A talha dourada, naquela beleza benfazeja,
Orgulho de todo o nosso contentamento!
Esculpidos em belo mármore branco,
Os santos se revelam no seu encanto
E, os frescos, não envelheceram no tempo...

A celebração, como sempre franciscana,
Do Seminário que ali perto bem emana,
A palavra do Senhor, pelos seus frades,
Na simples humildade da Ordem.
Se ouviu do Evangelho, "os cristãos, acordem..."
"E, sigam o bom caminho, sem alardes..."

Foi, em 23 de Outubro de 2011.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

BRINCANDO SE DIZEM VERDADES

No momento que se desejava pragmático,
Neste país, tudo é enfático!
À simplicidade, se sobrepõe o complicado.
Veja-se: a Comissão que foi ao Parlamento
Para entregar, em mão, o Orçamento;
Eram oito e, todos com excelente ordenado!

Ao acto de circunstância invulgar,
Assiste um batalhão para o registar,
Como é normal, nos momentos importantes,
Este, no depositar, à guarda da Srª.Presidente,
Aquela preciosa "pen", como presente,
Envenenado para nós, os pagantes!

Se não vivessemos em regime de treta,
Bastaria um simples e credenciado estafeta
Para desempenhar tão fácil missão.
Mas isso, só num país avançado!
Aqui, cantamos sempre o mesmo fado;
Os "mandões", pregam todos, igual sermão!

Ao tempo, 17 Outubro, 2011

PROTÓTIPO

Enfezado, desembarca em Stª.Apolónia,
Vindo das "berças", prá Grande Cidade;
Não tem pergaminhos; não é pessoa idónea;
Vem, em busca de sucesso e notoriedade.

Com uma mão à frente e, outra atrás,
Fato coçado; uma meia de cada cor,   (sic)
Ar simplório de pacato rapaz
Que deseja e, muito, ser doutor.

Um familiar, lhe dá guarida;
Tal não sendo, uma Pensão barata,
É poiso, no início da época sofrida.
Depois, a luta e o uso de gravata.

Estuda, faz pela vida no emprego
Que algum patrício lhe proporcionou.
Leva uma certa vida de "galego"
Mas o pior, lá passou...

Entretanto, de mansinho, já gravita
Em torno de qualquer bom Partido.
Formado, com favores, agora milita
E, pelos pares, começa a ser ouvido.

Nomeado Deputado, por compadrio,
Deixa crescer a barba ralêta;
Até já anda nas bocas do mulherio.
Bem trajado, transporta, fina maleta.

Lá na "terra", já só falam do Doutor;
No seu sucesso tão benvisto!
Tanta dedicação, passeia-se no corredor...
E, finalmente,...é Ministro!!!

Daí prá frente, é só encher o saco!
Ganhar barriga e fumar charuto.
Conferências, pareceres, a dar "taco";
A lapidação de um diamante, em bruto!


N.B. - Qualquer semelhança, é pura coincidência...

MILHO PRÓS PARDAIS

Aumente, a produção da Agricultura!
Correspondendo, a tal necessidade,
Aquela sensata criatura,
Produziu, além de capacidade.

No caso, um conhecido cereal:
Milho; com fartura, felizmente!
Mas depois...veio o mal:
Não é absorvido, totalmente,

Porque os cérebros, diarreicos
Que comandam nossos destinos,
Acumulam, males e defeitos,
Provando que são, cretinos!

Em absurda simultaneidade,
Na entrega do dito cereal,
Um navio, fora da oportunidade,
Descarrega, do país, tal...

Tudo continua às aranhas!
Mas que raio de país este?!...
Aqui, pouco ou nada se amanha
E, o milho vem...do Leste?!.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

F.PÚBLICA/APOSENTADOS

Quando se "corta", a torto e a direito
Eu, como humilde pensionista, rejeito,
A igualdade, a que o Estado me associa,
Ao entrar, no mesmo "saco"dos funcionários,
Ditos públicos e nos seus calvários,
Hoje, tão falados, na "Ordem do Dia".

Não misturem, alhos com bugalhos.
O reformado parou; já não tem trabalhos.
Ao invés, o funcionário tem o Mundo ao dispor;
Pode tentar o que lhe estiver ao alcançe
Desde que o labor não o canse
E, se associar à causa, o seu valor.

Deixem pois, os reformados em paz.
Já tudo fizeram; de útil e do capaz.
O seu tempo é de espera; espera do fim;
E, se a vida continua, além da crise
Alguém com juízo perfeito, analize
O que digo e, meditando, zele por mim.

NA OPORTUNIDADE - NESTE DIA

Exmº.Senhor Presidente,
Não sou parvo; nem inocente!
Vª.Exª.,preocupado com os "cortes"?
É louvável! É de homem humanitário!
Mas para além da sua bondade, ao contrário,
Por mal, estamos entregues às sortes.

Evidente verdade que não se aceita;
A nossa "bendita" Constituição, rejeita
Propósitos como os vossos:contrariar a Lei.
Assenta-lhe bem a intenção; estou grato!
O nosso Presidente, fica perfeito, no retrato!...
Se há "jogada" no gesto...isso não sei.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

707...É SÓ LIGAR.

Neste país endividado,
As chamadas de valor acrescentado,
Estão na moda; "pegaram de estaca"!
Chamariz de interesses vários,
Tratam a todos como "otários",
Os promotores que enchem a saca.
E, vai bem longe, o descaramento,
Repetido, a toda a hora e momento.
Desembolsa, Zé Pacóvio, vai no "paleio":
"Quantas mais vezes ligar..."
(Já repararam que é só um a ganhar?)
Tudo isto encenado com sorrisos de enleio.
Conduz à tentação dos cobiçosos,
Levados à certa por estes engenhosos
Que lesam as magras carteiras
Dos viciados, nas promessas aliciantes.
Ficarão mais pobres que dantes!
Ora, ganhem juízo! Tenham maneiras!...

FACTO VERÍDICO

...em Alvaiade: "Juntos na Eternidade".

Na campa perpétua de meus pais,
Uns pequenos pássaros, nãopardais,
Fizeram seu ninho e, procriaram.
Deu-me que pensar, tal achado;
E, considerei ter sido bafejado
Por desígnios que alto se elevaram.

Deus que tudo fez e tudo pode,
Resolveu: "Se escreva uma ode"!
Tirando do facto ilação,
Quando à morte se alia a vida,
Cumprida uma sina, à medida,
A ambas, é devida a oração.

   Alvaiade, 16 Setembro, 2011

A TEIA

Estão tecendo, uma tenebrosa teia,
Os maquiavélicos senhores da tutela;
Lentamente, sugam o nosso "pé-de-meia";
Já pensamos voltar, à luz da vela.

Tudo encarece, de forma brutal
E, no centro da teia, o sorvedouro
Abocanha, a bem e a mal,
Dos pobres, o parco tesouro.

É insaciável, a "fome do bicho".
Tudo nos come; tudo devora;
Dejeta e, nos transforma em lixo,
Tal como nos chamam...lá fora.

Há porém, os intocáveis;
Aqueles, a que nada apanham;
Os ricos, de bens incalculáveis
Que na "teia", também de amanham!

BREJEIRICES

É, na madrugada
Quando o galo canta
Anunciando a alvorada
Que o madrugador se levanta.

É, na madrugada
Quando soa, o sino na capela
Que aquela alma ensonada
Se levanta e, ...fecha a janela.

É, na madrugada
Que acordo; mas ainda fico
Numa modorra regalada,
Após ter ido, ao penico.

É, na madrugada
Quando me sinto, quentinho
Que nem por nada...
Quero sair do "ninho".

É na madrugada
Ouvindo a chuva lá fora
Que a minha bem amada
Comigo, muito namora.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

EXTEMPORÂNEO

Sinto ter nascido antes de tempo.
Do facto, quanto lamento!...
Embora sem o poder de reformar,
Gostaria de volpar ao Passado;
Renascer, após ter sido gerado
E, no meu futuro, poder mandar.

Não poderia ser, "menino de berço";
Fui pobre, no meu começo.
Mas, no período da adolscência,
Escolher, o que desejaria ser,
À medida que me vissem crescer
Para finalmente, decidir a vivência.

Então, que futuro escolheria?
Algo de muita e reconhecida valia?
Creio não querer esse, como Destino.
Desejaria e, muito, ser um "bom samaritano";
Dar aos outros, mesmo colhendo o dano
Da diferença provocatória, do desatino.

Misturar as cores e, dessa emulsão,
Amar a todos, como bom Cristão;
Com o mu pouco, ajudar terceiros;
Ter palavra amiga e confortadora;
Aliviar qualquer alma sofredora,
Longe de propósitos inter5esseiros.

Mas, ser assim, no que insisto,
Apenas um, chamado de Cristo,
Espalhou o bem e, maltratado,
Conseguiu unir-nos em Cristandade,
Na divulgação da Fé, na igualdade,...
Para tristemente, morrer cruxificado...

A MADEIRA É DO JARDIM

Senhor Doutor, Alberto João,
Deixe de ser assim...
Abandone; Diga não!...
Vá cuidar do seu jardim!

Tantos anos de "poleiro",
Não lhe chegam prá reforma?
Goze bem, o seu dinheiro,
Quando ainda está em forma.

Exile-se, na ilha da sua eleição;
Goze o sol  e a areia fina...
Deixe as coisas como estão;
Liberte, a "ave de rapina"...

TÃO POUCO ME BASTA

Uma melódica Sinfonia...
Aquela graciosa flor...
A risada de alegria
Ou a certeza dum amor...
É quanto me basta
P'ra esquecer que o mal existe
E, da mente se afasta,
Pois não quero viver triste.

CRISE ECONÓMICA

Somos agora, o "lixo mundial"
Com parceiros de nota igual:
Bangladesh, Arménia, Turquia,
El Salvador, Jordânia e Filipinas;
Castigados, como meninos traquinas
Que pularam, acima da fasquia.

E, pobres dos portugueses!...
Não lhe bastando, os seus burgueses,
Comilões, das escassas migalhas,
Ainda vieram, os grandes "tubarões",
A enriquecer, com os nossos cifrões
Que na mundial fogueira, são acendalhas.

FIGURINHAS PÚBLICAS

Para boa apresentadora
Não seja tão "guinchadora"!
Modere-se, Madame Ferreira.
Já havia uma, bastava!
Baixe, o tom da palavra;
Fica-lhe mal, essa maneira.

Tatuagens, em corpo inteiro,
A ilustrar, um "gajo porreiro";
Ás da "bola"; Raul Meireles!
Com penteado à "índio moycano"
Para se evidenciar, como "bacano"
No seu todo, prazenteiro!

Acho graça à D.Zulmira,
Uma pessoa muito gira!
Talvez, um pouco vaidosa...
Por tal, muito fotografada
Em poses, bem focada,
Próprias, da gente famosa.

Figura pública, D.Lili,
Tão...sempre igual, quando ri;
Demasiada, em país pequenino
Se impõe, em invulgar presença;
Bem paga pela "rosácea imprensa"
Pois é esse o seu destino.

O jovem, pode ser um génio!
Até, o melhor do milénio;
Mas fica-lhe mal, a vaidade.
Lá porque é garboso e rico!
Meta os predicados no penico
E, ganhe alguma humildade.

CONTINUAMOS NAS SEXTILHAS

À justa maneira do que aprendi,
"Determino e mando publicar", aqui:
Todos os magnatas do nosso espaço,

Passam a doar, parte dos proventos;
Se estabeleça, a totalidade em proventos
Que lhes permita, continuar como ricaços.

O excedente, reverterá para Fundação
Humanitária, de rigorosa fiscalização,
A favor dos comprovados nescessitados;
Dos muitos que vivendo em sufoco
Se contentarão, com mais um pouco:
Crianças, idosos e demais carenciados!

Detesto, a sistemática rotina;
Hoje, amanhã e depois, a mesma sina,
Em ritmo sempre igual, no viver
Sem variar; num persistir permanente,
Dá-me azedume; fico "doente"
Por não ter outro caminho a percorrer.

Que mais vos falta inventar
Para as nossas bolsas "aliviar"?
Imposto sobre o ar que se respira?
Ou taxa adicional porque somos vivos?
Se já sofremos, sufocados e cativos
Porque não exorcitar, a mentira?

Um pequeno país periférico,
O nosso Portugal ibérico,
Tem tudo de bom para oferecer;
Pena é não haver quem saiba,
Governá-lo, o que dá raiva,
Vendo-o, lentamente, empobrecer!

Separar o trigo limpo do joio!
Ora aqui está, uma medida que apoio.
E, pergunto: - "quem vai manejar a peneira"?
Como dar crédito a tal distinção?
De honestos, incorruptos, quais são,
Os credenciados, à boa maneira?

MAIS SEXTILHAS

Sinto tranquilidade ao ver o mar,
No seu bonançoso marulhar
Em tarde cálida de Agosto.
O mesmo mar que no inverno
Se transforma num inferno
Causador de tanto desgosto.

Para pagar sacrifícios,
Exijo saber dos vícios
Que nos levam à desgraça.
E, peço que sejam julgados
Para serem condenados
Os autores de tanta trapaça.

"Bronzeado" por sol d'Agosto,
Com agrado, a meu gosto,
Não deixo porém, de pensar
Naqueles que no seu labutar
Também queimam (e bem) o rosto
Desde a manhã, ao sol posto.

Escrevo, com dupla grafia.
Deixo aos malucos, a sua mania.
Sem idade para mudança,
Não é, um qualquer brasileiro
Que me impõe, o "pandeiro"!
Uso, o que aprendi, desde criança.

O Setembro, das marés vivas
No outono das nossas vidas,
Representa, o fim do verão;
È o caminho aberto ao inverno
Pois, "não há bela sem senão",
Tal como temos, céu e inferno.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

AO MANUEL PEDRO

Sarnadinha, ficou mais pobre;
Deixou-nos, um dos seus.
Neste sentir, simples e nobre,
Lhe tributamos, o nosso adeus.

A perda; a triste partida,
Não apagará das memórias,
O quanto foi, nesta vida,
Em todas as suas vitórias.

Faz pois, todo o sentido,
Dizer-te que connosco continuas.
Onde estiveres, estamos contigo!
Aqui, as nossas vivências serão tuas.

O nosso pesar em 5Outubro2011.

AO MANUEL PEDRO

Sarnadinha, ficou mais pobre;
Deixou-nos, um dos seus.
Neste sentir, simples e nobre,
Lhe tributamos, o nosso adeus.

A perda; a triste partida,
Não apagará das memórias,
O quanto foi, nesta vida,
Em todas as suas vitórias.

Faz pois, todo o sentido,
Dizer-te que connosco continuas;
Onde estiveres, estamos contigo!
Aqui, as nossas vivências, são tuas.

O nosso pesar, em 5 Outubro, 2011.

SEXTILHAS A GRANEL

A torto e a direito
Em frente, tudo a eito,
Curando nossas mazelas!
O nosso vinho de conserva
E, atinge, boa reserva,
No aperto das aduelas.

É bom saber que estás aí
E eu, do outro lado: aqui!
Ambos sabendo que a distância
Não nos poderá apartar
Porque o simples facto de gostar
Dá prova, à circunstância.

Eu te pergunto, Lua:
Afinal que vida é a tua?
Impúdica, de quarto em quarto
Agora minguante, logo crescente
Nova ou cheia, refulgente
Sem jámais teres o parto?

Poesia, é a vida em rima;
O que nos diz e nos ensina.
Pena, é haver poucos poetas.
Pelo contrário, muitos analfabetos
Que se julgam, algo espertos
Mas não passam de patetas.

Não me calarei
Todas as verdades direi.
Contra tudo e contra todos
Seguirei o meu Evangelho;
No estatuto de velho
Que não se fia em engodos.

Triste sina, a dos portugueses;
Escravos de tantos burgueses
Que do seu suor se alimentam.
Tapadores de buracos sem fundo
Cavados pelos donos do Mundo
Que nesta desgraça se alimentam.

Nunca perder a Esperança!
Confiar que a bonança
Sucede a uma desgraça.
Certo! Os cães emitem latidos;
Choram os que estão falidos
Mas a caravana sempre passa.

Trinta e sete anos, já lá vão,
Desde a tão desejada revolução.
Mas os resultados, bem à vista!
Não se ata nem desata,
Vivemos, em constante  mala-pata;
À banalidade, não há quem resista.

Não sou, um ser perfeito.
É triste; mas nasci com defeito!
O defeito de ser como sou:
Intolerante, do signo Leão.
Retribuo, tudo o que me dão;
A quem nada me dá, nada dou.

"Aberto um rigoroso inquérito"!
É prática corrente, no pretérito.
Mas os resultados, causam risota
Nada se apura nas conclusões
E, ficam impunes, os "figurões";
Sinal, de autêntica batota.

Justiça, eficaz e dura,
À boa maneira de Singapura!
Turismo a sério; capaz e exigente.
Tal bastaria para transformar Portugal
Num destino único, sem igual!
O melhor, já temos: A nossa gente!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"FILOSOFIA DE FAMÍLIA RICA

O montante, é de muitos milhões!
Há famílias, bem ricas em Portugal.
Mas tanta fartura, levanta questões:
É trabalhando que se amealha o "cabedal"?

Por Deus! Não me julguem invejoso;
Porém, saber que fui contribuinte
Para o acumular de "bolo danoso"
Faz-me sentir, como um pedinte.

Um clarão, ilumina a minha mente!
A tanta relutância em punir,
Os ricos, no "afiar do dente"
Para deter milhões, sem "bulir",
~-se-se
Tem afinal, razão de ser!
Como pode alguém com bom senso,
Criar Leis que lhe tirem o prazer
De acumular um bem, já extenso?

E, ficaram assim na gaveta
Leis que se desejavam, bem justas.
Corrupção, riquezas de treta,
Nada em Tribunal; poupam-se as custas!

O NABAL

Estão a transformar Portugal
Num ridículo e extenso nabal.
Políticos incompetentes, sem "pinta",
Juízes que nâo sabem julgar,
Inadaptados, todos fora do lugar
E, muitos "artistas", mestres na "finta".

Há nabos em todos os sectores;
E, todos se intitulam doutores!
Quem paga tais desmandos?
Claro! O pobre do Zé Povinho,
Já sem dinheiro p´ró vinho
Que faça esquecer os malandros!

A FOME MATA

Agoniza, uma Somália faminta...
Disso só sabe quem a fome sinta
E, sem alimento que perto se anteveja.
Morrer de fome, sendo criança!...
Princípio de vida que nada alcança,
É pior que ter nascido; salvo seja!

E, saber do quanto de estraga,
No Mundo desigual, de famigerada praga
Que prefere destruir, a dar as mãos
Protegendo, os que considera como seus,
Como se, uns Cristãos e outos ateus,
Esquecendo que Cristo nos fez irmãos?!...

E, as figuras, os Governos, a Santidade,
Que fazem para pôr fim à mortandade?
É com palavras que se sacia a boca?
Do muito que têm, um pouco bastará
Para acabar com tão triste, "ao Deus dará",
Provando que a Humanidade não está louca.\

ÉS COMO A LUA

Um dia de Agosto
Que vivo, bem disposto,
Vi o percurso da Lua.
Surgiu, em fase crescente
E, lenta, numa órbita sua
Foi "dormir", brilhando, a poente.

Mentirosa como ela é,
Não faz em mim, perder a fé.
Algo de grandioso a comanda
Nas quatro fases da existência;
Persistente em sua permanência,
Sob a vontade de quem manda!

É fascinante, a Lua!
Nesta verdade, nua e crua,
A ela me fazes lembrar:
Tens fases, és brilhante!
Tal como um puro diamante
Que a vida me veio dar.

UM ENCANTO DE DISCURSO

"Não podemos viver acima das nossas possibilidades"!
Do senhor de la Palisse, poderia ter saido esta verdade.
Mas não! Foi proferida pelo Senhor Presidente.
E, a ele me dirijo, no maior dos respeitos.
Vª.Exª., tem toda a razão; estamos cheios de defeitos.
Mas há, outras medidas a tomar, de modo urgente.

Como por exemplo, a redução dos seus proventos.
São tantos, angariados ao longo dos tempos
Que porventura, por desnecessários, dariam aso
À ajuda do sanar das muitas carências
Que afligem os mais pobres, cujas exigências
Se somam aos milhares, confirme o caso.

Ao falar de Vª.EXª.,o mesmo direi de seus pares;
Dos muitos que conhecemos, com reformas invulgares,
No total somatório, valor e, acumulação.
Será imperioso ser tão rico, em país pobre?
Reveja esta verdade; Do excesso que sobre,
Crie, um Fundo Humanitário ou uma Fundação. 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

NOITE MÁGICA

Que esta noite seja mágica!
Esqueçamos, a vida trágica
Que nos obrigam a viver!
Tudo façamos para esquecer.

Convidámos a Lua.
Hoje, ela é minha e tua.
Melhor, nossa! De todos nós,
Pois hoje, não estamos sós.

Temos connosco, a Poesia
Que dá à Vida, a tal magia!
Poetas pois, sejamos todos,
Com rimas...muitas! A rodos!

Cada um com aquilo que sente,
Tornêmos esta noite diferente
E, irmanados, todos iguais,
Vos direi: - Benvindos sejais!

Oeiras, 29 Junho, 2011

POESIA AO LUAR

Nesta noite de magia...
Ai!...como eu gostaria,
Ter engenho e muita arte
Para compor, ode melódica,
A juntar, a voz pródiga
E, com ela, poder cantar-te!

Dizer o que és, foste e serás!
Se possível, voltar atrás
Para afirmar, o que não disse
Num alheamento, indesculpável
Quando em ti, era palpável,
O amor puro, da meninice.

Com o tempo, me fiz poeta;
Porta fechada, é agora aberta;
Entrou em mim, o tal sentimento!
E, pensando em ti, nasceu a rima
Que me fez ver-te, de novo menina
Com os cabelos loiros, ao vento...

Então, criei esta noite para ti;
Para reviver, o bom que já vivi.
Convidei a Lua; pedi que não faltasse
A este recordar do Passado,
Como testemunha, dum amor reafirmado
E, que bem cheia, nos iluminasse!...

E a Lua, obediente,
veio...em Quarto Crescente.

Forte das Maias, 29 Junho 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

FORTE DE S.JOÃO DAS MAIAS

Por esta Barra, demandámos,
Na busca do que encontrámos:
Novas terras, horizontes e gentes
Que se diziam do fim do Mundo!
Vencêmos, mêdos e o mar profundo
Porque éramos, destemidos e valentes!

Foi, por aqui, em frente,
Com alma plena, de fé ardente
E, também, na procura de riquezas
Que voluntários ou forçados,
Fomos, e nos tornámos, ricos, respeitados,
Dando aos outros, prova de certezas!

Este, foi, remonta ao Passado.
Hoje, aqui e agora, relembrado
Neste Forte, outrora um baluarte
Na defesa da nossa integridade
Prolongada, em secular Portugalidade
E, agora, eleito, lugar de Arte.

A Arte de dizer o sentimento
Que traduz, a Poesia do momento
Minha, tua, de quantos somos,
Num princípio de ideal puro,
A manter, neste Forte seguro
Que recorda, o quão grandes fomos!

Assim seja,
O que assim se deseja!...

"Poesia ao Luar", no Forte das Maias, em 29 de Junho, 2011.

EM HORA DE SEPULTURA

Os "coveiros", já debandaram;
Expostos, os despojos que ficaram!...
A turba, contempla, silenciosa:
Os esqueletos, o vazio, a incerteza
Do que resta, à gente portuguesa,
Desperdiçados, os bens, de forma falaciosa.

Agora nós! Como ficamos?
Seguiremos em frente ou pasmamos
Na inércia que nada oferece?
Tens a palavra! Temos a palavra!
E, é certo: Quem não lavra,
De muita fome padece.

No entretanto, tudo como dantes;
Ou pior, no dizer dos governantes.
Os "outros", passados à História,
Vão gozar o bem bom da vida;
Nenhuma culpa lhes foi atribuída.
Connosco, é diferente! Somos escória...

Iremos pagar por um mal alheio;
O que não fizémos, por receio
Pois, justos, cumprimos o dever 
De todos os encargos sustentáveis
Dum país, cheio de miseráveis.
Esses sim! Esses, deveriam sofrer!

ÍDOLOS COM PÉS DE BARRO

Quando o artificial
Se eleva
E, o essencial
Se relega,
Os aplausos, ficam
E, premeiam;
Mas não dignificam;
Nada semeiam.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

COISAS...

Se diz, "A Justiça é Cega"!
Cá por mim, dou o nega;
Contrario essa cantiga.
Ela é, apenas zarolha
Sabendo que a Lei da Rolha,
Nem a todos, bem castiga!

Tens o perfume de flores,
Gosto, dos bons sabores;
Graciosidade de flor delicada
Que na primavera floresce
E, sublimada, tanto cresce
Para, por mim, ser admirada.

Algo a dizer, do novo Governo;
Não gosto de ficar, a meio-termo.

Daí, a minha conjetura
E, manifesto desgosto,
Vendo Portas fora do posto
Que deveria ser, Agricultura!

Pois, se "pela boca morre o peixe"
Algo há de que me queixe,
Tem a ver com anomalias.
Se um Político, tanto luta
Por um fim!...Não haja permuta!

Que ele prove, as suas valias.

Para onde "voam" os milhões?
Duplicação de salários,
Vitalícios e subvenções,
Permitidos, aos "salafrários"
Com várias acumulações.

Com o verão, os perigos,
Dos fogos e afogamentos;
Vamos estar prevenidos
E, evitar sofrimentos.

Marinheiros, junto ao mar
Militares, patrulhas no campo
Nesta forma de programar
Se evitaria muito pranto

IDA E VOLTA

O nosso mal, foi a partida!
A ficar, preferimos a ida.
Realizámos para estranhos,
O que aqui não soubémos.
Mal dirigidos? Somos tacanhos?
E, lá fora, feitos tamanhos?!

É a sina do Português:
Dúvidas de muitos porquês
Cerceiam, a vontade de subir.
Assim, nesta teia mediana,
Esperamos pela semana
Que um dia, há-de vir!

Fomos! Submetidos, criámos!
E, chegado o momento, voltámos
Para habitar a casa construída,
Com sacrifícios de abstenção;
Poupadinhos, grão a grão
Para o resto da nossa vida!

sábado, 25 de junho de 2011

COISAS...

Talvez, de todo, não te mereça;
Seja Sol que não te aqueça,
Nesse Universo, só teu.
Mas na minha pequena Lua,
Girando em órbita, a tua,
Da galáxia, não se perdeu.

É a ti que me confesso
Não a Deus, o Piedoso
E, humildemente, te peço,
Um afago, carinhoso.

O que talvez não mereça,
Pelo pouco que te dou
Sem chama que aqueça
Ou que já se apagou!...

Mais direi, no acrescento:
A amizade não envelhece.
Se tiveres, um lamento,
O tal amigo, o reconhece.

Uma resma de papel reciclado,
Lápis, caneta ou pau de giz,
Em ambiente, calmo e repousado
É quanto me basta! Sou feliz!
Naquela  felicidade dos medianos...
O pouco chega; Imaginação, imensa.
Alma e coração, sem danos
E, a mente (graças), bem pensa!

Sinceramente, não gosto de mim.
Gostaria de ser, um ser indulgente.
Seguir na vida, com outro fim:
Tolerante, calmo e benevolente.
Sofro, assim, este castigo,
De não querer e ser forçado,
Viver setenta e seis anos, comigo
E, sem nunca ter mudado!

Com as Educadoras e Auxiliares,
Os meninos, do Jardim d'Infância,
Caminham, em fila e aos pares,
Numa visita de circunstância...
Será a um lugar especial?
Santa ingenuidade, a minha!...
Não! Ao Centro Comercial!
Era mesmo o que convinha!...

Sou serrano, sou serrano
Sou serrano, sim senhor!
Vim da serra, por engano
À procura do amor.
Amor que encontrei
Numa menina tão loira
E, desde logo fiquei
Com a alma casadoira.
Casei e, sou feliz
Com essa mulher loira.
O Destino, assim quiz,
Nossa união, duradoira.

Se diz: "A Justiça é cega"'
Cá por mim, dou o nega;
Contrario essa cantiga.
Ela é, apenas zarolha,
Sabendo que a Lei da Rolha,
Nem a todos, bem castiga.

Tens o perfume de flores
Gosto dos bons sabores;
Graciosidade de flor delicada
Que na primavera floresce
E, sublimada, tanto cresce
Para, por mim, ser admirada.

Algo a dizer, do novo Governo.
Não gosto de ficar no meio-termo.
Daí, a minha conjetura
E, manifesto desgosto,
Vendo Portas, fora do posto
Que deveria ser, Agricultura!

Pois, se "pela boca morre o peixe"
Algo há de que me queixe.
Tem a ver com anomalias.
Se um Político, tanto luta
Por um fim!... Não haja permuta!
Que ele prove, as suas valias.

Para onde "voam" os milhões?
Duplicação de salários,
Vitalícios e subvenções,
Permitidos, aos "salafrários"
Com várias, acumulações.

Com o Verão, os perigos,
Dos fogos e afogamentos;
Vamos estar prevenidos
E, evitar sofrimentos.

Marinheiros, perto do mar,
Militares, patrulhas no campo;
Nesta forma de programar,
Se evitará muito pranto!

Para boa apresentadora,
Não seja tão "guinchadora".
Modere-se, Madame Ferreira!
Já havia uma; Bastava!
Baixe o tom da palavra;
Fica-lhe mal, essa maneira.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CHEIRINHOS E SABORES DA BEIRA BAIXA

A  esteva, é flor beiroa
Ou beirã, também se diz;
Singela, floresce à toa,
Serrana porque Deus quiz.

É amarela a giesta;
Nasce livre, descuidada;

Torna os montes numa festa
Quando em flor e, perfumada.

Da carqueija, muito a dizer;
Tudo nele se aproveita!
Até chá de bem-fazer,
Na cura de certa maleita.

O poejo, ribeirinho,
De perfume peculiar,
Tem um sabor comezinho
P'rás migas temperar.

Agriões bravos, da ribeira,
Ali, bem à mão como oferta,
Usavam-se, aqui na nossa Beira
Em saladas, de malga aberta.

Bem aos molhos, o alecrim,
Campos fora, serra acima,
Numa alegria sem fim
Que a Primavera anima.

Quem conhece o almeirão?
Aquela espécie de salada
Que se comia com feijão
E, de azeite, bem temperada?

E, ervas que tantas são...
Na sabedoria dos antigos,
Lhe conheciam o condão
De sarar, os mais sofridos.

A carne da matança,
Logo após a dita cuja,
Era o início da festança
Que hoje, já não se usa.

Numa tigela concavada
Se coze, doce saboroso;
De seu nome, tigelada,
Satisfaz, qualquer guloso.

A DIFÍCIL ESCOLHA

Muitas formiguinhas, em carreirinho...
Lá vão, laboriosas, com o papelinho,
A depositar na urna eleitoral
Que ditará, o novo Presidente,
Maestro, da Assembleia vigente
Do novo Plenário Nacional.

E, vão uma e se duplicam,
As votações que não frutificam.
Estaca zero! Não há "pachorra"!
Os Deputados, num corropio,
Vai e vem, em desafio,
E, não resolvem, aquela "porra"!

É assim que querem desenvolver?
Espetáculos destes como lazer?
Longas horas de transmissão TV,
Num país de escassos meios
Que se perde nestes devaneios;
Enjoo, de quem os vê?...

Deixem-se disso! Deem os resultados!
No espaço, factos animados
Maneira alegre e mais fácil.
Isto, em verdade, é tão triste!
Não sei como alguém resiste
À evolução, invertida e retrátil!

Resolvida a questão,
Digam: quanto custou a Operação?
É assim que querem poupar?
Neste longo e lento vagar?

E...finalmente, lá se elegeu, uma "Maestrina"|

À MODA DO PORTO

A ganância, tudo vence!
Até mesmo, um portuense!
A prova, é bem recente
E, envolve os "Dragões"
Que se rendem, aos milhões,
Exigidos pelo Presidente.

Podem arrotar à vontade;
Mas ninguém nega a verdade!
Sois todos da mesma igualha.
O rapazote, tão risonho,
Na sua "Cadeira de Sonho",
Vai atrás de melhor "palha"!

Esquece, o tal "amor eterno",
Devotado e tão fraterno,
Ao Clube e, seus seguidores.
Tudo assim é nesta vida!
Até uma mulher traída,
Vende bem, os seus amores.

Outra situação não escapa;
O pendor, ao "Papa"!...
Até isso é renegado!
A religião, foi mudada;
Da Cristã, já praticada,
Vira, ortodoxa, sem pecado!

Para todos, água benta;
E, que a secura, sedenta,
Não vos entupa a laringe.
Deixai-vos porém, de pilhérias!
Estamos fartos de misérias
E, de quantos, tanto de finge!...

terça-feira, 21 de junho de 2011

A AMBIÇÃO MATA

Já o disse; volto a perguntar:
Porquê, esse seu teimar
Na conquista de lugar pomposo?
Errou e, é manifesto
Não teve nobreza no gesto.
Criou, um clima de "gozo".

O senhor, até comprometeu
Quem de bom grado, o remeteu
À conquista do "assento".
Mas vistas, as muitas rejeições,
Às suas escassas aptidões
Para exercer, a contento,

Melhor seria, ter abdicado,
Face ao manifesto recado
Que recebeu, abertamente.
Pessoa ilustre, tal como é,
Saía, calmamente, pelo seu pé.
Voltando a ser, deveras decente.

Caído, o pano teatral,
O intérprete, ficou mal
Na  negação, simples e dura.
Não se trata de grande tragédia;
Mas vimos, tosca comédia,
De falha, algo prematura.

E, sendo assim derrotado,
Será que eceita ser Deputado?
O futuro, o deu como confirmado.