segunda-feira, 24 de outubro de 2011

BRINCANDO SE DIZEM VERDADES

No momento que se desejava pragmático,
Neste país, tudo é enfático!
À simplicidade, se sobrepõe o complicado.
Veja-se: a Comissão que foi ao Parlamento
Para entregar, em mão, o Orçamento;
Eram oito e, todos com excelente ordenado!

Ao acto de circunstância invulgar,
Assiste um batalhão para o registar,
Como é normal, nos momentos importantes,
Este, no depositar, à guarda da Srª.Presidente,
Aquela preciosa "pen", como presente,
Envenenado para nós, os pagantes!

Se não vivessemos em regime de treta,
Bastaria um simples e credenciado estafeta
Para desempenhar tão fácil missão.
Mas isso, só num país avançado!
Aqui, cantamos sempre o mesmo fado;
Os "mandões", pregam todos, igual sermão!

Ao tempo, 17 Outubro, 2011

PROTÓTIPO

Enfezado, desembarca em Stª.Apolónia,
Vindo das "berças", prá Grande Cidade;
Não tem pergaminhos; não é pessoa idónea;
Vem, em busca de sucesso e notoriedade.

Com uma mão à frente e, outra atrás,
Fato coçado; uma meia de cada cor,   (sic)
Ar simplório de pacato rapaz
Que deseja e, muito, ser doutor.

Um familiar, lhe dá guarida;
Tal não sendo, uma Pensão barata,
É poiso, no início da época sofrida.
Depois, a luta e o uso de gravata.

Estuda, faz pela vida no emprego
Que algum patrício lhe proporcionou.
Leva uma certa vida de "galego"
Mas o pior, lá passou...

Entretanto, de mansinho, já gravita
Em torno de qualquer bom Partido.
Formado, com favores, agora milita
E, pelos pares, começa a ser ouvido.

Nomeado Deputado, por compadrio,
Deixa crescer a barba ralêta;
Até já anda nas bocas do mulherio.
Bem trajado, transporta, fina maleta.

Lá na "terra", já só falam do Doutor;
No seu sucesso tão benvisto!
Tanta dedicação, passeia-se no corredor...
E, finalmente,...é Ministro!!!

Daí prá frente, é só encher o saco!
Ganhar barriga e fumar charuto.
Conferências, pareceres, a dar "taco";
A lapidação de um diamante, em bruto!


N.B. - Qualquer semelhança, é pura coincidência...

MILHO PRÓS PARDAIS

Aumente, a produção da Agricultura!
Correspondendo, a tal necessidade,
Aquela sensata criatura,
Produziu, além de capacidade.

No caso, um conhecido cereal:
Milho; com fartura, felizmente!
Mas depois...veio o mal:
Não é absorvido, totalmente,

Porque os cérebros, diarreicos
Que comandam nossos destinos,
Acumulam, males e defeitos,
Provando que são, cretinos!

Em absurda simultaneidade,
Na entrega do dito cereal,
Um navio, fora da oportunidade,
Descarrega, do país, tal...

Tudo continua às aranhas!
Mas que raio de país este?!...
Aqui, pouco ou nada se amanha
E, o milho vem...do Leste?!.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

F.PÚBLICA/APOSENTADOS

Quando se "corta", a torto e a direito
Eu, como humilde pensionista, rejeito,
A igualdade, a que o Estado me associa,
Ao entrar, no mesmo "saco"dos funcionários,
Ditos públicos e nos seus calvários,
Hoje, tão falados, na "Ordem do Dia".

Não misturem, alhos com bugalhos.
O reformado parou; já não tem trabalhos.
Ao invés, o funcionário tem o Mundo ao dispor;
Pode tentar o que lhe estiver ao alcançe
Desde que o labor não o canse
E, se associar à causa, o seu valor.

Deixem pois, os reformados em paz.
Já tudo fizeram; de útil e do capaz.
O seu tempo é de espera; espera do fim;
E, se a vida continua, além da crise
Alguém com juízo perfeito, analize
O que digo e, meditando, zele por mim.

NA OPORTUNIDADE - NESTE DIA

Exmº.Senhor Presidente,
Não sou parvo; nem inocente!
Vª.Exª.,preocupado com os "cortes"?
É louvável! É de homem humanitário!
Mas para além da sua bondade, ao contrário,
Por mal, estamos entregues às sortes.

Evidente verdade que não se aceita;
A nossa "bendita" Constituição, rejeita
Propósitos como os vossos:contrariar a Lei.
Assenta-lhe bem a intenção; estou grato!
O nosso Presidente, fica perfeito, no retrato!...
Se há "jogada" no gesto...isso não sei.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

707...É SÓ LIGAR.

Neste país endividado,
As chamadas de valor acrescentado,
Estão na moda; "pegaram de estaca"!
Chamariz de interesses vários,
Tratam a todos como "otários",
Os promotores que enchem a saca.
E, vai bem longe, o descaramento,
Repetido, a toda a hora e momento.
Desembolsa, Zé Pacóvio, vai no "paleio":
"Quantas mais vezes ligar..."
(Já repararam que é só um a ganhar?)
Tudo isto encenado com sorrisos de enleio.
Conduz à tentação dos cobiçosos,
Levados à certa por estes engenhosos
Que lesam as magras carteiras
Dos viciados, nas promessas aliciantes.
Ficarão mais pobres que dantes!
Ora, ganhem juízo! Tenham maneiras!...

FACTO VERÍDICO

...em Alvaiade: "Juntos na Eternidade".

Na campa perpétua de meus pais,
Uns pequenos pássaros, nãopardais,
Fizeram seu ninho e, procriaram.
Deu-me que pensar, tal achado;
E, considerei ter sido bafejado
Por desígnios que alto se elevaram.

Deus que tudo fez e tudo pode,
Resolveu: "Se escreva uma ode"!
Tirando do facto ilação,
Quando à morte se alia a vida,
Cumprida uma sina, à medida,
A ambas, é devida a oração.

   Alvaiade, 16 Setembro, 2011

A TEIA

Estão tecendo, uma tenebrosa teia,
Os maquiavélicos senhores da tutela;
Lentamente, sugam o nosso "pé-de-meia";
Já pensamos voltar, à luz da vela.

Tudo encarece, de forma brutal
E, no centro da teia, o sorvedouro
Abocanha, a bem e a mal,
Dos pobres, o parco tesouro.

É insaciável, a "fome do bicho".
Tudo nos come; tudo devora;
Dejeta e, nos transforma em lixo,
Tal como nos chamam...lá fora.

Há porém, os intocáveis;
Aqueles, a que nada apanham;
Os ricos, de bens incalculáveis
Que na "teia", também de amanham!

BREJEIRICES

É, na madrugada
Quando o galo canta
Anunciando a alvorada
Que o madrugador se levanta.

É, na madrugada
Quando soa, o sino na capela
Que aquela alma ensonada
Se levanta e, ...fecha a janela.

É, na madrugada
Que acordo; mas ainda fico
Numa modorra regalada,
Após ter ido, ao penico.

É, na madrugada
Quando me sinto, quentinho
Que nem por nada...
Quero sair do "ninho".

É na madrugada
Ouvindo a chuva lá fora
Que a minha bem amada
Comigo, muito namora.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

EXTEMPORÂNEO

Sinto ter nascido antes de tempo.
Do facto, quanto lamento!...
Embora sem o poder de reformar,
Gostaria de volpar ao Passado;
Renascer, após ter sido gerado
E, no meu futuro, poder mandar.

Não poderia ser, "menino de berço";
Fui pobre, no meu começo.
Mas, no período da adolscência,
Escolher, o que desejaria ser,
À medida que me vissem crescer
Para finalmente, decidir a vivência.

Então, que futuro escolheria?
Algo de muita e reconhecida valia?
Creio não querer esse, como Destino.
Desejaria e, muito, ser um "bom samaritano";
Dar aos outros, mesmo colhendo o dano
Da diferença provocatória, do desatino.

Misturar as cores e, dessa emulsão,
Amar a todos, como bom Cristão;
Com o mu pouco, ajudar terceiros;
Ter palavra amiga e confortadora;
Aliviar qualquer alma sofredora,
Longe de propósitos inter5esseiros.

Mas, ser assim, no que insisto,
Apenas um, chamado de Cristo,
Espalhou o bem e, maltratado,
Conseguiu unir-nos em Cristandade,
Na divulgação da Fé, na igualdade,...
Para tristemente, morrer cruxificado...

A MADEIRA É DO JARDIM

Senhor Doutor, Alberto João,
Deixe de ser assim...
Abandone; Diga não!...
Vá cuidar do seu jardim!

Tantos anos de "poleiro",
Não lhe chegam prá reforma?
Goze bem, o seu dinheiro,
Quando ainda está em forma.

Exile-se, na ilha da sua eleição;
Goze o sol  e a areia fina...
Deixe as coisas como estão;
Liberte, a "ave de rapina"...

TÃO POUCO ME BASTA

Uma melódica Sinfonia...
Aquela graciosa flor...
A risada de alegria
Ou a certeza dum amor...
É quanto me basta
P'ra esquecer que o mal existe
E, da mente se afasta,
Pois não quero viver triste.

CRISE ECONÓMICA

Somos agora, o "lixo mundial"
Com parceiros de nota igual:
Bangladesh, Arménia, Turquia,
El Salvador, Jordânia e Filipinas;
Castigados, como meninos traquinas
Que pularam, acima da fasquia.

E, pobres dos portugueses!...
Não lhe bastando, os seus burgueses,
Comilões, das escassas migalhas,
Ainda vieram, os grandes "tubarões",
A enriquecer, com os nossos cifrões
Que na mundial fogueira, são acendalhas.

FIGURINHAS PÚBLICAS

Para boa apresentadora
Não seja tão "guinchadora"!
Modere-se, Madame Ferreira.
Já havia uma, bastava!
Baixe, o tom da palavra;
Fica-lhe mal, essa maneira.

Tatuagens, em corpo inteiro,
A ilustrar, um "gajo porreiro";
Ás da "bola"; Raul Meireles!
Com penteado à "índio moycano"
Para se evidenciar, como "bacano"
No seu todo, prazenteiro!

Acho graça à D.Zulmira,
Uma pessoa muito gira!
Talvez, um pouco vaidosa...
Por tal, muito fotografada
Em poses, bem focada,
Próprias, da gente famosa.

Figura pública, D.Lili,
Tão...sempre igual, quando ri;
Demasiada, em país pequenino
Se impõe, em invulgar presença;
Bem paga pela "rosácea imprensa"
Pois é esse o seu destino.

O jovem, pode ser um génio!
Até, o melhor do milénio;
Mas fica-lhe mal, a vaidade.
Lá porque é garboso e rico!
Meta os predicados no penico
E, ganhe alguma humildade.

CONTINUAMOS NAS SEXTILHAS

À justa maneira do que aprendi,
"Determino e mando publicar", aqui:
Todos os magnatas do nosso espaço,

Passam a doar, parte dos proventos;
Se estabeleça, a totalidade em proventos
Que lhes permita, continuar como ricaços.

O excedente, reverterá para Fundação
Humanitária, de rigorosa fiscalização,
A favor dos comprovados nescessitados;
Dos muitos que vivendo em sufoco
Se contentarão, com mais um pouco:
Crianças, idosos e demais carenciados!

Detesto, a sistemática rotina;
Hoje, amanhã e depois, a mesma sina,
Em ritmo sempre igual, no viver
Sem variar; num persistir permanente,
Dá-me azedume; fico "doente"
Por não ter outro caminho a percorrer.

Que mais vos falta inventar
Para as nossas bolsas "aliviar"?
Imposto sobre o ar que se respira?
Ou taxa adicional porque somos vivos?
Se já sofremos, sufocados e cativos
Porque não exorcitar, a mentira?

Um pequeno país periférico,
O nosso Portugal ibérico,
Tem tudo de bom para oferecer;
Pena é não haver quem saiba,
Governá-lo, o que dá raiva,
Vendo-o, lentamente, empobrecer!

Separar o trigo limpo do joio!
Ora aqui está, uma medida que apoio.
E, pergunto: - "quem vai manejar a peneira"?
Como dar crédito a tal distinção?
De honestos, incorruptos, quais são,
Os credenciados, à boa maneira?

MAIS SEXTILHAS

Sinto tranquilidade ao ver o mar,
No seu bonançoso marulhar
Em tarde cálida de Agosto.
O mesmo mar que no inverno
Se transforma num inferno
Causador de tanto desgosto.

Para pagar sacrifícios,
Exijo saber dos vícios
Que nos levam à desgraça.
E, peço que sejam julgados
Para serem condenados
Os autores de tanta trapaça.

"Bronzeado" por sol d'Agosto,
Com agrado, a meu gosto,
Não deixo porém, de pensar
Naqueles que no seu labutar
Também queimam (e bem) o rosto
Desde a manhã, ao sol posto.

Escrevo, com dupla grafia.
Deixo aos malucos, a sua mania.
Sem idade para mudança,
Não é, um qualquer brasileiro
Que me impõe, o "pandeiro"!
Uso, o que aprendi, desde criança.

O Setembro, das marés vivas
No outono das nossas vidas,
Representa, o fim do verão;
È o caminho aberto ao inverno
Pois, "não há bela sem senão",
Tal como temos, céu e inferno.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

AO MANUEL PEDRO

Sarnadinha, ficou mais pobre;
Deixou-nos, um dos seus.
Neste sentir, simples e nobre,
Lhe tributamos, o nosso adeus.

A perda; a triste partida,
Não apagará das memórias,
O quanto foi, nesta vida,
Em todas as suas vitórias.

Faz pois, todo o sentido,
Dizer-te que connosco continuas.
Onde estiveres, estamos contigo!
Aqui, as nossas vivências serão tuas.

O nosso pesar em 5Outubro2011.

AO MANUEL PEDRO

Sarnadinha, ficou mais pobre;
Deixou-nos, um dos seus.
Neste sentir, simples e nobre,
Lhe tributamos, o nosso adeus.

A perda; a triste partida,
Não apagará das memórias,
O quanto foi, nesta vida,
Em todas as suas vitórias.

Faz pois, todo o sentido,
Dizer-te que connosco continuas;
Onde estiveres, estamos contigo!
Aqui, as nossas vivências, são tuas.

O nosso pesar, em 5 Outubro, 2011.

SEXTILHAS A GRANEL

A torto e a direito
Em frente, tudo a eito,
Curando nossas mazelas!
O nosso vinho de conserva
E, atinge, boa reserva,
No aperto das aduelas.

É bom saber que estás aí
E eu, do outro lado: aqui!
Ambos sabendo que a distância
Não nos poderá apartar
Porque o simples facto de gostar
Dá prova, à circunstância.

Eu te pergunto, Lua:
Afinal que vida é a tua?
Impúdica, de quarto em quarto
Agora minguante, logo crescente
Nova ou cheia, refulgente
Sem jámais teres o parto?

Poesia, é a vida em rima;
O que nos diz e nos ensina.
Pena, é haver poucos poetas.
Pelo contrário, muitos analfabetos
Que se julgam, algo espertos
Mas não passam de patetas.

Não me calarei
Todas as verdades direi.
Contra tudo e contra todos
Seguirei o meu Evangelho;
No estatuto de velho
Que não se fia em engodos.

Triste sina, a dos portugueses;
Escravos de tantos burgueses
Que do seu suor se alimentam.
Tapadores de buracos sem fundo
Cavados pelos donos do Mundo
Que nesta desgraça se alimentam.

Nunca perder a Esperança!
Confiar que a bonança
Sucede a uma desgraça.
Certo! Os cães emitem latidos;
Choram os que estão falidos
Mas a caravana sempre passa.

Trinta e sete anos, já lá vão,
Desde a tão desejada revolução.
Mas os resultados, bem à vista!
Não se ata nem desata,
Vivemos, em constante  mala-pata;
À banalidade, não há quem resista.

Não sou, um ser perfeito.
É triste; mas nasci com defeito!
O defeito de ser como sou:
Intolerante, do signo Leão.
Retribuo, tudo o que me dão;
A quem nada me dá, nada dou.

"Aberto um rigoroso inquérito"!
É prática corrente, no pretérito.
Mas os resultados, causam risota
Nada se apura nas conclusões
E, ficam impunes, os "figurões";
Sinal, de autêntica batota.

Justiça, eficaz e dura,
À boa maneira de Singapura!
Turismo a sério; capaz e exigente.
Tal bastaria para transformar Portugal
Num destino único, sem igual!
O melhor, já temos: A nossa gente!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"FILOSOFIA DE FAMÍLIA RICA

O montante, é de muitos milhões!
Há famílias, bem ricas em Portugal.
Mas tanta fartura, levanta questões:
É trabalhando que se amealha o "cabedal"?

Por Deus! Não me julguem invejoso;
Porém, saber que fui contribuinte
Para o acumular de "bolo danoso"
Faz-me sentir, como um pedinte.

Um clarão, ilumina a minha mente!
A tanta relutância em punir,
Os ricos, no "afiar do dente"
Para deter milhões, sem "bulir",
~-se-se
Tem afinal, razão de ser!
Como pode alguém com bom senso,
Criar Leis que lhe tirem o prazer
De acumular um bem, já extenso?

E, ficaram assim na gaveta
Leis que se desejavam, bem justas.
Corrupção, riquezas de treta,
Nada em Tribunal; poupam-se as custas!

O NABAL

Estão a transformar Portugal
Num ridículo e extenso nabal.
Políticos incompetentes, sem "pinta",
Juízes que nâo sabem julgar,
Inadaptados, todos fora do lugar
E, muitos "artistas", mestres na "finta".

Há nabos em todos os sectores;
E, todos se intitulam doutores!
Quem paga tais desmandos?
Claro! O pobre do Zé Povinho,
Já sem dinheiro p´ró vinho
Que faça esquecer os malandros!

A FOME MATA

Agoniza, uma Somália faminta...
Disso só sabe quem a fome sinta
E, sem alimento que perto se anteveja.
Morrer de fome, sendo criança!...
Princípio de vida que nada alcança,
É pior que ter nascido; salvo seja!

E, saber do quanto de estraga,
No Mundo desigual, de famigerada praga
Que prefere destruir, a dar as mãos
Protegendo, os que considera como seus,
Como se, uns Cristãos e outos ateus,
Esquecendo que Cristo nos fez irmãos?!...

E, as figuras, os Governos, a Santidade,
Que fazem para pôr fim à mortandade?
É com palavras que se sacia a boca?
Do muito que têm, um pouco bastará
Para acabar com tão triste, "ao Deus dará",
Provando que a Humanidade não está louca.\

ÉS COMO A LUA

Um dia de Agosto
Que vivo, bem disposto,
Vi o percurso da Lua.
Surgiu, em fase crescente
E, lenta, numa órbita sua
Foi "dormir", brilhando, a poente.

Mentirosa como ela é,
Não faz em mim, perder a fé.
Algo de grandioso a comanda
Nas quatro fases da existência;
Persistente em sua permanência,
Sob a vontade de quem manda!

É fascinante, a Lua!
Nesta verdade, nua e crua,
A ela me fazes lembrar:
Tens fases, és brilhante!
Tal como um puro diamante
Que a vida me veio dar.

UM ENCANTO DE DISCURSO

"Não podemos viver acima das nossas possibilidades"!
Do senhor de la Palisse, poderia ter saido esta verdade.
Mas não! Foi proferida pelo Senhor Presidente.
E, a ele me dirijo, no maior dos respeitos.
Vª.Exª., tem toda a razão; estamos cheios de defeitos.
Mas há, outras medidas a tomar, de modo urgente.

Como por exemplo, a redução dos seus proventos.
São tantos, angariados ao longo dos tempos
Que porventura, por desnecessários, dariam aso
À ajuda do sanar das muitas carências
Que afligem os mais pobres, cujas exigências
Se somam aos milhares, confirme o caso.

Ao falar de Vª.EXª.,o mesmo direi de seus pares;
Dos muitos que conhecemos, com reformas invulgares,
No total somatório, valor e, acumulação.
Será imperioso ser tão rico, em país pobre?
Reveja esta verdade; Do excesso que sobre,
Crie, um Fundo Humanitário ou uma Fundação.