segunda-feira, 30 de abril de 2012

B.P.N.

Com três letrinhas apenas
Se escreve a maior fraude
Que a "faminta hiena",
Pela fartura, aplaude.!
Roubaram, com desfaçatez,
Se pagaram, como marajás,
Responsáveis, por tacanhez,
Nas regulações, tão más!
Mal que teremos de suportar,
Nós, os mesmos não culpados.

Sem Justiça a condenar,
Paga o povo, bens roubados!
Ausente, punição humana,
Deus, sem misericórdia,
Castiga todo o sacana
Que em 3 letras, fez mixórdia!

domingo, 29 de abril de 2012

VAMOS SORRIR

É hoje,
"Dia Mundial do Sorriso".
Pois que não seja preciso
Lembrar: Sorrir, é bem
Para a alma dum triste!
A propósito, já sorriste,
Hoje, neste dia, a alguém?

Pois,...
O sorriso não empobrece,
A quem o concede!
Mas tanto enriquece,
Aquele a quem se cede!

E tu, tens um sorriso, tão lindo!...

VOCÊ NA TV

Quanto valerá, o gesto "foleiro",
Das tão patéticas criaturas
Que na TVI, por dinheiro,
Se juntam às tristes figuras?

Rodar as suas mãozinhas,
À voz do mandante da festa?...
Pobres, daquelas avozinhas!
No espectáculo que não presta!

FRASES CÉLEBRES

O Procurador Geral da República,
Exmº.,Senhor Dr.,Pires Monteiro
Na defesa da pura Causa Pública
E porque é, um beirão por inteiro,

Num gesto elevado e notável,
Afirmou, referindo-se ao Futebol:
"...lutar para que fique virgem e intocável..."
Isto dito, num lindo dia de sol!...

sábado, 28 de abril de 2012

QUEM PEDE SACRIFÍCIOS...

Sacrifícios, quem os pede
Deveria dar o exemplo
A Justiça, só se mede
No igual atendimento

É Carnaval

Porque estamos no Carnaval
Vamos mascarar um país
Criar, o Reino Animal
Revelar, o mal da raíz.

Então, cá vai a "dica":
Os Ministros, virão de burro;
A cauda, bem lhes fica
No pelo, cinza/escuro.

Secretários, assim...nas mesmas
Porque lentos, sem traquejo
Mascaram-se, de moles lesmas
A rastejar no seu manejo

Assessores, de cultura rasca
Virão mascarados de caracol
Recolhidos na sua casca
Ou com os cornitos ao Sol

O Presidente da Casa Cheia
Anafado, figura sisuda
Traz máscara de baleia
A comer, uma bicuda.

Deputados, porque tantos
Se vestirão de vendilhões
Ou com asinhas de santos
A declamar, lindos sermões

Então e o resto? O povinho?
Que máscara, irão ter?
Ora bem, a de carneirinho
Não tem nada que saber!...

Porque guardei para final
O célebre, grande pastor
Lhe reservo, lugar de animal
Adquado, ao seu valor

Ainda não foi inventada
Máscara própria e à venda
Mas será, Besta Quadrada
Pelo muito que atormenta!

E porque no Carnaval
Nada parece mal
Viva todo o "maralhal"
D/um país tão surreal!

8 de Março deste Ano de 2011

VEM AÍ A PRIMAVERA

Reserva,da Mãe-Natureza
Tudo o que ela te dá
Na sua anual certeza:
Primavera!Ela virá!

Sem nada te pedir
Além do reconhecimento
E a quem deves servir
No teu melhor tratamento

Terás,depois,a recompensa
No perfume,florir das flores
Servidos sem avença
Em paleta de mil cores

E os frutos se seuirão
Em ciclo perfeito,repetido
Nos estios do Verão
A sequencia,lhe dá sentido.

POESIA AO LUAR

Nesta noite de magia...
Ai!...como eu gostaria,
Ter engenho e muita arte
Para compor, ode melódica
A juntar, a voz pródiga
E, com ela poder cantar-te!

Dizer o que és, foste e serás!
Se possível, voltar atrás
Para afirmar, o que não disse,
Num alheamento indesculpável,
Quando em ti, era palpável,
O amor puro, da meninice.

Com o tempo, me fiz poeta;
Porta fechada, é agora aberta;
Entrou em mim, o tal sentimento!
E, pensando em ti, nasceu a rima
Que me faz ver-te, de novo menina
Com os loiros cabelos ao vento...

Então, criei esta noite para ti;
Para reviver, o bom que já vivi.
Convidei a Lua; pedi que não faltasse
A este recordar do Passado,
Como testemunha dum amor reafirmado
E, que bem cheia, nos iluminasse!...

E, a Lua obediente...veio, em Quarto Crescente!

AO MANUEL PEDRO

Sarnadinha, ficou mais pobre;
Deixou-nos, um dos seus;
Neste sentir simples, bem nobre,
Lhe tributamos, o nosso adeus,

A perda; a triste partida,
Não apagará  memórias,
O quanto foi, nesta vida,
Em todas as suas vitórias.

Faz pois, todo o sentido,
Dizer-te que connosco continuas;
Onde estiveres, estamos contigo!
Aqui, as nossas vivências, serão tuas.

O nosso pesar, em 5 de Outubro/2011.

O REGRESSO

Ao regressar de férias, retomo, em verso,...
...as minhas lérias!...

EM DESALINHO

Sou, um autêntico desalinhado;
Esquecido, vulgar, despreocupado.
Dono e senhor, do meu ego,
Vivo e deixo os outros viver;
Cada um, como lhe apetecer!
E, à minha filosofia, nunca renego.


REENCONTRO

A ti camarada, um dos muitos
Da nossa antiga luta,
Te procuro hoje. sem outros intuitos
Que não, a da simples permuta,

Do reviver dum passado,
Distante mas sempre presente,
Quando, sofrendo, lado a lado,
Sentíamos a alma doente.

Tudo era mau e contrário:
A saudade, o medo, a carência;
Registados, no meu Diário,
São a prova, da evidência.

A quem valeu, tanto sacrifício?
À Pátria, no dever que ela impunha?
Ou, ao enganoso artifício,
De quem julgava e, supunha?...

Ficam connosco as convicções!
O Passado, é óbvio, já passou;
Recordêmos, nestas nossas reuniões,
O muito que demos e,...lá ficou!


"FILOSOFIA" DE FAMÍLIA RICA

O montante, é de muitos milhões!
Há famílias bem ricas em Portugal.
Mas, tanta fartura, levanta questões:
É trabalhando que se amealha, o "cabedal"?

Por Deus! Não me julguem invejoso;
Porém, saber que fui contribuinte
Para o acumular, de "bolo danoso",
Faz-me sentir, como um pedinte.

Um clarão, ilumina a minha mente!...
A tanta relutância em punir,
Os ricos, no "afiar do seu dente"
Para obter milhões, sem "bulir",

Tem afinal, razão de ser!
Como pode aiguém, com bom senso,
Criar Leis que lhe tirem o prazer,
De acumular, um bem já extenso?

E, ficaram assim nas gavetas,
Medidas que se desejavam justas;
Corrupção, riquezas das tretas,
Nada em Tribunal; Poupam-se, as custas!


O NABAL

Estão a transformar Portugal,
Num ridículo e extenso nabal.
Políticos incompetentes, sem "pinta"
Juízes que não sabem julgar,
Inadaptados, todos fora do lugar
E, muitos "artistas", mestres da "finta".

Há nabos em todos os sectores
E, todos se intitulam doutores!
Quem paga tais desmandos?
Claro! O pobre Zé Povinho,
Já sem dinheiro, pró vinho
Que faça esquecer, tais malandros!


A TEIA

Estão tecendo, uma tenebrosa teia,
Os maquiavélicos donos da tutela;
Lentamente, sugam o nosso pé de meia;
Já pensamos voltar, à luz da vela.

Tudo encarece de forma brutal
E, no centro da teia, o sorvedouro
Abocanha, a bem e a mal,
Da maioria, o parco tesouro.

É insasiável, "a fome do bicho"!
Tudo nos come, tudo devora!
Dejecta e, nos transforma em lixo.
Tal como nos chamam, lá fora.

Há porém, os intocáveis
Aqueles, a que nada se apanha;
O rico, de bens incalculáveis
Que da teia, também se amanha!...

OS "RATINHOS" DA BEIRA BAIXA

Elejo, o prato "ratinho",
Símbolo, da jorna suada;
Das gentes do meu cantinho
Que na Beira, têm morada.

Em ceifas, do Alentejo,

OLIVEIRAS D'ALAGADA

RASCUNHO DE UMA HISTÓRIA

Nas brumas do Passado,
Povo rude e esforçado,
Construíu, a braço, pequeno país,
No tempo que era de conquista,
O valor da coragem se regista
Em canhenhos, preservados de raíz.

Palmo a palmo se ganhou terra,
Na dura e constante guerra,
Contra fronteiros ou mouros irados.
A História, aumentou de volume
E, os feitos vieram a lume;
Sendo pequenos, por muitos louvados.

À indiscutível força da bravura,
Faltou-nos, o incentivo da Cultura.
Continuámos rudes, porque serranos;
Evolução pouco ou nada compensadora,
Fomos uma Nação algo esbanjadora,
Da riqueza conseguida por antanhos.

Pelo Império se dilatou a Fé!
Rezam as crónicas que assim é.
Outros interesses, gerados pela cobiça
No alargar fronteiras, além-mar...
E, epopeias de muito espantar,
Dum povo isento de mole preguiça.

Depois, foi o que se viu<:
Monarquia, presa por um fio!...

República implantada e desfeita,
Num corropio do alcançar Poder.
Cada um e todos, com fraco saber;
Pátria lazarenta, na sua maleita;

Até à chegada do tal ditador!
De Economias, um certo doutor

OLIVEIRAS D'ALAGADA

O PAGADOR DE IMPOSTOS

Assinalo, a triste verdade
Que vai sendo uma realidade,
Vivida nos tristes dias.
Para que nascemos, afinal?
Sustentar apenas o "animal"
Que "come" as nossas valias?

Viver, só para pagar impostos?
Como ficar assim expostos,
Ao saque, em ritmo continuado?
Agora, nova taxa; outra cobrança,
Tudo a pesar no prato da balança,
Do tal "bicho insaciado"?

E é tão pérfido, o "animal"!
Inventa! De tudo se vale
Para justificar o que devora!
À face da lei ou contra ela,
Não para de encher a gamela,
Indiferente, à pobreza que chora.

Que raiva, meu Deus! Tamanha!
Será que, chegada "a velha da gadanha",
No final de qualquer vida,
Se cobrará, à pobre criatura,
Porque faleceu de morte prematura,
A coima, que seja atribuída?

        Só falta!
         P.S. - Um alerta para a malta!

A CONSTITUIÇÃO

Como emendar a Constituição
Se, quem a promoveu,
Só pensou no bom quinhão
Que iria ter, como seu?

Foi feita a pensar no futuro,
Dos governantes de então.
Nada de tiros no escuro!
Foi a bela sem senão.

Agora, passados os anos,
Já são outros no "poleiro".
Q'importa, se os danos,
Nos cabem por inteiro?

sexta-feira, 27 de abril de 2012

BURGUESIAS

A Excelência, aposentada,
Que "abomina polícias",
Em notícia divulgada,
Cria, hilariantes malícias.

Porque o ilustre da "cena",
Preservando, a obesidade,
Tem defesa, nada pequena
Que lhe guarda a propriedade,

Da primeira habitação,
Casinha de campo, ar de Sintra,
Etc, e da praia, pois então!...
Tudo defendido, à "lei da finta"!

Dia e noite, sem descanço,
14 elementos fardados
Para que o senhor, no ripanço,
Sinta os haveres bem guardados.

Se gratificados, seria normal;
Mas embora não seja adivinho,
Acredito! Aqueles serviços prestados,
São pagos, pelo "Zé Povinho"!

Moral da estória:
Essas tais Forças da Ordem,
Não dariam muito jeito,
Na salvaguarda, da desordem
De que sofre, um sujeito?

"...e depois, um dia,
a História, os julgará"!
Antes, maior valia,
A vindouros, se pedirá.
                  
          C.M., 26.4.2012.

A CONSTITUIÇÃO

Como emendar a Constituição
Se, quem a promoveu,
Só pensou, no bom quinhão
Que iria ter como seu?

Foi feita, a pensar no futuro,
Dos mandantes de então.
Nada de tiros no escuro!
Foi a bela, sem senão.

Agora, passados os anos,
Já são outros no "poleiro".
Q'importa, se os danos,
Nos cabem, por inteiro?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

ABERRAÇÕES PROMOCIONAIS

Até sou vosso cliente!
Mas vos digo, fico doente
Com essa moda indecente
E danosa, por persistente.

Tudo a rimar, "Continente"!
Mudando agora de adjetivo,
Tomem nota, fique assente,
Essa atitude de despautério:

Folheto promocional, 84x59?
Qual a idéia que vos move?
E, os preços, tudo a nove?
Ora bolas! Ide ver se chove!...

COMPASSO DE ESPERA

A vida, é compasso de espera.
Esperamos nove meses para nascer,
Enquanto a mãe, desespera,
No enjoo do seu sofrer.

Marcamos passo, no crescimento;
Primeiro, o gatinhar a quatro,
Tudo em compasso lento,
Ao erguer-se, no sapato.

Depois, o desinibido juvenil,
Esperando a entrada na Escola,
Brincadeiras, devaneios do pueril,
Até ao pegar na sacola.

Soletrar as primeiras letras
Na espera do conhecimento
Que virá, ligado às tretas
Do esperado momento.

Porque quem espera, desespera,
O dia do exame chegou!
E o menino, a "pequena fera",
Sabedor da matéria, passou!

A espera não acaba! Continua!
Prosseguir os estudos, no seguir;
Entrar na Avenida; deixar a rua.
O canudo, será fruto do porvir!

Compasso de espera, finalizada,
No encontro da alma companheira.
Valeu a espera! Encontrou a amada
Que o será, pela vida inteira.

E o ciclo da espera, a esmo
Tal como numa revolução,
Se reforma, voltando ao mesmo,
Agora, com a futura geração.

Repito:
A vida é compasso de espera!
E, se quem espera sempre alcança,
Esperar, o que nunca se gera,
É frustração; morte de criança.

Tal foi suprimido; ultrapassado.
As sucessivas esperas, acumuladas
Somam os anos; presente e passado.
E, finalmente, nos vamos...somos levados!...

INQUIETUDE

Sinto, a alma inquieta.
Como criança irrequieta,
Procuro o que não tenho.
Mas não sei o que procuro.
É como andar no escuro,
Sofrendo anseio tamanho.

E porquê, se estou realizado?
Muito tenho do ambicionado,
Deus me dá, saúde na vida!...
É estranha, a humana natureza:
Cria dúvidas, onde há certeza,

Ou dá valor, a uma letra vencida!

DESEJO IMPOSSÍVEL

Há quem esteja na reforma
E se desejaria, na retoma
Às atividades já exercidas.
Lembram-se, daquela honestidade...
Da palavra, da sua verdade,,,
Dum Homem, das nossas vidas?

Ramalho Eanes, distinto General!
Ele, incomparável, sem igual,
No exemplo, ao tempo presente!
Com saudade, o recordamos
E, só é pena, não possamos,
Tê-lo de novo, Presidente!

25 DE ABRIL - A COMEMORAÇÃO

25 de Abril, sempre!
Afirmação da "tal gente".
Que ganhámos, afinal?
Pergunta o homem comum,
No seu continuado jejum.
Pouco! Continuamos mal.

"Zurrindo", idéias brilhantes
Um dos tribunos bem falantes,
Esquecido, de que a rosa murchou,
Lembra, "as portas que Abril abriu"
Omitindo, quem as fechou e traiu,
No lesa Pátria que tanto gastou.

ASSEMBLEIA EM FESTA

Se comemorar, pressupõe festa
Porquê, aquele franzir de testa,
Dos macambúzios presentes,
Às cerimónias, do dia tal...?
Aquilo, mais parecia um funeral,
Naquela Assembleia de sábias mentes.

Lá, fizeram tanta falta,
Como viola num enterro,
Os ilustres, que a malta
Aplaudiu, na volta do desterro.

38 ANOS PASSADOS

Para alguns, o "25 de Abril"
Foi acontecimento "baril"!
Regressados da emigração desejada
Onde estavam, rabo entre pernas,
Puderam voltar às casernas
E procurar, boa e farta estada!

Foram, uns "heróis da treta"
Que com pavor da baioneta,
Fugiram, à tropa e à guerra.
Democratas por excelência (?)
Receberam honras de continência.
Por eles, o povinho na berra!

Passados que são, 38 anos,
Pouco mudou; mantêm-se os danos.
Eles, alcançaram o seu reinado
Mas a maioria, este pobre povo,
Pouco ou nada, recebeu de novo,
Para além, de não ficar calado!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

RECEITAS DE CULINÁRIA

Por méritos bem ortodoxos,
É vê-los, Chefs., famosos,
A criar os paradoxos,
Em pratos, tão gostosos!...

É a Televisão que temos
No enjoo da fartura.
Assim, como os vemos,
Só nos criam e tortura.

Se a fome é latente e grassa,
Ver os ases cozinheiros,
Confeccionar, arroz ou massa
Para quem tem poucos dinheiros?

Será aumentar mais a fome
Daquele pobre desempregado
Porque a vista não come,
Continuará, desempregado!

O LIVRO

No pricípio foi o Verbo,
Palavra que o vento não levou
Porque o génio do cérebro,
Pela escrita o preservou.

Na pedra, antecedendo o papiro,
Gutenberg, melhorou impressão,
Sabem a que me refiro;
O Livro, nasceu, desde então...

Hoje, é o seu dia.
Em todo o Mundo se comemora.
Ler, suprema alegria,
De quem as letras namora.

Apaixonado desde menino,
Tantos livros namorei!...
Não quis ficar pequenino;
Por muito ler, m'elevei!

DIA MUNDIAL DO LIVRO

Um livro é companhia
Para quem vive sozinho
Conheço alguém que não lia
Morreu triste, o coitadinho!

O Livro tem hoje o seu dia!
Lhe foi dedicada esta valia
No Mundo da Criação,
A juntar a tantas outras.
Mas se algumas, bem loucas,
Esta, tem justificada razão.

Quem não lembra, o primeiro...
Nosso estimável companheiro,
Do bê a bá; abcd?
O soletrar; alegre cantoria,
Juntando letras, a sabedoria,
De decifrar o que se lê?

Depois, os outros mais eruditos,
De estudo, calhamaços, manuscritos,
Romances, aventuras, poesias!
O quem a ler aprendeu
Se fez gente e cresceu,
No descobrir de mil fantasias.

Com eles, livros, se formaram doutores,
Engenheiros, físicos, outros valores!
Esta verdade, todos a tomem!
Enquanto seres vivos,
Abençoêmos todos, os livros
Porque, O LIVRO FEZ O HOMEM!

domingo, 22 de abril de 2012

SEXTILHAS COM SAL E PIMENTA

Os predadores da selva urbana,
Da espécie, dita humana,
Sugam os iguais da sua raça!
Lhes tiram, através de impostos,
O que é seu, por supostos
Trabalhos, feitos sem trapaça.

Vivemos num credo: Ai Jesus!
Tudo nos tiram; tudo se reduz.
Então e "eles"continuam na mesma?
Aquela multidão toda em Assembleia?
Reduzam também a totalidade para meia
E continuem, ao mesmo ritmo da lesma.

Estamos na era da redução.
Tudo nos tiram, até a ganha pão!
Subsídios, regalias e direitos.
Mas à falada gordura do Estado,
Digam o que já foi tirado?
E aos iluminados seres perfeitos?

Neste domingo, dia do Senhor
Quero que dediques um favor.
Tenta mudar; diferente, melhor!
Vencida essa tua preguiça,
Anima-te de Fé! Vai à missa.
Ficarás, crê, um ser muito melhor.

Vivo, de todo inconformado
Neste lamentável Estado!
Ao estado a que chegou,
Um pequeno país, tão grande
Que o foi e não se expande
Porque a "podridão", o amputou.

Se penso e logo existo
É natural, perguntar isto:
Sendo a Democracia o povo
Porque se tira à revelia
Do povo, a sua maquia?
Será, a ditadura de novo?

FEIOS PORCOS E MAUS

São sempre os mesmos, como uma horda,
Agarrados aos tachos; andando à roda,
Comendo, "o prato bem cozinhado",
Com muita gordura acumulada,
Dada pelo sistema, de mão beijada!
A tal gordura, falada, do Estado...

Sequência de banquetes finalizados,
Algo de bom, têm os felizardos:
Reforma milionária e perpétua!
Pois se tanto deram a este país
Que fique registado na matriz,
O bom abrigo final para a récua!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

PRIMAVERA

Já tenho as andorinhas
Em volteio,
Nos beirais
Da minha casa d'aldeia.
Com elas, veio a prima,
De nome Vera.
Chega sempre,
Nunca espera!
Vem contente,
A perfumada Primavera!

Páscoa, 2012.

O RIGOR DOS INQUÉRITOS

Aberto rigoroso inquérito!
Voz corrente dos responsáveis,
Acerca de algo que no pretérito,
Causou danos, lamentáveis.

Mas no binário, causa/efeito,
É bem fácil constatar:
Na prática, tudo fica rarefeito,
Antes do inquérito começar.

Portanto, quem pode acreditar,
Nessa falácia perniciosa
Que vos deveria envergonhar
Pela prática mentirosa?...

TE PEÇO

Minha amiga,
Me abriga
Quando ficar só;
Mas não por dó...
Antes, com um afago
Quando, a teu lado,
Ainda puder sentir
Que o sorrir
Dará a esperança
E que a bonança
Está contigo,
Porque és, o abrigo.

ODE A POETISA ALENTEJANA

Colhi uma rosa perfumada
Ali, na margem do Guadiana
E em Mértola, Vila caiada,
A dei, a poetisa alentejana.

Me agradeceu, bem sorridente
Como é seu apanágio;
Receber pouco e ficar contente,
Quando o gesto não tem plágio.

Irmanados pelo mesmo gosto,
Falámos depois, temas dispersos,
Apreciando, alaranjado sol posto,
Motivo para criar novos versos.

Nesse momento de fantasia,
Não se leve a mal o gracejo,
O nosso encontro, naquele dia,
Terminou, com um poético beijo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

...TODOS OS DIAS

Vivo num turbilhão de rimas
Que aprisiono no papel.
Elas são as meninas
Da minha Torre de Babel

Que sobe até ao limite
Da imaginação variada;
Um insaciável apetite,
Da fome não saciada.

Ansiedade que não acalma;
Há sempre, um mais querer!
Até onde terei alma?
Quando deixarei de escrever?

Tal não quero, todavia!
Alguém, por louco me tome,
Mas roubar-me esta alegria,
Será morte, pela fome.

Dizer o que sinto na alma,
Com esta minha mão dextra,...
Me completa, me acalma...
No viver que pouco resta.

PORQUÊ?

Menino que chora com fome,
Idoso, tremendo de frio,
Doente que a febre consome,
Trabalhador de prato vazio,

Estas e outras desgraças,
Tão vistas nos nossos dias!...
Almas negras e devassas
Que tu Deus, não alivias!...

O DESGOSTO

Começo a sentir desgosto
De ter nascido português.
Sentir na boca, o mau gosto,
Da não resposta aos porquês.

Porquê, tamanha incerteza
Que cresce no dia a dia?
Seja declarada a pobreza
Que à mentira não se alia.

Sendo pobres declarados,
Porquê pagar como abastados?
Se somos sempre paus mandados,
Dos outros, bem instalados?

A vergonha desta Europa,
Manter-nos assim, contidos
Me faz lembrar a "tropa"
Daqueles tempos já idos,

Em que o boné de pala
Não deixava olhar p'ra cima;
Queixume, do pobre "magala"!
Era triste, a sua sina.

COMUNIDADE EUROPEIA?

... pois que me abanem!
Até me agridam
E muito danem,
Mas por Deus, digam:

Como pagar igual
Aos outros ricos países
Se não temos o aval
Que nos faça tão felizes?

Bruxelas, dita e manda!
Portugal, tacanho, paga!
Assim, a quem nos comanda,
Lhe direi, "vá à fava"!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

QUE MAIS PODE ACONTECER?

Que mais poderá acontecer
A um pobre cidadão
Que no acto de nascer
Já sofre a punição,

De vida dem futuro?
O emprego, nem se verá,
Vatícinios, só so escuro
Dum desígnio ao Deus dará?!

FOTOGRAFIAS VIRTUAIS

Descrever o que o olhar alcança!...
Quem me dera pintar com palavras
Aquele lindo sorriso de criança;
Palavras de amor que balbuciavas...

A expressão da senhora bondosa,
Frágil pela idade, que caminhava
Com o seu pequeno cão e, cautelosa,
Vendo o chão irregular que pisava,

O mendigo invisual, de mão estendida,
A caridade indiferente ao seu lamento.
Ou o sem abrigo, aparentando boa vida
Como se ela não fosse de sofrimento...

Jovens irreverentes na passagem
Do Colégio para casa, em chilreio,
Transmitindo como que uma mensagem
Do futuro, com risadas de permeio.

Aquela dama finória, nova rica,
Ostentando abastança sem berço;
Rosto pintado com tintas de botica,
O péssimo gosto, dum tardio começo.

O casal enamorado, de todos ausentes,
Beijando-se livremente, sem púdores,
Deixando que passassem outras gentes
Carregando os seus próprios amores.

Além, um cão vadio sem sossego,
Farejando com insistência, na procura
De quê? Pois se o dono, vulgar labrego
O abandonou, na viela escura?!

Tantas as imagens já captadas
Com a camera no modo automático;
Todas elas, serão bem guardadas,
Neste meu Mundo, "sonhador e errático".

PEQUENO DEFEITO

Processos amontoados,
Atados com barbante,
Alguns, decerto ignorados
Do julgamento distante.

Triste imagem da Justiça
Que temos e não temos,
Reveladora da preguiça
Do tão pouco que fazemos.

Desta causa/efeito,
Caricato e perverso,
Apenas, pequeno defeito
No nosso grande Universo (?)

DIA MUNDIAL DA VOZ

"Dia Mundial da Voz"
Data que se comemora!
Por esse Mundo atroz,
Alguma, decerto chora!

É a voz do inconformado
Triste, choroso por dolo
Do quanto foi negado
A seu dono, em desconsolo.

Uma voz, canta inspirada
Denotando alegria de viver;
Será, de mulher apaixonada,
Expressando, o seu bem querer.

Vózinha débil de iniciado,
Balbuciada com pouco nexo
De pequenino, por avó mimado,
Pedindo colinho, ou amplexo.

Também pela voz, a rebeldia
Dos que se sentem enganados
E na luta do dia a dia
De pouco são compensados.

Voz enganosa, voz da razão,
Vozes que não chegam ao céu,
Umas sim, outras não,
Muitas em comício, são escarcéu!

São mais do que as nozes,
Até se diz na gíria popular,
Quando são muitas as vozes
Que mentem, no apregoar.

Bem alto e de bom som,
Dádiva com que fui prendado,
Aproveito, usando este dom
Para vos deixar o recado:

Por terem voz e abençoados,
É bom que tal o possam sentir.
Jámais, se fiquem calados,
Quando alguém vos mentir!

domingo, 15 de abril de 2012

COMO?

Como poderemos nós evoluir
Se tudo está a regredir?
Me responda quem souber
Seja homem ou mulher!

Um Presidente de mansas falinhas
Que mais parecem piedosas ladaínhas
E Executivo, do ora sim ora não,
Como poderá haver, "bom sermão"?

PARA MEMÓRIA FUTURA

Traz muita água no bico
O que algures foi dito:
A velha Maternidade irá fechar!
Hoje, neste instante, aqui e agora,
Vos garanto que sem demora,
Saberemos da negociata a criar.

Talvez, Grande Hotel Angolano,
Banco chinês... ou americano!...
Será, empreendimento de milhões!
Como gosto de palpites e vatícinios,
Aqui deixo uns quantos desígnios,
De engorda, dos habituais figurões!.

Maternidade Alfredo da Costa, claro!

3 SANTINHOS PROTETORES

Santo Agostinho, o da Verdade,
S.Jerónimo, da Sabedoria.
Para completar a Trindade,
S.Gregório, o Justo, se dizia.

Com este bento triunvirato
Se endireitava a nossa vida.
Na simplicidade, sem aparato.
Do justo peso e medida.

Mas nem os santinhos nos valem!
Nem de Fátima, a Padroeira.
Só demónios que nos ralem
Nesta imensa roubalheira...

Verdade - Sabedoria - Justiça!
Que mais o Povo cobiça?

DIA INTERNACIONAL DO BEIJO

Hoje, "Dia Internacional do Beijo"!
Desde logo, surgiu em mim um desejo
E desse modo, te mimar!
Associando a data, me dei a pensar:
Quantos beijos já demos, nesta vida?
Lembras? Eu, perdi a conta, por desmedida!
Alguns porém, são difíceis de esquecer.
Como o primeiro que te fez estremecer
Ou aquele outro, da reconciliação,
Onde bebi a lágrima do teu perdão!...
Foram tantos!... Alguns, sofridos em despedida
No invés, do regresso, com alegria incontida...
Mas todos com Certificado de Valor,
Endereçados a ti! Selados com amor.

SER COMO SOU...

Porque estás a meu lado
Bem que Deus me concedeu,
E recordar o nosso passado,
Penso, no quanto valeu,

Teres entrado na minha vida!
O que foste, ainda és, serás sempre,
Mulher completa, enriquecida
Pelo teu apelido que não mente.

Os "frutos"que geraste no ventre,
Alegrias por mim sentidas na hora,
O paradoxo de me sentir contente,
Ouvindo o filho que chora!...

O alindar do nosso "ninho",
Onde quer que ele se situasse,
Nas Áfricas, aqui mais pertinho,
Fez com que sempre te amasse,

Não tanto como decerto desejas;
Mas crê! Esta aparente frieza
Que criticas porque a almejas,
Será, tanto mais, uma tristeza;

A de não poder compensar-te
Com todos os valores do Mundo,
Por ti merecidos; e não só gabar-te.
Tal não basta! É pouco profundo!

Mas sendo assim, tal como sou,
Pecador, porque homem com defeitos,
Aceita de bom grado, o que dou
Apesar de tão áridos os meus jeitos.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

TRISTE FIGURA

Do ser humano
Aquele homem, virou bicho;
Com todo o dano,
É agora lixo.

No seu pensar,
Vazio de conteúdo,
Sempre a errar,
Irresponsável miúdo,

Veste o ridículo,
Fala vocábulo boçal!
Indefinido, atípico,
Sujo; cheirando mal!

Sem préstimo válido;
Amparado por liamba,
Magreza de esquálido
Que no todo descamba,

Num fim já traçado
Sem valimento,
Perdido, nunca achado
Para algum acolhimento.

Sem culpas, à idade.
Nada lhe foi concedido.
Errante pela cidade,
É mais um caso perdido!

QUARESMA

Sexta Feira Santa
O Cristão canta
Salmos de dor
Pela morte do Senhor.

Quaresma, no seu findar;
Antevisão do regresso.
O milagroso ressuscitar!...
E Deus, vos peço:

Dai, ao mártir filho,
Todos os poderes celestiais
Para que o nosso trilho
Nos torne bons mortais.

Concedei-Lhe, a Luz
Que iluminando a Terra,
Em Verdade se traduz
E, a Bondade encerra.

Assim, todos possamos,
Recebê-la, por Graça,
Guiar o caminho, sem enganos,
Saber, onde o Bem, passa!

LUCROS ESCANDALOSOS

A elétrica nacional,
Declarou, um lucro colossal!
Para cima de mil milhões!
E será que ninguém vê
Nessa fartura da EDP,
Motivo de preocupações?

Porque, vamos lá a saber:
Nós pagamos e a doer,
Das energias mais caras do Mundo.
Os lucros, se comedidos
E pelos consumidores, repartidos,
Õ facto, calava bem fundo.

Mas não! Acima os accionistas!
E como são todos "chupistas",
O "Zé Pagante" que se dane!
Acrescem, taxas fantasiosas;
De frio, as pobres almas chorosas
Sem aquecimento que as sane!

Vivam as EDPS!
Se traduza para chinês.

FÁBULA DO COELHINHO EXIGENTE

Um coelhinho, algo descuidado,
Foi buscar lã e ficou tosquiado!
Imaginou, obter mundos e fundos;
Para tanto, estabeleceu metas,
Elaboradas por uns quantos patetas,
Outros láparos, dos seus mundos.
Vai daí, toca todos a inventar,
Onde e como se deve ir cobrar.
O tiro, saíu pela culatra!
Fecharam restaurantes pelo IVA;
Nas Scuts, nem se vê alma viva;
Não se exportam, pastéis de nata!
Combustíveis pela hora da morte,
Dos mais caros, a Sul e a Norte!
Bastaria cortar na gulodice,
Dos impostos que os encaressem!
Assim, os carros não se abastecem
Devido a tamanha idiotice!
A ambição que mata o Homem
Em devida conta, a tomem,
As cabeças falhas de visão.
Que raio de dirigentes temos?
Não veem o que todos nós vemos?
É simples parolice ou apenas negação?

EMPREGOS DE LUXO

Quem "houvera" de nos dizer!
Um País, de tão pouco ter,
Com profissões compensadoras!
De todas as mais conhecidas,
Não falo; são compreendidas;
Direi só, das enganadoras.

Basta ler os vespertinos,
Contatar que "certos meninos",
Eram pagos com muitas notas.
"Chóferes", como dantes se dizia,
Ganhavam mais num só dia
Que muitos doutores janotas.

Acresciam, as mordomias,
Subsídios e outras regalias,
Tantas, e no dito vencimento,
De outros sete, e este iguais,
Atingiam verbas colossais!...
Registai, para cabal conhecimento.

Não se trata de qualquer mistério;
O que digo não é demais;
Isto, apenas num Ministério!
Dúvidas? Consultem os jornais.

ME SINTO,...

Longe do Mundo, a pobreza escondendo
E com raiva, a morder desgosto;
Me revolto por palavras; defendendo,
Através delas, o que foi deposto!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

BONS OU MAUS EXEMPLOS

Muito acima do tolerável,
"Voava" a 200, a figura honorável
Do nosso ilustre, ex-Presidente.
Eis quando, os atentos radares,
Visionaram que o Dr., Soares,
Prevaricou, de modo indecente
Como mandam os regulamentos:
"Venham lá esses documentos"!
"A multa vai ser aplicada".
Mas um ilustre não se insulta!
Resposta: "O Estado paga a multa"!
Tal foi dito, de forma pouco educada.

Toda a estória tem sua moral;
E nesta, o que deveras ficou mal?
Cassação da carta ao motorista,
O azedume de Sua Excelência
E para maior indecência,
NÓS, pagamos a multa, à vista!

PREPOTÊNCIA DE VELHO

Ilustre,

Com tanta experiência de vida,
A dita, não o ensinou
A ter prosápia comedida
E respeitar quem o julgou?

Só porque foi... O que foi?
Senão privilegiado mortal?
De carregar a canga do boi
Que se chama Portugal?

E hoje, no opíparo banquetear
De tantas mordomias; incontáveis,
Dar-se ao luxo de mandar pagar
As multas, a si devidas e cobráveis?!...

ENDIVIDAMENTO ILÍCITO

Os "Marretas", chumbaram,
A proposta para lei,

Contra os que roubaram
E vivem, vida de rei.

Enriquecimento ilícito?
Porque não? Está na moda!
O tribunal fictício,
Não julga; se acomoda!

Fica tranquila a vilanagem!
É só encher o saco...
Da esperteza como ajem´
Terão sempre, bom "naco"!

REFÚGIO

Declinava o Sol a poente;
Voltavam ao poiso em bandos,
As aves, na busca de lugar quente
Para se aninharem, sem desmandos.

Cansado, também eu regressava
Vindo da labuta diária.
À minha volta, gente apressada,
Na mesma ânsia primária.

O regresso a casa, ao ninho!
Lá, a família na espera.
Refúgio, lar ou castelo;

Rico, remediado, pobrezinho,
É o espaço que ELA esmera!...
Onde tudo parece belo!

CAMINHO CERTO OU ERRADO?

"Portugal no bom caminho"
É o que dizem os doutores.
Porquê então, este espinho
Que me provoca tantas dores?

"Parvo é que eu não sou".
A frase, alguém a criou;
A plagio, com muito prazer
Para denegrir com agonia,
A hipócrita fantasia,
Do que andam a fazer.

O exagêro, dá cabo da Economia!
Falo de impostos e portagens, à revelia,
Do que seria justo e pagável.
Assim. não se incentiva o cobrar
Dos compromissos a pagar;
Se reduz, o supostamente colectável.

Eu disse isso mesmo, ao momento.
Sabia que iria surgir o contratempo!
A prova, aí está, nua e crua:
Definham, os montantes nas Finanças,
O povo, guarda no colchão as poupanças
E não tardará, o "movimento de rua".

SOIS TANTOS

Na minha vida já longa,
Nunca vi, tanta gentalha
Que fala, critica e zomba
E, por vezes, até ralha,

Da Política, flagelo maldito!
Comentadores, analistas, pivôs,
Politólogos, do dito e desdito.
Uns, são jovens; outros "avôs"!

É de manhã, até à noite
Num repisar deveras irritante;
E náo há quem se afoite,
A pôr termo ao desplante?!.

Bem sei! O mal é evitável.
Basta mudar de canal.
Mas como? Náo é viável!
A "peste", é no todo, geral!

Volta à meninice... desanda;
Desenhos animados,distração,
É escolher, no "Canal Panda"
E não ouvir, o aldrabão!

PÁSCOA DOS INFELIZES

Num embrulho de mentiras,
Recebes as amendoas pascais.
Amargas; por elas suspiras,
Vendo que a desgraça é demais.

Diz agora, o fulano de tal,
Desmentindo o já prometido:
Subsídios, férias e de Natal,
Voltarão, sim... a tempo perdido!

Aumenta o período das vacas magras;
Passa agora para três anos;
Daí que as amendoas amargas,
Sejam "prenda" de desenganos.

O QUE ELES QUEREM

A voz mansa que apresentam
Em debates, ditos políticos,
Certos politólogos, afugentam,
Propósitos, quiçá míticos.

O que querem, sabêmo-lo nós:
Um poiso, lá no poleiro!
Assim, não elevam a voz.
São sempre, "o gajo porreiro"!

Dizendo bem dos senhores,
Olhados com simpatia,
E partilhando iguais amores,
Talvez ganhem, "a sua fatia"!

NINGUÉM VOS ENTENDE

Está ficando patética,
A imagem deste Governo;
Será, falta de ética
Ou pecado do estafermo?

Hoje assim, amanhã assado,
Depois, talvez seja frito,
Quem sabe se guizado...
Organizem-se! Senão, eu grito!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O MAU PAGADOR

O Estado é caloteiro!
Nesse mal, useiro e vezeiro,
Deixa muito a desejar!
Por tal culpa e assim sendo,
Sinceramente, eu não entendo,
O que passo a declarar:

Como pode alguém contumaz,
Citar a pregação de Frei Tomás?
Reparai só o que seria,
Se todos nós, cada devedor,
"Mandasse à fava", o credor?!
Dessa falta, o que resultaria?

Moral da estória, simplificada;
Paguem todos; Não devam nada!
Com o Estado, a dar a lição.
Os exemplos, vindos de cima,
A toda a gente bem ensina.
Vencerá sempre, a razão!

Não se imponha a razão da força;
E a força da razão...ninguém torça!

SEMPRE A SUBIR

Combustíveis e desemprego
É vê-los, sempre a subir!
Para nosso desassossego,
Até dá vontade de fugir!

O tanto uso de "Viagra"
Mantém o País bem têso.
Ninguém afasta a praga,
A nossa razão, ganha peso.

AUDIÊNCIAS TELEVISIVAS

Vos digo, e muito sinceramente,
Ainda tenho algumas resistências;
Mas a minha alma ficou doente!
Nas Tvs., não mediram as audiências!

Vejam só, o que isso representa
Para o nosso futuro tão ingrato!
Tanta tristeza não se aguenta,
A comida, arrefeceu no prato!

Fossem todos, pentear macacos
Ou vender banha da cobra,
Chouriças, o presunto em nacos
Ou até, a língua da sogra;

Mas ralarem a nossa existência
Assim, com problemas de futrica,
É como, me pedir paciência,
Quando perde, o meu Benfica.

Mandem às urtigas, tais audiências;
Procurem trabalhar na perfeição,
Transmitindo programas com evidências
De Cultura e simples distração!