sexta-feira, 30 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

A cada vaidade sua dona
Nesta Feira das Vaidades.
É ao toque da sanfona
Que bailam as celebridades.

O ENTREVISTADO

Deveras? Aplauso geral!
Tão oportunas entrevistas
Nesta altura do Natal,
São sempre muito bem vistas!

Não passando da negaça,
O que tem para dizer?
Porque não cala e disfarça,
Se nada há p'ra benzer?

Merece, reparo de rei,
Como aquele venezuelano!
Você sabe que eu sei,...
"Não é um gajo bacano"!

NOVO PROVÉRBIO

A País à fome,
endividado,
verdade se tome, com novo ditado:
"Casa onde não há pão,...
... não passa fome, o ladrão"!

MALTA DA TROPA

Há, os que não foram à tropa
e a Tropa, reduzem a tanga.
Louvo quem bem os topa,
e lhes chama, "tropa fandanga"!

CRIANÇAS FELIZES

Felizes são as crianças!
Elas com lindas tranças,
Eles, "senhores" do seu boné
Em alegres brincadeiras,
Sabendo, que todos os dias
Suas vidas são alegrias
Que moram em ruas inteiras!

DEPENDÊNCIA

Da Alemanha industrial,
Importámos máquina infernal,
Trituradora de pessoas e bens!
Reduz à mínima expressão
Qualquer, não rico cidadão.
Tudo o que tens, e não tens.

Nome, "Raladora d'uma Figa"!
Suga, tritura e ainda mastiga,
O que a faça engordar.
È sangue, são ossos, são sonhos...
Sejam ou não sejam, risonhos
A máquina os irá "esmifrar"!

Ao responsável principal,
Só falta ligar o quadro geral.
Dar à chave, criar a corrente
E iremos todos para o seu ventre.

Reciclados, exportação aceita,
Em latas untadas de luso azeite,
Como soldadinhos de chumbo,
Seremos povo dum Novo Mundo!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Discussão em assembleia
Que parece anedota
Porquê mantê-la, tão "cheia"
De gente que mal se nota?

NABOS COM RIMA...

O jardim à beira-mar
plantado,
transformou-se em "nabal"
mal semeado.
Não se escolheram as sementes
e pouco regadas,
os "nabos", feitos gentes,
cresceram, sem rama
e enjeitados.

Se entenda, que além dos "nabos",
há os "nabiços".
Esses, por tão mal preparados,
só "enchem chouriços"!

GAIVOTA SEM PAR

Gaivota sem par
num mar imenso,
o desolado planar...
...por vezes suspenso.

Gaivota sou
na minha solidão.
Meu bem esvoaçou.
Com ele o meu pão.

Faltando alimento,
nasceu a tristeza.
Pesado isolamento
na cruel certeza:

Estou só, como gaivota,
num dó, que bem se nota!

OS DADOS ESTÃO LANÇADOS

Reunidos na "Conjura Nacional"
Os crâneos, decidiram mal.
Aprovado, o assustador Orçamento.
O futuro dirá: esperança ou tormento?
Tendo em conta, situações passadas,
As nossa vidas podem ficar penhoradas.

E os tantos males, quem os compensará?
Crimes desta natureza, alguém os julgará?
Ficaremos no, "bate e toca afugir"?
Nada, nem ninguém, a punir?

Dizem que, a partir de Janeiro,
Saberemos, qual o pecúlio do mealheiro.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Apesar da longa idade
Qual será o meu futuro?
Exijo saber a verdade:
Até quando eu os aturo?

ATENTOS E VIGILANTES

Mais é impossível!
Atingido o limite
Que se julga credível
De todo se evite,

O continuado desplante
Do fausto da elites.
Acabou! D'hora àvante
Se imponham limites.

Igualdade! No amargo.
A "doçura" tem de acabar!
Venha igual embargo
Ao vosso lauto "manjar".

Portugueses, bem unidos!
Denunciar mordomias,
Vícios acabados, reduzidos,
Mandá-los, à ... das tias!

Sem violências,
Mas com exigências!

HAJA FÉ

Quando havia,
não se limitaram
os gastos.
Primeiro, nos sentaram.
Agora, andamos de rastos!
Quando, de novo
em pé?
Sepultado um Povo,
ressuscitará, na Fé?

DIREITOS

Sinto, por meu mal
que o tirado, agora,
não voltará, amanhã
a qualquer hora.
O insaciável "animal",
não come.
Devora!

EXCELÊNCIA

Me foram dados a conhecer
Percursos da sua vida.
Não gostei de saber
Como ela é referida.

Fala, da baixa linhagem.
Um ser com pouco valimento.
Juventude de fadistagem,
Fracasso, em mau casamento.

Inteligência, não revelada.
Por madraço ou negligente?
A meta, quando foi alcançada,
Já de há muito, era gente.

Lá conseguiu "bom padrinho".
Hoje, é melhor que outrora.
Abrem-se portas no caminho
E os louros, chegam na hora.

Venceu! Mas enganando o Povo!
Não que haja novidade.
Neste País, nada de novo,
Falando da vulgaridade.

No seu assento do Poder,
O que teria para ofertar?
Nada de bom foi dado ver
E os crentes, já estão a rezar...

Uma chefia, é algo importante.
Joga com pessoas e actos.
Quem mandar, d'hora em diante,
Preste atenção, aos candidatos!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Minha alma alvoroçada
Não me deixa sossegado
Nunca dou por terminada
Obra que tenha começado.

AS TUAS RUGAS

Cada ruga do teu rosto
Espelha algum desgosto
Ou o peso da idade?
Se por ambos, pobrezinha,
Apesar de já velhinha,
Não chores, a mocidade!

ANDARILHO

Corri Mundos,
senti saudades.
Bati em fundos,
conheci verdades.
Subi planaltos,
colhi mentiras
e sobressaltos!
A vida desce
e depois não sobe.
Nunca cresce,
a vida de pobre!

EUROPAS NORTE/SUL

Comunidade Europeia?
Esta Europa Unida?
Invento de panaceia
Ou aliança mal parida?

Convenhamos sem favores,
Há por aí duas Europas.
Uma, a dos senhores.
A outra, das suas tropas.

As que pagam, a norte.
Gastadoras, as do sul.
Nem todas com igual sorte.
A nós, sobra o céu azul!

Para que exista união,
A igualdade se comprove,
Na justa distribuição,
Desejo que a todos move,

Porque dizer, somos iguais,
Não passa de uma falácia.
Vocês, têem muito mais!
Nós,...nem p'rá farmácia!... 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ME IDENTIFICO

Me identifico: Beirão fixe!
Todo o resto que se lixe!
Não estou para os aturar.
Falam muito sem dizer nada.
Uma obra, só "apalavrada"
Nunca se irá terminar!

AQUI JAZ

Os recados apontam
como fazer.
Eles desfazem
com mau querer
e nos afrontam
pelos bens perdidos
porque são Poder!
Sofridos
onde iremos nós jazer?

A DINASTIA

É vasta,
A "dinastia dos Ratoneiros".
Basta!
Chega de tantos Loureiros!
Descendentes
Ou ligados pelo enredo.
Más gentes,
As de linhagem, Azevedo.
Importa
Não esquecer, os fidalgos
Da Horta.
Nos julgam papalvos?
Toda a Vara
Merecem nos costados!
Quem apara,
A culpa destes malvados?
Boas rendas,
Detinha um tal Rendeiro.
As prendas
Enchiam o seu mealheiro.
"Rei da Bosta",
Pelo fétido mau cheiro,
O pérfido, Costa,
"Limpador" de muito dinheiro!
D.Duarte,
Outro ínsigne do "gamanço"
Para minorar o descanso
Com pulseira
Na sua bela mansão,
À rica maneira!
Digam lá que não?!...

A esta "Dinastia", outras se seguirão.

QUADRA DO DIA

Não te dês por inteiro
Reserva de ti uma parte
Quem dá o seu dinheiro
Do dado ninguém reparte.

MUDOS E QUÊDOS

Nada dizem
Não elucidam
Se desdizem
E afundam
No descrédito
Com razão
O faz/desfaz
Gera confusão
E esperança fugaz.

SERÁ ASSIM MESMO?

Enredo de filme policial
Com um péssimo final,
O que descrevo, porque lido.
É de deitar as mãos à cabeça!
Que a verdade se esclareça.
Será assim ou estou iludido?

Um fulano, mata a parceira.
Sem descendentes, dela herdeira,
Aquele homicida, por direito,
Vai auferir, pensão e bens à medida
Que pertenciam à vítima, em vida.
Assim, sem mais? Deste jeito?

É nossa e justa esta Lei?
Dá vontade de gritar,..d'el Rei!...
Se nisto se baseia a democracia...
...Talvez de novo, a Inquisição?
Ou quem sabe, alguém tem razão,
Voltar, aos tempos da monarquia?

Será verdadeira a notícia?
Ou apenas mais uma sevícia
Do que se escreve, sem nexo?
Afirmativa, nos dará que pensar:
Onde, este Mundo irá parar?
Aproximã-se, o fim do Universo?

In, C.M. - 25Novº2012

PROCESSOS PENDENTES

Quantos processos por julgar,
Aguardam no pó das estantes,
Numa indiferença sem par
E de más sequências constantes?

Esquecidos, os de passado distante,
Analisando a miséria contemporânea
Se constata uma apatia reinante,
Aliada, à fraude consentânea.

Assim de repente e sem escala,
Alguns dos que temos em memória
E a corja de autores cala
Mas que ficarão na História:

Estádios de futebol, ao mosquêdo.
Encargos asfixiantes, a cargo
Dos que participaram no folguedo
Ou só lhes aguentam o fardo.

Autoestradas de longas pistas,
Ladeando campos sem culturas.
O tráfego, longe das vistas.
Nem condutores nem penduras!

Se arrancaram oliveiras, vinhedos,
A troco de trinta dinheiros
Num esbanjar de brinquedos,
Sepultando donos vinhateiros.

Os arrastões de alto mar,
Bacalhoeiros das escandinávias,
Todas as frotas a naufragar,
Vistas do alto das gáveas...

Indústrias, do textil e dos aços,
Cada uma no seu desmontar,
Reduzidas ou em pedaços
Sem motivos de que orgulhar.

Edifícios de imponente construção
Revelados sem fins inerentes,
Enriquecendo quem lhes deita mão
E nós, pagando como inocentes...

Até onde levaria esta descrição?
Por muito que ela atormente,
Deixo testamento à vossa imaginação:
Lhes dai eco, conforme a mente!

domingo, 25 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

E os idosos, Senhor?
Se não Olhais por nós
Como suportar a dor
Tão comum aos avós?

OURO, INCENSO E MIRRA

O Papa escreveu em livro
Que o Presépio não terá animais.
Assim sendo, daqui me sirvo,
Acrescentando, algo mais.

Sejam os Magos, dois apenas:
O Baltazar e o Belchior!

Já o Gaspar, que nos dá penas
Se guarde, p'ra fim melhor:

Sacar, com quem embirra,

O pouco ouro que resta.
Se esqueçam, incenso e mirra,
Pois mirrada, é já a Festa!

O PRESÉPIO MAIS POBRE

Na sua venerável honestidade,
Bento XVI, cometeu santa maldade,
Ao retirar, no presépio secular,
Dois animais sempre presentes.
Burro e vaquinha, estarão ausentes
Do conjunto que iremos montar.

Um pobre estábulo sem animais!
O que terei eu de ouvir mais,
Neste Mundo do Senhor Jesus Cristo?!
E então, os três Reis Magos?
Será que mesmo reis, os coitados,
Chegaram a pé, no novo registo?

Deus não me castigue! Sem perder fé,
Que o honorável da Santa Sé
Mude o conceito e volte atrás!
Deixe constar os simpáticos animais!
Eles não estão lá por demais
Nem sequer, rejeitados por Barrabás!

É por estes pequenos pormenores
Que por vezes males menores
Se transformam em casos bicudos.
Dizer, nem burros nem vaquinhas,
Irão aquecer, o Menino nas palhinhas?!...
Como explicar isso, aos miudos?

sábado, 24 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

"Vamos manter o rumo"!
Ordena o capitão financeiro,
Firme, ao leme com aprumo,
No naufrágio do veleiro!...

BEM PREGA FREI TOMÁS...

"É necessário ultrapassar o estigma
que nos afastou do Mar, da Agricultura
e da Industria". - Anibal Cavaco Silva -
- C.M., 22 Novembro 2012.

A BOM ENTENDEDOR...
Do estigma,
não há enigma!
Sobre o Mar, por inteiro,
dele fale, o timoneiro.
Acerca da Agricultura
se explique, a mesma criatura!
Já no campo industrial,
quem terá sido o "animal"?
...MEIA PALAVRA BASTA!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Não sou rico com ouro
Ou outro qualquer bem
Tenho-te como tesouro
O que melhor me convém.

JOGO SUJO

Na minha santa ingenuidade
Pensei que cortar nas despesas
Seria, sanar a indignidade
Das vergonhosas certezas,

Como a "manta de gordura"
Que envolve o nosso Estado.
Afinal, a "porca" perdura!
Nada a derrete. Mau grado!

Cortar, é apenas, tirar Saúde,
Educação de filhos, reformas,...
Mais outros a que não se alude
Num calar, "vê se te conformas"!

Será assim, desta maneira
Que querem o bem do povo?
Neste jogo de trapaceira,
Com "baralhar e dar de novo"?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Não digamos mal do tempo
A chuva é benção sagrada
É o puro contentamento
De quem vê, seara regada.

FORA O ÁRBITRO

Sobre o discutido Orçamento,
Um senhor ministro do momento
Proferiu, uma frase lapidar.
Ele que até joga à defesa,
Afirmou:"O Governo. teve certeza
e cuidado, de não penalizar"

Se isto não é grande penalidade,
Chamem um árbitro, de verdade!

O MAU RAPAZ

Neste fétido atoleiro
Onde tudo paga imposto,
Só quem está no "poleiro",
Vive alegre e bem disposto.

A miséria, vem de trás.
Acumular de consequências,
Quando aquele mau rapaz,
Não aplicou, boas ciências.

Safou-se, por um triz
De apanhar no "canastro".
Se passeia por Paris.
Há que seguir-lhe, o rasto.

Porque, sendo perigoso,
Poderá regressar um dia,
Muito culto e mais manhoso,
Formado em Filosofia!

PERFÍDIA

A pérfida comparação,
"Uns podem outros não",
Marca com ferrete de vergonha,
Um Governo de malandragem
Que mancha a paisagem
E torna a vida, pouco risonha.

Acumulam, subvenções, ordenados,
Reformas e mais trocados:
Prémios, cartões, privilégios...
Enquanto outras míseras pensões
Não podem somar cifrões,
Por decretado imposto régio.

Podres, mal cheirosos, nojentos!
Quantos adjectivos, aos momentos,
Usarei para os classificar?
Récua bípede, cérebros de galinha,
Não vêem que um País definha
Porquanto só sabem "zurrar"?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

No que mexem sai asneira
Viram o País às avessas.
Se não sobem a ladeira
Ide, por portas e travessas.

THE END

Quando chegar "o meu dia"
Deus sabe como gostaria
De me deixar ir, suavemente
Como rio, deslizando na corrente.
O final repouso, pouco importa.
Nada conta, "ao fechar a porta"!

MINISTRO DAS ESPERANÇAS

Senhor ministro das contas furadas,
Não nos mace com previsões.
Deixe, nossas almas sossegadas!
Fale de certezas. Esqueça ilusões.

Estamos fartos dos seus falhanços.
À esperança, se sucede o espanto!
Por vezes, sentimo-nos uns tansos,
Outras, contemos o pranto.

Vamos lá! Seja bonzinho,...
Rei Mago, do nosso Natal!
Ponha a prenda no sapatinho:
Não nos faça, tanto mal!...

SOCIEDADE DO MOMENTO

Tudo em mim é cansaço!
No acto de realizar
Eu que pouco faço
Para assim me cansar?

Cansam-me, as pessoas
Quando fúteis sem conteúdos
Nas conversas menos boas
Mesmo vindas de "canudos".

Políticos e futebolistas
Artistas de "meias-tigelas",
Quero-os, longe das vistas!
Tanto eles como elas.

Serei eu, "bicho do mato"?
Por velho, sem qualidades?
Não! Isto é apenas o retrato
Das actuais realidades!

SERÁ POSSÍVEL?

Uma ideia germinada
Em cabeça de jumento
Pretende tirar a calçada
E optar pelo cimento.

Isto, junto à Assembleia
Depois da tal "pedrada"
Disparatada a ideia,
Sujeição mal amanhada.

Puro acto de cobardia.
Onde mora a justeza?
Naquela "malta vadia"
Ou na nossa Lei Portuguesa?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Tudo me serve no rimar
Basta apenas que aconteça
Se der p'ra rir, mesmo chorar
Me refresque ou aqueça.

PARAR, NUNCA !

Sentado
no bando da praça,
o velho via passar,
as pessoas,
carros velozes,
cães perdidos, sem rumo,
crianças em chilreio,
outros idosos
como ele.
Por ali, quantos passavam?
E aquele velho
sentado, não sentia que a vida
também estava a passar?

AUTO DEFINIÇÃO

Poesia barata
a minha.
Às vezes abstrata,
comesinha,
outras acirrada
à vergonha
desta pasmada sociedade
bisonha
que não grita.
Se amedronta
à desdita
de viver pobre,
quando aos "tais"
tudo lhes sobre?
Será que "eles", são mais?!

NO REINO DO PRESTES JOÃO

Viver à boa maneira,
com vultuoso ordenado,
à sombra da bananeira
e ainda subvencionado?
Descobrimos, um "Prestes João"
no seu belo reinado.
Bonacheiro, folgazão,
na Madeira, e...continuado!

5 mil + 4 mil, é "baril"!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Ao que nos tira a esmo
De uma só assentada
A promessa do mesmo:
Devolve parte mas fatiada.

GERMINAR

Não lamentes.
O pouco melhora
quando tens sementes
bem germinadas.
Virá o fruto,
como nos ventres,
são geradas as gentes!

EMIGRAÇÃO - 2012

Não vás!
Fica aqui,
onde o sol brilha mais.
Esquece o menos
pois melhor virá
e o pior é impossível!

CAMPEONATO NACIONAL

Campeões
das previsões falhadas!
O título,
assenta que nem luva,
aos analistas
desta vinha, de muita parra
e pouca uva!

(In) JUSTIÇAS

Porque a cela era bera
E o senhor, vígaro badalado,
Não foi longa a espera.
Já está, bem instalado!

Rica Justiça, a dos ricos.
Pobre Justiça, a dos pobres.
Mas, sendo todos mafarricos,
Porquê, distinções tão nobres?

CORAÇÃO

Foste tropel
incontrolado
batuque
no cerrado.
Clarim de vitória,
flauta melódica
embalando estória
que teve paixão
e amor.
De tudo, meu coração,
foste o tambor!

domingo, 18 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Contigo bem convive
Uma voz a da razão
Mal ela te avise
Utiliza o travão.

A SEU TEMPO

A menino pobre
um berlinde
é quanto basta.
Ao olhá-lo, vê o Mundo
naquela esfera de vidro,
tal como ele, pequenino
sem maldade.
Terá tempo
quando crescer,
de ver que o Mundo
é afinal,
grande e imundo!

MATEMÁTICA ANTIGA

O QUADRADO DA HIPOTENUSA
Teorema que se não usa,
É IGUAL Á SOMA
está guardado em redoma,
DO QUADRADO DOS CATETOS.
e os velhos, ensinam aos netos.

SEM EXPLICAÇÃO

Nas estâncias
dos meus versos
os anseios
e bens dispersos
são desvarios
que por vezes
nem consigo explicar.
Mas me trariam revezes
acaso os fosse calar.

PURO E CRISTALINO

"Este Governo, prestigia a transparência"!
Tão puro como cristal,
foi o senhor Ministro da Presidência,
a dar o seu aval!... 

POESIA ETERNA

Não pensem,
cortar as asas
à Poesia!
Acima de tudo,
de todos
ou de mais alguém,
não haverá,
nada nem ninguém
que a faça emudecer.
Se não eterna
e um dia deixar de voar,
a Poesia, ao fenecer,
continuará a rimar!

O MENINO E O SEU CÃO

Há pobreza
no seu todo.
Leva consigo um cãozinho.
Como trela, um barbante
que os une, firmemente.
Um tirante de cordel
mais forte que rica cadeia.
Cada qual, à sua se enleia,
na realidade cruel.

sábado, 17 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

A chuva quando vem
Molha o rico e o pobre
Mas o pobre não tem
A capa que tudo cobre.

À CARGA !

Diverge a opinião
Sobre a carga policial!
Todo e qualquer cidadão
Poderá, dar-lhe o aval.

Também fui observador
Das imagens da "pedrada".
Dei, incondicional valor,
Àquela gente fardada.

Mas, reparos também faço.
Os remeto à tutela.
Julgo, ter havido relapso
No agir sem cautela.

Certo e sabido! Sem peia!
Seja qual for a manifestação,
O final, é na Assembleia.
Daí, há que haver prevenção.

Aquelas grades protetoras,
Tão simplesmente removidas?
Objeções mais redutoras!
Lhes tirem já, as medidas!

E os "ases da pedrada"
Ali, tão àvontade...
Arrancando da calçada,
Na maior passividade?

Bastariam, passos à frente
Da bem armada polícia,
E toda aquela "má gente"
Perderia. toda a sevícia.

À carga! Chegada a voz,
Foi um autêntico rebuliço
Com as famílias, até avós,
Todos, a "levar no toutiço"!

Cá p'ra mim, outra maneira
De resolver a rebeldaria:
Que tal, o recorrer à mangueira
E, uns banhos d'água fria?

A água tem predicados!
Quando não é esperada,
Acalma, os mais exaltados
E deixa-nos, a alma molhada!

Portanto, ilustre ministro,
Pense no meu conselho.
Porque vivo, logo existo
E, não sou rapazelho!

É apenas, ironia...
Não me chega, a sabedoria,...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Já viram a minha sorte?
Agora que ia sair,
O vento virou p'ra norte
E a chuva sempre e cair?!

GREVE GERAL

Terminou a Greve Geral.
Agora, na contagem final,
O que apuraram, em verdade?
Me digam, os seus promotores.
Como primeiros causadores
Das origens, da nulidade.

Que o Manel não trabalhou,
A Maria em casa ficou,
Ambos, por falta de transporte?
Oa "putos", não foram à escola,
Desemprego, acima da bitola,
E o resto,...que s'importe?

Procurem, outra forma original,
De salvar, este "desnorteado" Portugal!

FUNDOS PERDIDOS

Alguém que me explique
Esta vergonhosa aberração,
Não haver onde se aplique,
O dinheiro que nos dão!

Em miséria franciscana,
Um País que tal engeita?...
Será que alguém o engana
Ou sofre de má maleita?

A GREVE

Eu vi
ao contário do que ouvi
em certas notícias
"putos"
atirando pedras
aos polícias!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

É vê-los, no auditório
A cambada dos profetas
Cogitando em velório
E aplaudidos por patetas.

OS "PUTOS"

Se a força perdesse a calma
E à bastonada, agredisse,
Quanta seria, a dor d'alma,
No reino da nossa pulhice?

DEIXEM OS POLÍCIAS EM PAZ

Porquê, afrontar polícias?
Acabais com as sevícias?
Serão eles, os autores
Do que vos provoca asco?
Processai, o verdadeiro carrasco
Como causa das vossas dores!

Abordai, os maus ministros,
E deputados mal-vistos,
Causadores das leis injustas.
Peçam meças à justeza!
Lutem com toda a firmeza
E, não se paguem as custas!

Aplaudo um polícia que me defenda;
Verbero, político que me "ofenda"!

ENCHER PNEUS

De tantas, as derrapagens,
Comentei, com amigos meus,
Seus efeitos e desvantagens.
Concluímos, o mal está nos pneus!

Da sua inferior qualidade!
O pouco valimento da borracha!...
Desta constante animalidade,
Sob o tema, "ou vai ou racha"!

Recauchutagem, não se usa.
Sempre ficava mais barato!
Assim sendo, se reduza,
O pessoal, pelo mau trato!

Andar a encher pneumáticos
Sem perceber do ofício,
É melhor! Sejamos práticos,
Despedir, os donos do vício!

A TROPA FALIDA

Depois de vender os quarteis,
O que saldar em seguida?
Se não temos mais aneis,
Entramos, em massa falida?

Das tropas de artilheiros,
Comandos, também fuzileiros,
Da Força Aérea e marinheiros,
Generais, que foram brigadeiros?...

Todos à venda ao desbarato?
Pois seja! Mas não esquecer,
Os submarinos, p'rá Nato!
Aviões, quem os irá querer?

No grande leilão nacional,
Da nossa alma vazia!
Voltaremos, ao Reino Vegetal!
E é isto, a DEMOCRACIA?

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

DURA REALIDADE

Não se crie a ilusão
De que há falta de pão.
Há sim, ausência d'amor.
Me lembro, da ida à Escola,
Levava sempre na sacola,
"Lanchinho", feito a primor.

Era, o desvêlo da mãe.
Aquele que hoje não tem,
O pobre menino atual.
Mas tem tudo o que não presta
Porque em casa não resta,
Do que se gasta muito mal.

Ressalvo as situações
Que merecem outras atenções!

QUADRA DO DIA

Mais papista do que o Papa
Este Governo vigente
No nosso "Jogo do Rapa"
Tudo tira à pobre gente.

VIRTUDES ESSENCIAIS

Políticos incompetentes,
- iluminai as vossas mentes!

Ladrões do aproveitamento,
- não roubem, neste momento!

Esbanjadores de bens,
- Doam parte, dos vinténs!

Madraços do nada fazer,
- no inverno, trabalho faz aquecer!

A BOLSA EM BAIXA

Segurança Social,
Perde na Bolsa.
Quem pagará o mal?
Simples! Ora ouça:

Eu, você e aquele!
Os usuais castigados
Que sentem na pele,
Dos outros, os pecados!

Até nisso, os aselhas
Que gerem nossos descontos,
Levaram assim nas orelhas,
Pelos seus gestos de tontos.

Jogam na Bolsa e perdem?
Que raio de jogadores!...
E, não se impedem?
Seremos nós, os pagadores?

CÉU AZUL

O céu azul de Portugal
Para quem o aprecia!
Oferta válida e pontual
Será que a merecia,

Angela Merkel, a chanceler?
Claro que sim, porque não?
Temo-lo, p'ra quem o quiser,
No nosso eterno verão!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

A tradução brasileira
Aos discursos da chanceler
Foi uma simples brincadeira
Ou "pau p'ra toda a colher"?

VERDADE OU MENTIRA?

Sou pessoa realista.
Avalio o que está à vista
E tiro as minhas conclusões.
Por exemplo, trabalhador!
Lá fora, tem o seu valor.
Aqui, o senão dos patrões?

A culpa, de quem será?
Do pobre que tudo dá?
Ou do patrão inapto?
Resolvam lá a equação
Se encontre, solução
P'ra este mal, não abstrato!

CRITÉRIOS

Justiça?
Chiça!
Saíu-me o palavrão
Que julgo com razão!
O ilustre provedor
Sem pudor
Valida as escutas
Entre "duas trutas"?
E as outras? Então?
Vamos ouvi-las, ou não?

PRÓS E CONTRAS (DO POVO)

Se por um dia
Eu pudesse mandar,
Determinada "ousadia",
Mandaria publicar:

Debates na televisão
Em horário decente.
Com novo guião,
Ouvir a nossa gente!

Todos os "iluminados"
Iriam de férias.
De´tão complicados,
Nas suas "pilhérias".

Antes, homens comuns
E mulheres sofridas,
Falando dos zum zuns
Que lhes castigam as vidas.

Voz do Povo é voz de Deus!
Vozes de burro, não chegam aos céus!

Meditem na decência
E criem, o tal programa.
Pela "Santa Paciência",
Calem, quem nos trama!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Não interessa o que lá vai
Urgente sim o presente.
Levantar tudo o que cai
Com indicação, Presente!

NOVA ESCRAVATURA

Abolida a escravatura?
Quem tal o pode afirmar?
Continua! Dura e perdura,
Agora com novo pesar!

Escravos do endividamento,
Flagelo da vida moderna,
São os sofredores do momento
Inventado, por quem governa.

domingo, 11 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Sabendo que a vida existe
Além dela, o que será?
À pergunta que subsiste,
Só morrendo se saberá.

ESCREVO, LOGO EXISTO

Sinto a vista cansada
Ouço, já bem pouco.
É lenta a minha passada,
Às vezes, fico rouco.

É verdade! Estou gasto!
Com prazo de validade,
Natural, o facto nefasto:
Tudo acaba, com a idade!

Algo porém me alegra,
Ao sentir a alma leve
E vontade que não verga:
Minha mão, ainda escreve!

Enquanto tal assim for
E a mente corresponder,
Vou dar graças ao Senhor
E... continuarei, a escrever!

OS MAESTROS

Seguramente,
E um partido de artistas
Ou gostam de dar nas vistas!
Vejam, a direcção de maestros.
Reparem, no actual seguidor
E o comparem, ao antecessor.
Exclamem! Maravilha de gestos!

sábado, 10 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Quando uma criança sorri
Mora a alegria na creche
Se muitas, como já vi
O Mundo rejuvenesce.

A VISITA DA CHANCELER

Não "batam" na senhora.
Culpada dos nossos erros?
Será ela, a pecadora,
Por quem "ladram os perros"?

Saibamos receber a visitante
Com decência anfitriã
A nossa fase, periclitante,
Depende, da vontade alemã.

Não se veja ali, uma peste.
Recordando o seu passado,
Lá nas "maravilhas" de Leste,
Onde tudo era negado,


DÁ PARA CRER?

Parece haver, animalidade!
Impõem-nos, a austeridade,
Em medida muito esforçada.
Seguimos, informes dos senhores.
Como bons alunos, cumpridores,...
Agora, tal medida é errada?

COMPREENDAM

Penso pela minha cabeça.
Escrevo com a mão direita.
A verdade, ninguém esqueça,
A cada um se aceita.

Me respeitem com bondade.
Não cometo nenhum crime.
Apenas, alguma veleidade,
No dizer que tanto oprime.

Nem só a mim! A outros
Que como eu são castigados,
Pelos tais, supostos doutos
E por tal, serão vaiados!

REFORMADOS E PENSIONISTAS

 O meu "reinado" fundei,
Com muitos sacrifícios.
Até criei alguns vícios,
Dos quais me curei.

Julguei valer a pena,
Tal esforço empenhado,
Pelo seu fim destinado,
À minh'alma não pequena.

Atingido bom estatuto,
O de merecer tranquilidade,
Tal diamante, em bruto,
Se revelou, de nulidade.

Não por mim, seu criador,
Mas por vulgar ratoneiro
Que, com todo o despudor
Quer parte do meu dinheiro.

Mau destino dos idosos,
Estorvo deste País,
Na ideia dos manhosos,
Com sentença de mau juiz

Reformados a abater,
Das várias classes vigentes?
Pensionistas, que lhes fazer
Se são tantas, essas gentes?

Satânico, vergonhoso, radical!
Parece ser lento, mas eficaz!
Cortar, toda a benesse social,
E ... morreremos, sem paz! 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Lá porque tens na lapela
A Bandeira Nacional
Não julgues ser por ela
Que te tornas desigual.

REDUÇÃO NA DESPESA

Ponto assente!
Estamos numa emergência.
Quem a sente,
Clama pela urgência,

Na sua resolução.
E que não sejam os pobres,
A chave da solução.
Se busque, nos "donos dos cobres"!

A NOVA ORTOGRAFIA

De há longos anos a esta parte,
Aprendi a ler, escrever e contar.
Não é agora, que um "bonifrate",
Tais conhecimentos, irá mudar!

Escrevo como aprendi e bem me soa.
Me faço entender pelo que digo.
Não venha do Brasil, qualquer pessoa,
Emendar, como o faço, por castigo.

Assim me registo neste dia:
Fulano de tal, cidadão português;
Ecléctico, na sua dupla grafia.
Nada a acrescentar, aos porquês!

RETRATO DE UMA VIDA

Fui e lutei.
Sobrevivi. Regressei.
Guardei proventos,
Ganhos em sofrimentos,
A pensar na velhice.
Tal me permitisse,
Paz e sossego
No meu aconchego.
Pura ilusão.
Um oculto ladrão
Que se diz Estado,
Me leva o guardado.

Em fim de vida,
Ingratidão, não merecida!

BEM JUNTOS

Acreditem! Só juntos!
Aclarem vossos bestuntos,
De ideias bacocas
E visões tão loucas!
Até os burros sabem:
Unidos, portas de abrem!
À medíocre inteligência,
Haja farta paciência
E esforço compatível.
A meta, é bem visível!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

VAI CHEGAR O PAI NATAL

O Pai Natal, atrelou as renas.
Limpou a neve daos trenós.
Pegou nas prendas, grandes e pequenas
E consultou os pedidos dos avós.

Tinha de organizar a viagem,
Saber onde estavam as chaminés.
Nada de enganos, na triagem,
Por pensar muito nos bebés.

Os que tinham, prendas primeiras
Pelo seu recém-nascimento.
Tão cuidadoso, tão boas maneiras!...
Nunca falhou, por esquecimento!

E lá vai ele, céu adentro,
Deslizando na noite estrelada,
Num abençoado momento,
Com anjos cantando a toada.

Depois, o pousar bem suave,
Nos telhados dos muitos meninos.
Nunca houve qualquer entrave,
Ao Pai Natal dos pequeninos.

Bondoso e desejado Pai Natal!
Quem dera, poder ainda acreditar?
Neste desacreditado, Portugal,
Que tão pouco tem p'ra nos dar!

QUADRA DO DIA

A mania das grandezas
Foi a nossa desgraça
Viver, à portuguesa
É miséria que não passa.

SENHOR PRESIDENTE

Senhor Presidente,
Fomos nós que o elegemos.
Fique assente!
O seu apoio, merecemos.

Faça-se ouvir.
Ensine a sua ciência.
Queremos sorrir,
Viver em decência!

A DESEJADA UNIÃO

Duma só vez,
Definitivamente,
Falando bom português:
Una-se, toda a gente!

Se "partidos", consertem-se!
Se divididos, esquecem-se!

União é força.
Dela, ganha o País.
Não se torça
Um bem de raiz.

Esquerda, Direita, Centro,
Deixem-se de fantasias!
Tenham muito tento.
Trabalhem as mais valias.

Em favor do Portugal
Que somos todos nós,
Num todo, tanto igual,
Se possível, só com prós!

CAVALEIRO DA BOA FIGURA

Ergue bem alto a espada,
À luta a que for chamada.
Por justa, irás vencê-la!
No pulso livre, segura pendão
Que te ateste a Razão.
No elmo, insere uma estrela.

Ela te guiará no caminho.
Não lutes contra o moinho.
São estórias de embalar,
Do "Cavaleiro da Triste Figura".
Na divisa, em tua armadura,
A dama, por quem vais lutar!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Perdido no sorvedouro
Da ditadura financeira
Vejo fugir "o meu tesouro"
Às mãos da roubalheira.

O PROMONTÓRIO DA HISTÓRIA

"Onde a terra acaba
e o mar começa..."

Frase de magia
A definir aquela ponta.
A mais pura poesia,
Cantada vezes sem conta!

Sagres, lugar d'Infante.
Beber epopeia na visita.
O Passado, no instante,
Da lonjura infinita.

DAQUELE MAR, ALI PERTO
O PRINCIPIO DA PARTIDA
NO SEGUIR POR ELE ABERTO
SEM SABER DA SUA MEDIDA.

A epopeia, a glória,
Agora, do mar à terra.
Volta que fez a História,
Registo que estórias encerra!

O DOUTOR DA "MULA RUÇA"

Por culpas de um "paspalho"
Que não quiz ter trabalho
E estudar p'ra ser doutor
Se criou um berbicacho,
Verdadeiro bota-abaixo,
Num Ensino de reitor.

Descrédito na instituição,
Com o grave senão
De castigar outros utentes.
Desativados os seus cursos,
Ficam com "caras de ursos",
À procura, dos vigentes!

VELHOS

Aos velhos do Restelo,
Outro, julgo sabê-lo
P'rós lados de Nafarros,
Lhes sucede no presságio.
Talvez por mau contágio
Ou alguns defeitos raros.

Criticar, mui simplesmente,
Esquecendo que foi gente
Contribuitiva deste desgraça?
Apanágio da velhice,
Esquecida do que fez e disse
Nos maus tempos da negaça?

Oh, senhor doutor!
Cale-se, por favor!

REPOUSO

Perseverança.
Ensinamentos ancestrais,
Os recebi por herança.
Agradeço, a meus pais.

É com ela
Que sigo caminho.
Não ficando à janela,
Construi, o "ninho".

Nele repouso,
A mercê concedida
Mas não ouso 
Pedir mais à vida.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

O Mundo é teu.
D'outros também.
Não sejas fariseu
Pratica só o bem.

PASSO A PASSO

Passo a passo,
Os maus passos,
Comprometem a passada.
Agora faço e desfaço...
Se criam casos relapsos
E nasce, a trapalhada!

FOGO À PEÇA

Muitos mísseis e torpedos.
Três milhões em balas.
Vivam os folguêdos,
Dos "nossos magalas"!

Estes, os da Marinha.
Por acordos com a Nato,
Gastar o que não tinha,
Disparar, ao desbarato!

São as tais obrigações
A que estamos sujeitos.
Haja, avaliar situações,
Anular, tratados feitos.

A Nato que pague balas
E combustível das naves.
Nós, grumetes e magalas,
Todos eles, bravos rapazes!

BEBÉS, PRECISAM-SE!

Este País está adormecido!
E não há quem o acorde?
Mais um baixo valor obtido:
Défice de bebés, record!

Nem "meninos" já "fabricamos?
Onde iremos nós parar?
Bem mais pobres ficamos,
Com as "fábricas" sem laborar!

Adeus prazer? Valha-nos Cristo!
Até quando, pobres "terrenos"?
Se nos deixar-mos "disto",
No futuro, menos seremos!...

PEDIR FACTURA

Exigir sempre, factura!
Se pede à lusa criatura
Para evitar fugas ao fisco.
Fico perdido de riso!
Mas que falta de juízo?
Falar, de simples "pisco"?

Procurem, nas "grandes aves"
Os que provocam entraves,
À recolha das coletas.
Esses, os "enormes passarões",
É que desviam milhões,
Deixando "contas a descoberto"!

DEITAR FORA O QUE NÃO PRESTA

Se tal homem não presta
Porquê, apresentá-lo na festa?
A toda a hora e instante,
As televisões cá da casa,
Num exagêro que extravasa,
O apresentam, todo impante.

Vetem, a triste figura,
De quem quiz ser pendura
Dum Ensino facilitado.
É mandá-lo às urtigas,
Com todos fazendo figas.
Vá, p'ra sítio bem recatado!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Vence a luta
Pela palavra
E o bem desfruta
Na tua lavra.

SEIS RIMAS APENAS

Sem ti, sou pouco ou nada,
Agora que finda a jornada
E as carências se amontoam.
Multiplicados os danos,
Na proporção dos desenganos,
Culpas se relegam ou perdoam.

ESTATUTO PRÓPRIO

Ganhei estatuto
Independente
Dele desfruto
Inteiramente.

Sem rebeldia.
Não quero remorsos,
Ter a alma vazia
Ou contar destroços.

Sou! Sem atropêlo
E quero prosseguir.
Continuar a sê-lo,
Sempre a sorrir!

domingo, 4 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

"O PS não será muleta"!
Foi dito esta semana.
Uma ideia obsoleta:
"E se for, canadiana"?

À MULHER DA MINHA VIDA

Hoje, neste que é "o teu dia",
Pudesse eu, te daria,
O que mil palavras soubessem traduzir
E sem dúvidas, aceitasses
Beijos de amor em tuas faces,
Como prova, deste meu bem-querer!

Parabéns!
Deus conserve, todos os teus bens!

sábado, 3 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Passei e não vi
A criança que chorava
Voltei atrás e sorri
A mesma já se calava.

ALGUÉM ME DEU O MOTE

Ao Amigo, Raul Taveira.

"Proença de Carvalho,
um moiro de trabalho"!
O senhor em questão, é advogado.
Deste Mundo e do outro.
Por tão eficiente e douto,
Até o poderia ser, ...do diabo!

Nada em causa, porém.
O seu valor será um bem.
Mas um pormenor ultrapassa:
Como pode, homem só por si,
Dado o "relambório"que li,
Desempenhar tantas funções?
Caso de um ser, em multiplicações
Ou os cargos, são só "carcaça"?

Felizes porque temos Internet
Que nos diz, onde cada um se mete!
Deste senhor, vale a pena ver,
Quantas as presidências em carteira,
Membro de Conselhos, lista inteira,...
Cansa, de tanto nos dar a ler!

Sem esquecer, questão vital.
O defensor, é figura principal,
Nas grandes lutas, "colarinho branco".
Haja problema mas não falte dinheiro,
O super-advogado, eleito e primeiro,
Lá estará, para os "tirar do banco"!

A multiplicar, por x cada esforço,
Quanto receberá, o senhor por grosso?

FELIZMENTE!...

Felizmente, sou beirão.
Sei como se criava o pão,
No suor de muito afã.
Centeio, de solo pobre.
À memória não soçobre
Como foi,...o amanhã.
"Solos incultos/Pecados adultos"

Felizmente, fui militar.
A Disciplina, soube aceitar
Para em termos comparativos,

Ver a "bandalheira" que grassa,
A quem não assentou praça.
Nesta terra, os seus nativos.
"Sem vida militar/Bons princípios a falhar"

Felizmente, cheguei a velho.
Não contesto o meu Evangelho.
Suporto bem a idade,
Pelos, inicio, meio e fim
Que me definem, a mim, 
Como homem de verdade!
"Velhos serão os trapos/Pior, se farrapos"

Felizmente, vivi o passado.
Se pobre ou remediado,
Tinha pescas e agriculturas,
Fábricas, tantas e variadas.
Mantinham as gentes ocupadas,
Sustentadas, todas as criaturas-
"Havia mas acabou-se/O povo, esse lixou-se"

Felizmente, tenho memória.
Para comparando, rever História.
Não era fácil a vida.
Mas sabíamos com o que contar.
Até se tinha o direito de sonhar!
Hoje, como? Em que medida?
"Voltar atrás?/Lá iria, se capaz"




PROTESTO DE MAGISTRADOS

Brada aos céus! Com a breca!
Os ilustres juízes tiram a béca
Se lhes cortarem os ordenados,
Pois tal lhes rouba independência!...
Já estamos a entrar em demência
Ou deixarão de culpar, indiciados?

Todos perdemos a independência!
Somos dependentes da negligência,
Dos governos que não cuidaram,
Do futuro dum País inteirinho!
Salvo, os que desviaram dinheirinho
Para "paraísos" que bem o guardaram!



SEGURAMENTE

Ensaiei uma experiência
E adorei o resultado.
Falava, falava a excelência,
Quando resolvi, vê-lo calado.

Como? Cortando o som.
Espectacular achado!
Porque com o seu dom,
De maestro inspirado,

Me deu uma bela visão:
Dizer muito, tom de festa
Mas num constante dar à mão,
No dirigir, da sua orquestra!

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A CONSTITUIÇÃO

Dela se fala com frequência.
Uns a favor, por inerência
Outros, tecendo crítica em desfavor.
Manter, rasgar, criar nova?
E porque não, colocá-la à prova?
Me ouçam todos, façam favor:

Nas abjectas programações,
Das nossas várias televisões
Porque não incluir, "Constituição"?
Uns bem falantes senhores,
Daqueles antigos, bons locutores,
Nos dariam, talvez ao serão,

O desfiar, artigo a artigo,
Do que consta desse livro.
Seja aberto e bem compreendido,
Por todos, uma vez por todas,
Esquecendo ideias parolas,
Do que diz,"Presunçoso evoluído"!

Sabedores, do quanto consta
Se avaliaria: é coisa monstra?
Vamos então, deitá-la fora!
Não!`É livro de sapiências.
Desse modo, unam-se as paciências!
Vamos defendê-lo da penhora!

MAS QUE RAIO

Que raio de políticos
Estes, os nossos?
Alvo de muitos críticos,
Por nos reduzirem, a ossos?!

Provada a incompetência,
Quem o sabe, tal diz,
Vão ao cúmulo da indecência
Buscar ajudas às FMIs.

Pelo andar, não tarda,
Iremos vender o País!
Com tanta conta furada,
"A árvore secou de raiz"!

O "REFUNDANÇO"

Se refundar, é:
Afundar de novo
ou afundar mais fundo,
a verdade é como o ovo!
Já batemos no profundo,
das profundezas da miséria.
Continuam a enganar o povo,
na sua aviltante "matéria".
É só baralhar e dar de novo!
A mesma léria,
já não tem eco.
Vão lá cantar, pró boneco!

BRUTALIDADE

175 mil de reforma!
"Não há maneira nem forma"
De aceitar, tamanha calamidade.
Tal pessoa, não é de cá!
Talvez seja um Marajá
De País inventado, na verdade!

QUADRA DO DIA

Sucedem-se as "sepulturas"
Onde se "enterram" portugueses,
As pobres e tristes criaturas,
A mando de vulgares "malteses"

DE MAL A PIOR

Mal andou a "burricada"
Que trota por aí.
Da ciência, alheada,
Teve de chamar, o FMI.

Bem peca por tardia,
A medida anunciada.
Já com a albarda vazia,
De pouco vale, ou nada!

Que se espera, dos "professores"
Senão maior austeridade?
Os nossos senhores doutores,
Provaram, a sua nulidade.

E nós, os eternos desgraçados,
Já sem cinto p'ra apertar,
Senti-mo-nos, embaraçados,
Pois nem tanga, iremos usar!

TRISTE REALIDADE

O nosso sistema fiscal,
Comparável a estúpido animal,
Deixa circular por aí,
Milhões de bens incobráveis.
E o que fazem os responsáveis?
Pedem ajuda ao FMI!

Dizem todos os entendidos
Que nem sequer são ouvidos,
Serem de tal monta os desastres
Que pagariam a dívida atual
E, os pobres, menos mal!
Qual a atitude dos "trastes"?

Nenhuma! É o povo que se desunha!...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

QUADRA DO DIA

Tal insistência na greve?
Metam a viola no saco!
A este País, não serve
Que o reduzam, a caco!

VIVER EM COMUNIDADE

Face à triste realidade
Que a todos nos envolve
O viver em comunidade
Quem sabe, se não resolve

Não direi na totalidade
Mas poderá ser ajuda
Melhorar esta sociedade,
Do Deus nos acuda!

Permuta de bens e serviços
Cada um, dando o seu.
Receber, sem prejuízos,
O que o vizinho lhe deu.

Assim feito, sem egoísmo
Como era à moda antiga.
O povo, no seu altruísmo,
A que maioria, bem-diga!

A GOLPADA CDS

O futuro, a todos dirá
E a "marosca" se saberá,
Sobre a "golpada" CDS.
Um "barrete" expiatório
Sem ter culpas no cartório,
Irá pagar o que não merece?

Há aqui, algo encomendado,
Bem ou mal executado,
Com contornos de sadismo.
Só quero ver o castigo
A aplicar ao irrefletido.
Tal digo, com certo cinismo!

E, qual a inevitável compensação
A atribuir, ao autor da questão!





SERÁ?

Isto não é País à séria!
Apenas, uma vasta cambada,
Algo como mulher galdéria,
No deixa andar, da vida airada!

Faz e desmancha! Em frente!
Voltar atrás, a solução?
E é, com esta gente
Que se governa uma Nação?

O AI JESUS

Senhor presidente, como está?
Há quanto tempo, o não vemos!...
Que se passa? Porque será?
Esse "hibernar" dos serenos?

Por aqui, temos agitação.
Dela tem conhecimento?
Deve-se tomar em atenção,
O seu papel, no tempo.

Quem cala, consente!
Diz o povo com sabedoria.
Ora, esclareça a pobre gente,
Com a veemência da sua valia.

Se possível, com voz forte.
Orientadora, dos perdidos.
E que, de sul a norte,
Unifique, todos os partidos.

Ah! Como seria gratificante,
Ver assim, o nosso presidente!
Firme, autoritário, dialogante...
Um "ai Jesus"da lusa gente!