sexta-feira, 26 de junho de 2015

A QUEM POSSA INTERESSAR

VIVAM AS FÉRIAS.

Também os poetas gozam férias.
A ausência das minhas "lérias"
Não vos cause preocupação.
Durante uns bons tempos,
Irei gozar todos os momentos
Proporcionados pelo verão.

Entretanto, esporadicamente
Poderei estar presente.

QUADRA DO DIA

Que inteligências de galinha
Governam país atrasado?
O que havia...já tinha!...
Encerrou? Está encerrado!!

TU CÁ, TU LÁ

Reformada por invalidez
Ali tão fresca como alface?!
É o espelho do viver português,
A democracia em disfarce.

*Porque hão-de disfarçar
Se a senhora está velhota?
Democracia é igualar
Mesmo sendo com batota.

Andamos a ser enganados
De todo o modo e maneira.
Quando eles não são honrados
Mentira é a sua bandeira.

*Só bandeira esfarrapada
esconde os sem vergonha
que trazem a gente enganada
até que a gente se imponha.

* Raul Taveira

Havia mais a declarar
Por excesso fui pecar.
Está mais que desculpado
O assunto fica encerrado.


"MELGAS"

Foi a causa do problema
mas continua Doutor.
Quando a alma é pequena,
o resto não tem valor!

COMO ELES ENGORDAM

Um tal ilustre senhor
com resquícios de "barrosão"
deve ser grande "comedor",
excedendo-se na "refeição"!

Anafado como se apresenta
nas "pantallas" televisivas
qualquer dia, rebenta,
por excesso de "comidas".

É o Mundo: Um tudo come
outro morre de fome!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Reformada por invalidez,
Ali tão fresca como alface?!
É o espelho do viver português,
A democracia, em disfarce.

FEIRA DOS SABORES DO TEJO


"Sentir o rio e viver a terra".
Desde a charneca ate à serra.
Vivê-la, no trabalho do dia.
No rio, odores vindos da água,
O lançar da "tarrafa" e ... mágoa,
Nem um só barbo, nem enguia...


Assim era o sentir antigo.
Viver a vida como castigo,
por tão pouca abastança.
Tirar da terra o sustento.
Na horta, básico alimento.
Anualmente, a pródiga matança
E daí, o "conduto" desejado
Para um inverno prolongado,
Com conservação na salgadeira.
Algumas azeitonas, naco de toucinho,
Pão duro, ... um copo de vinho,
Refeição frugal, "à moda da Beira"!

Hoje, o "Viver a terra e sentir o rio",
É festa! Alegria! Desvario!

A que infelizmente, 
Não irei estar presente!

"ABANDONADOS"

Ficamos deveras arrepiados
Vendo os despojos de "abandonados"
Que foram ao tempo, património.
País esbanjando a sua riqueza,
Deu no que vemos, na pobreza,
Como que roubados por demónio!

PANORAMA

Vivemos num lugar armadilhado.
Dizem os espertos, estar blindado,
Tudo o que seja negociata útil.
Advogados pagos a bons dinheiros,
Associados aos manhosos banqueiros,
Tornam as resistências, coisa fútil.

Com Governos aderentes à conivência,
As cláusulas são uma indecência
Que ninguém consegue contornar.
Qual a importância? Nenhuma!
É o povo que paga e se desunha,
Vendo os "porquinhos a mamar"!...

DITOS E MEXERICOS

Dizem os espertos chineses
que Portugal é o melhor país
de Europa para comprar empresas.

É a confirmada
época de saldos da pechincha.
É comprar, cambada!
Este governo é compincha!...

Com tantos olhares em bico,
até atarantado eu fico.

LUSÓFONA - ALDRABÓFONA

Mais de uma centena
de cábulas universitários,
sofreram a pena,
correspondente aos otários.

Perderam graus académicos,
obtidos de forma irregular.
Nos prejuízos endémicos,
alguém continua a doutorar!

Anda por aí sorrindo
no seu modo tão peculiar,
a custa do engano, usufruindo
o que a mentira lhe pode dar.


Há "melgas" assim!
Nem o DDT lhes põe fim...

UM AR DE FESTA

Meu amor,
no pouco tempo que nos resta,
demos um ar de festa
em louvor
de tudo o que tivemos,
pelo quanto fizemos,
no todo
que juntos simbolizámos
e ao longo dos anos celebrámos,
em bodo 
nem sempre bem comungado,
onde eu, principal culpado,
me redimo em jeito de redenção
e peço o teu perdão!...
Mas aceita,
humildemente peço
Nunca esqueci nem esqueço:
Foste única e eleita!

NO PONTO!

Atingido o ponto de rebuçado,
isto poderá acabar mal.
Ninguém vive sossegado
com tamanho "temporal".

Saques a torto e direito,
corrupção de modo galopante,
sem predicado mas com sujeito,
o "clima" está asfixiante!

E se a confusão era sem nexo
no edifício principal,
agora, até no anexo,
é castigado um mortal.

Girando à volta do esse,
nova teia captadora
numa lei que se desconhece:
SS, armadilha enganadora!

Só a tiro,
mas de metralhadora!

quarta-feira, 24 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Insensibilidade à velhice
Denota a má formação
De quem na meninice
Não teve boa educação.

VOAM AS ANDORINHAS

A Um Homem Sublime:

Doutor, João Almiro.
Senhor, como vos admiro!
Eu e milhões de concidadãos
Que soubemos da sua existência
E o que ela tem na essência
No seu louvável dar as mãos.

Bendigo a hora que o divulgou.
A este mundo hostil se mostrou
Na sua obra notável de bem-fazer.
Aceitar os mais desprotegidos,
Enteados da vida, dela foragidos,
Dar~lhes amor, sem nada receber!...

É a dignificação plena do Homem.
Exemplos assim, outros as tomem
E teremos um mundo mais bonito.
Do fundo do coração lhe desejo
Que o que vimos num lampejo
Se transforme num movimento infinito!

Em que muitos se redimam, dando.
Será magnifico de ver, 
"AS ANDORINHAS VOANDO"!...

Aplauso à maravilhosa Reportagem TVI.

terça-feira, 23 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Andamos a ser enganados
De todo o modo e maneira
Quando eles não são honrados
Mentira é a sua bandeira.

TU CÁ, TU LÁ

Hoje chegou o verão.
Traz-nos calor como abono
E um vislumbre de intenção:
O desejado e promissor outono.

*Acaba o verão de chegar
e já pensas no outono?
ó criatura faz-te ao mar
vai à praia não sejas mono.

* Raul Taveira

SALVÉ 23 DE JUNHO

Hoje é terça-feira.
Um senhor, Raul Taveira,
está de parabéns.
É o tal, do "TU CÁ, TU LÁ"
que diariamente, troco dá
na conjunção dos meus itens.

Assim sendo, caro Amigo,
neste dia estou contigo
para te desejar o melhor.
Não sei o que pretendes,
mas sei e não te ofendes,
se disser, "És o Maior"!

E saberás porque tal afirmo.
És um ser perfeito. Um Homem digno!
Conta muitos e sempre igual.
Já temos poucos, em Portugal!

domingo, 21 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Hoje, chegou o verão.
Traz-nos calor como abono
E um vislumbre de intenção:
O desejado e promissor outono.

TU CÁ, TU LÁ

Só neste país original
Acontecem casos grotescos.
Sendo a água, bem natural
Porque é paga a vários preços?

*O motivo é o endereço
até mesmo o caudal
se fosse toda uni preço
o que tinha d'original?

* Raul Taveira

LEVEM-ME PRÁ ILHA

A "lata" como se mente
neste país tão dormente!...
Carenciado de gente honesta,
faz pensar no tal da ilha
que tão farto da camarilha,
quer fugir do que não presta!

SE TAL ACONTECER ...

A Grécia acabar por sair
Será a prova bem real
De que nos andam a mentir.
União? Coisa trivial! ...

REGISTOS

Felizmente temos a História
para nos trazer à memória
toda a pulhice passada.
Do presente, e sabe-se lá,
No futuro o que se verá.
A "doença" está instalada!

DESCULPA ESFARRAPADA

Não encontro discernimento
Para o Tratado de Entendimento,
Frequentemente comentado.
Quando não há causa válida
A desculpa chega, esquálida
Ou se invoca o tal tratado.

Modo subtil e indecoroso
Próprio de político manhoso
Sem personalidade capaz.
Ao jeito de vendedor da banha,
Usa tais argumentos da manha,
Próprios de inteligência fugaz!

PAGADORES DAS ASNEIRAS

O dinheiro entrou a granel
e não acautelaram o futuro.
Foi um desbaratar de "papel"
sem se pensar no juro.

Quem se conseguiu abotoar
vive agora vida faustosa.
Alguém iria depois pagar.
Somos parte, da gente chorosa.

Arrepia só de prever
montantes devidos a credores.
No comparável, Deve/Haver,
Aos burros chamamos doutores!

BRANCO É ...

Legislação, a temos nós
e em abundante fartura.
Mas sei eu e todos vós
que daí não vem ventura

Porque a justiça dorme
e não actua com firmeza,
deixando quem muito come,
os restos debaixo da mesa.

PERFIL DE UM SER VIL

Aldrabão, sim certamente!
Porque muito mente.
E quando vai ao desplante:
"Nada foi tirado aos pobres",
É mais falso que Herodes
E também, ultrajante!

IMPRENSA DIÁRIA

"A corrupção é como a gripe"
Disse a senhora do DIAP.
Não há nada que a estirpe,
Ou justiça que a destape?

"A classe média foi asfixiada
por este Governo" (A.C.)
Então e a classe baixa?
Essa ficou na miséria,
A toque de rufo de caixa
E nas balelas de "matéria"!

"Na vida precisamos de mais
do que ciência. Precisamos de poesia" (P.C.)
E sofrendo de paciência
Para tanta aleivosia,
O diz, a Vª.Excelência
Quem tanto ama a Poesia!

sábado, 20 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Só neste país original
Acontecem casos grotescos
Sendo a água bem natural
Porque é paga a vários preços?

TU CÁ, TU LÁ

Tenho sede de leitura.
Até o ler um jornal
Me sacia a secura
E me livra desse mal.

*Acho bom que haja sede
Que haja sede de leitura
Mas cuidado no que se bebe
pois nem toda a água é pura.

* Raul Taveira

OS SALDOS CONTINUAM

"País vendido à pressa,
por grosso ou à peça"!
É a febre do momento.
Vendilhões atarefados
À procura de uns "trocados"
Não querem perder tempo.

Quem ganha na transacção?
Um qualquer figurão
Que compra ao preço d'uva mijona,
Aguenta uns tempos no saque,
Depois, recorre ao do fraque
Para embolsar fraude burlona.

Ou então, contrariando o tal...
Aplicam preços de fazer mal!

VAMOS DORMIR !...

Aqui no atrasado
Havia programa engraçado
Na querida Televisão.
Era a cantiga do Vitinho
A mandar para o "ninho"
Os meninos de então.

Pelos vistos está presente
Na memória do Presidente
Que há pouco deu nas vistas.
A pergunta indiscreta,..
Com sorriso algo pateta,
Mandou fazer óó aos jornalistas.

Isto será atitude de Presidente?
Olhem que, francamente!.

AQUI E ALI AO LADO

O jovem Rei de Espanha
Tirou o título a sua mana.
Deixou de ser da realeza.
Aqui, há pseudos engenheiros,
Doutores, bem trapaceiros
E não se corta a falsa certeza!

ARRESTO

Colarinhos brancos, sujos.
Os donos dos ditos cujos
Vão perdendo impunidade.
Chega de cobiça desenfreada,
Usada contra gente honrada
A sofrer, por tanta maldade!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Tenho sede de leitura.
Até o ler um jornal
Me sacia a secura
E me livra desse mal.

TU CÁ, TU LÁ

A privatização da TAP
É como máquina afinada.
Montado o tubo de escape
A tramóia é terminada.

*"Foi" a TAP dos aviões
levou cabeças ao ar
em pechinchas de milhões
não puderam rejeitar.

* Raul Taveira

QUADRAS DE "BOTA ABAIXO"

Está cheia de suspeitas
A privatização da TAP.
Será que às coisas mal feitas
Não há quem as destape?

Na Grécia, luta-se com fervor
Para manter as pensões.
Aqui, os néscios sem pudor
Portaram-se como vilões!

Neste penoso andamento
Um coelho não teme os crivos
Na toca do encantamento
Diz que atingirá objectivos.

Papagueias bem
Mas mal convences.
Como o outro "animal"
Também mentes!

O grande arresto identifica
O que é viver a grande.
Mas o mal já não frutifica
A Justiça tal garante.

No tempo em que animais falavam
Coelhos mestres na retórica
E que tanto prejudicaram,
Deixaram marca histórica.

Octapharma está na berlinda.
É a empregadora do tal,
Esse cujo rosário não finda
E parece ser filho do mal.

Não sou bruxo para adivinhar
Mas pelo que vejo e percebo
A privatização dará que falar.
Há por ali muito segredo!

Somos quintos classificado
Na vasta lista da corrupção.
Pobre país amaldiçoado
Pelos ditames da negação.

Não os meter na prisão.
Só nos dariam despesa.
É cortar-lhes toda a ração
P'ra saber o que é pobreza!

Isto está deveras mau.
Até a sardinha tão desejada
Deu lugar ao carapau.
A reserva está esgotada.

Qual "arco da governação"?
Antes o "arco da velha"!
Sem bela e com senão
Andamos todos de esguelha.

Quando lhes cheira a esturro
Os rapazes perdem a memória
Mas o povo que não é burro
Regista o facto na história.

Não me rala mesmo nada
Que enriqueçam à bruta.
Mas tenho a alma ralada
Vivendo com "meia-tuta"!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

A privatização da TAP
É como máquina afinada.
Montado o tubo de escape
A tramóia é terminada.

TU CÁ, TU LÁ

A cada tiro um melro cai
Cada cavadela nova minhoca
Devagarinho isto lá vai
Com provas saindo da toca.

*Mas o melro não caiu
e apanhou a minhoca 
antevendo o verão frio
levou a comida pra toca.

* Raul Taveira

GREVE?

Mal uma prescreve
Logo outra é marcada.
Para que serve?
Continuar a "tourada"!

DESIGUALDADES

Não se adivinha final feliz
à situação do povo grego.
O que se ouve, o que se diz,
indicia algo bem negro.

Mas louvo sem reticências
a firmeza das intenções,
face às constantes insistências
para o corte nas pensões. 

Dirigentes esses de louvar
batendo o pé ao poderio.
Aqui, num acto de acobardar,
acederam ao mando do "senhorio".

Por lá, é a luta a bem do povo.
Por aqui, que o mesmo se "lixe".
Nada temos de bom e novo
e até ao "rasca"chamam, "fixe"!

PERGUNTAR SEM OFENSA

A vigilância nas escolas
a desempenhar por militares,
abrangerá todas as bitolas
ou só patentes mais vulgares?

Seria bem interessante
ver um senhor General
a mostrar ao aluno pedante
como corrigir o mal.

Já aos vários Sargentos
o caso é mais rotineiro.
Sempre foram uns portentos.
Verdade, "nosso primeiro"?

Perfilados e em sentido?
É um País bem divertido!...

quarta-feira, 17 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

A cada tiro um melro cai
Cada cavadela nova minhoca
Devagarinho isto lá vai
Com provas saindo da toca.

TU CÁ, TU LÁ

Ser culto é rememorar
O que aprendeu no passado
E no presente irá usar
Para um futuro melhorar.

*Se vem culto do passado
Continua no presente
No futuro é recordado
Outro ciclo, igualmente.

* Raul Taveira

SERVIÇOS DE SAÚDE

A nova política do medicamento,
Considerando as evidências,
Dá poupança ao Governo, sem lamento.
Mas leva as farmácias às falências!

E os laboratórios?
Quem controla tais "finórios"?

ESTAREI CÁ PARA VER

Apresenta-se muito bela
esta nova telenovela.
Iremos necessitar
de um Director,
pessoa de alto valor
para desempenho de lugar
na Actividade Fiscal/Aduaneira.
Exigem, doutor à maneira.
Para tal aberto concurso.
Mas caso de muita estranheza
ninguém garantiu a certeza
de ser o desejado "urso"!
Ou seja, sem ter a tal valia
para lugar de tanta categoria!
Pelo facto, novo concurso previsto
e caso não apareça a sumidade,
continuará a inviabilidade.
E de seguida? Apenas isto:
O GOVERNO ESCOLHE O DESEJADO!
Cá para mim, isto já estará "cozinhado".

Oxalá, eu esteja mesmo enganado!

VIAGEM PRESIDENCIAL

O Presidente e mais vinte
Pagos pelo "Zé" contribuinte
Viajaram em negócios.
Lugares como, Roménia e Bulgária
Dois países de miséria vária.
É de aplaudir a falta de ócios.

Mas na "passeata"em fim de mandato,
O que trará consigo, além do retrato?

O ESQUEMA

Beneficiando amigos vigaristas
Que circulam às nossas vistas
E no terminar do seu "reinado",
Foi para Paris,  um certo "iluminado".
Sabendo pouco, foi melhorar
O currículo de pequeno "czar".
Filosofando e vivendo à francesa,
Julgava que tinha a certeza
Da impunidade pelo ex-cargo.
Mas a Justiça acordou, "carago"

Por uma única e só vez,
Foi preso um "primeiro"português.

Agora, é a "procissão" à cadeia.
Dos tais que gravitam na teia!

REGISTEI O QUE LI,

Beneficiando da célebre adesão,
Arrecadámos cem mil milhões.
Onde param, onde estão?
Em contas dos figurões?

Para além das obras erradas,
Num esbanjar de riqueza
Como as famosas autoestradas
E outras de irracional esperteza?

Frustrada a grande oportunidade,
Depois de tamanha abundância,
Caímos na triste realidade
Duma pobreza sem relevância.

Pobres, um modo de dizer!...
Nunca os houve tão ricos.
À custa de empobrecer
Outra classe, esta em fanicos.

Portugal já foi imenso.
Senhor disto, daquilo e do mais.
Agora, conforme vejo e penso,
Nunca estivemos tão desiguais.

Dum lado o arrotar da abundância,
Deste aqui, um roer de fome.
Para poucos desmesurada importância,
Os restantes, o Estado que os dome!

BASTA

Basta, é demais e já irrita.
Eu que até sou do Benfica,
Acho que estão exagerando.
Um País é apenas isto?
Cá por mim já nem resisto
A tanto Futebol em lume brando.
Se a Política já enjoava,
Era só o que nos faltava!

terça-feira, 16 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Ser culto é rememorar
O que aprendeu no passado
E no presente irá usar
Para um futuro melhorado.

TU CÁ, TU LÁ

Quem está por cima
Enche bem o papo.
A vida nos ensina:
Pobre do fraco!

*Se a vida não te ensina
Aprende como viver.
Não te entregues à sina
Pobre é fraco até morrer.

* Raul Taveira

REPARO A DONA MARIA

Será que ninguém lhe ensina
As boas maneiras devidas
A quem teve a boa sina
De viver alegres vidas?

Tão sem pingo de graça...
Apresentação descuidada,
A senhora quando passa,
Mais parece uma criada.

Em passeio dominical,
Até no segurar a mala,
Parece sentir-se mal.
Depois, ouve o que se fala!...

PALAVRA DE PRESIDENTE

"Iniciámos uma nova fase
da vida nacional".

Aquela em que se "base"
e já não nos faça mais mal?

AFINAL, COMO É ?

Sendo eu homem comum
de escassos rendimentos,
porquê pagar como um
de exorbitantes proventos?

Falo das despesas gerais,
água, luz, supermercado,
sendo dos que pagam mais
com tão fraco ordenado?

É esta a Europa unida?
Afinal quem nos uniu?
Não nos deram contrapartida
os filhos da mãe que os pariu!...

DAR O DITO POR NÃO DITO

O Governo diz que sim
e mais que também.
Mas chegados ao fim
nada parece estar bem.
E tudo quanto foi dito
hoje o mal se contesta.
Felizmente há registo,
a desdizer o que não presta.
Nas diversas definições
de Governos já passados.
o presente, dos "aldrabões",
assim ficam registados.

E, siga a dança
que a moça é limpa
no encher da pança
é o bom que se trinca!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Quem está por cima
Enche bem o papo.
A vida nos ensina:
Pobre do fraco!

TU CÁ, TU LÁ

Nada te deverá ser imposto.
O que sentires por obtido
Se vivido a contragosto
Mais valia não ter nascido.

*Se nasceu é pra viver
tem a vida a sustentar
quanto mais obtiver
mais impostos a pagar.

* Raul Taveira

TU CÁ, TU LÁ

Em Lisboa é celebrado
Como Santo e Padroeiro,
Mundo fora tão louvado
Santo António, casamenteiro.

*Caldo verde, sardinha assada
festejos e casamentos
entretém esta cambada
que esquece os maus momentos.

* Raul Taveira

TRÁGICO

Não me causa muita estranheza
Saber dos suicídios nas Forças de Segurança. 
São causa de excessiva tristeza,
No perder de toda a esperança.

E quantos mais fariam tal,
Neste País tão desgraçado?
Dispor de arma, será fatal,
Tendo-a ali, bem ao lado.

Não admira pois que assim seja.
Para quando, a solução se almeja?

DESTROÇOS

São tantos os "abandonados"!
Destroços, provindo de encerramentos,
A manter conspurcados,
Espaços que em bons momentos
Albergavam industrias promissoras.
Prolongam-se no tempo,
Por heranças, tribunais, penhoras...
Tudo se conjuga para o lamento.
E não há leis que tal impeçam.
Eliminar tão feios cenários?
Será necessário que vos peçam
Para mudar, miolos reaccionários?
É triste, feio e de vergonha!
E tantos são os maus exemplos!
Permitem que tal se exponha,
Como nódoa de responsáveis lentos?
À pilhagem, segue-se o caos:
Albergues de droga, das asneiras,
Dejectos e extractos muito maus,
Acabam por transformar em lixeiras
O que no passado foi local de labor,
Intenso por vezes, de tanta gente,
E tudo acabar, neste pavor
Que nos incomoda, por indecente?!...

Cabos Ávila, Fábricas Triunfo,
Estalagem Gado Bravo, Topázio,
Hotel em S.Miguel... 
Há quem desista,
Tão extensa é a lista!

IDOSOS DE ONTEM E DE HOJE

Antigamente cuidava-se dos velhos,
Seguindo escritos dos Evangelhos.
Eles, os "patriarcas" do lar.
Elas, eram as "matriarcas" do par.
Cultivava-se o grande respeito
Pela idade que no conceito
Era a sabedoria personificada
Pelos ensinamentos que a vida dava.
Passados tempos e tudo mudou.
Até parece que o Mundo virou.
Invertendo, de pernas para o ar
A humanidade viu-se a privar
Dos conceitos seculares moralizadores.
Hoje, esqueceram-se os amores
Que eram aliados do respeito.
Viram nos velhos, um outro sujeito.

Dispondo de bens materiais,
Deles são privados pelos demais.
Se nada têm para dar
São "atirados" para um lar
Onde ficam em esquecimento,
Pedindo a Deus o fim do tormento.
E o que pedem, tão simplesmente?
A morte! É criminoso quem tal consente!
Criminoso o próprio Estado.
Sem rosto na prática do seu pecado,
Ao tirar dos velhos e mais pobres,
Parte dos escassos cobres
Que vão cobrir despesas provocadas
Em más gestões e tantas derrocadas
De engenhosos e  ruinosos malefícios,
Próprios e "ricos em maus ofícios"!

É este o destino que tem sido traçado,
A quem nasceu sob o signo, "Desgraçado"!

domingo, 14 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Nada te deverá ser imposto.
O que sentires por obtido,
Se vivido a contragosto,
Mais valia não ter nascido.

ÚLTIMA VONTADE

No pressentir da minha partida
Não desejo que ela seja sentida.
Antes, com alegria seja cantada
Por alguém que amei nesta vida
E que por mim se sentiu amada

E se o retorno, Deus o fez,
que possa amá-la, outra vez!

sábado, 13 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Em Lisboa é celebrado
Como Santo e Padroeiro
Mundo fora, tão louvado
Santo António, casamenteiro.

TU CÁ, TU LÁ

Tendo a voz humana
Tão extensa longevidade
É verdade soberana
Tenho uma preciosidade.

*Não é predicado teu
nem tua exclusividade
tens tu, tenho eu
e toda a humanidade.

* Raul Taveira

O RETRATO DE Vª..Exª., sai asneira

Em pormenor, bem analisado
Quando o vemos retratado,
Há um pormenor que ressalta:
Vª.Exª., não tem lábios.
Lábia lhe sobra e de sábios
Mas de facto, algo lhe falta.

Sua boca é um risco fino
Que abre e fecha o nosso destino.
Normalmente, sai asneira.
E sinal de cinismo latente
Quando traça o mal da gente
Em prepotente e vaidosa maneira.

Pois, meta a vaidade no baú!
Amigo, completa a rima tu.

JÁ NÃO NOS ENGANA

As suas conversas de treta
São tiros de pólvora seca
Que nunca acertam no alvo.
Classificado de aldrabão
Ninguém ouve o seu sermão.
O nosso povo não é papalvo!

SAIA MAIS UM !

Ouvi e não quis crer!
Só nos faltava acontecer,
O Alberto João à Presidência?
Isto já é um Carnaval,
Com ele, maior o mal,
Valha-nos , "Santa Paciência"!

O QUE LEMOS NOS JORNAIS

Cada dia que passa
revela uma nova trapaça.
Só agora se compreende
aquela vida de tanto luxo.
Era o dinheiro em fluxo,
a entrar na conta-corrente!

CONVERSA FIADA

"Privatização da TAP, um sucesso"

O foi, digo eu sem favor
Mas em pensamento inverso,
Na óptica do comprador!

É O DESTINO

Cada um é pró que nasce
e quando nasce uma pessoa
o seu futuro, esse faz-se
conforme Deus o abençoa.

Há quem nasça para sofrer,
outros já nascem maus,
também há, os de tanto ter
e os pobres, comem carapaus!

Os mais privilegiados,
serão os de boas famílias.
Com esforços moderados
terão múltiplas regalias.

Virados de rabo p'rá Lua,
esses assim são chamados.
Mas verdade, nua e crua,
temos ainda os malvados.

Que, sem eira nem beira,
metidos em política suja,
conseguem encher a carteira
e a Justiça nunca surja!

É a constante do momento.
Nunca se viu tanta corrupção.
Vivem os pobres em tormento
Mas os ricos...esses não!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Tendo a voz humana 
Tão extensa longevidade
Em verdade soberana
Tenho uma preciosidade.

TU CÁ, TU LÁ

A falta de compaixão
Que o torna diferente
Tem a mesma dimensão
Da sua soberba latente.

*Quem nasce na servidão
leva a vida como errante
sofre a dor tem compaixão
jamais será arrogante.

* Raul Taveira.

OS "ROBERTOS"

Nos meus tempos de menino
Adorava ver os "Robertos".
Davam-nos um certo ensino
Nos episódios mais diversos.

Hoje dizem-se "marionetas".
Bonecos com muita genica.
Eles e também as bonecas
E até falavam do Benfica.

Espectáculos dados na rua
Com vozes bem esganiçadas,.
Artes de alguma falcatrua,
Deixavam as pessoas pasmadas.

Acontece hoje, como outrora.
Abundam por aí os "bonifrates".
Falam sem cansaço a toda a hora
Num dizer eivado de disparates.

Se quiserem ter uma ideia,
Ouçam-nos nas sessões da Assembleia.

VENTOS DE MUDANÇA NO FUTEBOL

Estava tão bem
e era estimado.
O que lhe advém
do outro lado?

Mais dinheiro
já se sabe.
É tão "porreiro"!
Aumenta a vaidade.

Se estava bem
ficará melhor?
Porque mais tem,
será um senhor?

O CASO "VERDE"
Justa causa p'ra despedir
pelo modo de vestir?
Ó homem, deixe-me rir
nesta hora de divertir!

Ai Jesus, valha-me Deus,
isto é de bradar aos céus!

AVISO DO PRESIDENTE

O Presidente recusa
"semear desânimo e pessimismo"
Pois! O quadrado da hipotenusa,
ou vocabulário de lexismo?

OPINIÃO

Polícia à porta, custa dinheiro.
Detido na prisão, dá despesa.
O melhor, para o tal engenheiro,
Seria ir p'ra casa, com certeza.
Mas com a sua aversão
À pulseira da indignidade,
Lã continua em reclusão,
Revelando forte personalidade.


"MADUROS"

Por vezes fico a pensar
Em certos tipos "maduros".
Onde os foram apanhar...
A que lugares obscuros?

E o que têm para dar,
Além da conversa fiada?
Por podre não deve tardar,
A cair, ficando em nada!

EXUBERÂNCIA EXAGERADA

O Ministro da "Lavoura"
teceu mil elogios
e alguns cortes de tesoura
nos seus normais desvarios.

Com modos exuberantes
de actor secundário,
agora, tal como dantes,
merece honra de relicário.

Pena que, por boa memória
esteja registado em estória
como um dos muitos meninos
que gostavam de submarinos!

A NOVELA CONTINUA

Ao recusar, 
"a tentativa de o domar"(sic),
o filósofo preferiu ficar
no cubículo celular, 
recusando o conforto do lar.

Não sortiu efeito a jogada.
A Justiça mantém-se alertada!

E o comentário algo sujo,
do causídico Araújo,
é adaptado ao dito cujo,
que nos tempos de bacanal
se classificava de "animal"!

PORTUGAL À VENDA

Dá muito que pensar
O modo "desbragado"
Como se está a saldar
Os bens do nosso Estado.

Os nossos, bem dizendo.
Foi com público mealheiro
Que se construiu a contento,
O que há no país inteiro.

Surpreende a ânsia de venda.
Agora, falam no Oceanário!
Diga-me, quem compreenda,
O porquê? É desnecessário?

Com lucro considerável,
Também vai mudar de mão?
Há por aí, alguém miserável
Que deve ter perdido a razão!

Se por cada venda efectuada,
A comissão for choruda,
A situação fica aclarada,
E o mal, sem meios de cura!


quinta-feira, 11 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

A falta de compaixão
Que o torna diferente
Tem a mesma dimensão
Da sua soberba latente.

TU CÁ, TU LÁ

Convite à emigração
Um "mito urbano"?
Ó senhor tome atenção
À nódoa que tem no pano!

*Um pano é um babeiro
onde cai a baboseira
Sai daqui! Disse o primeiro
sai daqui da bandalheira!

* Raul Taveira

"ELE HÁ COISAS" !

O seu dinheiro é tanto
que até dá para esbanjar!
A D.Dolores em pranto?
O Fisco espanhol a ganhar!

A senhora não saberia
da lei impeditiva?
Por ali não há "rebaldaria"!

"CABEÇA ERGUIDA"

O Presidente pede garra
e "cabeça erguida".
Qual cabeça, a da farra
ou a normal, descaída?

E a sua, Presidente?
Pode erguê-la bem alto?
Não esqueça, fique ciente,
Só nos dá sobressalto!

SOCRATICES

Só sairá em ombros
pelo portão grande.
Filosofia de assombros
é o que ele garante!

O cartaz já lá morava
a assinalar saída triunfal.
Com a nega, não contava,
mas teve tino o tribunal

Fique pois sossegadinho
nesse lugar e caladinho.
Nós apenas lamentamos
o dinheiro que gastamos.

CLARAVIDÊNCIAS

Definidos os quatro pilares
Do próximo desenvolvimento,
Passados os muitos azares
Que sofremos até ao momento.

E então, a cobertura?
Só assim se completa obra!
Diga-nos lá, criatura,
No pouco tempo de sobra?!

HONRARIAS

Condecorado por pedir ajuda?
Deus Nosso Senhor me acuda!
Quanto ao resto, o que mais fez?
Teve um percurso exemplar,
Quando viu o país a naufragar?
Foi um bom Ministro português?

Para mim, há vestígios de jogada.
De mansinho, pela calada,
Um bofetão de luva branca
Ao Primeiro, nunca condecorado,
O único que se saiba, olvidado
O que de certo modo, espanta!

No seu recato de Évora/prisão,
Alguém tirará a conclusão!

AGUARDAVA-SE A GRANDE NOTÍCIA

Cristo, correu com os vendilhões
Que no templo faziam comércio.
Aqui, suportamos uns figurões,
Em negociatas de cariz néscio.

A retalho ou por grosso
Vão delapidando o património,
Conseguido em esforço valoroso,
Em lutas até contra o Demónio!

Temos então uns "trauliteiros"
Que por sua prepotência,
Em desenfreada caça/dinheiro
Comprometem a independência.

Por esta andar, com tal atitude,
Num futuro que será breve,
Irão à vida, mas a vicissitude
E a sua culpa, tudo prescreve.

Triste sorte nascer português,
Num espaço de tantos porquês!

LIVRO ABERTO

Ao abrir "portas" em Madrid,
aqui está o que algures li:

"Somos uma Nação
que se agiganta nas dificuldades" (P.P.)

Claro! Onde mora a contestação?
Vªa. Exª., é a prova dos mais capazes!

TRAPACEIROS

Em cada dia que passa
Surge uma nova trapaça.
Não serão já suficientes?
Mas fazer pagar quem deve,
Antes que venha o "prescreve"
Seria o castigo das más gentes!

SUGESTÃO

Com igual coerência,
De não medalhar a "filosofia",
Deveria marcar por ausência,
O presidencial retrato na galeria.

Com medalha a granel
Se promovem Comendadores,
Figuras constantes no papel,
Alguns de duvidosos valores.

O ANIBAL DAS MEDALHAS

Distribuídas assim a granel,
Não vi nenhum pobre Manel
A ser também agraciado.
E quantos haverá a merecer o gesto?
Aos outros (duvidosos) foi lesto.
O costureiro da "madame", um pecado!

UM SUCESSO

...e a TAP foi ao ar!
É aliás a sua missão, voar.
Processo agora encerrado
Neste dia de mais um crime.
Lesar ao vender, oprime
Este nosso país mal-amado.

Por quantos, que se vendem.
Não sabem nem aprendem,
Onde mora a nacionalidade.
Saldam bens materiais à revelia
Sem acautelar a mais-valia
E em cúmulo, desprezam identidade.

Aquela que nos identifica,
A língua pátria, tão erudita
Falada por esse mundo fora.
Quem assume, frontal e por inteiro
O crime que rouba, qual rafeiro,
A ortografia que connosco mora?!

E para nosso total azar,
Creio que algo mais, nos irão roubar!
Mantenhamos a calma.
Só Deus nos leva a alma!

O MÁRTIR

Os fiéis acorrem ao altar,
Do sacrifício onde ele permanece.
Aquele que tanto quis gozar
Do muito e tanto não merece.

Sucede-se as romarias
Na espera da procissão final
Em que o "Santo das Alegrias"
Saia, em hora triunfal!...

Depois será o cortejo,
Os "vivós" e os pendões.
"Seja ceguinho se não vejo"
As ondas das multidões.

Daqueles que tiveram benesses,
Do agora"engavetado",
Vêm dai as suas preces,
Ao Senhor, seja louvado!

Pedem restituição da liberdade
Do mártir e tão santo,
Que quis tirar à sociedade
O muito, o vasto e tanto!

Teve azar. Confiou demasiado
Na sua "engenharia" do mal.
Do seu, perderá um bom bocado,
Assim haja, justiça em Portugal!

Quanto ao resto,...são tretas,
Dos que "mamaram nas tetas"!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Convite à emigração
Um "mito urbano"?
Ó senhor tome atenção
À nódoa que tem no pano.

TU CÁ, TU LÁ

Mesmo sem ser burro
Minha voz não chega ao céu
Para denunciar com esturro
E violentíssimo "escarcéu"!

*Se quiseres denunciar
fá-lo sem voz de burro
se a tua não chegar
sê tirano usa o murro.

* Raul Taveira

FERIADO NACIONAL

Foram mais de quarenta
os condecorados.
A "lata" pouco representa
face a alguns nomeados.
É a farsa continuada
em dia comemorativo.
A alguns, não diz nada,
outros esquecem o motivo.

Celebração pouco sentida.
Ausência de quem merecia presença.
Com pouco peso, curta medida,
é o que a maioria pensa.

Para não quebrar a "tradição",
Os protestos em favor da razão!

terça-feira, 9 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Mesmo sem ser burro
Minha voz não chega ao céu
Para denunciar com esturro
E violentíssimo "escarcéu"!

TU CÁ, TU LÁ

É fácil criar simbolismo
Mesmo através da Natureza
Não será um mero lirismo
O digo com toda a certeza.

*Cotejar vida bucólica
mera na sua pureza
com esta vida simbólica
é "riquinho"com certeza.

* Raul Taveira

REPÚBLICA DA PAROLICE

Foi uma trilogia no passado:
"Fátima, Futebol e Fado"!
É hoje, severamente criticada.
E o que temos no presente?
Uma parolice, tão somente,
Mas que ultrapassa a passada.

Futebol e Política, em excesso,
Deixam um cidadão possesso.
Ultrapassa o limite razoável.
Diálogos bacocos, temas vazios
Só para produzirem fastios,
Em contexto nada agradável.

E nesta "República da Parolice"
Ninguém brada contra a "chatice"!

JOGADA "FILOSÓFICA"

Nova medalha será cunhada
Para impor no 10 de Junho
A uma figura idolatrada,
Símbolo da rosa e do punho.

A legenda ainda em segredo
Irá basear-se na coragem
Do homem que em degredo
É vítima da Justiça selvagem.

É obra! Trocar conforto caseiro
Por "poiso"numa prisão?!
Causa espanto ao mundo inteiro.
Aos fiéis, até lhes parte o coração!!

Altíssima tirada filosófica,
Não ao alcance de ser inculto.
Só para iluminados em sabedoria,
Portadores de cérebro adulto!

Como o deste que assim ousa
Desafiar juízes e leis vigentes,
Que nega ser Pinto de Sousa,
Devido a pergaminhos exigentes.

País das muitas telenovelas,
Esta agora, será uma delas!

QUE NÃO SEJA SÓ NO PAPEL

 Se "Oeiras tem voz"
Eu a tenho bem sonante.
Falo dos contra e prós,
Todos os dias, no instante.

Assim, venho propor:
"Oeiras, Vila dos Jacarandás"!
Ao admitir o supor,
"Mais bela ainda serás"!

Ao Município a sugestão,
Ceder a árvore a residentes.
Maior seria a profusão
Pelos jardins existentes.

O anilado exuberante da cor
Em época de floração,
Daria à Vila maior valor
E quem sabe, mais atenção.

Que minha voz se faça ouvir.
Por norma, não acontece.
Várias vezes, o meu sentir,
Nenhuma atenção merece!

Mas não julguem que me ralo.
Do mesmo modo, nunca calo!

SE NÃO EXISTISSE ...

É coragem com água no bico!
Ou "engenharia" intencional?
Com estas ideias medito
E não me levem a mal.

Culpado de què?
Então e as escutas?
Só um cego não vê
Ou tem visões curtas.

Mas já foi abençoado
Pela atitude de coragem!...
Este povo tão enganado,
Até aplaude, malandragem!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

É fácil criar simbolismo
Mesmo através da Natureza.
Não será um mero lirismo.
O digo com toda a certeza-

TU CÁ, TU LÁ

É difícil de aceitar.
O povo tem o poder
Mas não o sabe usar.
Bastaria o seu querer.

*É difícil de aceitar?
Qual povo? Qual poder?
Como queres que possa usar
o que nunca lhe deixam ter?

* Raul Taveira

O QUE NÓS OUVIMOS

"O Partido Socialista
é contra o pensamento único" (A.C.)

Mas tendo em vista
certos "pensadores rosa",
não há quem resista
a tanta falta de prosa!

Há pensamentos e pensadores.
Uns são artistas da fala.
A outros de fracos valores,
se pergunta, "quando se cala"?

MUDAR, POR UMA VEZ

O impossível não acontece.
Mas por vezes apetece
pretender uma mudança.
Atingimos a saturação total.
Ouvir os mesmos em Portugal,
é descrer da própria esperança.

Esse tal "arco da governação",
só nos criou total desilusão.
Promessas ditas e não cumpridas,
visões utópicas e seus anexos,
fizeram nascer casos complexos
que não alegraram a nossa vida.

Venha pois, o impossível imaginado.
Com os mesmos, é o fado
triste, choradinho de mau futuro.
Por uma vez, mudemos a votação.
A outros, simplesmente dar a mão,
saborear, um novo "fruto maduro"!

E para que fique claro:
Não sou de esquerda, direita ou centro
Apenas e sim, um "Beirão Isento".
Quase diria, caso raro!

MÁXIMAS

"É o clube do seu coração".
E da carteira, porque não?
Deixem-se de ser mentirosos.
Todos à procura do mesmo,
tudo ao molho e a esmo,
e por dinheiro, tão gulosos!

INOCENTES, UMA OVA

Poderá não haver prova
e um figurão seja ilibado.
Mas inocente, uma ova!
E aquilo que foi roubado?

Que fiquem na paz dos anjos
mas anjinhos não somos todos.
Sacar os fundos aos "marmanjos"
angariados com bons engodos!

VERDADE TRISTE

A morte é uma devolução a Deus,
o sabem, até os próprios ateus.
Tudo o que é nascido
acabará por desaparecer
com mais ou menos sofrer,
no fim do destino cumprido!

POESIA POPULAR

"Quem cabritos vende
e cabras não tem..."

Quem me entende?
Político, safa-se bem!...

É DEMASIADO ALARIDO

Ver e também ouvir
tantos cronistas a "grunhir"
sobre um enjoativo tema,
vá não vá, ainda assim,
talvez a alguns valha a pena,
mas nunca para mim!

Já o mesmo encher Programa
de nível como se proclama
e recheado de figuras gradas,
é lamentável e indecente.
Esta gente nunca aprende?
Gostam das "peixeiradas"?

É de Futebol que falo.
E contra exageros, não me calo!
É triste ver gente "fina"
A cumprir a mesma sina!

CAMPEÃO EUROPEU

Uma imensa multidão
recebeu o Barcelona, campeão.
E tomai nota, arruaceiros,
com alegria e nenhum desacato.
Antes, o desejável bom trato
que define um povo ordeiro.


À VOSSA ATENÇÃO

"Oeiras tem voz"!
Mas pobres de nós,
Também tem ouvidos?
É que, digo e reclamo,
Ninguém assume o dano
E assim somos esquecidos?

domingo, 7 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

É difícil de aceitar!
O povo tem o poder
Mas não o sabe usar.
Bastaria o seu querer!

TU CÁ, TU LÁ

De os ouvir prometer
Quem ousará duvidar?
Até sinto a carteira a encher
Com tanto sol a brilhar!

*Palavras vão no vento
prometer não é dar
e nem é o teu lamento
que põe o Sol a brilhar.

* Raul Taveira

MANEIOS

No seu jeito peculiar
da sobrancelha coçar,
o Jesus, agora "leão",
quantas vezes irá repetir,
o gesto que nos faz rir,
no uso da dextra mão?!

DEIXEM-ME EM PAZ !

Ralam-me tanto o juízo
Com essa vossa mesquinhez!
Afinal do que preciso,
É para vos dizer de vez:

Que eu sou assim
E não penso alterar
Do que sinto em mim,
Nunca irei abdicar!

PALAVRAS TOLAS

"É difícil ser
bonita e actriz" - (R.P.)
Menina quer-me parecer
Errado o que diz.
Mais difícil será,
Ser feia e sem profissão.
Pense e logo verá.
Faça a comparação!...

OEIRAS EM FESTA

Vaidosa do seu marquesado,
Oeiras vestiu-se prá festa.
Envergou o mais rico fato,
Empunha brasão na mão dextra.

E caminha, airosa e gentil,
No seu dia que é de Junho,
De luz intensa, primaveril!
Quis vincar bem o seu cunho.

Aos súbditos espalha alegria
A rodos e sem rateios.
É para todos neste dia
Sem olhar a gastos e a meios.

É música, canto e tanto mais!
A mostra do seu palácio renovado,
E poesia no parque dos jograis
Que é dos poetas, tão louvado!...

Também um Tejo feito praia...
O Passeio Marítimo do lazer...
Oeiras, Marquesa de linda saia,
És olhada com tanto prazer!

Junto à ribeira, tua pertença,
A tradicional e variada diversão
Onde se marca presença
Em feira de longa tradição.

A todos, tudo isto nos dás.
Assim, à noite quando recolheres,
Envolta em manto de jacarandás,
Fica feliz...por tanto poderes!

sábado, 6 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

De os ouvir prometer
Quem ousará duvidar?
Até sinto a carteira encher
Com tanto sol a brilhar!

TU CÁ, TU LÁ

Despedir com "justa causa"...
Mas será a causa justa?
Fiz reflexão após pausa.
Nem por sombras se ajusta.

*Se há causa há motivo
para haver despedimento
se demissão foi objectivo
o motivo tem fundamento.

* Raul Taveira

TU CÁ, TU LÁ

ONTEM DIA 4 O POETA PREGUIÇOU.
SEM MAUS MOTIVOS, DESCANSOU.

*Como poeta se atreve
mostrar o outro flanco.
Afinal também faz greve
o dia de ontem foi branco

* Raul Taveira

O TEMA DO MOMENTO

Entre um treinador despedido
E um dirigente comprometido
Prefiro defender o primeiro.
Merece respeito pela seriedade.
Já o outro, com mais idade,
Deveria ser mais ordeiro.

Aliado do novo treinador,
Ambos formarão dupla de furor!
O futuro dirá com verdade
O que irá suceder na Circular.
Do outro lado, onde vai ter lugar,
Um novo capítulo de Alvalade!

GENTE "FINA"

Uma dupla que fará furor!
Jesus & Bruno de Carvalho.
A dignidade e o primor,
De mãos dadas no "reviralho"!

Ou seja,  a dar volta total
No clube que em Alvalade,
É o Sporting de Portugal
E será campeão, de verdade! (?)

Não sou "doente da bola"
Nem defendo nada ou alguém.
Mas há gente de fraca bitola
Que não age nada bem!

Cá estaremos para comentar,
Quando o campeonato começar!

AMOR AO "PILIM"

O amor à camisola
Não passa de graçola!
Na dança dos treinadores,
Um "maduro"passa a "verde".
Quem ganha e quem perde?
Espero p'ra ver meus senhores!

Fala mais alto o "pilim".
Sempre foi e será assim
Neste Mundo da era plástica.
Cá por mim benfiquista,
Aquela figura era mal-vista
No mascar pastilha elástica!

Vão ser dignos de se ver
Os duelos entre águias e leões,
Com as claques a enfurecer
E a debitar vernáculos palavrões!...

A PALAVRA DE EANES

Verdades,...tão verdadeiras,
meu ilustre General!
Às nossas gentes ordeiras
compete sanar o mal.
Exigir dos políticos enganadores,
o cumprimento das promessas.
Mas com que força de valores
se anda tudo às avessas?
Diz-se, o conceito não é novo,
que a força e a razão,
ambas ao alcance do povo,
residem no voto, tido em mão.
Mas dizei-me, meu General:
em quem deveremos votar
Se em todos reside o mal
e alternadamente, a enganar?
Sim, poderemos ser exigentes.
Temos a força de três milhões!
Mas faltam os "inteligentes"
que galvanizam as multidões...

Como o meu General, por exemplo,
não fora a inexorável marcha do tempo!


PROGRAMA ELEITORAL

Mais parecia um mau actor,
A prometer o que não dará.
Por muito que queira agradar,
Fica a ideia de apenas enganar
E da nódoa, não se limpará.

Submergiu...
Foi a fundo e não emergiu!

COMPARAÇÕES

Comparar o Futebol à Política?
É tudo a mesma gente futrica!
Todos pagos a bom dinheiro
E os "artistas" são ao milheiro.
Auferindo chorudos ordenados.
Também os dirigentes, gente fina,
Constituem a melhor obra-prima,
Desde que foram inventados!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

PREGUIÇA

ONTEM DIA 4 O POETA PREGUIÇOU.
SEM MAUS MOTIVOS, DESCANSOU.

QUADRA DO DIA

Despedir com "justa causa"...
Mas será a causa justa?
Fiz reflexão após pausa.
Nem por sombras se ajusta!

TU CÁ, TU LÁ

Se escrevo
Logo existo
E tudo devo
A Jesus Cristo.

*Porque pinto porque escrevo
tudo isto devo também
e quando penso a quem devo
lembro sempre minha mãe.

* Raul Taveira

OLHAR ATENTO

O que se 
Na querida TV.
A eleição decorria
E o Platini, dormia!

PAÍS POBRE DE GENTE RICA

Dizem que na Suiça
Reformas, só até 1700.
Diligente ou em preguiça,
Sem lugar a lamentos!

Como seria nestas bandas
Se vigorasse tal medida?
Que pobres "viandas" 
Teriam como comida?

Os nossos ricos pensionistas,
Anafados por farta manja?
Se as coisas fossem revistas
Só lhes restaria, uma canja!

Mas agora, lagosta fina,
Suada ou "a la planche".
A orquestra não desafina.
Nem  mal que se desmanche.

RELIGIOSAMENTE, FUTEBOL

Futebol é como religião
Onde até o "sacristão"
Vai à caixa das esmolas.
Os adeptos são os fieis
Que berram altos decibéis
E pagam como "artolas"!

quarta-feira, 3 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Se escrevo
Logo existo
E tudo devo
A Jesus Cristo.

TU CÁ, TU LÁ

Sinto a alma atormentada
Mas desconheço a razão
Terei uma praga rogada
Ou será mal do coração?

*Ter uma alma atormentada
sem saber por que razão
a culpa não está na praga
falta amor no coração.

* Raul Taveira

ACTUALIDADES ENQUADRADAS

"É tudo questão de desenho,
ainda não há proposta desenhada"
Para os cortes do amanho,
A "artista" não fica calada!

Houvesse real coragem
Em três milhões de reformados,
Acabaria o "fartar vilanagem"
Que nos mantém amordaçados!

A sua boca detém,
O traço fino do cinismo.
Não lhe fica nada bem
Mas é marca de baptismo.

"Portugal é um País enfadonho
do ponto de vista político"
Que lamento tão tristonho
Dum economista típico!...

Como podemos ser enganados
Por coelho que nem é bravo

Mas com arte dos diabos
Escapa, sem ser caçado?

Senhor que sois da Economia
O modo como se apresenta
Será vaidade, ou mania?
A modéstia não o tenta?

Se nunca se enfada
A mastigar a "elástica"
Qual é a marca que paga
Tão má imagem plástica?



"O CONCELHO DE V.V.DE RÓDÃO"

33 anos ao serviço do Concelho.
Poderá dizer-se, não é novo nem é velho
Mas é, isso sim, o nosso Jornal!
Não é grande nem pequeno também.
Tem a dimensão que assenta bem
E não nos deixa ficar mal,

No confronto com outros jornais
De notícias, que por vazias ou banais,
Nem sequer nos dizem respeito!
São seis as folhas apenas,
Letrinhas um tanto pequenas...
Há que ter os óculos a jeito!

Recebemos a sua visita mensal,
Em qualquer ponto deste Portugal,
No contexto da "Taxa Paga",
Das edições periódicas.
As assinaturas são módicas.
Não é despesa que mal traga!

Falar das gentes que o compõem,
É louvar a carolice. Todos se dispõem,
A procurar a notícia de "cacha",
Ou dar contributo desinteressado,
Mantendo as tradições do passado,
Neste simpático jornal da Beira Baixa.

Não cito nomes.O jornal somos nós!
Dos mais ilustres, alguns avós
Aos simples, mas todos Beirões!
Cada um dando de si próprio
O que pensa, como neste colóquio,
Tão puro e pleno de emoções.

Brindemos:
Longa vida ao nosso jornal!
Que continue um símbolo, da Imprensa Regional!,


FUTEBOLADAS

Treinadores, limitem-se a treinar,
Os jogadores, tratem de bem jogar,
Já aos comentadores, só comentar,
Cada qual e cada um, no seu lugar.
Mas deixem de tanto papaguear,
Esses que são tantos, a "mamar"!

POR TERRAS AFRICANAS

Deixei pegadas na terra quente
que pisei em África.
Adorei conviver com gente
De vida simples e prática.


Não lhes demos o Ensino
Mas seguramente, compreensão.
Como tal eu me defino,
Agi bem e como Cristão.

Ajudei sempre, na oportunidade.
Fiz amizades e respeitei,
Homens negros de longa idade.
Deles aprendi. Também ensinei.

Se disser que, sendo militar,
Um "tuga" na gíria"de opositor,
E após aquela guerra terminar,
Me aceitaram sem ódio nem favor...

E por lá continuei, vivendo
Naquela Guiné tão carente.
Nove anos, e apenas sofrendo
Os rigores do clima, tão quente!...

Com prazer lá voltaria...
A qualquer momento, de um dia...

VIAGEM PRESIDENCIAL

Visitas em final de mandato,
Para quê Senhor Presidente?
Farão parte de contrato,
A que tenha de estar presente?

Ou será a viagem final
Do "Curso Que Vai Terminar"?
Os cofres de Portugal,
Por cheios, há que esbanjar?

Roménia e Bulgária...
Que benesses irá colher,
De receita imaginária
E bons frutos a recolher?

Um simples pedido informal,
Desejo fazer entretanto:
Que nessa deslocação oficial,
D.Maria, modere o espanto!

"DESCASCA PESSEGUEIRO"

A vossa gula é tanta
Que até nos espanta.
Mas como, ser tão vil,
Aplica coimas exorbitantes
Neste país de "penantes"?
Quem legisla será imbecil?

Se fosse possível imaginar,
Ou melhor mesmo, criar
Um notável movimento:
"Não Pagamos Violências"
Que fariam as excelências?
Dar voz de prisão no momento?

Assim sendo como o fazer?
Há prisões para nos receber
Sendo milhões os que seremos?
Chega de tamanha bestialidade
Usem de maior seriedade,
Sentindo o país onde vivemos!.

terça-feira, 2 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Sinto a alma atormentada
Mas desconheço a razão
Terei uma praga rogada,
Ou será mal do coração?

TU CÁ; TU LÁ

Há pessoas que por maldade
Apresentam qualidades raras
Tal como o feijão frade
Que dizem ter duas caras.

*Não teria a qualidade
sendo de duas caras
já pessoas feijão frade
de qualidade são raras.

* Raul Taveira

COM A LUA NASCE A TROVA

Com a Lua Nova
nasce a trova.
É prova, nua e crua
que liga os poetas à lua.
Dizem que somos aluados
porque nos inspiramos no conceito.
Até as doideiras que sentimos no peito
e  guardamos na alma,
vão desde a oração
ao reflectir que acalma.
E aí está a razão,
porque Poeta, é um ser eleito!

OS CHEIROS DA TERRA

Se Lisboa cheira bem
o que dizer da nossa Beira
quando a Primavera vem
a visitá-la, prazenteira?

Eles são tantos, os cheirinhos
que a brisa espalha e nos dá...
Vem das serras em raminhos
moram connosco, ficam por cá!

Mistura tão colorida, perfumada,
anualmente uma certeza,
oferta de mão caridosa e beijada
e que agradecemos à Natureza.

Urze, mimosa, rosmaninho,
Poejo, zimbro, flor da carqueja!...
Assim composto se faz raminho,
Duma prenda que se deseja!

RIO TEJO - SEU PASSADO E PRESENTE

Dominado
das tropelias do passado,
o "meu-Tejo" é hoje um rio manso.
De grande beleza, para alguns talvez...
porque não lhe conheceram a altivez
que antes nos deixava sem descanso.

Tinha como mãe a Natureza
e dela herdou a incerteza.
Por vezes, o leito cheio da abundância,
ou no invés, grandes secas prolongadas,
ao mando divino e da circunstância.

Foi e é o mesmo, mas diferente.
E só os mais velhos da nossa gente,
como eu e uns tantos mais,
poderemos comparar a contento
se o Tejo antigo, ou o agora lento,
se ajusta melhor aos nossos ideais.

Mas, certo é...tomai nota:
A nossa opinião pouco importa.
Ele desliza devagar, ainda corre...
Porque o que é eterno, não morre!

É SEMPRE ASSIM

Não sabem tomar previdências.
Só actual nas emergências
Quando o mal já alastra.
Sempre assim foi e será
Neste País ao Deus dará
E onde a desgraça, é vasta!

EXCELÊNCIAS

À custa dos nossos sacrifícios
A excelência gozava bons vícios
No conforto de vida faustosa.
Usando uma filosofia barata
Uniu os senhores de gravata
E aos outros, miséria dolosa.

Fugiu-lhe o "poder do dinheiro",
Excelentíssimo pseudo Engenheiro?!

O SENHOR DAS AZENHAS

Do avô Firmino, tenho uma má fotografia.
Naquele seu tempo, pouco melhor havia.
Mas dele, tenho recordações vincadas.
Como por exemplo, as azenhas do Tejo
E o seu moinho, do Cerejal, Os revejo...
Em memória, estas eram as suas "casas".

Quando menino, com ele a meu lado,
Apreciava aquele jeito tão apurado
De separar a côdea do pão 
E destinada ao neto ido de Lisboa.
A navalha era pequena, mas boa...
Ele sem dentes, tinha no miolo, quinhão!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

QUADRA DO DIA

Há pessoas que por maldade
Apresentam qualidades raras
Tal como o feijão frade
Que dizem ter duas caras.

TU CÁ, TU LÁ

Só vejo o que quero ver
Só ouço o que devo ouvir
Ninguém me fará esquecer
Os males que possa sentir.

*Faz-se surdo se convém
não é cego mas finge ser
na memória quem não tem
os males que não quis ter?

* Raul Taveira

QUADRAS DO QUOTIDIANO

Até no pagamento da água
A desigualdade existe.
O reconheço com mágoa.
Neste País tudo é triste.

Denunciar, não resisto
Quando ouço tal verdade:
Prós chineses não há Fisco.
É facturar à vontade.

Seis cegos, infelizmente
E a Justiça não puniu.
Mas o mal esteve presente
Só que ninguém o descobriu.

Tudo o que digo, em verdade,
Vem escrito nos jornais.
Na conquista da Liberdade
Podemos zurzir nos "maiorais"

Ricardo Salgado,
Ou Alves dos Reis,
Qual deles o declarado
Mais vígaro, Me direis?

À ILUSTRE SENHORA

Ao ter de engolir o sapo,
Dando o dito por não dito,
Ficou muito mal no retrato.
Tal, aqui o deixo escrito.

O que acaba de dizer
E mais logo vir contrariar,
Dá pena reconhecer,
Que só nos pensa enganar!

BARBÁRIE

Tanto era o valor da vida
De qualquer filho de Cristo,
Mas na longa etapa percorrida,
Atingimos um climax sinistro.

Vermes germinados no Oriente,
Sedentos de sangue e de vingança,
Matam, todo e qualquer inocente,
Em actos de horrivel matança.

Só não vê quem não quer ver
As cenas de horror impensável,
Destruindo a vida de um ser,,
Pacato, humilde, quiçá amável.

E, multiplicai por multidões,
O horror desse acto criminoso,
Como vi agora nas Televisões.
Como é possível, Deus Poderoso?

Voltar à barbárie brutal,
Nesta Humanidade eterna,
Faz pensar, o homem animal,
A voltar a era da caverna?!



A REBENTAR (?) COM FARTURA!

360 euros, é a média mensal
das reformas dos privados
que se pagam em Portugal.
Pasmai, ó bem instalados!

Pensem só, por momentos,
como viver com tal fartura (?)
num sistema de jumento
que escraviza, pobre criatura.

"Adeus Mundo cada vez pior"
a sapiente voz do povo,
em crítica a Deus Nosso Senhor
que pouco lhes dá, de novo.

Houvesse Justiça Divina
e tudo mais igualizado,
esta "maldita gente assassina"
seria entregue...ao Diabo!

É BOM SABER

Deste saber, a gente gosta!
Manterá pensões, o senhor Costa.
Mas gostaríamos muito mais
Se nos desse a certeza
De repor, o que por vileza
Não fizeram, outros que tais!

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

Já fui criança e feliz
Mesmo sem comemorar
O que a sociedade quis
Neste dia celebrar.

Alguém disse que velho
É voltar a ser menino.
Segundo tal "evangelho"
Hoje, sou bem pequenino!...

Como tal, devo ser mimado,
Ou faço birra e fico amuado.