DEMOCRACIA

Observai, apenas e só

E digam-me se não metem dó

Certos falhados ministros?!

Com o título de excelências

Mas zeros em competências?

Para mim, a Democracia

É o poder sarar a azia

Através do pensamento

E transcrever, ao momento,

Pela escrita 

Ou pela palavra dita,

A repulsa que me merece

O que mau político exerce!

Desde um Presidente, indolente

A primeiro-ministro, insolente,

Passando por toda a "camarilha"

Que faz parte da "quadrilha"!

Pronto!

Sinto-me mais aliviado.

Foquei num ponto

Que me trazia agoniado!

BYE BYE SUMMER

PRAIA DO CARVOEIRO

Com o título sugestivo
Encerrou de modo festivo
O Verão na praia, "Carvoeira".
Em palco, a música habitual.
Não  faltou a procissão tradicional
Em honra da Senhora Padroeira.
À meia-noite, o "fogo-de-vista".
A ele não há quem resista
Pelo cenário da luz e cor.
Em final do mês d'Agosto
Já estou sentindo o gosto
Do Outono, com menos calor

Bem "tisnado"
deveras "salgado",
sinto-me um privilegiado.
Com o pouco que se tem,
pode viver-se bem!

É só saber
como tal fazer!...

DÁ QUE PENSAR

CORRIGINDO:
............
A nós, a pesca será proibida.
Mas sem peso nem medida,
"Nuestro hermano"espertalhão,
Fará do problema orelha moucas.
E as sardinhas, para nós poucas,
A ele nunca faltarão.
..............

PENSAMENTOS DOMINGUEIROS

AS SOBRAS DO QUE NÃO COMES
MATARIAM MUITAS FOMES.

AFASTA DE TI A INVEJA,
COMO UM MAL QUE NÃO SE DESEJA.

FALO A LINGUAGEM QUE OS MEUS ENTENDEM.
TAIS BENS, PORQUE DADOS, NUNCA SE VENDEM.

BEM PREGA FREI TOMÁS

Aquele tal senhor doutor
Da fina raça "barrosã",
Quando impõe o seu valor,
Tem atitude mesmo sã?

Diz haver políticos palhaços,
No seio da Unidade Europeia.
Ele, ocupa quais espaços,
Na tão mal urdida teia?

Só sei que no seio da horda,
O excelentíssimo teve boa engorda!

DÁ QUE PENSAR

A senhora Ministra da Agricultura,
Tão esforçada e bendita criatura,
Pediu a Madrid, ponto da situação,
Sobre o "problema da sardinha".
Será impressão apenas minha,
Ou o caso irá ter repetição?

A nós, a pesca será proibida.
Mas sem peso nem medida,
"Nuestros hermanos" espertalhões
Farão do problema, orelha moucas.
E as sardinhas, para nós poucas,
Para eles nunca faltarão!

Vendê-las depois em Portugal?
Porque não? Onde está o mal?

"ATUALIDADE" (Sic)

Cada pessoa ou facto,
Terá a sua própria dimensão.
Por vezes, torna-se caricato
Tal o exagero que lhes dão.

Página 8, "Correio da Manhã".
Por inteiro e na sua totalidade,
A informar, com grande afã,
O internamento de sumidade.

Sofrendo de pedra na vesícula,
Pinto da Costa, senhor do Norte,
É notícia, em tempo de canícula!
Deus nos dê a todos, melhor sorte.

Foi para "encher" jornal,
Ou "vassalagem" ocasional?
29 Agosto.

"CAVACADAS"

O veto à pesca da sardinha
Não é problema de momento.
É do tempo da "santa alminha"
Que deu início ao tormento. 

O de atirar para terra
Pessoas que viviam do mar.
Da "estória", que não encerra,
Bem sabemos quem condenar.

"Alimária" sem visão futura,
Usando de fraco poder,
Destruiu Pescas e Agricultura,
Pondo um país inteiro a sofrer.

E vai embora de barriga cheia.
Nada nem ninguém o chateia?!

NA OPORTUNIDADE

Sem "Rei nem Roque"
Este país definha.
Agora, por falta de stock
Não se pesca sardinha.

Subsidia-se para não trabalhar,
Com dinheiro que vamos pagar.
Se Bruxelas disser, não se come,
Os portugueses morrem à fome!

E QUANTO À CHAMPIONS:

"A equipa está tranquila
E eu que decido, ainda mais" (J.J.)
Tal verdade se aniquila,
Como num tiro aos pardais!...

E ficou tudo dito.
Depois, veio o jogo d'aflito!

SERÁ?

Do Pontal à Pontinha
Há um autêntico arraial.
Será impressão minha
Ou isto está tudo igual?

DESAIRES NO REINO ANIMAL

Uma águia de asas cortadas,
Leão de garras aparadas
E um dragão  sem chama.
Ora aqui temos belo Campeonato
Em que um plantel barato
Dá cartas e ninguém reclama!

A águia "enfiou a touca"
E perdeu com o Arouca.
O dragão foi à Madeira
Dançar bailinho à maneira.
O leão que muito urrava
Da capital do móvel, a "ripada"!...

E assim,
Clubes com plantel barato,
animam, o actual Campeonato!

HÁ MUITAS DÚVIDAS

Tenho lido e também ouvido

Que o Dr. Costa é inteligente.

Mas pelo que tenho sabido,

Fico um tanto descrente.

Sucedem-se as "argoladas"

Umas atrás das outras.

Ouço as comadres zangadas

Mas faço orelhas moucas.

A "dupla"esfrega as mãos

E faz crítica azeda e jocosa.

Tenham fé, caros irmãos!

Confiem no "cheiro da rosa".

Isto diria, um qualquer PS.

A mim, não aquece nem arrefece!

A ESTRADA DA VIDA

Iniciei hoje uma nova etapa
A caminho dos oitenta e tais...
Até aqui, por dádiva grata,
Uma vida feliz entre mortais.

DIA DE PARABÉNS

Na longa "estrada da vida"
Hoje cheguei aos oitenta e um.
Mas nesta data comemorativa,
Alguns esquecidos fizeram "jejum"

Estais todos perdoados.
Continuareis a ser lembrados!

TOMA E VAI-TE CURAR !

Se o número dos velhos aumenta
E a natalidade, essa diminui,
Este País já mal aguenta.
A falha, a quem se atribui?

"Branco é galinha o põe"!
Ou, a "pata que os pôs"!
"Chamar pelo nome, o boi",
Não disfarçar, com pó-de-arroz!

Dramática, a Estrada 125.
E quanto a ela, eu sinto:
Não haverá grande maldade?
Façam a justa contabilidade.

Os prejuízos de quem morra,
Deveriam converter em masmorra
Aos inúteis que nos governam
E ás sua visões que emperram.

Acabem com as portagens!
Poupem vidas, nas viagens!

O PAÍS A ARDER !

Gastam-se fortunas no Verão
Mas no Inverno ficámos em casa.
Pela desgraça não há perdão
Quando o País derrete, em brasa!

Por uma só vez que seja,
Tentem inverter tal flagelo
Limpar as matas, que se veja,
Mantendo o que temos de belo!

E nem uma ministra triste
Nem os tolos "Deuses Vulcanos",
Quem aos bombeiros assiste,
Conseguiram evitar os danos.

A menos que, com o esbanjar,
Alguém fique bem e a ganhar!...

Acresce que cérebros alarves,
Não vêem nos fogos, crimes graves!

COMPARAÇÕES

CENTRO DE SAÚDE DE MONCHIQUE

"Meu Senhor"governante burguês,
Tente seguir o bom exemplo inglês,
Seu homónimo mas mais decente.
Com problema ocasional de saúde,
Teve a distingui-lo, a rara atitude
Que o eleva ao sinónimo de boa gente.

Pagou, a devida taxa moderadora,
Esperando a seu tempo a demora
E só depois se dignou ser atendido.
Falo do cidadão, David Cameron
Estadista que usa o bom tom
De se manter igual e comedido.

Viaja de "metro"para o "emprego"
E só por tal, não se sente, "labrego".
Está sim, acima dos "irracionais"
Aqueles nossos irmãos, pedantes
Que nada eram, ou foram antes
E hoje se portam como "animais".

Comodamente, nos seus "brutos pópós",
Fazem de nós, seus súbditos e "tótós"!

UM ESTRANHO MOVIMENTO

Muitos os médicos de saída
Do Público para o Privado.
Parece ser a medida
Dum mal anunciado.
A "sangria" é notória
E já se sente a escassez.
No continuar da estória,
Irá pagar, o pobre freguês
Ás clínicas não terá acesso,
Consultas a perder de vista.
Será, o perfeito "sucesso"
Da conjuntura golpista:
Aos ricos, todos os cuidados,
Bem pagos aos privados.
Morrerão os pobres, da doença
Sem meios p'ra pagar a avença!

PRAIA DO CARVOEIRO

Ontem, a "Marta de Biquíni"
Passou por aqui.
Aproveitei o ensejo.
Dei-lhe um piropo, recebi um beijo:

A jovem Marta Viveiros,
Aqui presente neste dia.
Praia que foi de "carvoeiros"
Ganhou hoje, mais alegria.

E nem a falta de sol
Lhe roubou a sua magia!

PENSAMENTOS ENQUADRADOS

Pedro e Paulo não são santos
Pedimos a todos os santinhos
Que lhes dê bons descansos
E a nós melhores caminhos.

Manuais escolares mais caros.
É sempre este mesmo fado.
Livreiros com lucros raros
E pais em sacrifício dobrado.

A Governo de falsas promessas
Que redundam em mentiras
Devem ser pedidas meças
Para o reduzir a tiras.

O Presidente de Portugal
Gasta o dobro do Rei de Espanha
No seu fazer bem ou mal
A diferença é tamanha.

Certo que o fiel da balança
Símbolo da Justiça imparcial
Só pende para a abastança.
Aos pobres, pesa sempre mal.

ENTREVISTADOS E ENTREVISTADORES

Ainda estará para nascer,
Entrevistador sem preconceitos
Que frontalmente possa fazer
Boas perguntas a maus sujeitos.

A defesa do seu emprego
Será decerto uma razão.
Daí, o compreensível medo
De perder o ganha-pão.

Mas seria interessante ouvir,
Perguntar aos farsantes,
Para quando o redimir
Das desigualdades gritantes,

Que separam a plebe do mando.
Para "eles", gordura dos fartos.
Já os pobres, sem comando,
São tidos como "filhos bastardos"!

CASÓRIO FINO EM PAÍS TESO

Continua badalado e em dia
O celebrado casamento do ano.
Por si, cada qual o avalia.
Uns com abono, outros com dano.

Para mim, uma brincadeira.
Noiva de branco vestida?
Nunca à antiga maneira,
Se duas vezes já parida!

Noivo bem rico na verdade,
À custa de "escravaturas".
Compra e vende a sumidade,
Ganha por conta das criaturas.

Disso ninguém terá a ver.
E o muito dinheiro, tudo dará.
Porém, é bom não esquecer,
Surpresas, ... quem as terá?

E sendo assim, bem entendo
O gesto nobre do Ronaldo.
A oferta da ilha, um portento,
No caso de entornar o caldo!...

Se isto por cá, ficar um caos,
O senhor dirá, como o tal:
"Levem-me p'rá ilha que são maus"!
É dele o poiso, quem acha mal?

Resumindo e baralhando,
Adeus Mundo cada vez pior!
Uns com fome, outros esbanjando,
Valha.nos Deus, Nosso Senhor!.
:

MÃO À PALMATÓRIA

C.M. - MARCELINO DA MATA

Comparando as fotos em questão

Julgo trata-se do mesmo militar.

Só que a primeira, com senão:

Pouco dignificava, figura ímpar.

Ele porém, era o que era e foi,

Tão apenas e somente,

(A alguém isso lhe dói?),

O mais condecorado de sempre!

Se no contexto esteve errado,

A culpa nunca lhe pertenceu.

Como bravo e indomável soldado,

As ordens cumpriu e obedeceu.

E tanta fama granjeou!

Por ela, se condecorou.

O CM, "limpou" depois a imagem

Em minúsculo retrato divulgado.

Coloca o herói em nova amostragem,

Agora perfeito e bem uniformizado.

Uma sugestão:

Dessa "verdadeira" fotografia,

Publicar, em ampliação.

Para tudo, há sempre novo dia!