domingo, 31 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Se for conduzir
Beba apenas água
Estará a prevenir
Eventual mágoa.

PÓS ELEIÇÃO

Hoje em dia tudo se sabe.
É uma valiosa verdade.
Pois fiquei bem esclarecido
Que há uma Subvenção Nacional
A atribuir por acto eleitoral
Aos concorrentes, do apetecido.

Acima dos cinco por cento
É tudo a "encher"a contento.
Três irão receber, a tempo,
Choruda compensação
Ao seu esforço e dedicação.
Quem paga? O tal do lamento!

Como poderá chegar o dinheiro
se ele escorre assim...tão ligeiro?!

AO VOLANTE E TELEFONANDO

Tantos os multados por condução
com conversas ao "celular",
aumentam e muito a facturação
da Polícia, no seu fiscalizar. 

É proibido pela lei,
nada temos a contradizer.
Mas uma verdade eu sei:
Telemóvel é hoje um prazer!

Direi mesmo, vicio perigoso
e como tal deve ser combatido.
Como sou fulano curioso,
dei comigo a bem pensar,
se não seria boa prática,
no momento de autuar,
manter o objecto em "estática".

Ou seja, privar o utilizador
durante tempo determinado,
em período que o legislador
considerasse normal e ajustado.

Sentir a falta do "brinquedo",
acho que causaria um certo medo!
Claro! O volume das multas baixaria...
Daí, isto não passar de utopia.

DISPARATE IMPLANTADO

Confesso que até sorri
Quando o futuro ouvi
Enviar um "grande beijinho"
À opositora, Maria de Belém.
Acho que não lhe ficou bem...
Um ilustre, tão comezinho?...

PENSAMENTO DOMINICAL

Porque é domingo, afasta o desalento.
Goza o dia em todo o seu momento.

TU CÁ, TU LÁ

Isto é mesmo sina nossa
Não há um dia que passe
Sem nova notícia gravosa
Ou denúncia de disfarce.

Não pretendo disfarçar
a resposta com atraso
levei tempo a cá chegar
sem agravo neste caso.*

* Raul Taveira

sábado, 30 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Isto é mesmo sina nossa.
Não há um dia que passe
Sem nova notícia gravosa
Ou denúncia de disfarce.

CONFESSIONÁRIO

Procuro na escrita
o desejado alimento.
É nela que nidifica
o meu pensamento.

O transformo em verso
rimado e sem regra.
Por preguiça, confesso,
é simples a entrega.

Mas verdade se diga,
que mais posso fazer?
Além da natural fadiga,
e já velho para aprender?!

NÃO COMPREENDO

Até os burros se entendem
no partilhar da sua ração,
e os homens não compreendem
quanto vale uma união?

Europa unida? Uma miragem!
Com capacidades diferentes,
os países na sua "pesagem"
têm situações bem diferentes.

Como exigir a Portugal,
pequeno país europeu,
comportamento igual,
ao que Bruxelas concebeu?

A NOSSA BARRAGEM

A Barragem do Alvito
Não passará de um mito?
O tanto já desperdiçado...
Dinheiro deitado à rua?
E a esperança, minha e tua
será  só sonho acalentado?

O RISO DOS IDIOTAS

Aquela bancada da oposição...
Tem gente com moral de vintém.
Há lá um triste, esse então,
só diz e repete, "muito bem"!

Muito mal, bem mal, digo eu!
Ter de pagar a certos inúteis
que não nos dão nada de seu,
além de banalidades fúteis!

E são duzentos e trinta...
a comer do "bom doce",
neste país quase pelintra.
O que seria, se não fosse?!

O IVA NA RESTAURAÇÃO

Vamos lá pensar calmamente
no problema da restauração.
O caso do IVA, tão premente
não terá uma difícil solução:

Taxa mínima para o modesto freguês,
a máxima, aplicada ao comensal burguês.
Para o primeiro, ementa geral,
com comida, água, café e bebidas a copo
Na considerada especial,
"carregar"nos doces, digestivos e vinhos. Topo!

Quem tem vícios que os pague
ou deles se cure e resguarde!

SENDO VERDADE...

Sendo mesmo verdade
o que se ouve e lê por aí...
Diz-se com certa maldade,
isto só acontece aqui!

Fulano que foi governante
a "alimentar"cinco mulheres?!
Pergunta a quem o garante,
tira a conclusão que quiseres.

Cá por mim, fui enganado.
Contribui com meus recursos
para manter harém sustentado.
Fizemos triste papel de ursos!

Sendo o dinheiro de todos
fomos vítimas do engodo!
Só espero que a justiça
não caia em longa preguiça.


DESIGUALDADES

Este é o meu país
onde dificilmente sobrevivo,
por condenado à matriz
que me mantém cativo
da desigualdade abismal
entre filhos da mãe-Pátria.
Uns com excelente pai
outros sempre menos bem!
Dificuldades não partilhadas
e nem de longe compreendidas,
na mesma balança não pesadas.
Vasilhas diferentes nas medidas.
Subvenções, abonos, mordomias
aos de primeira, os eleitos.
No outro lado bolsas vazias,
protelam os frágeis sujeitos.
Porquê tal absurda distinção?
É como se houvesse dois pólos
a motivarem a diferença.
O positivo da compensação,
negativo, indicando carência.

... e não nos restará
uma réstia de esperança?
Eternamente assim será,
sem ventos de mudança?!

TU CÁ, TU LÁ

Tens um sorriso bonito
É o espelho da tua alma
Quando mo dás fico rico
Se agitado ele me acalma.

Se o reflexo desse espelho
é a alma dessa senhora
precisa do meu conselho
sorrir-te, de hora a hora.*

* Raul Taveira

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Tens um sorriso bonito
É o espelho da tua alma
Quando mo dás fico rico
Se agitado ele me acalma.

A GUERRA DAS HORAS

A nossa Função Pública
É das que mais trabalha
Talvez por ser "futrica",
Fraca a produção na calha.

Quais foram os proventos
No aumento do carga horária?
Apenas ouvimos lamentos
Pela escassa obra diária!...

Voltem lá ao atrasado.
Quarenta horas são demais.
O pessoal já anda cansado
De trabalhar como animais!...

O RAPA

Rapa, Tira, Deixa, Põe,
Joguinho que bem dispõe.
Praticava-se, à antiga
Ainda não havia Televisão.
Após o jantar ao serão,
Em família e gente amiga.

De modo diferente, continua
Em muito lado, até na rua.
Rapa, o Governo, o que pode,
Tira, e não volta a dar,
Deixa, o povo a chorar,
Põe, o país mais pobre!|

É este, o "RAPA" actual.
Um jogo sujo, factual!

EM FAVOR DOS MAIS IDOSOS

Ainda está para nascer
Um perfeito e iluminado ser 
Que vindo ao mundo por bem,
O faça vingar e prevalecer
Contra tudo o que seja sofrer,
A exemplo do Menino de Belém.

Não será necessário um Deus.
Criados os Cristãos e ateus,
Nasceram as pragas e a dor.
Desgraças da Natureza,
Indicam toda a cruel certeza.
O ódio cresceu, menos amor!

Um "adeus mundo cada vez pior",
Sucedeu à boa obra do Senhor.
Vítimas, os mais desprotegidos.
Crianças, velhos e os desabonados
Sem merecimento de cuidados,
Com alheamento, atingidos!

Bastaria a vinda do "iluminado"
Que para governar, indigitado,
Com poderes excepcionais.
Acima dele, nada nem ninguém!
Vingaria a sua cruzada do Bem.
Tudo com um grande sinal mais!

Desnecessário indicar o que fazer.
Em prol dos outros, sentir prazer.
Mas falemos dos velhos, pois não...
Refazer todas as maldades presentes.
Merecem ter vidas mais decentes
Para além da sopa e do pão!|

Exemplo: Com mais de 80 anos
Todos passarem a ter menos danos.
Usufruírem de  regalias especiais.
Tantos poderão ser os benefícios,
A minimizar um ror de sacrifícios.
Isenções, melhores bens sociais!...

E porque não, tratamentos termais?
Suspensos por dificuldades actuais
Só lhes piora a qualidade de vida
Quando mereciam melhor estatuto.
Não verem num velho, algo devoluto,
Antes honrá-lo, com boa medida.

FUNÇÃO PÚBLICA EM GREVE

Por teimosa casmurrice,
Há quem chame burrice,
Saia uma greve à maneira!
Por mera questão de tempo,
A Sindical age ao momento
E continua a bandalheira!

SEJAMOS PATRIOTAS

Nestas podridões da política
Parece ter havido batota
Naquela venda típica
Do Banif ao Santander Totta.

Se aconteceu, se assim for 
Não invistam "carcanhóis".
Façam o patriótico favor,
Reneguem bancos espanhóis!

TU CÁ, TU LÁ

Já não é o "meu Tejo"
Que foi bem amado
O rio que agora vejo
Assim tão maltratado!

São maus tratos necessários
que o Tejo tem que conter
para dar azo a salafrários
poderem enriquecer.*

* Raul Taveira

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Já não é o "meu Tejo"
Que foi  bem amado
O rio que agora vejo
Assim tão maltratado!

PONTO ASSENTE

Não assumirei compromissos
que me cerceiem a liberdade
nem manterei como omissos
os sonhos da minha realidade.

Nasci por amor, sem preconceitos.
Aprendi em casa, bons costumes,
ganhei o meu próprio jeito
de ser como sou, sem azedumes!

Tenho e defendo os meus direitos
seguindo conduta moralizadora.
Poderei não ser um dos eleitos
Mas manterei esta força redutora!

Aquela que me fez ser gente
e pugnar pelo justo sentido.
Na vertical, firme e bem assente
no lugar que por direito é devido!

POBRE RIO TEJO

Que este, o "meu Tejo",
tão maltratado o vejo,
promova o turismo à região?
Assim? Julgo que assim não!

Perdida a fauna existente
cai o silêncio e tristemente
deixou de ter aquela vida
que antes, como uma prenda
na tão distante calenda,
nos era sempre oferecida.

Agora, um cheiro tóxico
de sulfuretos e óxido,
a empestar o que foi limpo.
O transparente, vivaz e puro
deu lugar a manto escuro.
Daí, esta tristeza que sinto!...

SANTOS DA CASA

Serei assim tão pequeno...
tão pequenino eu sou
que não mereço um aceno
pelo pouco que vos dou?

Deixais-me tão esquecido,
sentado no meu tropeço?
Um beirão nunca é vendido
assim, por tão baixo preço!

Dobrais-vos à excelência
de quem de fora aqui vem
e à minha singela sapiência
não acorre ninguém?...
Haverá sempre o amigo,
distinto que por eleição
ficará sempre comigo,
bem dentro do coração.

Aos outros farei negaça,
olhando-os à distância.
E enquanto a caravana passa,
medirei a sua importância!

HÁ CERTAS "AVES" ASSIM

A crista é apêndice dos galos
mas há galinhas pretensiosas
com ascendência no galinheiro
que por falta do galo capão,
chamam a si a nobre função
de subir ao  alto do poleiro.

Não lhes ficará muito mal.
Ambição é  fenómeno natural.
Mas há que saber bem cantar...
Não dizer graçolas sem jeito,
pois denunciarão um defeito,
quando só deveriam, cacarejar!

Quando "dona e senhora da Lavoura",
não se mostrava assim, tão doutora!

A HORDA DOS RICOS

Cada vez há mais riqueza
à custa da muita pobreza
que a alimenta e engorda.
O número dos ricos aumenta
enquanto a maioria lamenta,
condenado a odiada horda.

TU CÁ, TU LÁ

E uma pergunta vos faço:
Se continuamos a tropeçar
Porque não acertar o passo
Para um melhor caminhar?

Se tropeços são constantes
que mais precisas saber?
Num país de expectantes
espera-se acontecer.*

* Raul Taveira

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

E uma pergunta vos faço:
Se continuamos a tropeçar
Porque não acertar o passo
Para um melhor caminhar?

ESTA NOSSA "TROPA"...

É má, a voz de comando?
O tambor não marca a cadência?
Arranjem lá outro mando
Não nos ralem a paciência!
A soldadesca, a "tropa rasa"
Lá segue marchando arrastada
Neste quartel, a grande casa
Onde o clarim não toca, Alvorada!

AS CAUSAS E OS EFEITOS

Eclode com grande estrondo
Ao ruído sucede-se o assombro
Sabendo envolvidos os figurões.
Televisão, Rádio, comentadores,
Escalpelizam a vida dos doutores
E são ouvidos pelas multidões.

Vem depois o contraditório
A tentar safar o tal finório.
Rodeado de excelentes advogados
Que fazem parte da mesma teia,
A confusão nasce, pois se semeia
A dúvida dos actos declarados.

E os dias, lentamente passando.
Assunto escabroso em memorando
No suave deixar passar o tempo.
Normalmente as versões assentam
Em fraudes que bem alimentam
Os ávidos de muito e bom sustento!

Há quem lhe chame corrupção.
Não sei se tal será, ou não!
Mas todos sabemos, isso sim
Que a justiça, por preguiçosa,
Deixa-se embalar e caprichosa
Ao processo não dá bom fim.

Ou se "tiver de ser"...
Com o carimbo, "Prescrever"!

PARA QUANDO?

Quando é que estarão "à perna"
com o rigor da Administração Interna,
os jogos do setecentos e sessenta.
Julgo que à mesma lhe compete,
acabar com tão insistente frete.
Haja alguém que assim pensa!...

ASSIM SERIA

Se eu mandasse em Portugal,
todo o "lixo promocional"
tão exposto, publicamente,
teria de ser logo retirado
no prazo normal, estipulado.
Mostrar que se é decente!

OS CUSTOS DA CAMPANHA

... então fiquei a saber
que candidatos à Presidência,
têm o peso do seu valer,
pago ao custo da valência.

Acima dos cinco por cento,
oferta dos fieis eleitores,
assim será o provento,
a receber pelos senhores.

Senhoras também incluídas
pois o erário de mãos largas
e à custa de nós, excluídos,
continuamos pessoas parvas!

Três deles ganharam bem.
Os outro sete, pagam por si.
No chamamento a Belém,
há apenas um que sorri!

Seria melhor "à americana":
Queres ser ilustre candidato?
Arranja quem te dê a "grana"
e faz a festa, vestindo bom fato!

Aqui não!
Paga o "Zé", pois então?!

MOVIMENTO DO SAI E ENTRA

Com as mudanças dos Governos
Não há simples meios-termos.
Gratificam-se os que vão embora,
Entram as "girls" e os "boys"
E tudo continuará depois
Com o país em penhora!

TU CÁ, TU LÁ

Antigas promessas armadilhadas
Foram extintas a "toque de caixa".
Embuste de mentes malvadas
Renegaram devolução da taxa.

Quase sempre quem promete
quase sempre não tem "guita"
mas exprime-se com brilharete
e toda a gente acredita.*

* Raul Taveira

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Antigas promessas armadilhadas
Foram extintas a "toque de caixa"
Embuste de mentes malvadas
Renegaram devolução da taxa.

VERSOS SIMPLES

Na simplicidade do verso
É assim que me expresso.
Outros simples, como eu,
Ao lerem os meus escritos,
Com pensamentos expeditos
Saberão quem os escreveu.

"Poeta da Simplicidade"
Alguém diz que tal serei.
A crer em tal verdade,
Essa distinção honrarei.

Com vaidade comezinha,
porque nasci nesta aldeia,
Darei título a Sarnadinha.
Esta, que tenho na ideia:

SARNADINHA - "ALDEIA
DO VERSO SIMPLES".

LAUTOS BANQUETES

No oferecer lautos banquetes
Não queremos ser "pobretes".
À famosa gastronomia nacional,
Juntar a boa "ferramenta".
Assim, a despesa muito aumenta
Na compra de todo esse material.

Do faqueiro, já antes falaram.
Mas há os copos que faltavam
E a bela loiça da "Vista Alegre".
Também os copos de cristal
E cálices de qualidade igual,
Para o belo repasto que se serve.

Estaremos na crise tão anunciada,
Com tanta burguesia apresentada
Para servir bem quem nos visita?
Trata-se, dizem, de recompletar...
O que alguém resolveu furtar?
Ó minha Santa Mãe Bendita!!...

E não há fiscalização?
Há por aí muito ladrão...
Até nisso, é o "Zé"que paga,
Os prejuízos dessa praga!

Para promover tanta mordomia...
Usam-se utensílios da Monarquia!

MENTIROSOS

A sobretaxa bem espremida
Não dará nada a ninguém.
Mais uma promessa falida
De quem nos enganou bem...

Este e outros expedientes
Da má gente politiqueira
Fazem-me dizer entre dentes:
Sou vítima da bandalheira!

E o pior de tudo isto
É que não há melhoria
Sem ajuda de Jesus Cristo
Ou da mãe, Virgem Maria!

TU CÁ, TU LÁ

Quer queiram quer não
Em prova bem evidente
Ficou cotada a abstenção
No eleger um Presidente.

Em andanças dum inferno
na caça aos votos da lacaia
desta vez mesmo d'inverno
metade foi para a praia.*

*Raul Taveira

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Quer queiram quer não
Em prova bem evidente
Ficou cotada a abstenção
No eleger um Presidente.

"SICALHADAS" PRESIDENCIAIS

Bem meteu "o pé na argola"
aquela Estação dita chique
que juntou na mesma cartola
três figuras num despique.
.

Falava Jerónimo de Sousa,
cortam o pio, fala o Passos.
Mas que raio de "cousa"!
Misturam o Portas. Palhaços?!

A DESGRAÇA CONTINUA

Baixa o preço do petróleo
aumenta o mesmo no Posto.
Continua o grande imbróglio
porque acrescentam o imposto.

Só à sua conta, o Estado
come a maior fatia do bolo.
Sempre o mesmo sacrificado
é o "Zé", que grande tolo!

"HABEMUS PRESIDENTE"

E agora? O que dele virá?
Irá manter numeroso gabinete?
Que benefícios ou danos dará?
Perfume, ou igual pivete?

"BRANCO É..."

Políticos de mau préstimo
Nada darão por acréscimo.
Sendo maus, pior a política
Que advogam com fervor
Mas sempre a seu favor.
Coisa normal, bem típica!

TU CÁ, TU LÁ

Hoje foi dia de ir votar
Lá fui cumprir o dever
Convencido nada mudar
Cá estaremos para ver.

Vão muitos anos passados
a cumprir-se com o devido
damos votos esperançados
no cumprimento do prometido*

*Raul Taveira

domingo, 24 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Hoje foi dia de ir votar
Lá fui cumprir o dever
Convencido nada mudar
Cá estaremos para ver.

PENSAMENTO DOMINICAL

Iremos ter novo Presidente.
Oxalá nos saiba dizer, Presente!

TU CÁ, TU LÁ

País com tanto para louvar
Nem lhe falta agora, "sarnice"
Para que no seu coçar
Essa seja a única chatice.

Por sornice em quantidade
chatices são ancestrais
e com toda a tranquilidade
espera-ser que venham mais.*

* Raul Taveira

sábado, 23 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

País com tanto para louvar
Nem lhe falta agora, "sarnice"
Para que no seu coçar
Essa seja a única chatice!

É SEMPRE BOM PERGUNTAR

Mudança de Governo
Implica radicalizar?
Alterar qualquer termo
Só pelo facto de mudar?

País de larga existência
E ainda anda a aprender?
Quando é que a inteligência
Valida o nosso saber?

NÃO ENTENDO

Sendo Casa da Democracia,
não entendo, a fantasia
de ocultar as atoardas
que requereram regalias
a acrescentar ás valias
que já têm nas albardas!

Haja transparência,
sinónimo de decência!

CLARO !

À famigerada subvenção
deveria chamar-se, subversão!
E o motivo é bem claro:
Se os tais "subvencionados"

não querem dar nas vistas,
estamos perante caso raro?

Ao esconderem nomes e caras,
não passam de "aves raras"!

A ÁRVORE DA VIDA

Inegável tal verdade.
As minhas raízes fortes,
próprias de tão longa idade,
têm sido os suportes
que me mantiveram
nas múltiplas andanças.
Nunca me fizeram
distanciar em mudanças,
nem nunca perdi o norte.
Suspenso o movimento,
já sinto o tronco cansado
e julgo chegado o momento
de poder ficar parado.
Deixar crescer a rama
da árvore que sou,
ganhar pequena fama
e dizer, aqui estou!
A isso poder juntar
um pouco mais de mim
e o possa depois legar
com benéfico fim...

Um livro! O meu livro!...
Que me tornará "Homem Completo",
Sentir ainda estar vivo,
Ser gente... e não objecto!

TU CÁ, TU LÁ

Em passeio pela serra
Sente o perfume da giesta
Branca flor da nossa terra
Que a Natureza empresta.

Giesta em mês de Abril,
teu perfume senti no ar,
senti ver-te florir,
foi inverno, pra meu penar.*

* Raul Taveira

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Em passeio pela serra
Sente o perfume da giesta
Branca flor da nossa terra
Que a Natureza empresta.

É DE RANGER!...

Naquela "Prova dos Nove",
Programa de comentadores,
Há um senhor que me move
À crítica dos seus valores.

Não os didácticos. É doutor.
Mas os da postura e contenção,
Pois o tão letrado senhor

Não sabe o que fazer à mão!

Coçar a cabeça, e a orelha,
Com insistência, tanto assim?

Um pouco sereno aselha,
Ou inadaptado aquele fim?

E, "nove fora nada"
Deixa a coisa furada!...

A UM VELHO AMIGO

Tenho um bom amigo,
o Albano.
Um daqueles que sem dano,
partilha comigo.
Este, o gosto pelas letras.
Afinidade,
dos que amam a sua terra.
Trocamos gostos e opiniões.
Ele falando da "sua" serra
e eu da "minha " aldeia.
Gardunha e Sarnadinha,
pontos assentes da conversa!
Albano, um erudito doutorado,
a dominar vastas matérias.
Por modéstia minha,
sou apenas e vagamente notado
em versos simples e lérias.
Isso não obsta à nossa Amizade.
Relegamos as diferenças
por mesquinhas.
Apadrinhou-me, "Poeta da Simplicidade".
Tão bem soube classificar
o meu sentir e modo de o descrever.
De igual modo lhe digo:
"Admiro a tua humildade"
porque a tens em dose farta,
apanágio dos "Grandes Homens"
mesmo os de baixa estatura.
Que é o caso do homem beirão
e nós assim somos, sem senão!
No pretérito, ambos militares,
cumprimos a missão com mérito.
Foram anos de ausência
pelos caminhos percorridos.
Alguns cruzados, como na Guiné,
em comissões coincidentes.
Anos (muitos) volvidos,
nos reencontrámos, tempos volvidos.
Daqui em diante,
assim Deus queira,
continuaremos a falar da "nossa Beira"
a todo e qualquer instante!
E os nossos sonhos serão cumpridos.

Para o Albano, velho Amigo,
para que em breve se restabeleça!
Conta comigo.

SER VELHO

Ser velho é uma chatice.
Algures, já ouvi isto
mas não sei quem disse,
esta verdade de Cristo!

Ele são as dores...
a grande falta de memória,
comichão e outros ardores
na páginas da nossa estória.

Rabujice e pouca paciência,
criticar os modos dos novos
que na sua Santa Inocência
são a continuidade dos povos,

Nem quero falar das doenças!
Dói aqui e depois mais ali,
já deixámos de ter crenças...
Querem ver que já morri?!

É um desalento total!
Contingências de vária ordem,
o que comemos nos faz mal...
Vós sabeis como "elas mordem"?

Por essas e outras que tais,
por tal motivo e mais nenhum,
da velhice se não vos livrais,
ficai como eu. Só tenho 81!

TU CÁ, TU LÁ

,Voltar ao "João Semana"
O doente não ir ao doutor
Ir o médico vê-lo à cama
Que bela prova d'amor.

Se isso é prova d'amor
é amor só pra um lado
lá vai de burro o doutor
dar afeto ao acamado.*

* Raul Taveiras

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Voltar ao "João Semana".
O doente não ir ao doutor
Ir o médico vê-lo à cama.
Que bela prova d'amor!

BASTA!

Foram amplamente divulgadas
As imagens dos "chulos"do país.
Tantas as pessoas retratadas,
ilustríssimos que o voto quis.
Que não o povo iletrado,
levado por cantigas d'embalar,
constantemente enganado
sem saber bem como mudar!
Este mau estado das coisas
dá-nos tantos e maus exemplos!
Cada dia, novas e más "loisas"
a aumentar o coro dos lamentos.
Até onde e até quando
iremos continuar a assistir, 
a tão constante desmando,
sem lutar, bramar, ou resistir?
Eu diria que já basta!
Impossível continuar neste estado.
A desigualdade, por tão nefasta
não poderá ter continuado!

TÃO RICOS E FRAUDELENTOS?

Sinceramente, não entendo
que certos senhores ricos
utilizem processo fraudelento
e tomem atitudes de "penicos".

Têm tudo e ainda querem mais
como certos javardos frugais
a quem o muito nunca chega
para lhes encher a gorda pança.
Vivendo com tanta abastança
e terem mente assim, labrega?!

AINDA A SUBVENÇÃO

A terreiro, os "subvencionados",
vieram dar as suas explicações.
Têm atitudes bem intencionadas
e algumas outras boas razões!

A "Mariazinha", a democracia,
defendeu a causa do seu gesto.
Quem duvidará de tal valia?
Nem eu e não sou canhestro.

Há também desculpa assente
nas dificuldades então sentidas
pelos ilustres, no mal presente
que lhes complicou as vidas.

A eles? Então e aos pobres?
Aqueles que deveriam defender,
não mexendo nos parcos cobres
antes fazê-los a bem, crescer?!

Para finalizar, caso mandasse,
criava uma lei (ela é possível)
que a todos os visados revogasse,
essa tal subvenção, ... incrível!

Ou então, apelar aos beneficiados:
Doem as importâncias imerecidas.
Não ficarão decerto desabonados
e alegrarão muitas pobres vidas!

Ficaria assim encerrada a questão
com um final lindo, tão feliz...
Mas batendo o pé, em negação,
o que advirá? Alguém o diz?!



TU CÁ, TU LÁ

Ao sustentar bancos falidos
Com injecções de milhões
Ficam mais empobrecidos
Todos os que não têm acções.

Quem não tinha lá acções
é de ver não perdeu nada
mas vai pagar as sanções
da incúria da cambada.*

* Raul Taveira

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Ao sustentar bancos falidos
Com injecção de milhões
Ficam mais empobrecidos
Todos os que não têm acções!

SUBVENÇÃO VITALÍCIA

Trabalhar doze anos apenas
garantindo logo à partida
um grande aliviar de penas
será uma aceitável medida?

Não de todo, certamente
para quem tenha juízo perfeito.
Até se pode ficar doente
conhecendo tão má gente.

É uma autêntica blasfémia
contra esforçados trabalhadores
ferida a causar "esquémia"
após anos e anos de labores.

Imoral pela distinta diferença
que separa os ricos dos pobres.
Até no sentar-ser à mesa
não há sentimentos nobres.

Faqueiros de fina prata
no banquete de encher baixelas,
os súbditos com pratos de lata
vão tirando restos das gamelas!

Gastos alarmistas da República
bradam aos céus da decência.
Não se poupa na causa pública
onde só vigora a excelência...

Vergonha, vergonha autêntica
a alguém assim ouvi dizer.
Pensarão que foi excêntrica?
Mas teve coragem de o fazer!

Ela e outros, tantos mais...
sentem o desprezo dos portugueses
que tomam os políticos, seres banais,
face à sua atitude de burgueses.

Quem assim escreve isto,
trabalhou quarenta e quatro anos.
Pelo que me roubaram, não desisto
de denunciar todos os danos!

Finalizo com pergunta muito minha:
Da vergonha, o que dirá, a Mariazinha?!





O NOJO DO DIA

Quem criou a tal subvenção
com características de vitalícia
deveria ir parar à prisão
condenado por "má sevícia"!

Na tentativa de remediar
há que, imediatamente revogar!

SERRA DE CORTE

Revoguem de pronto!
Acabem com tamanho afronto,
na vileza, injustificada,
de proporcionar a quem tem tanto,
quando outros, não têm nada!

TU CÁ, TU LÁ

Para alguns o futuro
Alterou o que disseram
Mostrando ser bem duro
O mal que nos fizeram.

Apenas muda a conversa
nem por isso é divergente!
Dar futuro? Não interessa!
Tens passado e mau presente.*

* Raul Taveira

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Para alguns o futuro
Alterou o que disseram
Mostrando ser bem duro
O mal que nos fizeram.

ACONTECEU EM JABADÁ

Tinha o nome, Maria Sexta-Feira,
a bajuda que tive como lavadeira
no chão balanta de Jabadá.
Figura gentil de "mama firmada",
normal na idade, generalizada...
Sem maldade no apodo que se dá.

Recordo o seu tímido acanhamento
quando em presença deste Sargento,
no lavar da roupa, a água e sabão.
Quando chegava, ficava estática,
olhando a fotografia emblemática
que tanto me aliviava na solidão:

A de minha mulher, em cabeceira,
no cubículo que de modesta maneira
era o "meu quarto", com tecto de zinco.
Olhando o tal retrato, a pequena Maria
extasiada, em sonhos de fantasia,
balbuciava - ainda hoje parece que sinto-

"Sinhora bonita"! Admiração plena
daquela figurinha tão pequena!
E olhando, passava a mão pela cabeça,
comparando a cabeleira loira, espessa,
com a sua carapinha de nascença.
Essa seria talvez, a grande diferença.

Frágil, muito gentil à sua maneira,
por nascer a uma sexta-feira,
teve tal acréscimo em apelido.
Era vulgar, tal procedimento.
Respeitei a Maria, sem atrevimento.
Que aqui fique...bem esclarecido!

E aconteceu, em Jabadá!

O CADEIRÃO DO PODER

Antagonismo, é palavra-chave
dos dez, juntos em conclave,
na acesa disputa presidencial.
Tão ilustres, não comedidos?
Os julgava bem mais evoluídos!
Não se portem assim, tão mal.

COBARDIA

Devem sentir-se vexados
todos os nossos soldados
que defenderam a Nação,
no conceito algo errado
por quem bem instalado,
fugiu à tão nobre missão.

Metendo rabo entre pernas
em Paris evitaram mazelas
que a guerra poderia causar.
Tantos são e os conhecemos.
Alguns, até lhes obedecemos
ás ordens que nos vêm dar.

Mas nunca, nem num só dia,
se livrarão da sua cobardia!

FILHOS E ENTEADOS

Os funcionários públicos e privados
não serão todos filhos do mesmo pai?
A Mãe-Pátria os deixa separados.
Aqueles alegres, estes num ai!...

DISTINÇÃO VERGONHOSA

Subvenção Vitalícia,
benesse ou porca sevícia
a distinguir os eleitos?
Que merecimentos a justifica,
em que ninho nidifica,
o ovo podre de maus efeitos?

O que "arranjaram" não chegou?
O país/patrão, não lhes pagou?
E...vitalício?!!!
Pior que vício!

TU CÁ, TU LÁ

"Dia Internacional do Riso"
Porque isento de imposto
Nem que perca o juízo
Sorria, com muito gosto.

O teu sorriso engraçado
provido de tanto siso
põe-me tão excitado
capaz de perder o juízo.*

* Raul Taveuira

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

"Dia Mundial do Sorriso"
Porque isento de imposto
Nem que perca o juízo
Sorria, com muito gosto.

RECORDAÇÕES DA MINHA TERRA

FAZER PÃO À MODA ANTIGA

A sequência, tão à maneira...
farinha, água e fermento,

tudo ligado na amassadeira.
Depois a massa em crescimento.
Benzia-se com rezas antigas,
também uma cruz se lhe fazia.
Nunca perguntei aquelas amigas
se a reza era uma Avé-Maria!...
Mas Nossa Senhora as ouvia
nas preces de tão boas gentes.
De bela, a massa crescia!...
Todas ficavam contentes.
Depois, à boca do forno, a espera
E quando se abria a porta,
a prova, de quem se esmera,
ali estava! Nunca saía torta!

Assim era em Sarnadinha.
Bons costumes, boa memória a minha!

GRIFOS EM VILA VELHA

Grifos no ar!
Majestade alada,
comedores de carnes
mortas.
Donos dos céus d'Alagada,
guardiões das "Portas"!

CANDIDATO ÀS DIREITAS

Comer e falar de boca cheia
Será próprio de gente plebeia.
Mas candidato presidencial?!
Como o verão as tias de Cascais
Naqueles modos tão boçais
E que lhe assentam tão mal?

A comer e a beber
já tem meio caminho para vencer!

TU CÁ, TU LÁ

Calças parcialmente rasgadas
"Piercings" em todo o sítio
Corpos com imagens tatuadas
Machos actuais, caso típico.

Já tiveste a tua moda
era a moda diferente
esta era de nova voga
só difere tipicamente.*

* Raul Taveira

domingo, 17 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Calças parcialmente rasgadas
"Piercings"em todo o sítio
Corpos com imagens tatuadas
Machos actuais, caso típico.

ÁGUAS PASSADAS

NÃO À FALSA CARIDADE

Cada qual julgou por si.
Aquela senhora, quando a vi,
sem cabelo, em visita oficial,
ao lado de seu marido ilustre,
ainda que talvez vos custe,
pereceu-me, deveras mal!
Desculpai, se falho de caridade,
pratico alguma maldade.
Mas a senhora teria opções:
Porque doente, pedir escusa,
ninguém levaria a mal a recusa.
Ou cobrir-se. Duas sugestões.

Com o devido respeito senhora,
nos seus afazeres de rua
também anda de cabeça nua?

VALE TUDO

Neste mundo de maldade aos molhos
Em que vale tudo e até tirar olhos,
Da política nojenta de oportunidades,
Não custa admitir os aproveitamentos
Mesmo à custa da dor e dos lamentos
Em que a mentira abafa as verdades.

EU SOU ASSIM...

Eu poeta tradicionalizante,
cáustico, satírico, mordaz,
à boa maneira já distante
mas não sou um mau rapaz!

Criei apenas este jeito
naturalmente, sem escola
nem diploma de eleito.
Também não peço esmola.

Sou assim como sou
e nesta simplicidade me dou!

A PALAVRA DE JESUS

SOB O SIGNO DO LEÃO

"... a carregar carvão!..."
Para queimar o leão?
Palavra do treinador,
Última das perseguições
Segundo as suas versões.
Ele que é o actual domador!

RELIGIÕES

Uma realidade bem cruel
está nas divergências religiosas
que no seu mau papel
cria situações horrorosas.

Entendo a religião, um Bem.
Como matar em nome de tal?
Cada um reze à que tem
e deixe de praticar o Mal.

Mas a pior das religiões
na minha visão de pequenez
é a que envolve os milhões
animalizando o burguês.

Quem inventou o dinheiro
não foi Santo Milagreiro.


PENSAMENTO DOMINICAL

Não fique parado nos cruzamentos da Vida.
Com as devidas cautelas, avança sempre!

TU CÁ, TU LÁ

Junto letras formo palavras
E para lhes dar harmonia
Procuro que sejam rimadas
Assim nasce a minha Poesia.

Há fontes de água pura
dores que ninguém atura.
São as rimas sem estrutura
para providas de conjetura.*

* Raul Taveira

sábado, 16 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Junto letras formo palavras
E para lhes dar harmonia
Procuro que sejam rimadas
Assim nasce a minha Poesia.

MIGRAÇÃO INTERNA

IN "POESIA, UM DIA"

Sou como "ave de arribação"
E aqui venho anualmente
Dar a minha contribuição
Como uma pequena semente.

Se alguém a fizer germinar
Prometo que irei voltar!

"MUITO RISO, POUCO SISO"

Conhecem a "vaca que ri"?
O mesmo riso já eu vi,
calculem lá, num coelho!...
Na Assembleia da República.
Fica mal, à figura pública.
Será láparo ou "rapazelho"?

Já como primeiro-ministro,
a confrontar aquela menina...
tinha o mesmo riso sinistro
para com a deputada, Catarina.

Será defeito de fabrico,
ou não passa de "mafarrico"?

O RISO DO PROTELADO

Um coelho fora da coelheira,
agora na bancada opositora,
perdeu o brio e a estribeira.
Ri, de forma boçal e  gozadora.

Riso amarelo dos protelados,
face ás provas e ao rasto,
que deixou ficar guardados,
agora lançadas ao pasto.

Até os coelhos têm postura.
Respeite a ordem na coelheira.
Não seja uma vulgar criatura
perdendo a civilizada maneira.


SEM DÚVIDA!

Crime, digo eu!
Pelo que aconteceu,
por inépcia ou incompetência.
Mais um Banco em falência
e quem paga os prejuízos?
Os mesmos e sem avisos!
E se o crime é declarado
terá que haver o culpado.
Salvo melhor outra ideia,
não há lugares na cadeia?

TU CÁ, TU LÁ

Gardunha é jardim natural
Enfeitada com tanta cor
Das flores nativas de Portugal
Semeadas pelo Senhor.

Em mitos envolvido
esse parque natural
pelos ovnis escolhido
nas visitas a Portugal.*

* Raul Taveira

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Gardunha é jardim natural
Enfeitada com tanta cor
Das flores nativas de Portugal
Semeadas pelo Senhor.

COMPARATIVOS

A minha "residência literária",
está na Travessa da Serra
e em toda a rede viária
que liga os lugares cá da terra.

De Sarnadinha para a Foz,
passando por Chão das Servas,
sítios que foram de avós
e o eram, sem reservas.

No inverso, Alvaiade e Cerejal,
Tavila, Gavião já mais além.
A paisagem continua igual.
Chegados à Vila, tudo bem!

No meu ir e vir, constantes,
sempre absorvi o que via.
Memorizei, guardei flagrantes
e assim nasceu a minha Poesia!

O PETRÓLEO NA BERLINDA

Baixa o crude na origem
e o parolo do português
logo pensa, ideia virgem,
vamos poupar desta vez!

Poupar? Então e os tais...
aqueles que vivem à custa?
Impostos, encargos anormais
para boa navegação da fusta?

Pagantes na pura ilusão
de que iremos ter melhoras.
"Não há bela sem senão".
Por acaso, sempre pioras!

Mesmo com o barril a baixo custo
Nunca deixarás de viver em susto!

A PRAGA

Andam uns pobres portugueses
a dar o couro e o cabelo
para salvar o país dos burgueses
e estes, a irem-lhes ao pelo.

E quem são esses que tais?
Acaso gente de baixa finança?
Não! São aqueles, os mais,
ligados ao poder da abastança!

Os donos e senhores dos Bancos 
que movidos pela ganância,
arrogantes de colarinhos brancos,
aos pobres não dão importância!

E têm nomes: são os BPPês,
os Espíritos, BPenes, Banifes...
a vergonha do Banqueiro Português
nestas figuras, a que te borrifes!

Borrifando para tal praga?
Decerto! mas é nossa toda a paga!...

HOJE HÁ COZIDO

À Moda do Eça.

Não haverá melhor para fazer?
É certo! A panela está a ferver
Mas sai mal o cozinhado.
A ementa até prometia
Porém o Chef, com azia,
E lá temos o caldo entornado!

Bem servidas e belas entradas
Pareciam dar provas provadas
Para os bons pratos principais
Mas destapadas as gamelas
E lavado o sujo das panelas,
Só os tachos, foram de mais!

TU CÁ, TU LÁ

É rica e de fartura
A gamela governamental
Não é com lavadura
Que se cria bom animal.

Ofuscado com a fartura
até alteraste o tom
se lhe desses lavadura
aí sim, o animal seria bom.*

* Raul Taveira

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

É rica e de fartura
A gamela governamental.
Não é com lavadura
Que se cria bom animal!

SEM RUMO CERTO

Esta constante mudança
da prática governativa
parece brincar de criança
ou um navegar à deriva!

No prosseguir da marcha
há sempre cadência trocada.
Sem ouvir o som da caixa
seguem todos "à molhada"

Meu pobre país!...
Não foi assim que te quis.

GREVE ANUNCIADA

E a festança continua!
Mais uma greve na rua?
Repetição dum mau retrato.
Mal que está no sistema.
Quando a chama é pequena,
Cumpre-se o desiderato!

"BOYS & GIRLS"

Governo sai e outro entra.
Da mudança, o mal aumenta.
É a natural sucessão
Sucessiva que se sucede.
E quem vem, não se perde.
Aproveita bem a ocasião!

São as "girls" e os "boys",
Assim ditos, pois, pois!...
Os beneficiados da troca.
E os que foram embora
Ficaram pobres na penhora?
Graça! "Até o rabo torce a porca"!

Sempre assim foi, é e será!
O contrário, quem me dirá?!


TU CÁ, TU LÁ

Ao isolar-me na solidão
Procuro, tento encontrar
O descobrir da razão
Que tanto me faz pensar.

Podes até ser ermitão
razão não vais encontrar.
Pensamentos! Única razão,
que tanto te faz pensar.*

* Raul Taveira

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Ao isolar-me na solidão
Procuro, tento encontrar
O descobrir da razão
Que tanto me faz pensar.

PROTEGER A BANCA

Uma empresa que vá à falência
os seus servidores, p'rá rua!
Qualquer má gerência,
e a insolvência actua.
Então porque diabo
um Banco que negoceia
fica sempre salvaguardado
ao fugir-lhe, o "pé de meia"?
Faliu? Está falido!
É culpa de quem mal geriu.
Eu, não tinha nada investido
e terei de pagar?
Grande lata, tanto azar!!

BURRICES

País "sem Rei nem Roque"
este onde nasci e permaneço.
Por vezes acuso o toque
pelos males que não mereço.

Como a constante instabilidade
em que todos nós vivemos.
Já viram tanta disparidade
das mudanças que sofremos?

Novo Governo e tudo muda,
num constante acto de baldas
e a razão parece estar surda
no constante "mudar as fraldas"!

Mau cheiro, o das várias razões
porque o país não avança.
Com tantas e várias alterações
nada aguenta...tanta mudança!

E as leis, ditas vigentes,
quantas voltinhas já deram?
Haverá falta de boas mentes
para criar vidas que prosperam?

E lamentam-se, os típicos
que não entendemos os políticos!...


TU CÁ, TU LÁ

Comer do que se gosta
Decerto dará prazer
À fatia, ou à posta
Afinal é só escolher.

Sai uma posta qualquer
que venha bem temperada
e sai também se houver
uma fatia de nada.*

* Raul Taveira

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Comer do que se gosta
Decerto dará prazer.
À fatia, ou à posta,
Afinal é só escolher.

CONCLUINDO...

A política é lama fedorenta
que emporcalha o Universo,
onde Portugal se apresenta
com um mal sem retrocesso.

Nas escolhas para os Quadros
fulanos amigos, mal preparados,
ocupam os lugares de destaque.
Só interessa mesmo a filiação
que é reconhecida com gratidão
e passará a envergar o fraque

Dedicados defensores do Partido, 
ocuparão lugar que era bem gerido
por alguém que perde a validade
por não poder aceder ao exigir...
É triste, saber deste...existir,
escondendo vergonhosa verdade!

FUTEBOLADAS

O nevoeiro na "Choupana"
é um mal que não engana.
Mas dele andam alheados
os senhores da Federação,
que presos a bem d'ocasião,
só conseguem maus resultados!

E ninguém põe cobro a isso?
Continuam a "encher chouriço"?!

PRESIDENCIAIS-ONTEM E HOJE

Sem apoios partidários
O General Eanes foi Presidente.
Seu valor não subsidiário
teve o aplauso da boa gente.

Diferente, agora a festa.
Em constante mal-dizer,
gente que pouco presta,
dizendo o que irá fazer.

Entre o dito e o não dito,
não conseguem esclarecer.
E porque nada fica escrito,
prometido será p'ra esquecer!

Não esqueceremos porém,
aquela boa Presidência,
da honestidade de alguém,
a que devemos reverência.

Que lhes possa servir de exemplo
E não fique esquecido no tempo.

O QUE SE OUVE E VÊ

Há estórias que ouvidas
causam nojo e espanto.
Situações reais, ocorridas,
que nos dão lugar a pranto.

Como chegámos a isto?
Nada se acerta, pelo contrário.
Neste mundo dito de Cristo,
somos mandados por falsário?

Sai um Governo, outro entra
e desfaz o que foi feito.
Gastos de enorme tormenta
sem acusação do sujeito!

Acusadores da "geringonça"
esquecidos do seu mal,
autênticos "amigos da onça",
não bons amigos de Portugal.

E caminhamos ás cegas,
tropeço aqui, queda além
entre bençãos e negas
não se vislumbra um bem.

Portugal, em roda livre,
que ninguém sabe controlar
e pobre de quem cá vive,
submetido a tamanho azar!

As causas e seus efeitos?
Tal cocaína em tempos idos,
são todos os maus sujeitos
da política...tão denegridos!

Unam-se, filhos da mãe!
Lutem pelo país que tão maus filhos tem!!

TU CÁ, TU LÁ

O Aleixo assim diria
Se ainda fosse vivo:
Vive bem o dia-a-dia
Nunca te sintas cativo.

Não disse coisas banais
não digas que eu as disse.
Fui Aleixo e nada mais!...
Abalei, não por velhice.*

* Raul Taveira

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

O Aleixo assim diria
Se ainda fosse vivo
Vive bem o dia-a-dia
Nunca te sintas cativo.

SIMPLESMENTE ENGANADOS

Andarão a brincar com o "pagode"?
Suportá-los, quem pode?
Está um sujeito a ver a TVI,
Seguindo com interesse o relatado,
Para de seguida ficar frustrado!
Mudam para o 24! E já não vi.

É que o pobre"generalista",
Só dispõe dos quatro canais.
E a TV., qual baixo vigarista
Não os deixa ver nada mais!...

E ninguém reclama
contra quem os engana?

A GUERRA DOS EXAMES

Andámos num disfarce?
No meu tempo do ensino,
Exame era só na 4º. classe.
Daí, definia-se o destino.

Para continuar, a admissão.
Não querendo, o diploma.
A certificar a ganha aptidão.
Cada um, seu rumo toma!

E tudo afinal, dava certo.
Agora? Aja, ou se exclua
Ninguém se entende no deserto
E a Ciência, mal continua!

Haveria esta necessidade?
Virar as coisas do avesso
Quando em abono da verdade
Parece obra de menino travesso?

Antes, uns continuavam a estudar,
Outros, por vários motivos
Lá iriam apenas trabalhar.
Pelo meio, alguns casos nocivos.

Mas estava tudo bem estabelecido
E ninguém ficava comprometido!

TU CÁ, TU LÁ

O "Papa" lá do norte
Quis chamar o Jesus
Mas não teve sorte.
Só verde da cor o seduz.

Jesus foi salvação
dos vermelhos lampiões
só pode salvar o dragão
depois de salvar os leões.*

* Raul Taveira

INFORMAÇÃO

No limiar do presente ano, "Poeta Todos os Dias",
o blogue que vou mantendo, atingiu a considerável
soma de 5.000 mensagens.
Criado este vício, o mesmo prosseguirá de modo
diário, até que o meu cérebro e a minha mão direita,
em perfeita consonância, possam corresponder entre si.

A quem me segue, fico grato pela dedicação.
Se alguém ofendi, peço perdão.
A CONDUTA CONTINUARÁ.
Em duas fases essenciais: Nada invento, dou voz ao
que leio nos jornais; não sou filiado, nem na esquerda,
direita ou centro.
A minha Razão, é a de um "Beirão Isento"
Agradeço que aceitem estas minhas verdades.

domingo, 10 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

O "Papa" lá do norte
Quis chamar o Jesus
Mas não teve sorte.
Só verde da cor o seduz!

PENSAMENTO DOMINICAL

Mexa-se!
Não nasceu para estar parado.

VOZ DO POVO

"Voz do Povo é Voz de Deus"
dizem bons cristãos ou ateus,
na sábia sabedoria popular.
Também diz, "quando burro fala
outro da mesma raça se cala".
Baixa as orelhas e deixa falar!!

Então, porque carga d'água
assistimos com tanta mágua
ao alarido mixto, ensurdecedor,
que se verifica nos debates?
Todo o "painel dos bonifrates"
a falar em simultâneo, com ardor!

E cada um, subindo o seu tom,
a querer provar razão e dom, 
aumenta de tal modo os decibeis
que ninguém os consegue entender.
Até dá vontade de lhes bater,
nesta terra de Marias e de Maneis!

Experimentem ouvir, "Eixo do Mal".
Deixem parecer do vosso gosto informal.

Experimentem

TU CÁ, TU LÁ

Não azedes uma conversa
Sê ameno e muito cortês
Quem ouvir não esqueça
Quer ouvir-te outra vez.

Sê cortês deixa falar
há quem goste de se ouvir
não para a conversa azedar
mas para o auditório dormir.*

* Raul Taveira

sábado, 9 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Não azedes uma conversa
Sê ameno e muito cortês
Quem  ouvir não esqueça
Querer ouvir-te outra vez.

SENHOR MINISTRO DA SAÚDE

Será que o ilustre senhor
em quem confio plenamente,
poderá agir com pendor
a favor de pessoa doente?

Já em tempos visionei
uma utópica mas boa medida.
De novo a divulgarei
desejando ser conseguida:

Voltar ao "João Semana"
O doente não ir ao doutor.
Ir o médico vê-lo à cama
Que bela prova de amor!

Quantos louvores
Receberiam os senhores doutores?!

RASGAR O ACORDO

A que mente iluminada
Devemos a intenção declarada
De alterar ensinos do povo?
Mudar o seu modo de dizer
Com novas formas de escrever?
Acordo ortográfico novo?!!!
Este mundo anda maluco
E virou a cabeça das gentes!
Até eu, já um tanto caduco,
Me fico a rir entre-dentes!

Ide semear batatas.
Fazei coisas mais gratas!

PRAIA RENOVADA

Carvoeiro, uma das renovadas
Agora com novo atractivo:
Manancial de conchas espalhadas
A acrescentar ao bom motivo
Que faz valer uma sua visita
Ou melhor, presença prolongada.
Para quem aqui já habita
Tem distracção aumentada.

ACTO CASTIGADO

"Abandonar velho será crime".
Se é o Poder quem mais oprime
Seja incriminado p'lo feio acto.
Inventam todas as artimanhas
Para angariar graças tamanhas
Que lhes dê, "manja no prato"!

TU CÁ, TU LÁ

Entre o sim e o não
Incerteza fica no meio
Nas coisas do coração
Vive todo um anseio.

Sofre, sofre coração
que vives na inquietude
dá ouvidos à razão
e no meio terás virtude.*

* Raul Taveira

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Entre o sim e o não
Incerteza fica no meio
Nas coisas do coração
Vive todo um anseio.

A TENEBROSA TEIA

Vivemos com arcas encouradas,
Teias e segredos, provas guardadas
Que são defesas das atoardas.
Também fotocópias aos milhares 
Para defesa de alguns azares
E pactos de salvaguarda dos pares!

Excessos de sal, tão salgados
Quão  intragáveis nos desagrados.
Pelintras que na Política enriquecem
Vivendo bem à nossa custa.
Seriam causa primária e justa
Para os meter na cela que merecem.

Basta conhecer as tantas estórias
Para alinhar todas as escórias.
Isto por cá, anda tudo ligado.
Por descendência, ou compadrio.
Vai desde o afilhado ao tio.
Basta que do sistema seja aliado.

E dão a esta gravosa epidemia
O lindo nome de Democracia!

AMOR À TERRA

Trago sempre na ideia
Esta pequena aldeia
De seu nome, Sarnadinha.
Porque foi o meu berço
Tanta dedicação ofereço
Que até a trato por minha!

TU CÁ, TU LÁ

Não pedirei nada de novo
Para este novo ano.

A pensar no nosso povo
Mais pão e menos engano.

Assim fala quem tem tudo
e nada mais quer pedir.
Pede pró povo desnudo
quem ninguém quer acudir.* 

* Raul Taveira

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Não pedirei nada de novo
Para este novo ano.
A pensar no nosso povo
Mais pão menos engano.

DESASTRES PONTUAIS

Temos dois desastres pontuais.
E qual lamentaremos mais?
Os incêndios do verão,
Ou as mortes no alcatrão?

Qualquer deles é o diabo!
E tudo por culpa do "Zé-nabo"
Que não sabe tomar medidas.
Tantas as causas perdidas!







AQUI, PORTUGAL!

País pequeno, tão carente,
Teve tão "grande gente"!...
É agora local de burlões.
Gente fina com tal "arte"
Que entre si, parte e reparte,
Os roubados largos milhões!

PORQUÊ A DIFERENÇA?

Por ambos sinto desprezo
São má farinha da mesma sacola
Mas na balança, o seu peso,
Não está conforme na bitola.

Ambos presumíveis culpados
Por crime de lesa terceiros
E por tal deverão ser julgados
Como  vulgares trapaceiros.

Se iguais, porquê a distinção
Desde a sua primeira hora?
Um entrou logo na prisão,
O outro, perde pela demora!

Aquele o desconforto da cela,
Após viagem na "ramona".
O outro, desnecessária cautela.
Mercedes próprio, à "prima-dona"!

Que Justiça de verdade?
Por onde andará a "Balança",
A venda da imparcialidade
E a espada da cruel matança?!

Por favor
Senhores Juízes...
Haja pudor
Não somos petizes!...

  

ARTE CIRCENCE

A política é como nos circos
Tem os seus muitos palhaços.
Vieram pobres, ficaram ricos
Sem trabalho, como madraços!

A TODOS, UM POR UM

A todos os conhecidos malvados
Não lhes desejo maldade grosseira.
Apenas que sejam bem instalados
Por grosso, lá para a Carregueira.

Com mordomias de residentes,
Comer o rancho que seja geral,
Cumprindo as leis vigentes
Pois estafermo é todo igual.

Deixar cá fora, penhorados,
Os bens que soube roubar.
Então, os juízes serão louvados
Por agirem de modo exemplar.

Enquanto tal não acontece
O povo vai tendo o que merece!

EVIDÊNCIAS

Com o finalizar do ano
Esvaziou-se a tal almofada...
Os milhões do engano
Ficam em carteira recheada.

TU CÁ, TU LÁ

Tal como o poeta Aleixo
Grande homem do povo
Também eu me queixo
De bom, nada de novo.

Não me queiras comparar
da vida não me queixei
vivi pobre, tão popular
quanto a obra que vos deixei.*

* Raul Taveira

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Tal como o poeta Aleixo
Grande homem do povo
Também eu me queixo
De bom, nada de novo!

REPAROS

Qualquer desastre ou acidente
Terá sempre um responsável
Quem se alheia será conivente
Pelo julgado acto condenável.

Se a Saúde anda doente
Deve haver melhor solução:
Contratar gente decente
Que cumpra bem a missão.

Como militar condecorado
Cumpri e fiz cumprir
O que me era ordenado
Nunca tentando fugir.

Pois então, assim sendo
Ouso perguntar
Porque não entendo:
O que esperam para julgar?

PERGUNTAR COM MALÍCIA

A um que foi pasmado
Sucederá outro com tiques?
Não iremos a bom lado
Neste país em tremeliques.

INQUÉRITOS?!

Qualquer rigoroso inquérito
Nunca tem no pretérito
Divulgação do apurado.
Nada ouvimos nem sabemos.
Parece um brincar de pequenos
Neste país mal governado!

REIS MAGOS

De tão longe vieram
E consigo eles trouxeram
As riquezas daquele tempo.
Três Reis a venerar
Menino pobre sem lar
Nascido após o Advento.

Naquela santa adoração
Deram uma sábia lição
Pela humildade oferecida
Poderosos Reis e senhores
Entregando seus valores
À Divina criança nascida!

IMIGRANTES

Afogados no Mar Egeu
Mártires que alguém perdeu
Em águas de sepultura
Chorados sem despedida
Tão baixo o valor da vida
Desprezada em amargura.

TU CÁ, TU LÁ

Não convivo com a vaidade
Pois prescindo desse mal
Mas defendo a Verdade
E a ela dou o meu aval.

Subindo com vaidade ao poder
por lá se perdem integridades
exímios em verdades esconder
com mentiras por verdades.*

* Raul Taveira

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Não convivo com a vaidade
Pois prescindo desse mal
Mas defendo a Verdade
E a ela dou o meu aval.

QUENTES E BOAS

PALAVRAS DO MESTRE MENTIROSO

Na verdade não comemos TGV.
Mas já engolimos submarinos.
Assim sendo no final logo se vê
Como funcionarão os intestinos.

COCKTAIL DE PILHAGEM

Um bom sumo de lima
aromatizado com loureiro,
um tanto salgado por cima.
Cofre cheio, companheiro!

NO LIMIAR DO ANO NOVO

Para alimentar o desejo
que o novo ano dê benefícios
o mundo não perde o ensejo
de queimar milhões em artifícios!

Momento efémero, desejável
por muitos, ávidos de algo
que já nem é novidade palpável
por repetida, como em saldo.

Interiormente chego a pensar
que de todo o dinheiro gasto
parte dele não poderia sanar
o mal que por aí, deixa rasto?!

CAMPANHA ELEITORAL PRESIDENCIAL

Ao enjoo dos debates à Presidência
que tanto nos ralam a paciência,
uma dezena de ilustres candidatos
exprimem as suas ideias e diplomas.
Alguns, salvo seja, figuras monas
chegam a ser vulgares, ou caricatos.

Do muito ouvido, com descrédito,
não me apercebi no pretérito
de um entrevistador, imparcial:
"Se for eleito, manterá a despesa
da sua Casa de farta mesa?"
Ela é um pesadelo sem igual!...

O dobro da realeza de Espanha!
Já de si, bem onerosa e tamanha.
Essa sim, a pergunta. Gostaríamos
de ouvir, quais seriam as respostas.
A esta e outras dúvidas bem postas
que nós, gostosamente aplaudiríamos!

O Presidente Eanes, no seu momento,
bem vos poderia servir de exemplo!


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Ser simples é ser gigante
Qualquer que seja a altura
Um homem pode ser grande
Mesmo com baixa estatura.

SABE-SE LÁ!

Os males que são criticados
poderão até ser herdados
por quem, bem ou mal  critica.
Será um castigo de Deus?
Defeitos? Cada um com os seus.
É com eles que se identifica!

SE ...

Se eu pudesse determinar,
exigia que se fosse criar
um poderoso meio judicial
que fizesse retornar ao país,
os milhões em "lugar feliz"
e tapar os buracos em Portugal.

E que os seus possuidores,
todos eles grandes senhores.
pagassem os impostos devidos.
Pela fuga dos capitais
talvez não fosse demais,
serem duplamente punidos.

Repor a legalidade
nos daria tranquilidade!

VIAJANDO NO SONHO

PARQUE DOS POETAS

Retardei idas para estar presente.
Não poderia ficar indiferente,
Alheio a causas tão elevadas.
Quis partilhar pois, sonhando,
Como se dos poetas, o mando
Me convidasse ás suas toadas!

SAÍDAS...

Saída pela porta grande?
A opinião será apenas sua.
Mas esse ilustre farsante,
Sá abriu a porta da rua.

Voltará qualquer dia
Para vender nova banha.
Criando outra epidemia,
Não há quem o detenha!

Mais velho e enrugado
Na sua imagem de marca
Voltará a ser bem notado
Se não houver raio co'parta!

TU CÁ, TU LÁ

Quando a alegada questão
Me respondes com mordacidade
Provas com a tua versão
Divergires da minha verdade.

Todo aquele que julga ser
detentor da verdade
empolga-se por não ter
o conceito da humildade.*

* Raul Taveira

domingo, 3 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Quando a alegada questão
Me respondes com mordacidade
Provas com a tua versão
Divergires da minha verdade.

DEIXEM-ME RIR!

É sempre assim no pretérito.
Faça-se um rigoroso inquérito!
Dele, nunca se ouvirá falar.
Ficará no segredo dos Deuses,
Continuando nós, os fregueses
Com a conta choruda por pagar.

CHEIRO FÉTIDO - II

A Moral aprendida na Escola
Perdeu-se por falta de prática.
Andou connosco na sacola,
Hoje, bem longe e errática!
Ricos e pobres em conflito,
O meio já nem existe.
Ouvem-se os gritos do aflito
E os queixumes do triste...
Afinal que mundo é este?
Será como todos o desejamos,
Ou só daqueles a quem reste
O que nos falta...pelos enganos?

Quem assim desabafa, sou eu
A quem, por longa, a vida escasseia.
E nesta vivência de escuro breu
Tão pouco mais...ele anseia!

Corrigir todo este mal
Só com um eterno Natal!


CHEIRO FÉTIDO - I

Perdoai-me a expressão,
Vivemos num mundo de merda!
É excessiva a negação?
O que é que o futuro herda,
A continuar nesta senda,
Quantos mais horrores?
Que triste a oferenda
Por falha dos doutores?
Em tempo de sexo facilitado
Cresce a horda dos predadores,
Violando crianças em pecado,
Horror de todos os horrores!
Perde-se a vontade de viver,
Sentindo à volta o mau cheiro,
Fétido, de algo a apodrecer,
Alastrando no chiqueiro...
Países inteiros em ditadura,
Fomes e outras misérias aliadas
Para que uma só criatura
Viva o seu "Conto de Fadas"!
Usos e costumes selváticos
Não conducentes com bom saber
Alheados por líderes mediáticos
Que castigam a bel-prazer.
Mortes a custos de vintém
Por "dá cá aquela palha"!...
O ser humano já é ninguém
Não tem quem lhe valha!
E o dinheiro é tudo e nada.
Compra e corrompe este e aquele.
Um ser de alma danada,
Até vende a própria pele!...

SAIRAM SUJOS

Queriam uma saída limpa
Saíram todos enlameados.
Aja alguém que tal sinta.
Deveriam ser bem julgados!

COISAS DO PASSADO RECENTE

O VALOR DA VIDA

Quanto vale uma vida
De jovem com 29 anos?
Ninguém a terá aferida.
Não têm preço tais danos.

Mas morrer por negligência?
Falta de médicos em S.José?
Pela Santíssima Paciência!
Isso até nos rouba a fé,

Da Saúde em Portugal
que se portou, tão mal!

O MEU VOTO

Embora longe na distância
Aproveito esta circunstância
Para desejar ao nosso povo,
A Sarnadinha e suas gentes,
Que este nascido Ano Novo
Os torne felizes e contentes.

AUSENTE POR DOENÇA

Já não passará à minha porta.
A Maria, nas idas à horta.
É o minguar da nossa geração.
Todos nós teremos incapacidade
A tolher a própria vontade.
Restará a Misericórdia, pois então!...

Bem cuidada lá estará a Maria.
Irei visitá-la, qualquer dia!

TAL DOM QUIXOTE

Armado em "Cavaleiro Andante",
Montado no magro "Rocinante"
Invisto contra os Senhores Mais
Que sem vergonha nem pejo
Me forçam a este duro pelejo
Com contornos bem actuais.

A meu lado a fiel "Dulcineia"
Que me julga lunático e se alheia
Das minhas investidas a terceiros.
O "Sancho"me deixou, na verdade.
Acha que à existente maldade
Não tenho argumentos verdadeiros.

Neste meu reduto de fantasias
Continuarei, "Poeta Todos os Dias"!

FINAL DO ANO

Em cada ano que passa
Por mais que tente ou faça
Criar esperanças futuras,
Esbarro no mesmo termo.
Há sempre um estafermo
A criar novas amarguras.

ANO NOVO

O Novo Ano chegou!
Mais velho eu estou
Mas não perco a esperança
De que este Ano Novo
Possa dar ao nosso povo
O que traz na lembrança.

PENSAMENTO DOMINICAL

Cá estaremos para ver
O Bom Ano que iremos ter.

TU CÁ, TU LÁ

Terminadas as festas natalícias
Entrámos no dois mil e dezasseis
Aguardando as boas notícias
Que surgirão passados os Reis.

Foram-se as festas natalícias
houve festas pró dezasseis
no quinze? Só más notícias!
As boas, depois dos Reis.*

* Raul Taveira

sábado, 2 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

Terminadas as festas natalícias
Entrámos no dois mil e dezasseis
Aguardando as boas notícias
Que surgirão passados os Reis.

ANOS DE SUFOCO

Tivemos, lá bem no topo
Um inútil e taralhoco
Neste país que anda louco
Gerido por mente de bacoco
Que se revelou valer pouco!

CONCERTO DE ANO NOVO

A música dos Deuses em cena.
Uma vez mais e como sempre
a magnífica Sinfónica de Viena
em plenitude que bem se sente.

Momento que ontem não perdi.
Em silêncio, enlevado tudo ouvi!...
Que bom seria,
o ano inteiro com igual harmonia!

OS MAUS PROSADORES

Estragam a bela língua portuguesa
com expressões de tanta vileza
que lhe tiram o natural encanto.
Fala-se "mal e porcamente"
e sem saber quem tal consente,
choram os sérios, em pranto!

TU CÁ, TU LÁ

O gasto em fogos de artifício
Para alegrar tantos foliões
Pagaria o enorme sacrifício
Da fome de muitos milhões.

E os foliões na festança
a olharem artifícios no ar
e nem lhes vai à lembrança
o seu dinheiro a estoirar*

* Raul Taveira

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

QUADRA DO DIA

O gasto em fogos de artifício
Para alegrar tantos foliões
Pagaria o enorme sacrifício
Da fome de muitos milhões.

O MEU DESEJO

Hoje, "Dia Mundial da Paz"
Que o mundo se mostre capaz
De unir as pessoas de bem.
Pensar que todos somos iguais
E possa distribuir dos mais,
Um pouco, a quem nada tem.

TU CÁ, TU LÁ

Ano novo, na tua vinda
Conserva as velhas amizades
No alto conceito que não finda.
Deixa de lado as más novidades.

Não será pedir de mais
amizades que já não há?
Pede ao "Face", são iguais
e conceito não faltará.*

* Raul Taveira