QUADRA DO DIA

Poderei ser um palhaço
Em momentos de diversão
Mas tudo aquilo que faço
É feito com boa intenção.

IMPENSÁVEL ?

Tenho ideias anárquicas
ao pensar nas Autárquicas.
O dinheiro que se irá gastar
não teria melhor proveito,
aplicado em qualquer sujeito
a quem o incèndio faz penar?

Desculpem senhores políticos
Aborreço os vossos defeitos típicos?

AUTÁRQUICAS 2017

Já proliferam as promessas
na corrida às Autárquicas,
com todos a pedir meças
utilizando formas anárquicas.


No caso, são todos iguais
e está ainda para nascer
um qualquer de valor mais
que cumpra o seu prometer.

Sempre assim foi e será
neste país, ao Deus dará!

DEBATES

Já diziam os antigos
"quando um burro fala ..."
E assim eram contidos
os outros, na mesma sala.

Mas mudaram os tempos
e agora os senhores doutores
porque não são jumentos,
só nos criam dissabores.

Berram, ao mesmo tempo
tentando ser o melhor
e o pobre ouvinte, atento ...
desliga o seu televisor.

É o que normalmente faço,
farto de os ouvir em dueto,
quando afinal, o espaço
se torna reles e obsoleto!

E não há um moderador
que cale qualquer estupor?!

QUADRA DO DIA

Faço versos de afogadilho
De modo ligeiro, sem pensar.
É como pegar fogo a rastilho
Para ver um fogo a alastrar.

SERÁ?

Será que a tragédia de Pedrógão,
Grande é o seu sobrenome,
que entristeceu tanto coração,
já apagou a dor que consome?

Relatos escritos dizem que não.

Os pessimistas afirmam a negação.

Quem mal vivia, desgraçado ficou.

Aos amantes da Paz, sobrou a Guerra

vendo em cinzas, a sua terra!

Inglória, a tanta luta que se travou.

Sepultados os mortos, sacrificados,

os vivos, milagrosamente poupados,

esperam a ajuda de quem manda.

Será esse privilégio um querer

ou ficaremos simplesmente a ver?

Passam os dias. O futuro não anda!

Ah, Marquês de Pombal! ...

Voltasses tu de novo a Portugal

e saberias bem o que fazer ...

O teu garante de primeira hora,

libertaria de peias e na hora,

o que hoje é lento, na demora.

Acordai, gentes.

E fazei!...

Eu, murmuro entre dentes,

"Mesmo torneando a Lei"!

ONDE?

Onde estais
meus Generais
deste País?
Submissos,
deram sumiços
a quem tal quis?

À nova classe

que nasce,

de Política baptizada?

As armas da Revolução

deram-lhe o cadeirão

onde está bem sentada.

Depois, o que se viu.

O vosso poder, sumiu!

Generais sem comandados.

Às tropas lhes deram fim,

para mal de todos e de mim

e de Portugal, sem Soldados!

QUADRA DO DIA

Político de profissão?
Que profissão em política
Se não vejo produção
Que tal arte pontifica?

A QUESTÃO

Portugal é um dos países
onde poderíamos ser felizes.
Tem tudo para oferecer,
do bom que se possa conceber.
Mas também, mal diverso
que grassa no seu universo.
É, grosseiramente mal governado!
Várias gerações o têm delapidado
com leis vindas de mandantes
a pensar em si, agora e d'antes!
Os bem instalados, têm tudo.
Para os mal-amados, o canudo
que revela a sua desgraça.
Ela é de sempre e não passa.
Para tal maioria nada é permitido
do que é alcançado, no Partido,
espécie de clube de elite,
onde qualquer parasita milite.
Chulices, burlas, incompetências
em currículo das excelências,
como garantia segura e protetora
que para pobres, é a Nossa Senhora.
A ambição deles é tanta
que a qualquer honesto, espanta!
Bem instalados na sua vida
valem-se da fraude consentida
em esquemas ardilosos de maldade,
sacando o que é da nossa sociedade!

Portugal é um país

onde eu poderia ser feliz.

Mas como,

se nem de mim, sou dono?!

QUADRA DO DIA

Já me cansa o sol do estio
Que este ano é por demais.
O muito sempre causa fastio
Salvo aos apatites guturais.

OUVINDO O NOSSO PRIMEIRO ...

Ó Senhor Primeiro-ministro!
Ao ouvir o discurso não resisto
De manifestar certa estranheza.
As maravilhas que nos aponta,
Tantas são e sem conta ... 
Serão a realidade portuguesa?!

Talvez sim para uns quantos

Que vivem vidas de encantos.

Mas para a grande maioria,

O que disse, de forma empolgada,

Valerá tão pouco, quase nada

Que não chega a dar alegria!

Desempenhou bem o seu papel.

Talvez sinta o sabor do mel

Mas eu, para já, nada sinto

Que tenha melhorado a bitola.

O que me tiraram, foi "à viola"

E continuo, a apertar o cinto!

Mas dou-lhe, prova de confiança

Acreditando, na sua esperança!

QUADRA DO DIA

Em Domingo de soalheiro
Assistimos à procissão
Da Padroeira do Carvoeiro,
A Senhora da Encarnação.

NEGÓCIOS SUJOS

Emprestar muito dinheiro
Às empresas mal geridas,
Por Doutor ou Engenheiro,
Foi uma das ideias paridas
Com indício de compadrio.
Ficou mal parado o crédito
E criado um enorme vazio,
Aos gestores, com mérito!

QUADRA DO DIA

O "lume" rondou a porta
Da minha casa d'aldeia
Houve quem ficasse sem horta
E a vida, triste e feia ...

AMAR-TE ASSIM

Amar assim,
agora e sempre
num amor sem fim,
eternamente, 
será sina ou castigo?
Diz-me a razão,
qual o motivo
porque me roubaste o coração
que agora vive contigo?!

QUADRA DO DIA

Quem canta os males espanta
Cantando afasto os meus
E porque cantar me encanta
A cantar, me ouve Deus.

CORES SOMBRIAS

Cinza e negro
as cores do desassossego
que nos atormentam,
ao ver arder Portugal.
Porquê todo este mal
que os pobres lamentam?

É um repetir, ano após ano,

provocando imenso dano

àquele que pouco tem

e parece ser indiferente,

a quem o mal não sente,

bem instalado, como convém!

Relembro o divulgado

quando deixei "recado"

em Setembro do ano passado:

A QUEM COMPETE ZELAR

Choradas as vidas perdidas,

Saradas as múltiplas feridas,

Terminada a época infernal

Dos fogos devastadores,

Se já carpiram as dores,

Pensem agora em Portugal.

Neste rectângulo queimado.

Por desleixo, ignorado,

Perdeu parte da riqueza,

O "ouro verde da floresta"

Que tão pouco já resta,

Aumentado a nossa tristeza.

QUADRA DO DIA

Rentabilizar uma empresa
À custa de despedimentos
Revela que há tibieza
E falta de bons sentimentos.

FILOSOFIA BARATA

Para o politicamente correcto
o dinheiro aparece na hora.
Mas o mesmo será incerto
para quem não colabora.

Esbanjam no aparato,

cortam no necessário.

Para eles tudo é barato,

suportável pelo erário!

Gorduras e poupanças,

fazem parte da ladainha

mas continuam as danças

sempre na mesma modinha!

Assim foi, assim será,

reconhecemos que pois é ...

Andamos num Deus-dará

e quem paga? Sempre o Zé!

QUADRA DO DIA

Quando se desperdiça
O que a Natureza dá
O defeito da preguiça
Bem caro se pagará.

QUADRA DO DIA

Continua bem quente, este Agosto,
O meu mês de nascimento.
Já está causando algum desgosto.
Até quando, o sofrimento?

O CHORO DO REI WAMBA

Os zimbros e as murtas
tiveram suas vidas curtas,
mortos, por "lume" maldito".
Foi aqui, neste mesmo lugar,
quando nada o fazia esperar
e esse tal flagelo, descrito.

No Além, desgosto tamanho,
um Visigodo Rei de antanho,
chorará a sua enorme desgraça.
A metáfora, dará que pensar
aos que, por negligente actuar,
não acodem, ao mal que passa!

Negro e cinza, penedias nuas,
em resultado das verdades cruas
que agora se nos oferecem,
esta arribas graníticas, milenares.
Ficarão tristes os nossos olhares,
quando, murtas e zimbros não crescem ...

QUADRA DO DIA

O dinheiro que irão gastar
Nas próximas eleições,
Bem se poderia poupar
Para melhores aplicações.

ROTINAS

"Carregadas as baterias"
Em longa presença na praia,
Já penso n'outras alegrias
E que de novo distraia,
O meu pensar de Beirão:
Ir à terra de nascença
Rever os amigos que lá estão
Nesse lugar de pertença.
Acontecerá em Setembro,
A preencher uma rotina,
Tal como o entendo,
No cumprir de boa sina.
Ler e ouvir muitos versos,
Os meus e os dos outros,
Todos juntos, nunca dispersos,
Simples os meus. Os deles, doutos!
Mas como "Santo Caseiro"
Lá irei, fazendo "milagres".
Valem bem pouco dinheiro
E deles não faço alardes!

Mas sinto estar "no meu lugar"

E daí, ninguém me irá tirar!...

BRINCANDO ...

Hoje, na maré "vaza"
Na praia ficou um búzio.
Levei-o pra minha casa,
Em cima da mesa, o "púzio"!

QUADRA DO DIA

Não te enganes no caminho
Pois de mim já estás perto
Mas vem devagarinho,
Evitando o rumo incerto.

SALVÉ 19 DE AGOSTO

Ontem, foi o meu dia
E até cantei em karaoke
Num momento d'alegria.
Esse momento se evoque!

QUADRA DO DIA

ANO APÓS ANO
E UM DE CADA VEZ
SEM NENHUM ENGANO
SOMO, OITENTA E TRÊS.

ANIVERSÁRIO

São longas as etapas já percorridas
nos caminhos que marcam as vidas
a que o Destino nos obriga.
Oitenta e três, neste dia!
Naturalmente, sinto alegria,
pois nada de malévolo me castiga.

Muitas Graças devo dedicar

a quem, neste meu caminhar,

lado a lado, é companheira

sempre fiel e presente,

com amor, paulatinamente,

como mulher prá vida inteira!

Também a Família e o bom Amigo

porque têm estado comigo,

VOS BENDIGO!

BARCELONA

Não sou um pessimista
mas o perigo salta à vista.
Tantos malvados à solta
Provocam-nos a revolta.
Conseguiram virar o Mundo
Do jeito mais imundo,
Impossível de admitir.
Como continuar a sorrir,
Vendo massacrar inocentes
Em ódios sempre crescentes
Nunca vistos, sem paralelo?
E o Mundo que devia ser belo ...
Já não o será na proximidade,
A menos que, NOVA VERDADE
Ou força unida e poderosa,
Domine esta praga asquerosa
De ideais satânicos e cruéis
Que nos tratam, como infiéis!

QUADRA DO DIA

Neste dia de calor intenso
Sem egoísmo mesquinho
Deus sabe como eu penso
Em quem pisa mau caminho.

O CICLO DA MINHA VIDA

Termino hoje mais uma ano
Do já longo ciclo da vida
Que eu, como ser humano,
Lá vou levando de vencida.

O que realizei, está feito!

O meu livro, com prazer

E não sendo um ser eleito

Tive orgulho neste viver.

Mas o que foi, já era!

Terei de seguir em frente.

E agora, o que me espera?

Tantos os planos em mente ...

Alguns, ficarão no caminho,

Outros, os realizarei?

Nunca estarei sozinho.

Conto com Deus e Sua Lei

Pouco Lhe peço.

Apenas, o que mereço!

QUADRA DO DIA

A velhice é uma chatice,
Já o disse e repito.
Mas vivo na crendice,
Velho sim, não aflito!

TRAGÉDIA NA MADEIRA

Uma árvore cai no Funchal.
Tragédia a causar muito mal:
Treze mortos, vários feridos.
Avisos de há largos anos
Já previam estes danos.
Simplesmente, não ouvidos.

Os senhores culpados onde estão?

Existem para lá da imaginação.

E o termo da responsabilidade

Que os chame à Justiça?

Ou vai continuar a preguiça,

Quando de trata da sumidade?

MADE IN PORTUGAL

Acredito nos portugueses engenhosos
e no elevado saber das Universidades
para lançar à praça, reptos graciosos,
a bem de todas as nossas sociedades.

Um projecto, posto a boa apreciação:
"Carro de Combate a Incêndios"!
E Made In Portugal, porque não?
Estudem lá os vossos compêndios.

Por mim, com toda a simplicidade,
"Forte e Feio" para servir a missão:
Apagar fogos, na sua proximidade!
Leiam tudo, com muita atenção:

Locomoção, gizada a todo-o-terreno,
com lagartas ou simples pneu,
isolamento protector e pleno,
infravermelhos para o escuro breu,

Torre giratória, com canhão,
de longo alcance e potência,
a utilizar, na má ocasião,
durante toda a triste ocorrência,

Alimentado por autotanques
numa permuta sempre constante
e o fogo, que tanto ardia antes,
seja apagado, em breve instante!

Registo, simplesmente, a Patente:
"APAGA FOGOS PORTUGUÊS"

Agora, decidam por vocês!

QUADRA DO DIA

Bombeiros em exaustão
Matas inteiras, ardendo.
As desgraças, quantas são?
Será que as estão vendo?

PENSO, LOGO EXISTO

Apoia-se, o "Plano de Emergência"
quando surge a inevitável urgência.
Mas pela vossa Santa Saúde!...
Tentem melhorar a atitude,
com boa prevenção e sem mistério.
Mais uma ideia do Silvério!

EXPERIMENTEM ...

Quando os vejo, impotentes
com uma simples mangueira,
sinto pena daquelas gentes,
a combater, uma mata inteira!

Logo ali, perto na estrada?!

Será que é de todo impossível,

utilizar uma máquina preparada? 

Como a de acalmar motins? Crível?

Só lhes peço:

Tentem,

experimentem!

ELEMENTOS DA NATUREZA

FOGO, uma força destruidora
da Natureza.
ÁGUA, um bem imenso
em sua certeza.
Aquele, dizima,
ela revigora
como benéfico enzima.
Se falta, alguém chora!
Então, porque se desperdiça?
Negligência pura
ou simples preguiça,
no aumentar da secura?
Quanta a água de fontenários
a correr de bica aberta?
Somos tão usurários,
sem uma mente desperta?
Autarcas do meu País,
libertai a estática inteligência!
Criai reservas, de raiz,
nos Concelhos da vossa ingerência.
Nem que, em local expropriado,
a bem do interesse geral,
se armazene, um bem doado,
da Natureza, a Portugal!

Seca severa
Barragens em baixa.
Muito se verbera.
Esta ideia, não encaixa?!

QUADRA DO DIA

Com uma Fé verdadeira
Coroada por mando real
Nossa Senhora, Padroeira.
É Dia Santo em Portugal.

VIVER DIFERENTE

Ontem, passei a fronteira,
voltei à vizinha Espanha
para ver de novo, a maneira
da diferença tamanha
que separa certos "hermanos"!.
Realeza de Huelva, cidade
patenteada sem enganos,
com bons exemplos de sociedade.
Limpa, ordeira no movimento.
Sem sujeira de "arte manhosa"
em paredes casas ou monumento.
Imponente, por grande. Airosa!

Um bom viver em cidadania
De um povo cheio d'alegria

Jogos de água sem fim
E tanto, tanto jardim ...

Palmares florescentes.
As nossas, mortas ou doentes!

Mesmo nas modas "pirosas"
Las ninãs sempre graciosas.

No limpar, bem se via
Que para tal se diligencia.

E bastou, apenas e somente
Passar a ponte e num repente

Ver a diferença abissal
Que os separa de Portugal.

À saída, o sujo e o inculto.
Atrás ficou, a produção de culto! ...

Tenho pena. 
Até senti, a alma pequena!

E A CULPA SERÁ DE QUEM?
DE QUEM GOVERNA, ORA BEM!
NÃO HAVENDO EDUCAÇÃO,
OBRIGUEM, POR COAÇÃO!

QUADRA DO DIA

Ao ultrapassar a Raia
O contraste é confrangedor.
De melhor só temos a praia
Todo o resto ... um pavor!

QUADRA DO DIA

Hoje, Domingo
Não fui à missa.
Fiquei dormindo.
Tive preguiça.

PRESENTE E PASSADO

Os erros do Passado
Pagam-se no Presente.
E será que se sente
Quem comete o pecado?

PENSAR E AGIR

Com o País em seca severa
do que estaríamos à espera
para além desta desgraça,
a que nos bateu à porta?
Causas, o que menos importa!
Há que pensar e ... se faça!

QUESTÃO DE LIMPEZA

Por vezes limpo ou sujo,
assim, o dito cujo!
Na circunstância, o mar,
aquele onde vamos nadar
durante a época estival.
Será como tudo, afinal!

O que temos na vida.
Agora boa, logo sofrida!

O QUE NOS RESTARÁ?

As dívidas não se pagam
com tristezas
mas também não apagam
as certezas.
Passado o escaldante 
Verão,
haja quem no instante,
mostre o senão:
Vista aérea de país ardido
em panorâmica
para provar, no bom sentido,
a falta de dinâmica,
verificada e sucessiva
em (des)governos,
que por falta de medida
não usaram bons termos!

Título: Portugal empobrecido
por tanto de seu, ardido!

O FLAJELO CONTINUA

Com tanto fogo posto
e ainda nos sobra Agosto
para não falar em Setembro ...
Quando irá isto parar?
Que mais se irá queimar?
Tragédia assim, não lembro.

QUADRA DO DIA

"OLHO VIVO E PÉ LIGEIRO"
Seja a sigla que se deva adoptar
Para acabar com tanto braseiro
Que põe este Portugal a chorar!

A CRISE SERÁ ETERNA?

Em 2011, o Doutor Vítor Gaspar,
um ministro da desgraça,
aumentou de modo exemplar (?)
um imposto da nossa praça.

De 6 para 23 por cento,
o gás e a electricidade.
Desde então, desse momento,
continuamos na maldade!

Para quando a redução
e voltar ao antigamente?
Seria uma boa ocasião
e o povinho, bem contente!

Estará previsto para quando,
ou não faz parte do memorando?

AMBIÇÃO

Ter ambição é louvável.
Alimentada de forma saudável
sem atropelos ou engodos.
Lutar com toda a honestidade
sempre dentro da legalidade
e com respeito por todos.

Saber também que há limite!

Senhor ambicioso, evite,
subir acima da chinela.
Modere os instintos de grandeza,

ficando na perene certeza

de não ultrapassar a tabela!

QUADRA DO DIA

A minha voz ordena:
Limpar as matas ardidas
E quem a floresta coordena
Que tome as boas medidas-

SENHOR AUTARCA

As cadelas apressadas
Geram crias defeituosas
Suas obras mal acabadas
Darão eleições duvidosas.

QUADRA DO DIA

E o flagelo continua
Temos o País a arder
O mal anda na rua
Ninguém o sabe deter

DIA DE FESTA

Pulam de contentamento (?)
os pensionistas e reformados
que hoje tiveram aumento
nos seus míseros ordenados.

Será grande o encargo,

pelo que ouvimos dizer,

a suportar pelo Estado, 

neste gesto de bem-fazer.

Mas os pobres beneficiados,

olhando a magra carteira

continuam d'olhos molhados.

Não se acabou com a asneira!

De quem tirou e não repôs,

dos que criaram a crise.

Para eles, "pata que os pôs"!

Falta nivelar o deslize!

APONTAMENTOS

Terminado o defeso
Aí o temos de novo. 
O comentador coeso
A falar de bola, ao povo!

O mar devolve à praia
O que as ondas recolhem
Mas o lixo, esse encalha.
Coisas más nunca somem.

"Arregaçar as mangas"! 
Vão trabalhar a meu mando
Nada de tretas ou de tangas
Só há uma voz de comando!

Quando tal se ouvirá?
Será que o Homem virá?

QUADRA DO DIA

Mentes vazias
Poucas ideias
Sem boas valias
Só tecem teias.

QUADRAS MATINAIS

Um pequeno esforço
Para mim é sacrifício
Já deixei de ser moço
A velhice, dá malefício.

Tenho três pedras na mão

Prontas a arremeçar

A qualquer figurão

Que me queira enganar.

NÃO OS ENTENDO

Não consigo entender
esta gente do Poder.
nas manhas sofisticadas.
Delas todos se valem
mas não vejo que se calem
mesmo com contas furadas!

QUADRA DO DIA

Passado já lá vai
O futuro há-de vir
Presente, bem o gozai
Se possível a sorrir.

TROVAS D'AMOR

Preenches o meu pensamento
quando, em qualquer momento,
a dúvida possa subsistir.
E penso, "Meu Deus como ficar
se um dia ela me faltar"?
Nesse instante, deixo de sorrir!

Completas o lado vazio

que por vezes em mim mora, 

aqueces o coração quando frio,

alegras, minh'alma, se chora!

Foste o antes, és o depois

no caminho feito a dois.

E serás, eternamente

para o resto dos meus dias,

um relicário de alegrias,

guardado, ciosamente!

QUADRA DO DIA

MEU QUERIDO
MÊS DE AGOSTO
NELE NASCIDO
VIDA A MEU GOSTO

O TAL LUGAR

Na minha aldeia tive raiz
Porém, o Destino não quis
Que nela fizesse vida.
Levado para a Grande Cidade
Aí desenvolvi a minha idade.
Sarnadinha, nunca foi esquecida!

VOLTA A PORTUGAL

Assisti ontem, à passagem da Volta
Para voltar a sentir de novo, revolta.
Por ver as "Portas" todas queimadas.
A cobertura, vista lá bem do alto,
Gerou em mim, outro sobressalto,
Pela crueza das imagens mostradas.

Coube à RTP, a transmissão.

Lá foi cumprida a sua missão

Sem esquecer, a publicidade.

Mas falhou, à passagem em Ródão.

Ainda não tinha passado o pelotão

E porquê a pressa? Que necessidade?

Publicidade "mal metida",

missão, comprometida!

PORTUGAL EM FESTA

Festas, Feiras e Romarias,
As tradicionais alegrias
Dos folguedos "à Portuguesa"!
Tradição, será sempre um bem
E feliz quem assim a mantém.
Já nos basta, tanta tristeza!

FAZEI "MEA CULPA"

A Protecção Civil
agiu de forma infantil
no fogo das "Portas de Ródão".
Para não dizer, criminoso.
Expliquem-me. Foi odioso!
Estabeleçam, qual o acórdão ...

Com a "soleira" no Rio Tejo,
as "Portas", tal como as vejo,
queimadas daquela maneira?
Aviões e hélis, onde estavam
quando as chamas, devastaram?
Tão longe assim, da nossa Beira?

Com descargas sucessivas
teriam elas ficado ardidas?

QUADRA DO DIA

Aquela senhora causa dó.
Dizem ser pessoa inteligente.
Mas levantando tanto pó
E primeiro que ele assente ...

DESEJO

Que as vossas mãos odiosas
possam, literalmente arder,
quando por práticas danosas
o "lume", forem acender!

"Lume" que é o fogo,

no dizer da nossa gente

e que anda ligado a logro

da vossa vida doente!

Que sentis, "almas danadas"

vendo o braseiro infernal,

deixar as matas queimadas,

pelo vosso instinto animal?!

Se por doença. curai-vos

ou estrebuchai no veneno

que tendes convosco, em laivos

de quem é tão pequeno! ...

LAMENTO

Já não poderei ver
O que das cinzas renascer.
A Mãe-natureza, devagar ...
E a minha vida passa depressa.
A tragédia, não se me esqueça
Para com saudade, recordar ...

EMENDEM A ARTE

"Papagaios mal falantes"
Continuam, tal como d'antes,
A debitar a sua verborreia.
Vazia, sempre continuada,
Falando sem dizer nada
Que explicite, boa ideia.

Usam e abusam da voz,

De forma por vezes atroz.

Repetitiva até ao cansaço.

Sejam pragmáticos na mente

Copiando, do antigamente,

Causando menos embaraço.

Leiam, António Barreto.

Ele coloca, o branco no preto,

No mesmo que venho dizendo.

Já trabalhei na vossa "arte"

E sucinto, sem mau aparte,

Mas sempre, aprendendo!...

SABENDO QUE ...

Quem pouco tinha de seu
e esse pouco lhe ardeu,
torna-me, sério descrente,
na incógnita existência de Deus.
Não como entrega aos ateus.
Fica confusa a minha mente!

IMAGEM QUE VENDE

"Canastras e canastrões"
Enchem páginas da Gente
Que por gosto de milhões,
Vendem, imagem presente.

Relatos da vida amorosa,

Agora em nova paixão,

Numa existência cor de rosa 

Com desabafos do coração.

Verdade hoje, mentira amanhã.

Ídolos assentes em barro

Numa corrida plena de afã.

"Ai fama, se te agarro ..."!

PORQUE É DOMINGO

Volteiam junto aos beirais,
Em confronto com pardais,
As diligentes andorinhas.
Mais salientes no porte,
Gaivotas gritam má sorte.
Falta o peixe, coitadinhas!

Uma "sinfoneta" da vida

Nesta manhã, adormecida

E o calor se faz anunciar.

Domingo, irei permanecer

Num bem calmo lazer.

Hoje, nem sequer irei ao mar.

QUADRA DO DIA

ESTANDO EM FÉRIAS
NÃO LEIO OS JORNAIS
NADA SEI DAS LÉRIAS
DOS MESMOS QUE TAIS.

QUADRA DO DIA

Com o calor que hoje faz
A Musa fez-me uma nega.
Inspirar-me, não é capaz
E eu fico-me, na sossega!

CANHÕES DE ÁGUA

Quando os vejo, impotentes
com uma simples mangueira,
sinto pena das bravas gentes
a combater uma mata inteira.

E logo ali, mesmo na estrada?!

Será que é de todo impossível

utilizar, a máquina preparada

contra o motim? Será crível?

Cada cabeça cada sentença.

A minha é isto, o que pensa!

QUADRA DO DIA

Crédito Malparado?
Mudem esses conceitos.
Roubo bem preparado
Por conhecidos sujeitos.

MUDEM-LHE O NOME

Alguém inventou," Crédito Malparado".
Para mim, o caso estará mal contado.
Acho que toda a verdade, só assenta
Num conceito bem mais divergente.
Pois, que dele se fique ... ciente!
E de tudo e muito, que se lamenta.

"Crédito Bem Roubado"!

Esse sim, como deve ser declarado

E atribuído a ardilosos mafiosos

Que nunca o mal irão assumir.

A Justiça, andará longe de punir,

Tais são, os esquemas ardilosos.

QUADRA DO DIA

Sou um altruísta pensador
A quem não levam a sério
Fosse eu, um senhor doutor,
Todos ouviriam, o Silvério-

NESTE MAR TÃO NOSSO

Veleiro branco, no infinito além
em destaque, entre o céu e o mar.
Consigo levará, decerto alguém,
deliciado em suave navegar ...

Na praia, aquele idoso pescador,

contemplativo também o viu

e suspirando, sentida uma dor,

descobriu o que é, estar vazio.

Por não ir ao mar, como já foi

em busca do alimento, no passado

e nessa dor que tanto lhe dói,

ver o velho barco, assim varado ...

As gaivotas, sofrendo igual fado,

sentem que o peixe lhe foi roubado!

FÁBULA DO COELHINHO SABICHÃO

Ao tempo, (quando os animais falavam)
um coelhinho muito ressabiado,
exibia um enorme contentamento
ao prever a vinda do mau Diabo.

Na enorme coelheira

onde vivia,

à sua lúcida profecia,

toda a coelhada, aplaudia!

E não é que ele acertou?

O Diabo por aí andou,

à solta, cuspindo fogo?!

Impante, cheio de zelo,

o coelhinho adivinho,

julgando salvar o pelo,

ria para si, sozinho ...

Mas caiu num logro!

Entretanto, o vento mudou

e o pobre coelhinho ... chamuscou!

QUADRA DO DIA

Uma mulher tatuada
Ou de cigarro na mão
A mim não me diz nada
Nem merece atenção.

SOU UM "LEÂO"

Firme, no meu posto,
Saúdo o mês d'Agosto
Como o da nascença.
Nasci pois, em dia quente
Para ir vivendo contente,
Na Graça que Deus dispensa.

PRIMEIRO DE AGOSTO

A sábia voz do povo

Lá terá a sua razão.

O dito já não é novo

E comprova um senão:

No primeiro d'Agosto,

Já se inicia o Inverno,

O que no pressuposto

Transforma, Céu em Inferno.

Mas esqueçamos tal desgosto

Vivendo a vidinha com gosto!

FOGO MALDITO

O "lume" galgou o rio
que suavemente desliza
e foi acender um pavio
na outra margem, em Nisa.

SARNADINHA DE LUTO

Quando estiver de abalada,
chegada a inevitável hora
da partida sempre marcada,
lá me irei, deixando em penhora,
a saudosa recordação
do que foi a minha Aldeia.
Sentirei, apertado o coração,
vendo-a agora, triste e feia.
Devastada por mão criminosa
que lhe deu cabo da singeleza,
ela que foi pobre mas airosa
e vive, cheia de tristeza.
Não a verei já como era
pois estou em fim de vida
e nem a radiosa Primavera
lhe devolverá, a beleza ardida!

Assim, quando eu partir,

irei bem triste e a carpir ...