QUADRA DO DIA

Passaste na minha rua
E nem à porta bateste
Que má atitude a tua
E tanto o que perdeste.

AMARGOS DE BOCA

Fruta madura, apodrece
Se antes não for colhida
Todo tem o que merece
Quem desperdiça, na vida.

HARMONIA

Aliar sublimes acordes musicais
À divina palavra da Poesia,
Faz-nos pensar, em nada mais.
Já encontrámos, a harmonia!

DESABAFO

Poderei ser controverso
Pelo que escrevo em verso,
De forma crítica, informal.
Mas tudo o que digo e faço
É, apenas, simples desabafo,
De criticar, qualquer mal.

FOI ONTEM

O Dia Mundial da Dança.
O meu convite, foi feito:
Dê ao pé, se não se cansa.
A mim, falta-me o jeito!

BENDITAS CRIATURAS

Diz-me como te apresentas
E dir-te-ei, quem és.
Alindar-te, nem tentas
E tanto gostas de burriés.

UM TAL, LIMA

Foi expulso,

Por indecência e má figura,

Notícia avulso

Sobre tal criatura.

A vergonha do Partido

Que limpa a face.

Ver-se assim, "corrido",

Não é mal que se disfarce.

CONCURSO DE ADMISSÃO

Ser simples Guarda Florestal
Não será tão fácil, afinal.
As exigências na admissão,
Ultrapassam o imaginável.
Quem redigiu o texto, admirável,
Estaria, em péssimo dia não?!

Não se trata de qualquer batota.
Apenas, uma hilariante anedota!

QUADRA DO DIA

Isto por cá, não vai bem.
No cravo ou na ferradura,
O que queremos não vem.
Muito sofres, ó criatura!"

INCÊNDIO DE PEDRÓGÃO

Está em fase de instrução,

O Processo de Pedrógão.

São vários os arguidos.

Curiosamente, está ausente,

O Estado, dado inocente.

Há sempre, os protegidos!

TO BE OR NOT TO BE

Será que começou a novela,
"Maus Políticos na Prisão"?
Acabou mesmo, a boa-vai-ela,
Deixará de haver, corrupção?

Um, pediu para se entregar
De forma muito discreta,
Esse, que é dos tais a pagar
O que fez de forma directa.

Por sentir-se envergonhado,
Perante a nossa sociedade?
Mas, quando foi deputado
Faltou-lhe, a nobel seriedade!

De Caxias para Carregueira,
Cabe uma vergonha, inteira!

CANTOR DE CHUVEIRO

Passo os dias a cantar
Mesmo cantando mal
Não o faço para agradar
Dou apenas um sinal

Ao facto de estar vivo
E como que, agradecido.
De preconceitos, despido,
Feliz, por ser reconhecido.

QUADRA DO DIA

Bendigo o sol deste dia
No mês, já em seu final,
A provocar tanta alegria!
É, o "Abril em Portugal"!

RAIO X

Estas dores nos rins
São mesmo ruins …
E o grande cansaço
Em tudo o que faço?
Não basta ouvir mal
E ver pouco, por igual.
A tudo tento e resisto
Quero ficar bem-visto.
Sofro se está calor,
Do frio tenho pavor.
Uma benesse, porém:
Durmo, muito e bem.

Este é o Raio X
Que a mim, fiz
Para concluir,
Mesmo a sorrir:
A velhice,
é uma chatice!

QUADRA DO DIA

Senhora que entra ou sai
Sem nos dar a "salvação"
É a timidez que a retrai
Ou terá um mau coração?

POR VEZES PENSO ...

Quanto vale a Poesia
Se ela não mata a fome?
Esqueçam esta heresia.
Tal parecer, não se tome.

Alimenta-nos a alma
E isso não será pouco.
Muitas vezes me acalma
E esqueço que sou mouco!

Ouço mal, vejo pior,
Defeitos da longevidade
E sendo um poeta menor,
Até já perdi, a vaidade!

NÃO HÁ PAI ...

"Não há pai" para o Governo
Na sua arte de bem nomear
Muito além do bom termo,
Família sempre a aumentar.

3.282, as suas nomeações.
É só fazer, as comparações.

QUADRA DO DIA

45 anos não chegaram
Para encontrar rumo certo.
Muitas promessas falharam.
Continuamos, num deserto.

SIM OU NÃO?

Não sentirão vergonha,
Senhores de certos Partidos
Vendo a forma bisonha
De certos actos cometidos
Por seus iguais companheiros?
Esses, os tais fulanos, ladrões
Que abocanham dinheiros
E não moram nas prisões?...

ATÉ NISSO A DIFERENÇA

Na escala da gatunagem
Há sempre a boa vantagem
De ter o colarinho branco.
Poderá escolher a prisão
Da sua exigida reclusão.
E terá cadeira, não banco!

ALTERAÇÕES AO IMI

O que os senhores inventam ...
Só para nos ir à carteira!
São os pobres que lamentam.
Para os ricos, há outra maneira.
Porque o têm lhes sobra
Para alimentar a "porca"
Desta política de má obra,
Feita por gente, "minorca"!

DÁ-ME RISO

Preso, com estatuto de excelência,
Escolhe a cadeia da sua preferência.
Já um ladrão, da classe, dita vulgar,
Não poderá nem deve escolher.
Será, no calabouço, que houver…
E sem direito a escolha, irá ficar.

REFLEXÃO

Para alguns, foi revolução
Outros, golpe de Estado.
No mudar da situação,
O país, ficou melhorado.

Bem melhor, diz a maioria.
Porém, os saudosistas,
Insurgem-se com revelia,
Mantendo, pontos de vistas.

Ambas as partes com razão.
O resto são vãs cantigas.
Não há bela sem senão,
Já diziam, pessoas antigas.

ALARMANTE

As notícias são alarmantes:
Portugueses mortos em Angola.
Nunca houvera antes,
Tantos, acima da bitola.

Será, ódio racial,
Desenterrado na hora?
E quem curará o mal,
E se tarda pela demora?

Os cuidados serão poucos
Para evitar mais desgraça,
Neste mundo tão louco
Que, nem sequer as disfarça

45 ANOS DEPOIS

Regressam ao conhecimento
Certos episódios engraçados
Que marcaram um momento
Da "Revolução dos Cravos".
Diz-se, ter feito uma paragem,
A tal coluna, vinda de Santarém
Em triunfal e guerreira viagem,
Porque soube cumprir e bem,
O respeito a um sinal vermelho.
Militares assim, conscientes
Ao código e seu evangelho,
E para mais, serem uns valentes?!

Verdade ou mentira,
Haja quem duvide ou afira.

QUADRA DO DIA

Simbólicos cravos ao peito
Com banda da GNR a tocar,
Assim, o cenário perfeito,
Num Abril, por completar!

ABRIL DE 1974

45 anos são volvidos,
A dar fim a uma Ditadura.
Será que foram cumpridos
Os alívios à desventura?
Seguramente, direi, não!
Passado já, tanto tempo,
Após prolongada sujeição,
Ainda existe o lamento.
Na pequenez deste espaço,
Honremos, os briosos rapazes.
É o apelo que vos faço
E disso, sejamos todos, capazes!
À Liberdade então conquistada,
Une-se agora, a maldade surda
Da corrupção, não superada,
A desses "porcos na sua furda"!
Enquanto tal maldade durar,
Por muito que se queira,
Não poderemos comemorar
Este dia, da melhor maneira.

Meditai, governantes.
Não queirais, ser semelhantes! ...

QUADRA DO DIA

"A Europa é para todos"
Dizem, os propagandistas.
Mas para uns, bons bodos
A outros, apenas as vistas.

CELEBRAR ABRIL

Amanhã e de novo,
Cumpre-se a vontade do povo
Que naquele distante Abril,
Quis viver, uma nova vida,
Em liberdade bem concebida,
Ao sabor do calor primaveril.
Irão recordar-se mil imagens
Dos actos de corajosa valentia
Que militares, nossos irmãos,
Sublimaram, em tão belo dia!
Uma delas, reservo, sem entravo
Das restantes. É a do cravo
Que aquela criança, sorridente,
Coloca na boca da espingarda,
Dando aso, à "marca registada",
"REVOLUÇÃO RESPLANDECENTE"!
Como protector de boca da arma,
Estabeleceu um nascido "karma":
"Nunca mais, tiros disparará,
Esta Espingarda G-3,
Contra o desejo do Povo Português
E a Ditadura, jamais, voltará"!

Colocados no prato da balança,
O Bem e o Mal, apurados no dia,
Em seu fiel, pende a Esperança
De ser alcançada, plena Democracia,
O que ainda não acontece
E o nosso Povo, tanto a merece!

QUADRA DO DIA

Ajuda o próximo, dependente
E ele, decerto, agradecerá.
Um dia, se estiveres carente,
A mesma atitude, alguém tomará.

RECONHECIMENTO

Quando vejo um pobre esmolando
Ou deficiente, combalido, tropeçando
No seu andar arrastado e defeituoso
Eu, Te agradeço a generosa atitude
De me Concederes em plenitude,
A boa vida de um ser, até ocioso.

Ao olhar, um pobre invisual,
Resignado ao seu grande mal
De não contemplar a Natureza,
Sinto a Tua Enorme Bondade
Que me dá, toda esta validade
Do ser escorreito, na certeza.

É pois, quando me sinto natural,
Na conceito de que sou normal
Que reservo, a minha gratidão
À Tua Graça, assim merecida,
Abençoando, esta minha vida,
A qual agradeço, como Cristão

SER UM CUIDADOR

Para mim, ser cuidador
É um claro sinal d'amor.
Uma renúncia à vida
Para se dedicar a alguém.
Conhecer a palavra BEM
Na forma de ser entendida.

Merecem pois, ser apoiados
Quem dedica tais cuidados.

HIPOCRÍSIA?

"Afivelar" um sorriso
Como imagem de marca
Não trará, o prejuízo
Mas a fantasia é farta!

Vejo por aí exemplos,
A todos os momentos.

BANHOS DE SANGUE

Matam estes, porque Muçulmanos
E aqueles outros, sendo Cristãos,
Os miseráveis serem humanos,
Com sangue vivo, entre as mãos.

E a "praga" alastra
De forma nefasta!

UM MAL DA ÉPOCA

Parece estar na moda
Ser "fufa" ou "gay".
Crescem sem poda
Até onde, eu não sei!

QUADRA DO DIA

Com grande pena minha
Até o estar vivo me cansa
Nem sequer, uma perninha,
Para poder entrar na dança!

A CITADA PESTE

Eu, serei um dos tais,
Da peste grisalha.
Aqueles que arrasais.
Traste, Deus te valha!
Pouco ou nada vales,
Tens soberba de sobra.
Para aumento dos males
Nunca farás, boa obra.
Vives do engano e inventas.
E para tua informação,
Com um sopapo nas ventas,
Talvez mudasses, d'opinião!

SONDAGENS

Com a vida às avessas
A geringonça, perdeu peças.
Compromete, a rosa socialista.
Os desaires mais recentes,
Fizeram pensar as gentes
E já há, quem lhe resista.

CERTO E SABIDO

Vivemos sob um jogo antigo.
O, "tira, deixa, rapa, põe"1
Mas sempre com igual castigo,
Do que nos tiram, nada se repõe!

Baixam os passes sociais
E aumentam a gasolina,
Também o gasóleo, por demais
E assim, a balança, desafina.

No constante, deve/haver,
O pobre do "Zé português"
Ficará sempre a perder.
Deixem-se, desses porquês!

QUADRA DO DIA

Na Páscoa, com alegria,
Toda a família se reúne.
E, depois, passado o dia,
Voltaremos ao azedume?

A MINHA ORAÇÃO

Senhor, guia os meus passos
Que sejam firmes, não relapsos,
Seguindo sempre, bom caminho.
Peço-te, vem comigo
Para não cair no castigo,
Só porque estarei sozinho.

Faz de mim, o homem justo
Que perdoa a qualquer custo,
O mal causado por outrem.
Tolerante, simples e passivo,
Sem arrogância, a pedir castigo
E a todos, só desejar, o BEM!

Neste Domingo Pascal,
Expurga de mim, o mal!

QUADRA DO DIA

É sábado de Aleluia
Jesus Cristo ressuscitou
De novo sente alegria
Cristão que então chorou.

ASSIM E ASSADO

Há Presidentes assim
E outros, assado.
Os que levam até ao fim
Um desígnio elevado
E aqueles, preguiçosos,
Género, "espera, já lá vai"
Mas que ficam, ociosos,
No seu gozo, em Dubai

… e não chegam à Madeira!

QUADRA DO DIA

Hoje, Sexta-Feira Santa
Por respeito ao momento
Não se brinca nem canta
Guarda-se, recolhimento.

QUADRA DO DIA

Na Páscoa da Ressurreição
Louvamos, Cristo Redentor
Que no vasto Mundo Cristão,
Nos uniu, com o seu Amor.

NOTÍCIAS DE HOJE

São, deveras alarmantes
Nas páginas dos jornais.
Uma greve sem atenuantes
Causou danos, por demais!

Foi, um voltar ao passado,
Bem triste e para esquecer.
Nada está ainda ultrapassado
E continuaremos, a sofrer?

ACONTECEU ...

Um pequeno Sindicato
Conseguir parar o país?
O facto, além de caricato
Indicia, estar podre a raiz
Deste rincão bem viçoso,
Onde o verde da esperança
Murcha ao pequeno sinal
De que a desejada bonança
É caso, meramente trivial.
Para quando a harmonia
De uma vida saudável,
A definir a Democracia
De forma justa, razoável?!

CRÂNIOS MAL PENSANTES

Mais um declarado "aborto".
Na greve agora terminada,
Só abasteceram, Lisboa e Porto.
Todo o resto, "terra ignorada"!

HÁ AMIGOS ASSIM

Amigo, daqueles bem bons,
Diz-me, és o "Homem-palavra".
Pois, caso tenha, um desses dons,
A frase, aqui fica registada!

Ao Nuno Marçal,
Uma Feliz Quadra Pascal!

MÁ ESCOLHA

Acidente trágico na Madeira.
E numa imagem, presente,
Marcelo, à sua boa maneira,
Em fotografia, tão sorridente…

Saibam bem programar
Antes de "atirar para o ar".
Façam escolhas adequadas
E nunca, dessas "borradas"!

É a Tevê
e aquilo que se vê!

PRETO NO BRANCO

Qualquer que seja a greve
Sempre deixará prejuízos.
Quem ler o que se escreve,
Tome em atenção, os avisos.

NOTRE-DAME

Terão sido já calculados
Mil milhões para reconstrução.
Quantos, os pobres esfomeados
Com a mesma boa intenção?

É VERDADE

Melhor que terminar a greve
É melhor que não aconteça
Pois quando ela prescreve
Ficaram os males da doença.

A RAZÃO COMPROMETIDA

Uma greve se for declarada
Melhor fora ter sido tratada
Para não existir, execução.
Os prejuízos, são tantos,
Associados aos desencantos
Que comprometem, a razão!

A PERGUNTA

Terminada a greve
O prejuízo, a quem se deve?

IMPENSÁVEL

Como tal será possível
Haver falta de combustível?
Ouçam, o apelo que faço:
Isto não pode ter lugar,
Ver assim, o país a derrapar.
Por favor, acertem o passo!

ESTUPIDEZ PONTUAL

Um "grandecíssimo" beijinho
Para ser maior a parvalheira.
E educar este nosso povinho,
Emendando, a vossa asneira?

VALOR ACRESCENTADO

Quando vos vejo nas tevês
A vender a "banha da cobra"
Penso, não acabam de vez,
Com a vergonha que sobra?

PARA MEDITAR

Melhor que uma greve terminada
Só aquela que não for iniciada.
Toda e qualquer, terá seus custos
Que todos nós, suportaremos.
Um diálogo prévio, com termos,
Evitará os muitos danos e sustos.

QUADRA DO DIA

Ah! Com a crise energética
Apelaram, aos militares ...
Com força, nessa dialéctica,
Só nos lembram, nos azares!

CONTINUO A BATER O PÉ

Para além de ser um mito,
A Barragem do Alvito
Deveria ser construída.
É tanto, o desperdício
Que até parece vício,
Ver dinheiro, "ir à vida"!

Convenhamos. Façam contas
E somem, nas cabeças tontas,
O que por ali, já se gastou:
Estudos, expropriações e obra.
Tudo junto, haverá, de sobra,
O tanto, que se desperdiçou!

E digam, mas para quê afinal?
Foram milhões deitados fora!
Não haverá, juízo em Portugal
Ou o bom senso, nem cá mora?!

Tantos, os que dizem, SIM
E não há, começo e fim?
Se estão a alinhar no Bloco,
Ou a faltar-vos o interesse,
É porque não sentem a benesse.
Só de tal pensar, eu sufoco!

Um Interior tão ignorado,
Merece, o nosso recado:
"Metam a viola no saco,
de conversa estamos cheios"!
Deixem os interesses alheios
E resolvam, "este buraco"!

A bem de todos os Beirões
Que exigem … compensações!

AFIRMAÇÃO DE ALTO RISCO

"Não vai faltar água"!
Disse, o senhor do Ambiente.
Espero não sentir a mágoa,
De constactar que nos mente!

TOLINHOS

José Socrates, incontactável.
Senhor carteiro, de modo amável,
Diga-me: por acaso está em greve?
O que lhe impede, entregar a carta?
Isto é de riso e à farta!
Por isso, é que tudo prescreve!

CENÁRIO NEGRO

Russos a roubar-nos segredos,
Os combustíveis em falta,
Juízes, tão mudos e quedos
A não punir, essa tal malta …

Parece, uma boa-vai-ela
E se não meterem travão,
Uma hipotética Venezuela
Poderá deixar de ter pão …

Lamento a falta de senso.
O panorama, está tenso.

O CASO DO DIA

TRANSPORTES EM RISCO

Aproveitar as férias Pascais

E abastecer o carro em Espanha

Não será, nada de mais

Mas a vergonha, é tamanha!

As bombas estão a fechar,

Falta o gasóleo e a gasolina,

Onde iremos nós parar

Se a "orquestra" desafina?

Que mais faltará acontecer?

Em breve, o iremos saber!

Mas nesta grande confusão

Lanço aqui, a minha sugestão:

Primeiro, o prejuízo

E depois a solução?

Ganhem todos juízo,

Invertendo a equação!

GRANDE CONFUSÃO

Uma crise energética,

A gerar, autêntico caos.

Tirando a parte piadética

É mais um, dos lados maus.

AZIA

Um país em "pé de guerra"

Onde se grita e vocifera

Porque faltam combustíveis,

Faz lembrar, tempos passados,

Quando os nativos, coitados,

Viveram, cenas impossíveis!

É o lado da azia

A molestar, a Democracia

A PERGUNTA:

Ficando sem combustível,

A geringonça não rolará...

Neste país do impossível,

Que outro mal nos virá!

UM CAOS?

Matérias inflamáveis, em greve

Fazem parar, parte da rodovia.

Só a verborreia não prescreve

E continua, na ordem do dia!

Tudo bonito, no papel

Ou na palavra depurada

Mas na política de cordel

Uma e outra, não valem nada!

Temos assim, o país parado

E veremos, qual o final.

Já não nos bastava, mau grado,

O que tínhamos de mal!

QUADRA DO DIA

Que se registe à posteridade,
O "filósofo", por deposição,
Dei início à salubridade.
Só não acabou, a corrupção.

SORVEDOURO SEM FIM À VISTA?

Um "caldinho salgado",
À partida, mal cozinhado,
Dá-nos, amargos de boca.
Esse tal, de nome Ricardo,
Quando for, bem condenado,
A pena, será sempre pouca.

Destruiu milhares de vidas
Com as suas manhas sabidas
E não sendo o suficiente,
A retoma do seu mau banco,
Feita à moda do tamanco,
Compromete, gente inocente.

A pagar, brutal asneira,
E o "artista", gozando à maneira!

UM DEDO NA FERIDA

Meu Deus, quanta maldade!
Anda perdida a Humanidade?
Crianças morrendo de fome,
Tendo uma vida para viver,
E acabando assim, por morrer
Sem uma atitude que se tome?

Já, a outras causas menores,
Se dedicam, os tais senhores
Com dádivas de elevado padrão,
Ficando assim, bem retratados,
Mas esquecendo, os coitados
Que definham, por falta de pão?!

Notre-Dame, será um exemplo,
Ao reconstruir-se, esse templo.

A MEU VER

Para melhores compreensões,
Não fora ano de duas eleições,
Inverteria, as vossas prioridades.
A carroça, só após os bois.
Nunca antes, e só depois,
Os passes, como novidades.

FALHAS

Ter uma memória privilegiada,
É agora, garantia ultrapassada.
Tudo se perde com a idade.
Vou sentindo algumas falhas
E refilo, quando me ralhas,
Por ter perdido … qualidade!

CASA MUSEU

Minha casa, é um "bazar",
Onde tudo tem lugar,
Desde tempos passados.
Fotos, coisas, manuscritos …
Com todos os requisitos,
Os tenho, bem guardados.

A VERDADE E A MENTIRA

Vivo numa ansiedade
À procura da Verdade
Que não descortinei.
Mas é certo, se afira,
A condenada Mentira,
Bem cedo, a encontrei.

QUADRA DO DIA

Eu, nem posso admitir,
E não me chame, Silvério,
Ouvir políticos a mentir
E serem levados a sério.

IR BUSCAR LÃ ...

As nomeações familiares
Poderão trazer alguns azares?
A opinião assim o indica.
Quem muito quer, algo perde
E quando a esperteza não serve …
O povo, muito esperto, critica!

FICO NA DÚVIDA

Vi, na nossa Televisão,
A Secretária da Defesa.
Ficou-me, uma impressão:
Boa escolha, na certeza?!

Sempre achei, que para o lugar,
Melhor seria, um militar ...

TATUAGENS

Não se proíbem
Antes se promovem
E assim, "negridem",
A camada jovem.

(IN)SEGURANÇA SOCIAL

O Estado é incumpridor,
Não paga juros, em favor
De quem, por si, é ignorado.
Pode ser, caloteiro ou tardio
Mas as leis, com certo bafio
Dão-lhe o direito, desejado.

QUADRA DO DIA

Hoje, houve caminhada,
Aqui, na nossa Freguesia.
Pena que fosse molhada,
E causar, alguma arrelia!

CAMINHADA DA SERUL

Os "Unidos de Leceia",
Tiveram hoje, a boa ideia
De uma salutar caminhada.
O São Pedro, não ajudou,
A todos, bem os molhou…
Valeu depois, a feijoada!

Bom almoço de convívio
Para "encher", dando alívio,
Após esforço, desenvolvido.
Parabéns, à Coletividade
Por tal viver, em sociedade.
O objectivo, foi conseguido.

QUADRA DO DIA

Quem canta, o mal espanta
Diz o povo, com razão
Mas rezar, a uma santa
Vale tanto como sermão.

A FRASE

... e desde aí, o tal Berardo,
passou a ser um fardo!

METÁFORA

Um rio de fraco caudal
De repente, por bem ou mal,
Começou a encher o leito.
Por méritos reconhecidos?
Não! Factos conhecidos,

De laços familiares,
A originar, alguns azares!

QUADRA DO DIA

Pensemos viver a vida
Um dia de cada vez,
Para levar de vencida,
Este fadário, Português!

UM "CHICO-ESPERTO"

A notícia que deu brado:
Tentam recuperar do Berardo,
Dívidas de muitos milhões!
Três bancos em longa espera
E quem aguarda, desespera…
Tentando sanar, más ilações!

SIMPLES

Cá para mim, quando farto,
Deixo, na borda do prato
O que não quero comer.
A certos itens da Televisão,
Tão falhos de intenção,
Não ligo. Deixo de os ver!

SEMPRE ELA!

De tanto mostrar a "cremalheira",
A "estrela" que tanto brilha
Na sua divertida maneira,
Convida-me, a esta sextilha:

Muito riso
Pouco siso.
Será natural?
Marca registada,
Ou original?

ESQUEMA?

Notícias tristemente arrasadoras,
Indicam, como se processam penhoras.
A troco de informações convenientes.
O Fisco, a servir a famosa Caixa,
Com indicações, de "gente baixa"
Identificando, os incautos clientes.

Depois o "sacar" …
Com eles, a amealhar!

A CÉSAR O QUE É SEU

"Presidente dos Socialistas Portugueses
bate todos os recordes de compadrio"
Notícia espanhola, de modos soezes,
A tirar ao Governo, parte do seu brio.

QUADRA DO DIA

No seio da nossa governação
Há os "nabos" e os "repolhos",
Aqueles que, por má razão,
Se multiplicaram, aos molhos!

PRÉMIO DE COBRANÇA

Dar prémio aos cobradores
Uma prática das Finanças.
Como se fizessem favores
De nos tirarem, esperanças!

NINGUÉM LHE ASSISTE

É deprimente, ver e ouvir
O "maior" das Nações Unidas,
Com seu modo brando, exigir
Que se tomem boas medidas…

Da exigência, ao acatamento,
há um enorme, incumprimento.

Lamento!

A MEU VER

À custa do imenso olival,
Dar cabo do Alentejo?
Não combater, esse mal,
É crime. Tal o antevejo!

HÁBITOS QUE SE PERDERAM

No meu tempo de criança,
Apesar da fraca abastança
Sabia que poderia contar
Com as amêndoas tradicionais
Oferecidas, em gestos pontuais
Por algum, amável familiar.

Perdeu-se, o hábito Pascoal.
Que ninguém me leve a mal
Mas o mundo, nas mudanças,
Criou um vazio insuportável
E deixou de ser tão amável,
Principalmente, para crianças.

A essas crianças, a esses petizes
Eu desejo, "Páscoas Felizes"!
E que as amêndoas … reais,
Fiquem a cargo, dos seus pais!

REINADOS ...

"A Rainha das Manhãs
da Televisão Portuguesa"
Tão admirada por seus fãs,
Até onde irá, na "realeza"?

Com tanta ousadia a surgir…
só lhe faltará … vê-la, despir!...

OPINIÃO PESSOAL

Ter que mudar uma lei
Por falta de pudores maldosos
Revela, aquilo que bem sei:
"Sois, cambada de manhosos"!

"BICA CHEIA"

Sou possuidor de vozeirão.
Tal afirmo, sem contestação.
Mesmo assim, não me escutam,
A quem peço, uma "bica cheia".
Normalmente, vem só meia.
O pedido, bem mal o executam!

REPRIMENTA

Tenho o hábito, salutar
De à chegada, cumprimentar.
Bom dia ou boa tarde.
Fico sempre, sem resposta.
A assembleia, mal disposta,
Sem educação, não faz alarde.

QUADRA DO DIA

O Governo cumpriu a promessa
Ao diminuir a taxa do desemprego.
Porque, a boa verdade é essa,
Deu à família, um bom conchego!

TÃO PEQUENINO ...

Este "Portugal dos Pequeninos"
Sempre com os mesmos meninos
E as mesmas meninas, também,
Não se atrasa nem se adianta.
Por vezes, até me espanta,
Quando dizem, estar bem.

Talvez o mal seja só meu,
Quem, de melhor modo, o conheceu.

ELEIÇÃO À VISTA

Ó Coordenadora Catarina!
Que linda menina
E tão abençoada!
A EDP, a ressarcir?
Não me faça rir,
Com essa jogada!...

QUADRA DO DIA

Dizem, que "parar é morrer".
Não quero morrer, parado.
Prefiro andar a correr,
Ainda que fique, cansado.

ESTE RIO DE NOME TEJO

Ainda hoje me lembro
De o ver, sempre correndo,
Vindo de Espanha, a origem.
Seu destino, sempre o mar.
Era um rio de sorte e azar,
Na sua desordenada vertigem.

Consigo, trazia e levava,
Nas enxurradas e na levada.
Da fronteira, não bons casamentos,
Já o diziam os mais antigos.
As cheias, eram só de castigos,
Próprios de Invernos e tormentos.

Por vezes, uns bons abonos,
Aos pescadores, os seus donos,
Dando o peixe, com fartura.
Em tempos idos, foi "estrada"
E por ela lá se encaminhava,
A produção da nossa agricultura.

Enormes barcaças de fundo raso,
A levar o azeite, a cortiça, ao acaso,
Até às distantes zonas ribeirinhas.
Era um trabalho de escravaturas!
Na força de braço, das criaturas,
Deslizava a barca, semanas inteirinhas …

Claro que não havia as barragens,
A impedir-lhe as passagens.
Nem mesmo ainda, o "pouca-terra",
Se ouvia por ali a "resfolear",
Como hoje, que o ouvimos a apitar,
À saída do túnel, daquela serra …

Assim era, antigamente.
Agora, é tudo bem diferente!

QUADRA DO DIA

É Domingo dia de missa
E hoje, estando em Abril,
Fiquei na cama, com preguiça,
Abrigado, das águas mil.

A FRASE

EDP - Beneficiada em cerca de 900 milhões.
Assim se protegem, os burlões!

FOGO POSTO

Há indícios a admitir
Que incêndios criminosos,
Obriguem a ter de sair,
Inquilinos já muito idosos.

O Alojamento Local,
É agora, negócio em Portugal!

VERGONHAS

Quando a ética é insuficiente
Há que sujeitar essa má gente
A leis próprias, para cumprir.
Só assim, ou mesmo à "cacetada"
A malandragem, mal comportada,
Obedecerá, sem sequer fugir.

O espectáculo a que se assiste,
É vergonhoso, ridículo e triste!

E.D.P. - O MAL QUE SE VÊ

Foi favorecida por vários governos.
Para quando alterar os maus termos
Que permitam melhorar as facturas?
Se o problema é bem conhecido,
Vai sendo tempo de ver reduzido,
O encargo, tantas são as criaturas!

DESGOVERNADOS

Enquanto "eles" se governam,
Seus súbditos, esses enfermam
Na sustentação dos "maiorais".
É tempo de acabar tal servidão,
Semelhante a uma escravidão
Que nos oprime, cada vez mais.

O "DESENTERRADO"

A múmia sai do sarcófago
Para debitar más profecias,
Que, o meu sensível esófago
Repudia, cheio de azias.

PROVA DE VIDA

Vou recordando um Passado
Vivendo bem o Presente
Mas um tanto preocupado
Bom Futuro, mal se pressente.

QUADRA DO DIA

Meu amado Portugal,
Tanto, que tens para dar
E por nosso grande mal,
Não te sabem governar!

VIVER COM AMOR

Aceitem-me, tal como sou.
Pequenino, todo me dou,
A quem me quiser aceitar.
Por vezes, serei controverso,
Dizendo o que sinto no verso,
Não deixando de criticar.

Mas sempre no bom sentido.
Porque, no muito já vivido,
Nunca me ganharam rancor.
Digo o que penso sem reservas.
Separo as boas das más ervas,
Tentando viver a vida, com Amor!

AFINAL, HÁ DINHEIRO

Com espírito de má-fé
Vos pergunto: como é?
Havendo falta de dinheiro,
Aumentar assim, o Juiz?
Contrariando o que se diz?!
Afinal, temos um mealheiro! …

E por aumentar essa classe
Não haverá por aí, um disfarce?
Esperar deles, contrapartidas
Em casos que envolvam o Estado,
Sendo o veredicto, adocicado…
Existirão, "maroscas" escondidas?

PRETO NO BRANCO

O Governo foi acusado
De roubar os professores.
E, por acaso, será condenado?
Esclareçam, meus senhores.

A árvore genealógica
Da família socialista
Está numa fase tóxica.
Oxalá, se cuide e resista.

O compadrio está declarado
E prolifera, por contágio.
O mal, não sendo curado
Dará lugar ao tal adágio ...

QUADRA DO DIA

As falhas de memória
Que atacam ex-governantes
Ficarão na nossa História,
Por cenas, pouco brilhantes.

JOVENS DA MARATONA

Sinto-me a atrapalhar,
Com a baixa velocidade,
Os que querem chegar
À meta da sua vontade.

É o peso dos anos
A causar-me embaraço
E a prova destes danos
Está no meu cansaço.

Assim, peço perdões
Se vos causar desvios
Às legítimas ambições
Ou ocasionais, desvarios.

Desculpai-me por ser idoso.
Tenham, um gesto caridoso ...

A PERGUNTA

"JOBS FOR THE FAMILY?

DIZERES PRIMORDIAIS

"Ninguém é nomeado
em função da família"

Da frase, até se gosta.
Representa, a seriedade.
Mas em jeito de resposta,
Estaria falando verdade?

UM SUSTO

Metem medo a valer
As fotos desse "Dragão"
Seja a ganhar ou a perder,
Até faz doer, um coração!

A SABER ...

Bem tentam aliviar a carga
Das burrices que criaram
Mas aos asnos, da ilharga,
Os actos não se perdoaram!

"FAMILYGATE"

Como uns laços familiares
Podem gerar alguns azares.
Na votação, logo se verá.
Mas convém perguntar:
Andariam todos a sonhar,
Ou apenas, ao "Deus-dará"?

Ninguém os alertou
E a bomba … estoirou!

QUADRA DO DIA

Pontualmente, sem demora
Nunca precisando de espera
Aparece, sempre na sua hora,
A tão abençoada, Primavera!

A PERGUNTA

O que se espera de uma geringonça,
Conduzida por gente sonsa?

FALIDOS DA MEMÓRIA

Como poderá, um nativo,
Ao saber de tal motivo,
Viver feliz no seu rincão?
Responsáveis sem memória,
Protagonistas de má estória
E sustentados pela Nação?

Um Regulador que não regula
Será pílula que se engula?
Governador que mal governou,
E ambos, esquecendo os factos?
Ridículos, inúteis, caricatos!
É o apodo que aos dois, eu dou!

BAIXA NO GOVERNO

Alguém, com vergonha na cara,
Nos políticos, coisa rara,
Abandonou o cargo familiar.
Sentiu-se algo incomodado
Pois foi mal nomeado,
Por parente, amigo de dar!

TROCA-TINTAS

Quem vos consegue entender?
Como deverei compreender,
Tendo criado a pré-reforma
E agora, é dada sem efeito?!
De que forma e de que jeito,
Assim, o "caldo se entorna"?

SABERÃO DE QUEM FALO

"Não há pai p'ra ela"
A vender "banha da cobra"
Poderá ser muito bela
Mas a lata, lhe sobra.

QUADRA DO DIA

Generais do meu país
Sem tropa para comandar
Lutai contra o mal de raiz,
Da pobre Saúde Militar.

NOVOS PASSES SOCIAIS

Uma boa medida,
A dos novos passes sociais.
A oposição, comprometida,
A exigir, sempre mais.
Alguma razão lhes cabe,
Esquecido, o pobre Interior,
Pois a porta não se abre,
A todos, com mesmo favor.

MODERNICES

Hoje, parece ser "fino"
Dizer que sofreu violência
Qualquer ser, feminino
Venerado pela audiência.

A.D.M.

A juntar à Luz Saúde
Agora, o Grupo Mello.
Mas afinal que atitude
Dos Generais, sem zêlo?!

MÁ NOTÍCIA

Com tanta falta de água
O "meu" Tejo causa mágoa.
É que, sabê-lo assim doente,
Me põe doente, também,
Pensando, quem é quem
Que tal "doença" consente?!

Mal dos homens, por certo,
Os de longe e os de perto,
Desde a nascente até à foz.
Não o tratam com rigor
E só esperamos o pior
Pois a seca … somos nós!

Insisto na Barragem do Alvito,
Como sempre, tenho dito.

É tão gravoso o desleixo
Que grassa por aí fora
Que até o próprio Aleixo
Não perdoaria, nesta hora.

Já tivemos falta de água,
Vieram as más consequências
Mas com pena e muita mágoa
O que fazem, as excelências?

NADA! E para nadar,
A água não pode faltar!

QUADRA DO DIA

Dar de mão beijada
E em troca, nem sorriso
Será oferta, mal dada,
Ou falta de … juízo?

DESENGANO

Sarnadinha, a tua gente,

Pobre e mal agradecida,

Cometeu um erro recente

E ficou, comprometida.

Tratar mal, o que é dado,

Não será acção meritória.

Deixo-te ficar o recado:

"Acabou, a minha estória"!

Mas tu, Sarnadinha,

Serás sempre minha!