ANO VELHO

Está na abalada final,
Vergado ao peso dos dias,
Muitos no seu total,
Com pesares e alegrias.

Cada um, falará por si.
Haverá quem o bendiga.
Eu, tal como o vivi,
Esqueci, o mal que castiga.

E dou graças pela presença
Na soma de mais um ano,
Ao transacto da nascença.
A ti, Ano Velho, perdoo o dano.

SER OU NÃO SER

Ser  poeta
é parar e sentir,
que a alma desperta,
ao simples ouvir,
um canto de rouxinol
ou ver, um nascer do Sol ...

DEPOIS DA TEMPESTADE

Depois das várias inundações,
Há que começar as reparações.
"Antes prever do que cuidar",
Prática que a vida ensina
Mas por nossa triste sina,
Não há quem queira pensar ...

Agora, um imenso lago,
Dá-nos a dimensão do estrago.

COMPREENSÃO

Façam-me compreender
Eu por mim, não entendo
Como pode acontecer,
O que está acontecendo:

Ricos que ficam falidos
Mas com choruda reforma?.
Que preceitos, adquiridos
E o "caldo, não entorna"?!

Já ao pobre, coitado,
Mal lhe chega, o ordenado.

... E FOI NATAL

Grato a quem me lembrou
Perdão a quem se esqueceu.
O Mundo inteiro celebrou:
"O Menino Jesus nasceu"!

QUANDO SERÁ?

Se nem com o excedente
Se aumentam ordenados,
A pergunta é pertinente:
"Quando seremos befejados"?

PORTUGAL MERECE?

O Ministro do Ambiente,
sugere mudança das aldeias,
face ao momento presente.
Há pessoas, com boas ideias ...

Pois é mais fácil a mudança
do que procurar a solução.
Nessa base. se a ideia avança,
ouviremos, uma forte ovação:

"Ora até que enfim!
Portugal merece, ministros assim"! ...

É FÁCIL

Quem não sabe, procure saber
De outras pessoas que sabem
E possam, ajudar a fazer,
Onde os "nossos" não cabem ...

Holandeses, por exemplo,
Que aprenda, quem for "jumento"

NATAL ANTIGO

Não troco, o Natal Antigo
Por este mais moderno.
Ele, fazia mais sentido
Nos conceitos do eterno.

Ver o Menino Jesus
Deitado em rústica cama,
A Santidade fazia juz
À luz de fraca chama.

Residia na simplicidade
Toda uma Santa Magia,
Da Família, com humildade,
Jesus, José e Virgem Maria ...

ABUNDÂNCIA

Sobras das Consoadas
Nesta noite de Natal,
Manteriam, saciadas
As "fomes" em Portugal.

CULPA DA "ELSA"?

Um País sem proteção?
Se não é, bem parece.
E nesta triste situação,
É o pobre, quem padece!

Há locais,
onde os casos são pontuais.
Sem solução?
Creio que não!

BILHETE POSTAL

PERDOAREI TODO O MAL
ESQUEÇO QUEM OFENDEU
POIS NO ESPÍRITO DO NATAL
O MENINO JESUS NASCEU.

CALA-TE, BOCA!

Vergonha, caso do momento.
Quem tanto, a criticou,
Esquecido, do seu intento,
Quantas vezes, a usou?!

DIREITO PRÓPRIO

Que seja, um ponto assente:
Não sou pessoa exigente,
Quero apenas, a pertença,
Por direitos adquiridos.
E porque me são devidos,
Sejam pagos, por avença!

DESTRAMBELHADA

O quadrado da hipotenusa
é igual à soma dos catetos.
Uma fórmula que se usa,
na pintura dos tectos.

A FRASE

... com a "depressão" do momento,
já nem se fala, do Orçamento!

À BORDALO

Quem te manda a ti, sapateiro
tocar esse rabecão
sem aprenderes, primeiro,
a necessária lição?

PARECER

Quando um treinador acha justa,
a sua vitória, naquele tal  jogo ...
ganho com "penalti", à custa ...
o Futebol, não passa de logro!

DOÇURAS ...

Porque "Recordar é Viver",
lembro com muito prazer,
os sabores de eleição
do "nosso Natal Beirão":
Rabanadas, sonhos e filhós,
"doçuras" herdadas de avós,
que por estas mesmas alturas,
alegravam, inocentes criaturas.

Meninos que como eu,
tais encantos, nunca esqueceu!

PELA BOCA MORRE O DITO

Foi, um às das vergonhas
Quando estava na Oposição.
Agora, em épocas risonhas,
Já tem outra nova, opinião?!

CENAS BIZARRAS

Quem tem telhados de vidro,
Poderá, vir a ser atingido
Pelo mal-dizer que lançou.
É o caso da tanta "vergonha"
Que de forma tão bisonha
Um ilustre, consporcou.

Insurgir-se contra um mal
Que tinha feito, por igual!

A FRASE

O "excedente" acontece,
O Governo agradece e o Zé, padece!

TRISTE CENÁRIO

Se, nem com excedente,
Conseguem alegrar a gente,
Quando tal, irá acontecer?
"Engordar" o Estado para quê
Se continuamos como se vê,
Campeões, do baixo viver!

Orçamento sem novidades,
além das habituais maldades.

À MODA DE BORDALO

Portugal é um campeão
Da elevada carga fiscal.
O ZÉ, aceita a sujeição,
Paga, e não leva a mal!

NOBRE OEIRAS

Oeiras, bela Marquesa
Com pretenção a Princesa
E, porque não, a Rainha?
Pois se tem , tanta riqueza,
Tal merece, com certeza.
A opinião, é muito minha!

NUA E CRUA

Para compreender terceiros
Há que saber quanto custa.
Quem aufere, bons dinheiros
Nunca terá vida, à justa!

MISÉRIA HUMANA

Abandonar, recém-nascido,
Será crime e é punível.
Quem o faz, fica sobrido.
Digam-me, será possível?

Há tanto, mas tanto a fazer.
A miséria humana cresce
Quem deve, parece nem ver
E o pobre, esse padece!

Tantas as Instituições,
tão escassas, as soluções ...

MÁ NOTÍCIA

O Novo Banco, falido,
Acumulando prejuízos
E o "ZÉ", comprometido
Irá cobrir, os maus juízos?

Paga o Fundo de Resolução
Mas a nós, tiram o quinhão!

NATAL BEIRÃO

Celebrar o Natal Beirão,
Na mais pura tradição,
Impõe, o fritar as filhós,
Assistir à "Missa do Galo"
E sentir todo esse regalo,
Que junta, netos e avós.

Bem assim, toda a Família,
Na Santa Noite da Vigília.

S.E.R.U.L.

De modo tradicional
Um voto à Sociedade:
Tenham, "Feliz Natal",
"Unidos" em Verdade.

Por Leceia!

FORÇAS ARMADAS

A "tropa", ao momento,
carenciada de praças,
causa, natural lamento
e até, provoca graças.
A continuar assim,
poderá chegar o dia,
qm que terá o seu fim,
face a tamanha razia ...
Também, sem surpreza,
ter Coronéis e Generais
em número, de certeza,
superior, aos demais ...

Voltem lá ao "obrigatório",
Acabem com o irrrizório!

NATAL, SEMPRE

Natal, é hoje e agora.
Será sempre, a qualquer hora,
Desde que o Homem queira.
Mas nem todos são iguais,
Os tão festejados Natais,
Como é, o da nossa Beira!

Guarda toda a Santidade
Que manteve da Natividade
Do Menino Jesus Cristo,
Em Presépio de Ternura,
Tão vulgar, naquela altura
E agora, tão pouco visto!

Substituído, com agravo
Pelo Pai Natal, anafado,
Ou a árvore, bem enfeitada.
Nada como já foi antes,
Pois, interesses importantes,
Ditaram, a moda, instalada.

Na Sua Santidade,
Irá manter-se, aquela Natividade ...

AUMENTOS?

Os baixos aumentos propostos,
Deixam os "públicos" indispostos,
Face à tão ridícula escassez.
É de facto, uma vergonha,
A dar ideia, nada risonha,
Deste mal-estar,  português.

Porque "eles", os bafejados
São sempre, bem aumentados
E perguntamos, porque razão?
Têm "mais olhos que barriga"
E o trabalho, sem muita fadiga
Terá de ter, boa compensação?!

Um povo em sacrifício,
a suportar, tanto vício! ...

EM DESTAQUE

As "Grandes Reportagens"
Desvendam, más imagens
Da muita falsidade
Que grassa, por aqui.
Todas, das quantas que vi,
Revelam, a triste verdade.

Situações de saque
e abandono, em destaque.

DESABAFO PESSOAL

Viver a vida, pois sim!
Mas não a queiras assim,
Com essa louca ansiedade
Na procura do mais além.
Alguém, que tudo já tem,
Deixa de ter, necessidade.

Modera-te. Toma juízo.
Já tiveste, o mau aviso!

S.O.S.

Coração, bate baixinho
Sem pressas de chegar.
Pode ser mau, o caminho
Que me faça tropeçar.

CAMINHO FINAL

A morte não me assusta.
Mas sofrer, muito custa.
Então, quando ela chegar
Que me leve de mansinho
Se possível, por caminho,
Onde ninguém esteja a chorar.

A FRASE

QUANTO MENOR, A INSTRUÇÃO,
MAIOR SERÁ A SUJEIÇÃO.

PECADOS

Este cansaço em que vivo,
o tomo como um castigo,
a pagar pelos meus pecados.
Serão poucos, mesmo assim
e quem gostar de mim,
os dará, como perdoados.

OXALÁ, ASSIM SEJA

Amo muito esta vida
e com ela já comprida
quero ir mais além ...
Até onde Deus me levar,
se possível, a rimar,
pelo prazer que isso tem.

ATÉ DÁ RISO

A ministerial excelência
não sabe dizer, até quando,
durará a vigente contingência,
o que nos cobre de espanto!

A quem deveremos perguntar:
Aos serventes da limpeza,
á cozinheira, ao jantar
ou a outra vulgar esperteza?!

A NOBRE OEIRAS

Oeiras, é bela Marquesa
Com pretensões a Princesa
E porque não, a Rainha?
Pois se tem, tanta riqueza,
Tal merece, com certeza!
A opinião, é muito minha.

"NÃO HÁ MAL QUE :::"

Fragilidade, será o termo,
Após ter estado enfermo
Com problemas no coração.
Mas com a Graça de Deus
E a boa ajuda dos meus,
Já me sinto, um novo Beirão.

PERGUNTA

Quem é essa mulher
que só gagueja quando quer?

Por vezes "sem papas na língua"
e outras, com falas que não fina?

A FRASE

APESAR DE SER MOUCO,
ESSE RISO, PÕE-ME LOUCO!

ANÁLISE, A FRIO

Diz-se, "quem vê caras
não vê corações",
mas naquelas bancadas
analiso-lhes as feições,

A um por um,
dos 230, como Deputsado
certo de que, algum
não deveria estar sentado.

Que terão, tais cabeças?
Assim, à vista desarmada,
eleitos, como "peças"
mas lá dentro ... nada?!

QUE JUSTIÇA?

Assalta e vai preso
mas solto, em seguida,
Num total desprezo,
continua, na má vida.

É, sucessão sucessiva
que não tem fim de cessar
com a Justiça, divertida,
que acabará, por o soltar.

É a que temos
e não compreendemos.

MÁ PREVISÃO

Sem ocupação humana,
o Interior, será uma "selva"!

A boa qualidade de vida,
estará, seguramente, no Interior.
Quem tal saiba, que o diga,
com tudo a seu favor.

Hovesse, um bom sabedor,
conhecendo a realidade,
criaria, um novo vector,
nesta podre, sociedade.

Criando condições excelentes
no desértico despovoado,
os tantos lugares existentes,
aqui, ali, em todo o lado ...

Assim, seriam privilegiados
em seu final de vida,
na condição de reformados,
com a compensação, marecida.

Minoria dos impostos,
assistências, convenientes,
todos alegres e bem dispostos
e o Interior, povoado de gentes!

Difícil mas não impossível
Todo o quer é, passivel!

OPERAÇÃO MARQUÊS

O "filósofo" tão satisfeito
à saída de nova audição!...
Querem ver que o sujeito,
ainda aumentará, a pensão?

Tão inocente, tão puro ...
como poderá ser condenado?
Tudo a continuar, no escuro,
será que vai ser, compensado?

Já nada me causa espanto
neste país das mil maravilhas,
com tanta ternura e encanto,
não sá aqui, também nas ilhas.

É o Portugal que temos.
Para uns tudo. A outros, menos!

ACONTECE

Falar da sua desgraça
mas sempre a sorrir ...
porque a TV, por lá passa
para a querer ouvir?

CAUSAS NEFASTAS

Casos assim, tão gritantes,
Alheados por quem ordena,
São flagelos, constantes,
Geram conversas de taberna.

Como a Saúde e o Rio Tejo,
Falhas tremendas em causa,
São duas daquelas que vejo.
Haverá, excesso de pausa?!

MINISTRA DOS SORRISOS

Tudo bonito, na temática
Mas analisado, na prática,
Não será tanto, o bem.
A Saúde, está tão doente
Que o pobre do utente,
Por vezes, nem Farmácia, tem.

Aos sorrisos da Ministra,
Haverá quem lhes resista?!

ATÉ CANSA ...

Paragonas nos jornais,
Cobertura tão mediática,
Em ditos, casos banais,
Que vemos, na prática.

"Terror de Alcochete",
O "Julgamento da Rosa",
Se repisam, se repete ...
De forma ... impiedosa.

Já na hora do almoço,
As desgraças que ouvimos
São um triste esboço
Do tanto mal que sentimos.

E, o mais confrangedor
É que se acha, ser normal
Tanta cena do horror
Que grassa em Portugal.

Não haverá um Provedor
Que limite tais acções?
Pensem nisso, por favor
Na melhor das intenções!

INCÓMODOS

Nem esquerda, direita ou centro
Política não a quero para mim
Sou um Beirão, justo e isento
Hei-de continuar, sempre assim!

Ao eleger um Deputado
Com imenso sacrifício
E vê-lo, sempre calado
No desempenho do ofício?!

O que se gasta para os eleger
E no fim, sem nada a dizer?

ESTADO ACTUAL

Sinto a mente bem activa,
O estado geral não é bom
E se, de algo, o mal me priva,
Ainda mantenho, igual dom:

Escrever, livremente ...
mesmo estando doente!

FALSAS AMIZADES

Por vezes, sou mal-amado,
pois na minha frontalidade,
digo o que não fica guardado,
por ser, a minha verdade.

Perco algumas amizades,
por falsas, as dispenso.
Se é por dizer as verdades,
pouco valem, como penso.

ACREDITEMJ

Posso "dar-me" por inteiro
Mas não estarei à venda.
Como Beirão verdadeiro,
Haja quem me compreenda!

REPARO

Peca-se por excesso
noutros casos por defeito.
Forma de manter sucesso,
conforme lhes dá jeito!

MINHA AMIGA, POESIA

Sem Poesia,
sinto a alma vazia.
Diariamente, a "bebo"
e nela me enleio.
Satisfaço um anseio
No verso que escrevo.

A VOZ DO POVO

"O milho sachado tarde
nem dá palha nem dá espiga".
Sabedoria da verdade.
O resto, é uma cantiga.

"Para viver neste mundo
é preciso paciência".
Um desgosto profundo,
dá aso, a má existência.

"Pela boca morre o peixe
quem te manda a ti falar?"
Não queiras que me queixe
quanto está a exagerar.

"Presunção e água benta
cada um toma a que quer"
Teoria que se sustenta
em homem ou mulher.

"Quando falares de mim
olha para ti primeiro".
A crítica sendo ruím
é um mal, corriqueiro.

SOLIDÃO

Idosos em solidão,
Tantos e tantos são
Que apetece perguntar,
A quem saiba responder:
"Não haverá nada a fazer
Para tal situação, mudar"?

Com a mão na consciência,
Haja uma boa apetência
De congregar essa gente,
Formando comunidades
Para as provectas idades
Se juntarem, felizmente!

AZÊDAS

Governo que não paga o que deve
Ou não cumpre o seu prometido,
Poderá dizer-se que prescreve,
Pois não merecerá, ser mantido?!

Não me sinto carenciado
E muito menos, sou filiado,
Dependente ou submisso.
Digo o que penso. Só isso.

Pré-avisos a aumentar
São indício, não raro
De que pouco irá mudar.
Está tudo, pouco claro.

Ouvimos o Primeiro, dizer,
Fazer, isto e aquilo.
Mas do dizer, ao fazer,
Conjuga o verbo:"vacilo"?

De promessas, nada parcos.
Mas cumprir o prometido,
Temos exemplos e fartos,
Do pouco que é cumprido.

Veja-se, a ferrovia.
Gerada uma apatia.
Conquistado o voto,
Bem pouco, noto!

MAIS E MENOS

Onde a Tecnologia é alta
A natalidade é inversa.
Se isto não vos sobrassalta,
Acaba aqui, a conversa.

SÚPLICA

O meu coração, velhinho,
Cansado de tanto bater
Só espera,o teu carinho,
Que ele possa merecer.

DEZEMBRO-MÊS DO NATAL

É, na Quadra do Natal,
Quando a fartura abunda
E se mostra tão desigual
Que uma tristeza profunda
Me invade o pensamento.
Porque sei, fico ciente
Que tão belo momento
Não é igual, em toda a gente.

A FRASE

Notícias repetidas à exaustação,
São um "cancro" da Televisão.

VIDA ANIMAL

Uns certos animais,
ditos irracionais,
dão-nos exemplos
que sendo seguidos
por seres evoluídos,
evitariam, lamentos.