REFLEXÃO

Com total disponibilidade
Estou gozando em liberdade
As minha férias vitalícias.
É o período dos banhos a frio
Nas águas do mar algarvio
E doutros banhos...de políticas.

Destes, é um fartar! De fastio.
Palrar com falta de brio
É a tónica de pré-campanha.
Obviamente, em nenhum acredito,
Do que fizeram, ou tenham dito.
A desfaçatez é tamanha!

Daí, este momento de reflexão.
Se já todos vivemos o senão
Porquê continuar na aposta
Do chamado "arco governativo"?
Não há mais nenhum Partido
Além dos que não se gosta?

Pensem bem, concidadãos.
Nós os reformados, como irmãos
Até já temos quem nos defenda.
A cruzinha no tal sítio certo
Poderá ser um oásis neste deserto.
É tempo de merecer nova prenda.

Porque dos anteriores e actuais
Estamos fartos, por demais!

CORTES NAS REFORMAS

Tem toda a razão, senhor Coelho!
Atrevo-me a meter "bedelho"
Neste assunto das reformas "selvagens".
Veja o que tem a seu lado.
Alguém, aos 42 já reformado,
Usufruindo, excepcionais vantagens!

Sim, falo da Senhora Presidente
Que na Assembleia tem "poiso" assente.
A ela, juntam-se quantos mais?
Parasitas de pouca ou fraca obra
Que abocanharam a sobra
E lhes dá, vida farta de "maiorais"!?

É a essas reformas que Vª.Exª.,
Deverá dirigir toda a incidência.
O que lhes possa cortar,
Boa vida não irá roubar!

NOTÍCIAS DO DIA

TOCA A PEDALAR!

"Funcionários de bicicleta..."
Ideia tola, dalgum pateta?
Não! É genial e de Ministro.
O mesmo dos sacos de plástico.
Tal pensamento, tão elástico,
Nunca por cá, tinha sido visto.

Deixai-me imaginar uma cena
Com perfume de chacota plena:
Chegada a hora do trabalho
Todos os funcionários do Estado,
Cada um e tudo bem preparado,
A pedalar, em "reviralho"!...

Em tosca bicicleta "pasteleira",
Transportando a sua lancheira.
Será, o símbolo do nosso progresso!
Atrás, como seguindo em procissão,
Cada ilustre seguirá, no "carrão"!
Imagem perfeita do sucesso.

Com humildade, pergunto:
Somos governados por indigentes?
Tais ideias, em "bestunto"
Serão de pessoas inteligentes?

IDIOTICES

"Os portugueses não comem TGV"!
É linguagem de labrego, ou quê?
Quanto a mim, mais de asininos.
Comemos e muito, do indigesto,
Ao dar o corpo ao manifesto
E "engolindo" submarinos...

...e outros paladares, por imposição,
no manjar pobre desta Nação!

REPAROS ...

O enriquecimento injustificado,
Pelo Constitucional, foi chumbado.
Será pois, o continuar da vilanagem.
Encher até abarrotar o papo,
Comendo sempre do bom naco,
À custa da protectora miragem!...

Dai-lhes Senhor, melhor discernimento.
Já basta, o nosso sofrimento!

POSTAL DE FÉRIAS

DUALIDADE DE CRITÉRIOS

Porque foi, porque será
Que em país ao Deus dará,
Nem todos somos iguais?!
Não consigo entender direito
Que a um qualquer sujeito
Seja dado, melhor, ou mais!

Então, o "dono disto tudo",
Só porque é "peixe graúdo"
Não poderá usar a pulseira?
Sentir-se-ia assim ultrajado,
Ele que está tão culpado.
De tanta e grossa asneira?

Para ele, polícia à porta!...
A Justiça, cega ou torta,
Dá-lhe distinção, a que motivo?
E, oito agentes por turno,
No completo vigiar diurno!...
A pagar, pelo pobre nativo!

É por estas e por outras,...
As pessoas andam loucas!

"PARQUE DOS POETAS" - II

"VIAJAR PELO SONHO"

Bebendo o perfume das palavras
Que no ar aqui se respiram,
Vindas do Alem, por enviadas,
Dos Poetas que já partiram...
São inspiração e magia
A poetas menores como eu
Que vive cativo da Poesia
Mas os Mestres nunca esqueceu.
Portugal é país de poetas.
Da simplicidade das quadras
À elevação de obras completas
Religiosamente lidas e conservadas.
Neste "santuário" são louvados,
Alguns dos maiores e são tantos...
Avidamente lidos e decorados,
Religiosamente, como uns santos!
Parabéns a quem pensou
E construiu este belo espaço.
Sonhando, a obra se realizou
Louvada por tantos como faço.

Fica o convite neste dia risonho:
Vinde todos, pelo "Caminho do Sonho"!

"PARQUE DOS POETAS" - I

OEIRAS MARQUESA DA LINHA

Oeiras, tão cosmopolita
Quis ficar mais bonita
Neste dia que é de festa.
Abriu portas ao evento
Que inaugura neste momento:
Um Parque nobre, de nobre gesta.
Eles, os Poetas de Portugal!
Lugar único, não vejo igual.
Orgulho e prazer decorrentes.
Oeirenses de raiz e adoptivos
Aqui por um ideal reunidos,
No eleger Poesia com antecedentes.
Em verdade, ela já era patente.
Obra criada de boa semente
Que germinou lenta, por fases.
Hoje, o seu final no culminar
Dum galardão de valor ímpar,
Como prova do que foram capazes.
"PARQUE DOS POETAS DE OEIRAS"!
Aqui renascem de várias maneiras,
Os maiores que fizeram a história
Da sublime escrita em verso editada,
Pela estatuária ou na laje lavrada,
Em cada palavra, a memória.