Para quem viveu
vida sempre igual,
gastando do seu
sem "meter um vale"...
Ouvir tanta vileza
dá vontade de gritar:
"Acima de que riqueza
vivi no meu lugar"?
Abaixo, isso é certo,
dos outros da Europa.
Mesmo, um não esperto,
esta verdade, bem topa!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Embandeiram em arco
mas o "arco-da-velha"
revela que o parco
não larga a trela ...
Até a fazer filhos
somos um desastre.
Ninguém quer sarilhos
os que têm, lhes baste.
E, cada vez somos menos
a povoar o rectângulo.
Esta verdade que temos,
vos sirva de preâmbulo!
O Interior sem dono
na base do desabono.
Na faixa etária dos oitenta
aquela onde milito,
a mortalidade aumenta
e sobre isso, bem medito ...
Embalado
em canto gregoriano
gostaria de ser "levado"
desta vida de engano.
Serenamente,
sem pecados de raíz,
nesse final
porque Deus assim quis.
As palavras que deixo escritas
tão cheias de simplicidade
não devidas a pessoas eruditas
dos senhores da cidade.
As dirijo aos meus iguais
que são, nem menos nem mais.
Com toda a sua graça
a senhora voltou à cena.
Alterando a paz na praça
a confusão, não é pequena.
Por cá, não e na Madeira sim?
Que confusão. Enfim! ...
Instalada a confusão
ao nível da vacinação.
Crianças, sim ou não?
Se as mentiras fossem punidas
quantas "figuras" estariam banidas?
Com enorme celebração
foi anunciada a construção
da Barragem do Pisão.
E, a do Alvito, porque não?
Prometida para este Verão
a desejada declaração
do ministro, da função.
Estará esquecida ou, não?
Aguardamos a confirmação.
No passado, as diferenças
se pautavam pelas nascenças
do berço que nos aninhou.
Se compreendiam e aceitavam.
As éticas assim ordenavam
neste mundo que Deus Criou.
Cada um no seu parâmetro
medida em altura ou, diâmetro,
seguiu, destino e carreira.
Hoje, passados tantos anos,
juntos nos confinamos,
à mesma velhice, da canseira.
Nesta base, somos iguais.
Esquece pois os teus mais.
Agora, supranumerários,
a quem desejam ver partir?
Como se eu, tal fosse permitir.
esse mau "conto de vigários"!
("Neste Lugar Onde Nasci")
"Porreiro, pá"! gabava o Otelo.
"Senhor Primeiro" ... trato de Eanes.
Assim em traço singelo,
memória não me enganes ...
É o que penso de ambos
porque estive, a seus comandos.
Salgado e também demente
como o próprio se declarou.
Mas não esquece, certamente,
quantos portugueses lesou.
Quem sabe, até à loucura
de que agora diz sofrer.
Pense nisso, criatura.
E quanto tenho a dizer.
Até agora, a primeira.
Oxalá, venham mais.
Mas em tom de brincadeira,
o homem tem capitais
de graça bem humorada
quando diz, "isto não é nada"
bronze, já tenho, suficiente".
E, na verdade, nem mente! ...
No país com fome,
endividado,
verdade se tome,
novo ditado:
"Casa onde não há pão
não passa fome, o ladrão"!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Reduzam os sacrifícios.
Reponham os bons ofícios
entre todos e a cada um.
Respeitemos, respeitando
e atentos, observando
a luta que é comum.
A melhor, do momento:
Salgado, alega demência
para evitar julgamento.
Haverá, complacência?
Continua dono de tudo
e nós, palhaços no Entrudo?
"Advogados do Diabo"
ganham rios de dinheiro
e não os têm declarado.
Fica tudo no mealheiro!
E, nada os oprime.
Não cometem nenhum crime.
Quando abrirem as discotecas
e, bem assim, todos os bares,
tenham em atenção as "secas"
dos horários invulgares.
Abertos mas recomendados
com horários, condicionados.
Pedimos com fervor, moderem
a línguagem com que ferem
os nossos cinco sentidos.
Já basta de explicações
de variantes e vacinações
a que estamos submetidos.
O enjoo é suficiente.
Não ralem mais, a nossa gente.
Ganhei dois bons Amigos
e a ambos eu bem servi.
Agora, anos volvidos,
um deles, até já o perdi.
Guiné, na circunstância
e ao serviço da Causa.
Na missão de relevância
a que por mim, fiz pausa.
Prevaleceu a amizade
para além da camaradagem.
Os três, de longa idade,
cada qual na sua "viagem".
O Otelo já nos deixou.
Nós, esperamos a "chamada"
e, mal de quem pecou,
com a memória, manchada.
Mas Amizade, quando existe
até a isso resiste.
Morte de político vulgar
terá choro de carpideiras
e não deixam de se elevar
os seus dons e maneiras.
São perdas "irreparáveis"
cujas faltas, logo esquecidas,
só tem palavras amáveis
na hora das despedidas.
Os inúteis em veneração.
Militar mais medalhado,
ou, mentor de revolução,
relegados, sem honras de Estado!
Ao estado a que chegámos!
O povo fará,
o que o Estado não fez:
Em estátua, assente,
a presença, evidente,
desse grande Português!
"Opinião Pública"
Nem isso mereceu.
O seu valor já se esqueceu?
Segundo li no jornal
não haverá luto nacional
para o mentor da Revolução.
Dele ficará, pois, "enfermo".
Este, será, um termo
que indico como senão..
Mas já consta da História,
à margem da reles escória.
O povo não o equeceu.
À despedida, acorreu.
Se eu fosse Primeiro-ministro
hoje, ficaria bem-visto
ao aceder à voz do povo:
"Luto Nacional", o ouvido.
E, se o tivesse seguido,
minha áurea, subia de novo.
Erros do Passado,
devem corrigir-se, no Presente.
Ontem, o poeta fez luto.
À minha poesia, acrescento.
Guardei respeito absoluto
a quem partiu e, lamento.
Prestei a minha homenagem
em sinal de camaradagem.
Paz à sua alma,
Quando havia
não se limitaram
os gastos.
Primeiro, nos sentaram
agora, andamos de rastos.
Quando, de novo
em pé?
Sepultado um povo,
ressuscitará, na Fé?
("Neste Lugar Onde Nasci")
Repousando neste jardim,
sentir o cheiro do alecrim
e da hortelã verdejante,
ouvindo um melro cantador,
que cenário, para melhor,
encontraria, no instante?
Por vezes, um tal coaxar ...
A "saltarica" aqui veio morar
após nascimento, por si.
Pequenas dádivas da Natureza
em toda a sua grandeza,
e que, por instantes, senti.
Só mesmo um poeta
consegue atingir tal meta.
Apertado pelos protestos
o Governo trava o lucro.
Mas não consta dos manifestos
baixar os impostos em bruto!
Quinta da Aveleda, a Norte,
lança, o "Exit Game".
Brincadeiras de má sorte
ou, o que seja, se lhe chame ...
Brincadeiras de mau gosto,
deixam o Português, deposto.
Falta ao seu julgamento
receando a pandemia
e no primeiro momento,
dá largas à folia:
Férias de luxo na Sardenha!
Isto não é gozar connosco?
O que tal pessoa desdenha,
com desfaçatez no rosto?
Sem o passaporte "capturado"
fazendo vida de "nababo"
e o Tribunal
não leva a mal?
Da Alemanha industrial
importámos máquina infernal
trituradora de pessoas e bens.
Reduz, à mínima expressão,
qualquer pobre cidadão.
Tudo o que tens e, não tens.
"Raladora de uma figa"
suga, tritura e ainda mastiga,
o que a faça engordar.
É sangue, são ossos e sonhos.
Sejam ou não sejam risonhos,
a máquina irá triturar.
Ao responsável principal
é só ligar o quadro geral.
Dar à chave, gerar corrente.
Iremos todos ao seu ventre.
Reciclados, exportação aceite
em latas de puro azeite.
Como soldadinhos de chumbo,
animaremos, outro mundo!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Crânios de excelência,
favorecem a vigência
de governos sem valia.
Tão fácil a solução
dos problejmas em questão:
É só subir, a fasquia!
Dos impostos,
nos pressupostos.
Assusta o que está a acontecer
com mais gente a morrer
vítima da tal epidemia.
O que se passa, de facto?
Não foi suficiente, o trato
como aval de garantia?
De novo os velhos em evidência,
Deus nos dê, paciência ...
"Birdtrack", sugestivo nome
a usar contra as aves.
Por nacional se tome,
contrariando, entraves.
Mas, os meus porquês:
Porque não em Português?!
No meu peito envelhecido
mora coração cansado
pelo merecido castigo
de tanto te ter amado.
Cada um no seu posto
ambos servimos uma causa.
Certa para muitos, a gosto.
Ele, se finou, em pausa.
O recordo como militar.
A política que defendeu
não a tentei partilhar.
A amizade, prevaleceu.
Em final da sua missão,
o meu pesar como Cristão.
A História irá descrever
conforme o autor da escrita.
Talvez fiquemos a saber,
se louvada ou, proscrita!
Por vezes, pés mal assentes
e a cabeça na lua
originam erros consequentes.
A minha culpa, pactua.
A provocar tais incêndios
desde tão remota data?
Quantos foram os dispêndios
provocados, na mata?
Tanto tempo a averiguar,
deixa muito para pensar ...
Mais uma das "preciosidades"
dessas toscas mentalidades:
"Bodycams", a fazer alardes,
às nossas polícias, de vaidades.
Câmaras nas fardas, percebes?
És patêgo ou, não concebes?
Quando sinto ansiedade
sem motivo ou, razão,
quem sabe, é a saudade
do que quero e não me dão.
Terminada a pandemia
o balanço que for feito
dará conta da agonia
a que estivemos sujeito.
Enquadro rimas, versejo,
essa a função do poeta.
Por vezes também gracejo
e outras, pareço um pateta.
Turismo do fecha e abre
conforme invasão inglesa
o que se vê no Algarve.
Nunca, uma clara certeza.
Ministro que é conduzido,
sem saber a que velocidade?
Poderá ir adormecido
ou pecar, na casualidade.
O que se obtém com luta
aumentará o seu valor.
Herança que não se disputa,
terá, diferente sabor.
No silêncio que me rodeia
ouço o meu pensamento
e fico de alma cheia,
pensando em ti, ao momento.
Isto assim não é viver,
apenas ver passar o tempo.
O que está a acontecer
só nos causa lamento.
Vivendo em país de ladrões
é natural que seja roubado
mas saber que se roubam milhões,
a mim não é. Pobre coitado!...
Ou, talvez seja, porque é ao Estado
e ele somos nós. Está explicado!
Para mim, o que foi feito
já estará mais que perfeito.
Há que voltar a fazer
seja lá o que for.
Mas com tanto calor,
não me está a apetecer.
Sou assim, um "deixa andar",
quem vier que feche a porta.
Nunca me tentem obrigar,
a endireitar, coisa torta.
Serei teimoso?
Não! Apenas cioso.
"Contactless", uma novidade
que nada enaltece
a nossa Portugalidade.
Tão vaidosos nós somos
com tais estúpidos assomos!
O "filósofo" sem julgamento
por recusa dos juízes?
Para servir de entretenimento
aos nossos travessos petizes?
É o Portugal dos deslizes ...
"Grafonolas" bem-falantes
não se cansam de repetir
o que disseram antes
e nós, fartos de ouvir.
De modo geral assim são,
as reportagens em Televisão.
Cargos, simplesmente inventados
para satisfazer empossados
que os irão exercer
sem préstimo ou qualidade.
Esta, a péssima verdade
que tem vindo a acontecer.
É, o aumentar a família
para uma melhor vigília ...
Quando os anunciados
não são realidade
se ficassem calados
evitariam a maldade.
Discutir os orçamentos
sem cumprir os anteriores?
Vejam se atinam consensos
meus ilustres senhores.
Rotinas tão limitadas
na vida que é imposta
dão às mentes desgastadas
aquilo de que não se gosta.
Muito mais do que escrevo
para além do publicado
aumentará o acervo
que fica por aí guardado.
Não são os muitos dinheiros
que garantem a qualidade.
Mas os méritos verdadeiros.
Essa, a mais pura verdade.
Tivesse vergonha na cara
já se teria demitido.
A sua inteligência, rara,
deixa tudo comprometido.
Despesas com a Saúde
não garantem a qualidade.
Quando a isso se alude,
falsificam a realidade.
Uma parte deste Governo
até parece nem existir.
Ministros a meio termo
quem são, no seu porvir?
Talvez sejam desnecessários.
Não lhes vemos, obra feita.
Considerados perdulários
sua presença se rejeita.
Nomeados sem bons efeitos
que interessam tais sujeitos?
A pandemia veio mudar
a mentalidade vulgar.
Sobressaltos e receios,
alteraram o modo de ser
e nada voltará a ter,
o que havia. Só anseios.
A "Operação Marquês"
tem processo escaldante
que não consegue "freguês"
para o julgar no instante,
Processo de mão em ,mão
com os juízes a dar nega,
deixam adormecer a questão
e sem início a refrega:
A do julgamento do tal,
de personalidade "filosofal".
Dá para compreender?
A mim, custa-me a entender.
O mês de Julho, bem quente,
foi sempre um "presente"
que a mim próprio reservava
para me deliciar
com sol e água do mar,
em práticas que adorava.
Assim foi, anos a fio
nesse gozar do Estio,
até que uma pandemia
se instalou entre nós outros
e com ela, receios não poucos,
mataram tanta alegria.
Ano passado e presente,
os registo como ausente
na Praia do Carvoeiro,
onde, em nossa "Casa Airosa",
a vida era "cor de rosa"
mesmo durante o ano inteiro.
Interrompida a prática,
tive de alterar a táctica
da nossa "época balnear".
Em casa, aqui por Leceia,
perto de Oeiras, pequena aldeia
por onde deveremos ficar.
Mas não tenham pena de mim.
Disponho de pequeno jardim.
E, quando for conveniente,
ponto assente, ideia minha,
em visita, a Sarnadinha,
lá irei, feliz e contente!
É para consumo pessoal
o que escrevo com deleite
mas não levo nada a mal
quem me leia e assim me aceite.
Até lhes ficarei grato,
sobretudo aos Amigos
de quem tenho o retrato,
por fiéis, aos meus artigos.
São poucos mas fidedignos:
O Albano, o Taveira, a Cristina.
Sempre diários e benignos
no estímulo que me anima.
Porque mereçem total apreço,
publicamente lhes agradeço.
Assim como a muitos mais,
mesmo os menos pontuais.
A conservo de boa dicção.
Deus me concedeu esta benção
ao longo da minha vida.
Me identificou, no bom sentido,
dizem os que me têm ouvido.
O refiro, de forma agradecida.
A fiz ouvir na Índia Portuguesa
mais tarde em Moçambique.
Na Guiné, prolongada a certeza.
Que o registo, aqui fique.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Anunciadas as bazucadas
que tudo irão melhorar.
"Pontarias bem afinadas"
são precisas, sem vacilar!
E que a boa pontaria,
contemple, a maioria.
Cada um dá o que tem
e o que demos a Angola
até lhes soube muito bem.
Não resolve, mas consola!
Isto anda tudo ao contrário
com a Moral invertida.
O Mal é caso diário,
deixa a classe comprometida.
Deveriam dar o exemplo
e é deles a reles culpa.
Desde sempre, ao momento
tudo se lhes indulta.
Saberão de quem falo.
Sim! "Deles" e, não me calo.
Nasceu de simples caroço,
cresceu, viçoso sem esforço.
Estéril durante anos,
para florir em data certa.
É a Natureza que desperta
e que belos pêssegos, sem danos?!
Biológicos sem tratamento.
Fotografias, atestam o momento.
Começaram as promessas
nos debates às Autarquias.
Concidadão, não te esqueças,
escolhe bem em quem confias,
O "Dia da Liberdade"
está na memória colectiva.
Ficará na História
como vitória conseguida.
Poder falar,
usando a palavra como arma,
a maior conquista
que ninguém desarma.
Ainda haverá quem resista?
("Neste Lugar Onde Na
A Sertã, após Monchique
nesta época dos incêndios.
Para que nada nos fique
para além dos dispêndios?
Sinto, ter por realizar,
algo que me está destinado.
O que será, faz-me pensar.
Cada um com o seu fado.
Seja o que for, por Bem
pois renego todo o Mal
Com Amor, porque convém.
Espero, tenha esse sinal.
Entretanto, fico à espera
do que nem sempre s'alcança,
vivendo nesta quimera,
temperada com Esperança.
Angela Merkel diz que ajudará.
Estou certo de que o fará.
Já nós, um tal senão ...
Decerto, recordarão ...
Procuro a palavra certa
para dizer tudo o que sinto,
manter a mente desperta
no ser, correcto e sucinto.
Ainda não a encontrei,
continuarei na procura.
Quando a achar, a direi,
como feliz criatura.
Seiscentos e cincoenta
foram os voos cancelados,
situação que se lamenta
e nos deixa preocupados.
Já não bastava a pandemia
e ainda esta agonia?
"Dia da Liberdade"
proclamado por ingleses.
Oxalá, a realidade
não lhes traga reveses.
Um acto precipitado,
pode dar, "caldo entornado"!
Dançar faz bem à saúde.
Lhe dedicamos o seu dia.
E porque a tal se alude,
Todo o mundo, rodopia.
("Neste Lugar Onde Nasci")
A ganância desmedida
será sempre má medida.
Por vezes, quem está bem
procura um bem maior,
o que lhe trará, dissabor.
Moderação, é o que convém.
Fazer jornalismo, a sério,
no parecer deste Silvério
será seguir, princípio primário:
Quando, como e onde?
Tudo se diz, nada se esconde,
assim, em modo, breviário
Mas por cá (pagos à hora)
ninguém os cala na demora.
É um enorme desperdício
de tempo e de dinheiros.
Todos querem ser primeiros
na arte do seu ofício.
Quando a profissão segui,
me ensinaram e bem aprendi.
Quando o pesadelo findar
como iremos analisar
o que a pandemia deixou?
Qual o rasto da devastação,
o peso da destruição
do que foi e do que ficou?!
Pessoalmente, o perdido,
de parente, conhecido, amigo,
pesará em qualquer de nós.
Nessa triste realidade
quem sobreviveu, por bondade,
agradecerá, em alta-voz.
Do banco para a cadeira
só quero estar sentado
não encontro melhor maneira
porque me sinto cansado.
Monchique de novo a arder.
E a tal madeira queimada,
acabaram por recolher?
Ou ficou, disponibilizada?
O caos no Aeroporto,
pandemia que não abranda,
fogos a criar sufoco,
isto por cá, tresanda! ..
Cuidas de tudo e de mim
e por essa dedicação
atinges sempre bom fim.
É enorme, o teu coração.
Desde agora, a pandemis,
avaliada em Matemática?
A mim, quem me diria
haver um dia tal prática?!
Passa hoje mais um ano
sobre o nosso casamento
sobrevivente a todo o dano
de situação ou, momento.
À década dos sessenta
somamos agora mais um,
total que assim aumenta,
o nosso viver em comum.
Até onde chegaremos
nesta passagem a dois?
Felizes continuaremos?
Continuêmos, pois!
De braço dado e eterno
ou, de mãos dadas,
esquecendo que há Inverno,
tendo as almas acaloradas.
Parabéns, noiva eterna!
Não vivemos uma vida rica
mas temos uma rica vida
pela forma como é vivida.
Verdade seja reconhecida.
De sacrifícios? Tantos! ...
Mas mais as alegrias,
a juntar aos encantos
que suplantam as arrelias.
Vai longa a caminhada
e não lhe vemos o seu fim.
Ela tem sido amparada,
contigo, perto de mim.
Só assim, lado a lado,
com tudo o que Deus deu,
formamos um par admitrado
que tudo e tanto venceu.
Rendo-te a minha homenagem,
Sem ti eu nada seria.
Tu, bela "mulher-coragem",
és o sol deste meu dia.
Nele, completamos casamento
em alegre contentamento.
Ídolos com pés de barro
cobertos de sujo sarro
vão caindo dos pedestais.
Corroídos por más acções,
passam a meros vilões
que perderam o sinal mais.
E, para nossos espantos,
"eles" são tantos ...
Neste viver de alaridos
temos agora o do Benfica
a causar tantos pruridos,
o que ninguém dignifica.
Sem emenda nem contenção
é a mesma triste sina
que por falhas de razão
só o mal, se vaticina.
Eletricidade, uma calamidade,
Combustíveis, a ficar, impossíveis.
E o Estado, alheado ...
A fartura, impensável
que beneficia uns quantos
e a pobreza, miserável
de muitos mais e tantos ...
Cada um viva por si,
aquela vida que tem.
A alguns, ela sorri,
a outros, menos bem.
Pardalinho que saltita
à vontade no meu jardim
é porque bem acredita
que aqui é bom, sim!...
Já tenho a lenha cortada
estou a pensar no Inverno
ter a casa acalorada
como o Diabo, o seu Inferno.
Malparida, inflaccionada,
a detestável pandemia
tem uma legião implantada
na difusão que agonia.
Ela e só, a dominante.
Não haverá mais doenças?
É que, daqui p'ra diante
nem se notam as diferenças.
Óbitos, só com Covid.
De nada mais se morre?
Portanto, ela se olvide!
Dizê-lo, o que me ocorre.
Tecida com muitos fios
a teia que nos oprime
encara agora os desvios
da Justiça que a define.
Só espero que as "aranhas"
uma a uma, sem perdão,
descobertas suas manhas,
dêem entrada na prisão.
Gestos feios sem lisura
definem uma criatura.
E o que vemos por aí
são figuras bem tristes
que tu a elas assistes.
Tal como eu que sorri ...
Antes de os nomearem
estudem quem vão nomear
para depois não chorarem
quando o mal se declarar.
Continuem na procura
há mais para descobrir,
muito podre, vida escura
de quem nos anda a roubar!
Pequena cria de pardal
neste jardim ouço piar
num apelo, soando mal
no pedir, o seu manjar.
Que a mãe lhe virá trazer
em diligência constante.
Então, assim irá crescer
e voará, radiante!
Facto real e assistido
Democracia inventada
de valor, pouco ou nada
por falta de cumprimento.
Apregoada sem sentido
de todos merece castigo
e a mim, um lamento.
Por saber que é falsa
e tanto se realça.
Tom de voz tão irritante
e porque não o modera?
Na gritaria do instante,
o bom que foi, já era!
Sou péssimo arquitecto
de obras sempre adiadas
da preguiça não me liberto
nem as tenho começadas.
Em terras da nossa Beira
fixei as minhas raízes
foi essa a melhor maneira
de criar boas matizes.
Os preços especulativos
que complicam as nossas vidas
são um dos vários motivos
a exigir, sérias medidas.
Infelizes nos levaram
mas felizes os que vieram
e os que por lá ficaram?
Porque não puderam?
Falar da nossa aldeia é senti-la bem perto
ainda que longe dela, vivamos a contragosto.
Mas não há outra maneira
e tendo o sentido desperto
gozando uma vida bela,
normalmente bem disposto,
sinto alimentar a saudade
sabendo que um dia irei
visitar a "santa terrinha"
para purificar a alma,
vivendo em simplicidade.
E, a boa água beberei,
nessa ida a Sarnadinha.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Mesmo cumprindo as regras
fui apanhado na curva.
Sejam quais forem as refregas
haverá, quem não lhe fuja.
Felizmente, já vacinado
e até, credenciado.
Neste mundo às avessas
o que em Cuba eram promessas,
passou a um pesadelo.
Curiosidades históricas.
Atitudes tão heróicas,
agora atadas em novelo.
Organizem-se, por favor.
Uma anedota que fez furor.
Parece ter continuidade
nesta situação da pandemia.
É uma autêntica gritaria,
de tanto parecer e alarde.
Calem essas bocas.
As pessoas darão em loucas.
Satisfeito, o senhor Nabeiro.
Tanta publicidade ao Delta,
inunda o país inteiro,
torna a marca mais esbelta.
A nós, já enjoa
pelo tanto que se apregoa.
Na simplicidade de quem sou
não me vendo e apenas dou
o pouco que tenho para dar.
Amizade de bom Beirão,
a que tenho no coração.
Quem a merecer, venha buscar.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Até os vejo com esperteza,
abusar da nossa fraqueza
e sublinhar a idade "deles".
Tão idoss, pobres coitados ...
Não o eram, nos atrasados
quando se mostraram ser reles.
Como se a idade desse perdão
a qualquer traste ou vilão.
concedido a qualquer violão!...
Em defesa a céu aberto
um advogado bem esperto
tenta ocultar o mal sucinto.
Mas a Justiça irá actuar
e acabará por condenar.
É o que eu pressinto.
Notícias tão alarmantes
sobre vacinas e variantes
levam-nos a pedir com fervor:
Não castiguem o pessoal.
Isso só cria maior mal.
Calem-se, por favor.
As mais recentes medidas
para controlar a pandemia
criam situações aborrecidas
carregadas de alergia.
Quando acertam o passo?
É pergunta que vos faço.
Expliquem-me. Estarei equivocado?
Um tal banqueiro não quer ser julgado?
Mas quem será esse fulano
para se furtar a tanto dano?
Problemas da idade?
Isso lhe traz comodidade?
Ou evocar a sua doença
como uma válida avença?
Com advogados famosos
a tentar dar a volta
e os vigaristas manhosos
andam por aí à solta.
Ao Berardo e ao Vieira
quem virá a seguir?
Talvez seja boa maneira.
Justiça é para cumprir.
A um dia menos bom
outro melhor depois virá
Nestas mudanças de tom
a sorte também mandará.
Quando se diz,
"O Estado paga"
deves sentir-te infeliz.
Saiu-te a fava!"
Velha senhora, a Poesia
nasceu no primeiro olhar
do Adão à Eva, nesse dia
em que Deus os fez, um par.
A partir daí, o início
de tudo o que a vida tem.
O Equinócio, o Solstício,
conceitos do Mal e do Bem.
Também da procriação,
inevitável no momento
em que a parra caíu da mão,
despertando, o "sentimento"!...
Assim começou o mundo
e em tudo o que existia
cada vez calou mais fundo,
o que chamamos de Poesia ...
("Neste Lugar Onde Nasci")
Não me alimento com louvores
nem exibo condecorações.
Sigo, bem atrás dos doutores
sem aplauso de multidões.
Deixem-me ser como sou.
Assim simples, aqui estou.
Quem diria que o Estado
se comporta mal no tratado?
Reduzir por fim as portagens
e calcular pelo antigo?
Prova que não é nosso amigo,
criando tão más imagens.
Haverá necessidade
de mentir à sociedade?
Se lhes reconheça a manha
da ganância que é tamanha.
Daí ao crime, um passo
que perdura mas terá fim.
E, um tal perfume de jasmim,
se evapora, no espaço.
Lhes valerá a caução.
Sem ela, talvez a prisão.
Nasci entre xistos e granito
com a rudeza de Beirão
e longe da terra, gravito
num limbo de solidão.
Tenho saudades da terra
que mesmo pobre, é minha
e, à sombra de alta serra,
foi baptizada, Sarnadinha.
Na benção do que é nosso,
esquecê-la, como posso?!
Sinto fascínio pelas estrelas.
Anda comigo, vem vê-las
e sentirás o mesmo encanto.
Comigo a teu lado,
vendo o céu estrelado,
viveremos igual espanto.
Sou fonte inesgotável,
de versos simples a eito,
por eles sou responsável
mesmo na falta do jeito.
Na escalada da corrupção
quem virá a seguir?
Com ou sem caução
o que estará para surgir?
Estou na fase da descrença.
Como poderei acreditar,
sem que a dúvida convença,
pois me andam a enganar?
Com a pandemia instalada,
aumentou a solidão
e a mente, perturbada,
já nem distingue a razão.
Até o Verão inconstante
nos cerceia a alegria.
Lá vai o tempo distante
em que tudo era harmonia.
Com novo Campeão Europeu
terminou a época da bola.
O adepto entristeceu.
Sem futebol não se consola.
Escreverei, até que a mão doa.
A minha voz, bem alto soa.
É assim, neste escrever e dizer
que declaro o meu sentir.
Fiquem com ele, podem ouvir,
sabendo que me dão prazer.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Com dinheiro à vista
tudo se compra neste país.
Até o requintado vigarista
mesmo arguido, vive feliz!
Levo uma vida arrastada,
de ligeira, não tem nada
e pensar que fui tão lesto
para agora estar assim?
Neste mundo tudo tem fim.
Afinal para que presto?
Porque são mal nomeados
só conduzem à desdita.
Tantos factos comprovados,
a verdade seja dita.
Tudo rima com seu nome.
Que tal verdade se tome.
"Papagaios" televisivos,
sejam quais forem os motivos,
"palram" acima da média.
Gostarão de ser ouvidos?
Então, aumentam os ruídos,
do drama ou da comédia.
E são todos por igual
seja qual for o canal!
Quando estou sozinho, penso
e passo a estar acompanhado.
Por vezes até me convenço
de que te tenho a meu lado.
Por te querer tanto assim
sinto o desejo a pedir
que estejas perto de mim
e se possível, a sorrir.
Partiu, Nelson Mandela.
Fica-nos, a triste sequela
da sua ausência material
Uma recordação para sempre
a quem se considera gente,
pela sua conduta genial.
Tentai seguir o exemplo
entrando no mesmo templo
que conduz à notoriedade,
vós, senhores do mundo.
Nada mais belo e profundo,
do que promover a igualdade!
("Neste Lugar Onde Nasci")
"Eles" são já tantos,
a meter a "mão na massa"
que nem causa espanto,
neste tempo que passa.
Negócios de furda porcina
entre bácoros glutões,
geram descrédito e ruína
nos saques de muitos milhões.
Situação, não do momento,
vem de longe e repetida
porque o farto alimento,
proporciona, boa vida.
Até quando
este desmando?
Senhor Ministro da Educação
este simples cidadão
que sou e, bem português,
gostaria de lhe perguntar
quando irá terminar
esta situação dos porquês.
Porquê, renegar o vocabulário
bem nosso, de relicário
e se empregam expressões
de péssimo gosto importado?
É ver isso, por todo o lado
sem justificadas razões.
Falar só para letrados?
E os mais soimples, coitados,
sem saberem da língua dupla?
Os exemplos são aberrantes,
tantos, mais que bastantes
pois nascem em catadulpa.
"Parido", recentemente,
este, bem fixei na mente:
A Vacina em "DRIVE-THRU"!
Mas o que é isto?
Valha-me Jesus Nosso Cristo!
Protótipo de homem moderno
mostra-nos, um ser muito belo
que não sai ao lado paterno
e se enfeita, todo "donzelo"!
Depila os pelos de macho,
usa cremes e loções,
besunta-se, de cima a baixo,
realçando as decorações.
Que lhe enfeitam, o "cabedal".
Tatuagens! Obras valiosas.
Já as vi, de arte floral,
algumas muito pirosas.
Brinco, conforme a casta,
desde o diamente à argola,
ou de plástico, bem rasca.
Penteado? Arte pura na tola.
"Adónis da Era Moderna"
deste mundo tão mudado.
De tantos males que enferma
só lhe falta, ser sepultado!
("Neste Lugar Onde Nasci")
A nossa língua é falada
nos quatro cantos do mundo
mas por cá, atraiçoada,
com desgosto profundo.
Criadas novas expressões
com desgosto para Camões:
Vacinar em "DRIVE -THRU"!
E se fossem ... (completa tu).
IMI - Imposto mais injusto,
IVA - o do valor aumentado,
SELO - seria bom esquecê-lo.
Um exagêro bem somado
e sempre a favor do Estado.
Valoriza o que sabes,
vive apenas do que tens,
supera todos os entraves,
serão tesouro, os teus bens.
Por ser tão pouco letrado
o nosso bom "Zé-Povinho",
anda um tanto embaraçado
sem encontar o caminho
Tantas as contradições
a começar nas vacinações.
Vacinas, testes,certificados
e andamos baralhados
com tanta legislação.
Já lá vai, ano e meio
e continua este anseio
sem encontar soluções?
Deus criou o "bicho-homem"
com toda a benevolência.
A criatura, verdades se tomem,
evoluiu, dominando a Ciência.
Do conhecer, veio a glória.
Descobertas e invenções
ficaram gravadas na História,
perpetuadas em gerações.
E o Homem, tanto subiu
na sua ambição às alturas
até que a máquina descobriu
mas dela colheu amarguras.
Pela própria é aniquilado.
Ela trabalha por si só.
Sem préstimo, desempregado,
deste humano se sinta dó.
Mas é dele, a "mea-culpa".
Da sua ambição desmedida.
Se porventura menos culta,
teria hoje, melhor vida.
Cativo da alta tecnologia
tão avançada e eficiente,
restará, em nova valia,
o labor da pobre gente.
Voltar à terra sem rodeios,
pegar na enxada e esquecer,
computadores e outros meios.
Agricultura, poderá ser ...
... novo Homem a renascer
e Portugal, de novo assim,
voltará a ser jardim!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Sou um Beirão da serra
com a pele bem tisnada.
Natural, na nossa terra,
nascer com face corada!
Sentado na minha "tropeça"
feita de boa cortiça.
trabalho ninguém o peça.
Sinto-me bem na preguiça!
Desde logo, o nascer,
implica pois, à nascença
que do berço, até morrer,
tudo pagamos por avença!
Ele, é isto e mais aquilo,
embalado ou a granel,
ao litro, até ao quilo,
segundo pesa o fiel.
Conjugamos o verbo pagar
porque o Estado determina
e lhe é fácil inventar...
Para nós, a triste sina!
Só nos faltará mesmo pagar,
a respiração do ar ...
Cresce a vergonha nacional
por se ver que afinal
a sociedade está prevertida.
Sucedem-se os casos danosos
a envolver, fulanos famosos,
com"créditos" no pior sentido.
Abarca todas as profissões
e os indiciados figurões
são pessoas bem colocadas
em directórios do Poder
mas ficamos a saber,
serem pessoas mal-formadas.
A procissão vai no adro
mas já se pinta um quadro.
Vai ser a somar e a eito.
Parece que, finalmente,
a Justiça antes dormente,
já vai ganhando o jeito!...
Não guardo rancor
nem ressentimentos.
Sei dar o valor
aos bons sentimentos.
Nunca calo a voz
a quem o mal pratica.
Faço parte dos avós,
a quem a idade, dignifica.
("Neste Lugar Onde Nasci")
O bem que me fizerem
o pagarei em dobro
mas se a mal me quiserem,
à relação, porei cobro.
Vocês que dão as notícias
não se cansam de as repetir?
Para mim, são já sevícias.
Mal vos posso ouvir! ...
Nasci em dia d'Agosto,
cresci em berço pobre
mas sempre mimado a gosto
na modéstia que se encobre.
Com problemas por gulodice
que me marcou em senão.
De mim, alguém até disse:
"Passa o dia a pedir pão"!
Como castigo, não medrei,
até fui "pau de virar tripas".
Nunca mais engordei,
tinha o físico em farripas.
Uma ralação para a mãe
que me queria "mais cheio".
Só pretendia o meu bem
e eu, não passava do meio! ...
Sendo a gordura formusura,
não era pois, nada belo.
Como triste criatura,
minha vida, um pesadelo.
Mas melhorei com a idade
e até bem saudável,
fui à tropa e, na verdade,
fiz-me militar, respeitável.
Todo o resto, longa história
que nesta idade avançada,
dirá, em boa memória,
a considero, bem gozada!
Quando estou neste terraço
perguntarão, o que faço.
A curiosidade se insinua.
Simplesmente, componho versos
para que não andem dispersos
como vadios, pela rua!
GALERIA DE ARTE
Na artística "galeria"
da minha "Casa Airosa"
se exibe com mais valia
uma obra, caprichosa.
É um quadro do Taveira,
amigo e pintor, artista,
que o produziu à maneira
como bem está à vista!
("Neste Lugar Onde Nasci")
Tanta conversa fiada.
não resolverá os problemas.
Por vezes, a boca calada,
torna as causas mais serenas.
Se foi tanto o pretendido
e tão pouco o alcançado
terei de ficar convencido,
um tempo desperdiçado.
Com tais lapsos de memória
não poderá contar a história
da sua acção condenável.
Mas à terceira foi de vez
e o banqueiro burguês.,
irá sentir-se, desconfortável.
Só que, dinheiros desviados
não chegarão aos delapidados.
Ao exprimir a verdade
sou "Poeta de Sarnadinha"
acreditem na vaidade
porque ela é toda minha.
Ter vacinação completa
e entrar de quarentena?
A imaginação nos alerta
para elaborado esquema.
Nada como as eleições
para nos criarem ilusões.
Pródigos nas promessas,
enganam com descaramento
para, chegado o momento,
tudo continuar às avessas.
Esta minha vida
cheia de projectos adiados,
mesmo sendo comprida
eles ficarão alheados.
Alguns com adiamento
outros não passam do sonho
mas com eles me alimento
no meu percurso risonho.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Com incêndios na evidência
e o senhor já "queimado"
bom será, por conveniência
dar mandato por terminado.
Sem remodelação à vista
poderá ser que se assista
ao povo decidir por si.
Terá ensejo de o fazer
nas Autárquicas, a saber.
De tal pensar, até sorri ...
Para trás "mija a burra"
e em frente é o caminho.
Mas se ninguém me empurra
como chegarei, sozinho?
Cada cabeça cada sentença
mas com tanta divergência
só teremos a descrença.
Pela Santa Paciência ...
Saber o quanto vale
sem olhar ao seu preço
será parecer desigual
mas decerto, bom começo.
Foi dos mais ricos do país
e um "Rei da Vigarice".
Tanto subiu, tantro quis
mas caíu. Grande chatice!
A "eles" tudo é permitido
e, normalmente, desculpado.
Já a nós, um mal cometido
será logo, sancionado.
Montes de madeira ardida
continuam em Monchique
à espera de boa medida
que tal situação clarifique.
"Vulcano", o Deus do Fogo,
esfrega as mãos de contente
esperando que desse logro
lhe concedam, "verão quente"!
Procuro na escrita
um desejado alimento.
É nela que nidifica
o meu pensamento.
O transformo em verso
rimado e sem regra.
Por preguiça, confesso,
é simples a entrega.
Mas verdade se diga
que mais posso fazer?
Além da minha fadiga
e, já velho para aprender?
("Neste Lugar Onde Nasci")
Melros, rolas e pardais
animam os nossos quintais
nesta pequena aldeia.
Viver em tranquilidade
mas bem perto da cidade.
É bom viver em Leceia.
Finalmente, o sol chegou,
sinal de que o Verão tardou
mas veio e para ficar,
no que o solstício ordena
em ordem, sábia e eterna,
por quem a soube Criar!
Ver os dias a passar
sem benefícios à vista
dá muito que pensar.
Há até quem não resista.
Praia, não é para mim
e se dela tanto gostei,
agora que lhe dou fim
com saudade, chorarei.
Mando os políticos "à fava".
Será este o meu manifesto,
numa explícita palavra,
devoção, não lhes presto.
Voltar às vidas antigas
por vezes até apetece.
Ouvir umas boas cantigas
e a televisão se esquece.
Se para algo ainda presto
e vos puder ajudar,
acorrerei, de modo lesto.
Basta que me venham chamar.
As nódoas são já tantas
caídas em mau pano.
Em nada nos espantas
e só nos causas dano!
Agora, venham os outros
que não serão poucos,
no acerto das nossas contas.
Um, já está de partida
e oxalá que mesma medida
puna, essas cabeças loucas.
Cortaram a voz ao poeta
porque a verdade incomoda.
Tentarei atingir a meta,
dando a volta, andando à roda.
Porque mesmo com voz débil
continuarei a ousar.
Para me considerar estéril
só quando a voz me faltar.
É uma triste conclusão
ser julgado com exclusão.
A quem diariamente me segue no Facebook, informo que o que hoje editei
foi recusado de publicação, Não sei quem se sentiu incomadado com a Verdade
que a Democracia concede.
Fica o reparo. Continuarei, no meu blogue de sempre.
Com tão elevados dispêndios
na conquista dos astros
se esquecem os compêndios
que sugerem, recursos bastos,
guardados pelo mar como seus.
Quando acordará o Homem
e com grande Fé em Deus
esses "descobrimentos" se tomem?
Neptuno, finalmente dominado
por tecnologias de momento,
revelará, "Novo Eldorado".
É hora de iniciar o movimento,..
Se considerarem a ideia pateta,
a culpa só poderá ser do poeta.
("Neste Lugar Onde Nasci")
O Estado, perdulário,
deixa roubar o erário
e não aje em conformidade?
Revela a falta de meios
mas aos pobres, sem rodeios,
não perdoa, a maldade.
Com liberdade obtida
por caução de cinco milhões,
provam a sua rica vida
no planeta dos "sultões".
Quem pode, paga ao momento.
Se não pode, "irá dentro"!
País assim tão pequeno
onde cabem tantos ladrões?
É como atingir um pleno.
na pior das profissões.
Governantes ratoneiros
e mafiosos banqueiros
unidos por vil cobiça,
defendidos por "maus" advogados,
lançaram um esquema dos diabos
em Governos de preguiça.
Ninguém viu ou, quis ver
para não se comprometer,
talvez, estando comprometido?
Tudo pode ser admitido.
Foi complexa, bem tecida
essa monstruosa teia
que de forma bem precisa
pasmou, a gente plebeia.
Levada a cabo por "ilustres"
mestres da manipulação
que sem estarem p'los ajustes,
deficitaram uma Nação.
Assalto à Banca sem armas
com artes maquiavélicas,
alimentadas por karmas
e atitudes, angélicas ...
Quantos os implicados?
Decerto muitos, bem contados.
Com o cariz "filosofal
de um conhecido, "animal"! ...
Já fui um menino,
acreditei no Jesus,
ganhando tino,
à razão fiz jus,
não ligando ao Pai Natal.
As coisas são como são
e ultrapassado o trivial
quem manda é o coração.
Se faça o que ele ditar,
sobretudo e, intensamente,
conjugar o verbo amar,
pensando em toda a gente.
("Neste Lugar Onde Nasci")
Gravitas em meu redor.
Pois que o teu Sol eu seja.
Para mim não há melhor,
desde que assim te veja.
Como Lua a brilhar,
girando à minha volta
com esse teu lindo olhar
e alegria, bem solta!
Este "nosso universo",
deu lugar a simples verso.
Venero em homenagem,
meu pai, "homem-coragem".
Vivendo sozinho uma vida
fez disso, o seu paradigma.
Minha mãe foi uma Santa
e por fazer tanto bem,
o que a mim não espanta,
Deus, a seu lado a tem.
Viver sem gozar a vida
será benesse não conseguida.
Foi o crédito desbragado
que liquidou o Berardo.
Acreditem, sempre cumpri,
sem alarde mas nunca cobarde.
Não tem estatura moral para o cargo.
O direi, sem qualquer embargo.
O Governo apertou as restrições,
amansando os foliões.
Haja quem saiba bem ordenar
e nós o saberemos respeitar.
É um abusar da paciência
a que devemos obediência.
Nós, os velhos, vamos cumprindo
porque já vacinados,
outros, apenas sorrindo,
como tontos, desacreditados.
Mas paga o justo pelo pecador.
Valha-nos Deus, Nosso Senhor! ...
Com vacinação completa
e entra de quarentena?
Uma coisa talvez certa,
a atitude tem esquema:
Não responder
ao que está a acontecer?
E o ministro em questão
de oratória sempre pronta
não teve a digna menção
de desculpa pela afronta?
Ser dono de uma garagem
e devedor de tantos milhões,
será demais a coragem
mesmo ao maior dos vilões.
O que escrevo é por gosto
pessoal e transmissível.
O problema assim posto
torma a missão, credível.
Apesar da raiva e da revolta
os cães continuam à solta,
ladrando as sua razões.
Sem açaime, mordem as canelas,
dando aos pobres mais mazelas,
a juntar às de outras ocasiões.
Porque delas se faz ladrão,
tudo abocanha, o voraz cão.
Até quando suportar a matilha?
Será eterno, este nosso desatino
ou, virá alguém a mudar o destino
que nos mantém nesta armadilha?
("Neste Lugar Onde Nasci")
Sinto que me falta realizar
algo de que me possa orgulhar.
Nem sei bem o quê ...
Não grandioso mas sublime,
como, aliviar o que se oprime,
dar olhar, a quem não vê.
Mas de milagres só Deus.
Ficarão apenas, os sonhos meus
Os trabalhos sinalizados
contrariam o ministro.
Factos assim revelados
têm um cariz bem sinistro.
Louvados e condecorados
no passado recente
são agora, arguidos visados?
Uma vergonha da nossa gente.
Uma complicada variante
quebrou o encanto do instante.
Não fora, condutor do ministro,
assistiaríamos nós, a isto?
Serei voz a pregar no deserto
mas provarei que estou certo.
Passam a vida a analisar
e não há meio de acertar?
Com pressa de chegar a casa,
a viatura, iria na "brasa"?!
Falsear a verdade
e fugir à respondsabilidade?
Uma epidemia no centro das atenções,
esquecidas outras más situações?
Com uma Oposição capaz
este Governo já seria contumaz.
Liberdade e responsabilidade
no viver em pleno à vontade.
Escrevo com imaginação
errando na pontuação
e de modo, irreverente.
Digo o que sinto com gosto
e esse sinal, sempre posto,
deixa-me ficar contente.
Pequenos prazeres,
preenchendo os meus lazeres
