quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Compreendo que te queixes
Pobre gaivota no teu ralhar
Já o mar não te dá peixes
Maus homens os foram roubar.

DO MAL O MENOS

Procuro, do mal o menos.
Singularidade dos pequenos
Que se contentam com pouco.
Para quê grandes ambições
Se os nossos corações 
Estão fartos do Mundo louco?

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Nivelem os pratos da balança
Não faz sentido a desigualdade
O que se esbanja na abastança
Matava a fome da humanidade.

SER OU NÃO SER...

Se fôssemos cumpridores,
Das leis feitas por doutores
Com imparcial validade,
E existisse uma Justiça,
Igualitária, com destrinça
Para toda a sociedade,

Seria diferente, a "paisagem"
Neste país, "meio-selvagem".
Tantas as lombas, para quê?
Qual a razão das rotundas
E pilarete, porque abundas?
Ninguém cumpre, já se vê!...

Leis justas, multas passadas,
Tornariam as pessoas regradas
No seu mal-fazer constante.
Carros sobre os passeios?
Obstruções, por todos os meios?
Multa aplicada, ao "Zé-pagante"!

Devagar, muito devagarinho,
Aprenderia, o nosso povinho
Que respeito é coisa bonita.
Se alimentava, o cofre do Estado,
À custa do mal-comportado.
Graciosa, a ideia aqui fica!


SAGRES

Que ninguém esqueça!
Aqui, onde o mar começa
Se escreveu epopeia.
A de um povo, pequeno
Na estatura, e moreno.
De fé, a alma tinha cheia!

Aqui, onde a terra acaba
Que a voz não fique calada!
Se recordem os grandes feitos
De homens pequenos, valentes
Que mostraram às outras gentes,
Porque foram, por Deus eleitos!

OBSERVATÓRIOS

Quantos são os observatórios
Criados para albergar finórios
Amigos de quem ordena?
Observados com bons olhos
Sabe-se, serem aos molhos
Mas que ninguém os governa.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Da árvore que plantares
O seu fruto comerás
Se à tentação recuares
Da culpa te salvarás.

GREVES ETERNAS

Senhores renitentes grevistas,
Alarguem o horizonte às vistas.
Criem, "outras formas de luta"!
Basta de prejudicar o semelhante.
À vossa teimosia constante,
Nada de positivo, resulta!

ALÍVIO OU MAIS SUFOCO?

Prolongar o prazo de pagamentos,
Não nos trará maiores lamentos?
Prolongar, pressupõe ir mais além.
Mas se já estamos tão no fim,
Do que não interessa, por ruim,
Qual será afinal, o nosso bem?

Ir mais longe mas no mesmo
Aperto e sacrifícios a esmo?
Mais valia o mal, como estava.
Pois sendo mais prolongado,
Faz lembrar, o carneiro tosquiado,
Quando a lã, procurava.



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Fecha os olhos a fadista
Quando canta o seu fado
Se gaba qualquer vigarista
Ao enganar um descuidado.

BUROCRACIAS BALOFAS

Tirem de mim, numa só vez,
O que o vosso "apetite" desejar.
Não quero saber dos porquês.
Mas viver, com o que restar!

"Depenados", por fracções,
Causa dano a todos nós.
Mas em resposta a vilões,
Não calaremos a voz!

Rasguem, todas as burocracias!
Papelada inútil e abjecta.
O Mundo evoluiu com melhorias
E nós, sem a porta aberta!

Tapam-nos os olhos com poeiras.
Abusam da passividade
Com que aguentamos asneiras,
Dessa vossa mediocridade.

O I.RS., é prova provada,
Dos incompetentes tecnocratas.
Ano após ano, a regra alterada.
Papéis? Só provocam mala-patas!


O AMBICIOSO

Com tanta vitória à vista
No dizer, do senhor socialista,
Até já se prepara a lista
Para atribuição prevista
Da nova governação, revista
À qual, não haverá quem resista!

domingo, 27 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

A Poesia mora no pensamento
Libertá-la é ser poeta
Chegará alegre ou em lamento
Basta ter a mente aberta.

SEJAM ORIGINAIS

Farto-me de tocar na ferida,
Com crítica tão difundida.
As nossas estações de Têvê.
Terão de ser todas iguais?
Porque não antes, originais?
Pagam a gestores, p'ra quê?

Se um canal, dá lições de cozinha,
Logo outro não se abespinha
E chama também um artista.
Seja homem ou mulher
Desde que mexa a colher,
Temos culinária à vista!

Os comentadores políticos
Nos seus enredos analíticos,
Agora, apresentam literatura.
Estação que se preze
Tem de divulgar quem escreve,
Dar a conhecer, a criatura.

Depois, as famigeradas telenovelas,
Para mim, rainhas das mazelas
Que imperam neste rincão.
Seguidas, umas atrás d'outras,
Deixam as cabeças loucas
A quem lhes dá, continuação.

Sorteios de muita "dinheirama",
Aos gritos anunciados por dama
Apresentadora do dito cujo,
Igualzinho, no canal opositor.
Às vezes, aumentado em valor,
No jeito de jogo sujo.

O mesmo passatempo, com carros,
Proliferam, não são raros!
De boa marca, a saber.
Rara é pois a criatividade.
Porque não outros de validade?
Há tanto, por onde escolher!...

Isto assim, é deveras "pindérico"
Bem ao gosto, "made in ibérico".
Noticiários, de meia em meia
Requentados, por tão iguais
Chegam a ser, por demais!
Uma autêntica panaceia!

Quanto ao resto, nem falo.
É tudo, um perfeito regalo,
A "engolir", no dia a dia.
Claro! As nossas televisões,
Têm aqueles tais botões...
Click! Acabou o mal que havia!

sábado, 26 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Não fiques à janela
Goza o momento na rua
Sente como a vida é bela
À noite ao ver a lua.

"OPINIÃO PÚBLICA" - SIC

A interrupção, à "Opinião Pública"
Que se verificou, de novo,
Para ouvir, uma "figura única",
É prática, a que apetece deitar ovo!

Falta de respeito, pelos "em linha"
Só porque um "douto iluminado"
Venha verberar, quando tinha,
Em agenda, um caso tão elevado?


Mau serviço!
Tenham juízo.
Qualquer fulano de tal,
Falará, no próximo "jornal"!

INEGÁVEL

A insistente desfarçatez,
Como um conhecido freguês
Se eleva e candidata,
Ao tão desejado "poleiro",
De ser o próximo primeiro,
Se revela, de "grande lata"!

O MAL COMPORTADO

Um ilustre do Governo
Que não usou de bom termo
Em actividade antiga,
Foi agora, "posto na rua",
Devido à tal falcatrua
E a coerência, castiga.

Só gostaria de saber,
O que lhe irá acontecer.
Pobrezinho, no desemprego?
Qual o farto pratinho,
A dar ao rapazinho?
Ou ficará, em segredo?

A MEDIDA DO HOMEM

"O Homem é a medida
de todas as coisas".
Não procurem
tolher os seus movimentos.
Nunca o enclausurem!
Nem por momentos.
Nasceu livre.
E porque a liberdade
lhe pertence,
ninguém pense,
alterar esta verdade!

ME CONFESSO

Não sou muito letrado.
Consegui o meu "mestrado"
Na Universidade da Vida.
Decifradas as primeiras letras,
Aprendi, verdades e pêtas.
Me considero, pessoa sabida!

Sabedoria, em parte obtida
Em muita leitura escolhida,
Conforme a idade e momentos.
Quantas aventuras do Sandokan,
"Devorei"em frenético afã,
Procurando seguir exemplos.

Na maturidade, os clássicos.
Contemporâneos, desde prefácios
Aos epílogos, tudo intensamente.
Alguns, em repetidas sessões,
Como o "Canto Nono"de Camões...
As ninfas, apimentando a mente,...

Depois, agora e espero, sempre,
A escrita se inseriu na mente.
Nasceu em mim, novo vício.
Todas as letras que aprendi,
As juntei. Recordando, as escrevi,
Em verso...e sem sacrifício!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

A felicidade e a paz
São apenas dois caminhos
Tal conceito se desfaz
Quem os julga seus destinos.

RECRIAR PORTUGAL

Vamos criar um Portugal novo!
A partir da máxima do ovo:
Galinha o põe e é branco.
Homens da maior honestidade
Ditem a Justiça da Equidade.
Aos partidos, se dê espanto!

De parasitas, estamos cheios!
Deixê-mo-nos de tantos rodeios
Sindicalistas, promotores de greves,
Se façam retornar ao seu posto.
Ganhem do trabalho melhor gosto
E se pergunte: -para que serves?

Volte, o Serviço Militar Obrigatório!
É um facto bem notório,
A sua falta prejudica a juventude.
"Cultura das Noites Vadias"
Não dá saúde nem valias.
Servir, honrando a Pátria, é virtude!

Também, por Deus Todo Poderoso,
Desenvolvam o esforço piedoso
De conseguir lugar aos desempregados.
O ócio é péssimo companheiro.
Só dá vícios e não o dinheiro
Que mantém famílias sem cuidados.

Tu, homem de tão boa casta,
Enche o peito e grita, basta!
Ladrões, devolvam o que roubaram!
Incompetentes, mudem de profissão.
Se dê valor a quem ganha o pão
E dos altos valores sempre cuidaram.

Assim, renascerá Portugal,
Como desejam os que, sem mal
Sofrem castigo, por outros praticado.
País pequeno, que é tão grande!...
Através de todos nós se expande,
Desde que, devidamente orientado!


LOURAS TRANÇAS

Por entre nuvens
Um raio de sol
Iluminou a tua cabeça
E aquelas tranças
Ficaram de ouro.
Fotografia divina
Que guardo como tesouro
Do tempo,...
Eras tu ainda menina!

AMOR VELHINHO

O nosso amor tão velhinho
Já perdeu a sua frescura
Dele nasceu um carinho
A que se junta ternura.

A ternura dos setenta
Companheira da verdade
Connosco à mesa se senta
A mastigar a saudade.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Com sol na eira
E chuva no nabal
Crescem à maneira
Os "nabos"em Portugal.

LAUTAS REFEIÇÕES

O "Trem de Cozinha" governamental,
Com tantos tachos e panelas
E, em atenção a algum animal,
Também bom número de gamelas,

Denunciados pelo senhor, Mendes,
São de arrepiar os cabelos!
Tantos! Fartos! Indecentes!...
É imperioso conhecê-los.

Circula por aí, via Informática,
A denúncia dessa promiscuídade
Não só, pela má prática,
Sobretudo, por enorme quantidade.

Como eleitos, pagos a bom dinheiro,
Tais dirigentes das "misericórdias",
Desde o doutor ao trapaceiro,
Todos comem, das "mixórdias".

IMPOSTOS E TAXAS

Todos os impostos que pagas.
Não satisfazem a gulodice,
Das várias e imensas pragas
Que navegam à superfície.

Porque há outras ocultas,
Disfarçadas ou encobertas,
Muitas adjectivadas multas,
Todas fruto, d'almas espertas!

E ninguém reclama. É obra!
Será, esta prática legal?
Tanta sofreguidão lhes sobra
Para "sacar" o vil metal??

Simplifiquem, almas danadas!
Criem, o raio de um imposto
Único, a manter saciadas,
As fomes, a vosso gosto.

Nos concedam tranquilidade!
Do mal, uma só vilanesa
Nós pagaremos a maldade,
Por uma vez, com certeza!

Mas saberemos o que pagar.
De momento, só nos resta duvidar!

PENITÊNCIA

Empresas Públicas em falência,
Com gestores, pagos em evidência?
Há por aqui, uma falsa ciência
Desprovida de clarividência.
E nós, a pagar a indecência?
Valha-nos, uma santa paciência!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

É tão lindo o teu sorriso
Encanta quem o recebe
Eu, fico-me sem siso
Se tua graça, a mim o cede.

O QUE SE VÊ NA TÊVÊ

Na leitura dos Noticiários
As senhoras apresentadoras,
Nos seus afazeres diários,
Têm amostras encantadoras:

Os seus anéis descomunais,
Sobressaindo dos finos dedos,
Ao indicar, nos jornais,
Notícias de grandes relevos!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Quando se trata de palha
Até os burros se aliam
Em conjunto, nenhum ralha
Comem juntos, não retaliam.

DIFERENÇAS

Enquanto a maioria geme,
Nada de novo, quanto ao BPN.
A mais escandalosa passividade
No aumento do somatório de custos
E ninguém, nem nada, nem sustos,
Conseguem apresentar, dignidade.

HÁ RICOS EMPREGOS

D.Conceição, da Assembleia,
Reformada por doença,
Conseguiu, bom pé-de-meia,
À custa, dum tal partido.

Nomeada presidente,
Ganha agora de dois carrinhos.
É vê-la! Tão sorridente!...
Nos parlamentares carinhos...

O NOSSO MOVIMENTO

Movimento dos Reformados.
Repúdio dos incomformados
Mais que muito, prejudicados,
Por fulanos mal-formados
Que nos igualam aos instalados
Com hipóteses de seus ordenados
Se para tal lutarem e, motivados,
Possam alcançar bens, reservados
A quem trabalha. Públicos ou privados!

Ao reformado e pensionista,
nada resta! Estão fora da lista!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Não tente o Homem
Contrariar a Natureza
Ousadias que se tomem
Darão mal com certeza.

O PRAZER DA ESCRITA

Não tivera da escrita,
este prazer
que me suscita,
registar o pensamento,
sem patente,
apenas por passatempo 
e assente
em pontos de vista,
bem meus,
sem que exista,
uma lei, além de Deus,

...o que faria,
ao longo do meu dia?

SÓ TU

Só tu poeta
consegues, porque o és,
ouvir o marulhar das marés
quando o ciclo se completa
ou, se por porta aberta,
sabes decifrar o vento
na sua voz de lamento,

porque, ser poeta é ouvir,
o que outros mal conseguem definir.

domingo, 20 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Se o Fado é forma de vida
Quem na vida canta o fado
Tem a alegria sentida
De o sentir a seu lado.

MENINOS À ESCOLA (EM ÁFRICA)

Imaginário.

Meninos negros da sanzala, 
os vejo, na vossa aula,
em aprendizagem singela,
das letras do abecedário.
Como é singular, o cenário:
na "sala", a imensa janela,...
que não existe, onde está ela?
À vista, as terras de Catumbela,
extensas, lisas, cobertas por capim
e vós, absorvidos na escrita,
debruçados, em imagem bonita,
sem queixumes, do ruim,...
Que é tudo e muito! É tanto!...
Desde a carteira, cujo tampo,
é tábua de árvore do mato.
O banco, também pouco confortável
que alguém, de modo amável,
fabricou, toscamente, por inapto.
É tão pobre a vossa escola!
A vós, também pobres sem sacola,
deram lápis, caderno e pouco mais.
O livro é geral, p'ra recitar o bêabá,
aprendizagem universal, de cá e de lá,
das nossas linguagens dos "portugais"

     ...que os meninos de cor aprendiam,
     sem saber, que outros tempos viriam!

sábado, 19 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Quando o mal bater à porta
Deves espreitar à janela
O que vier não importa
Se tiveres sopa na panela.

COMO SERIA?

Como viveríamos sem partidos?
A pergunta é algo inocente.
Mas, opinião sem pruridos:
Bem melhor! Ponto assente!


Um partido, pressupõe
Molhada de rapazolas
Que por si, põe e dispõe
Ideias, por vezes artolas!

Como divergem, entre si
E com floreados se enfeitam,
Todos vemos, eu já vi...
Espremidos, pouco deitam!...

FINALMENTE?

Considero-me, um justo.
A César, o que é devido.
Admito, sem máximo custo,
Um aplauso, por merecido.

Pensionistas milionários,
Bem registados, com assento?
Sejam todos, igualitários,
Nos tais, noventa por cento!

Qualquer reparo se teça,
A repudiar a decisão,
É bom que não esqueça:
Ninguém merece, tanto pão!

A RESPEITÁVEL CLASSE

"Quem vê caras não vê corações"
Mas gostaria de fazer avaliações,
Olhando, um a um, os deputados
Que "inundam" o nosso Parlamento.
E tentar, ler-lhes o pensamento,
Nos vislumbres facultados.

Faria assim o meu juízo.
Pessoa que sou, de bom siso,
Quase vos posso garantir,
Sem muito errar na avaliação:
A maioria dos que lá estão,
Pouco mais faz, do que ouvir!
                      ...quiçá, dormir!

COERÊNCIA

Professo,
na linha do que leio
e confesso
não me ficar pelo meio,
ao seguir 
em teoria do pensamento,
sem regredir,
o que me alegra ou lamento.
Culpar agora,
jamais será por negligente,
do desculpar, na hora
se tal exigir, a minha mente.
É a coerência
de quem avalia e incrimina
mas tem benevolência,
no animar, o que se afirma!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Presunção e água benta
São caprichos de mulher
Da primeira estás isenta
Benze-te se te aprouver.

O TODO PODEROSO

O senhor, nosso presidente,
Também doutorado professor,
Não achará, pertinente
Agir, em nosso favor?

Se tão pouco erra
E, raramente se engana,
Porque não declara "guerra"
No uso de mente sana?

Dar, uma volta ao texto,
Exigindo, à má gente
Que nos governa (e lesto),
Moderação ao mal existente?...

P.M.R..

Partido das Mulheres Revoltadas.
Porque são as mais sacrificadas
No contexto desta barafunda,
Em que lançaram as nossas vidas.
Elas, regra geral, tão sofridas,
Quando o dinheiro não abunda.

VERDADES PROVERBIAIS

"Branco é, galinha o põe"
Tal verdade, quem contrapõe?
Desemprego e baixos salários,
Reduzem o poder de compra.
Não o pensa a cabeça tonta?
Vivemos em tempo de "otários"?

O BEM TRAJADO

Um facto, fique assente:
Veste bem, o presidente!
Daí advirá o queixume
Da sua reforma escassa.
Guarda-fatos, livre da traça?
Custa caro, um tal costume!

DUODÉCIMOS

"Tapar o sol com a peneira",
Esperteza, feita à maneira,
Dos duodécimos a pagar.
No final do ano, feitas contas,
Se avaliarão as afrontas
Que nos estão a causar. 

REPÚBLICA DA CONFUSÃO

Enganos, contas furadas,
Más previsões, trapalhadas...
Uma triste vida d'inverno.
Tudo torto, aos ziguezagues,
Por culpa d'uns "bonifrates"
Que nos deitam pró inferno!

A SITUAÇÃO

A situação está bem preta!
O pessoal não tem cheta
P'ra gastar na mercearia.
Sem dinheiro pró petróleo,
Estamos já no velório
Que enterra a Economia.

PERGUNTAR SEM OFENSA

Se Eanes fosse presidente,
Nesta situação actual,
Se manteria indiferente,
Ao descalabro geral?

PROMETER E CUMPRIR

No seio da vulgaridade,
Ainda há quem fale verdade.
Ministros, assim tão escassos,...
Prometer e cumprir, cabalmente?
Caso, deste Gaspar, excelente!
Não deixa sombra d'embaraços.

"Enorme aumento de impostos"!
Atingido nos pressupostos!
Assim dá gosto ter ministros,
Rigorosos e muito cumpridores.
Nada comparáveis aos estúpores
Que chegam a ser sinistros.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Públicos contra privados
Parece ser a estratégia
Dos espíritos mal-formados
Por alguma carta-régia.

O ACUSADOR

Professor universitário,
Publica em jornal diário,
Denúncias de estarrecer.
Se pergunta, como é possível,
A culpa, assim tão visível
E ninguém a esclarecer?

O senhor, Paulo Morais *
O que diz, não é demais?
É tão fétido, este lamaçal
Que envolve tais personagens
(Mais as tantas vassalagens)
No compadrio de Portugal?

*Às terças-feiras, "Fio de Prumo"
em Correio da Manhã.

INSISTÊNCIAS FASTIDIOSAS

O repetido, "manhã" de Macedo,
O despir de casaco do presidente,
Imagens repetidas em folguêdo,
Na Rádio e T.V., da nossa gente,

Já cansam, o Zé-pagante!
Anda tudo tão adormecido?
Não há quem veja o desplante
E dê, o mal por suprimido?

A SOLUÇÃO?

Vamos deixar-nos de embustes!
Juntem-se os homens ilustres,
Os que nada têm a temer
E. em força, de viva voz,
Se ergam! Invoquem os prós,
Fazendo a Verdade, vencer!

O SOL QUANDO NASCE,...

O Sol, ao nascer,
aquece por igual,
todo e qualquer ser.
Perfeito!Convencional.

Um pormenor, todavia,
marca uma diferença:
Há quem sinta a vida fria,
por ser pobre de nascença!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Tudo é Poesia nesta vida
A vida toda ela é poesia
Mas para alguns bem sofrida
Por castigados em demasia.

TODAY...

Hoje, é escassa a palavra
Nesta minha diária "lavra".
Dou descanso aos desabafos.
Será, o vislumbre da esperança?
Mas, vejo-a ainda tão criança...
Tão pequenina em meus braços!...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Quantas mais vezer ligar
Mais hipóteses tem de ganhar
Mas não vá depois lamentar
No acto da conta a pagar

PLANO DIABÓLICO

Não é bem a Bíblia Sagrada.
Antes, "Enciclopédia do Terror"
Revista e sàbiamente melhorada,
Com novas cargas, a apor.

Tão tolinhos que vós sois!...
Deitar assim, o barro à parede?
Pelos nomes se chamem os bois!
Ide "pescar"com melhor rede.

A menos que o vosso desejo,
Seja destruir todo um país
E, não tenhais o ensejo,
De divulgar qual a matriz!

DE MÁ RAÇA

É da "raça barrosã".
Se alimenta em bom prado
E, com todo o afã,
Gosta de fazer-se notado!

"Marra" a torto e a direito,
Ditos de inconveniência.
Aquele "bicho-sujeito",
Tem direitos à ingerência?

A questão, assim posta:
Deixe-nos, com nossas mazelas!
No seu prado, "largue a bosta",
Aí, a esses tais de Bruxelas!

TRISTE REALIDADE

Deus o criou
e o Homem o mudou:
O Mundo em que vivemos!
Baixou, a Moral,
cresceu o Mal.
Da decência, pouca temos!

Segundo a Lei,
pelo que sei,
compete aos filhos,
no "final da corrida",
aos pais dar guarida.
Poupar-lhes cadilhos.

Hoje, o lamento
aumenta o sofrimento,
dos que deram à vida,
tudo o que tinham.
Mas definham,
em etapa sofrida!

Na constatação,
não há sermão
que me consiga convencer!
Ou Cristo volta
e há revolta,
ou tudo acabará por morrer!

EREMITA

Não sou pensador, nos desertos,
Nem prego sermões a peixes.
Apenas eremita dos meus versos.
P'ra ti serão! Não os enjeites.

Desta partilha, nada mais quero
Além de um pouco d'atenção
E saberes, quanto venero,
Da Justiça, toda a Razão.

Me sentirei bem realizado
Se comigo comungares,
Este pensar, tão pensado,
De coisas, factos e lugares.

Depois, fará todo o sentido,
Sair da minha clausura.
Encontrei alguém amigo,
Que me ouve e me procura!

DIZERES DE DESAGRADO

No simples gesto de escrever,
O que tenho para vos dizer
Não é, de todo agradável!
Se, por naturalmente, já "gasto",
O caso, com laivos de nefasto,
Poderá até, ser desculpável.

Acresce que existe algo mais,
Além dos defeitos pessoais.
É a vida! A triste vida que temos!
Tão estragada, suja, com defeitos!...
Por culpa de uns certos sujeitos,...
Dizem-nos, tão pouco valemos!

Não por palavras mas por actos!
Porque, manifestamente inaptos,
Esbanjam o erário colectivo.
Contraem dívidas de estarrecer,
Não pagas, até quando eu morrer,
Como se tal, fosse apenas subjectivo.

Daí, nasce a minha revolta!
Dentro de mim, ela se solta
E da incapacidade - a reconheço -
Valho-me da escrita, simplesmente
Para expressar, firme e vivamente:
-Isto não! Nada fiz! Não mereço!!!

domingo, 13 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Era já noite cerrada
Dizia a mãe para o pai
Não creio estar enganada
O teu amor já lá vai.

PÁSSARO MULTICOR

A Poesia ,
é como pássaro de mil cores
que voa e sobe
a alturas do imaginário.
É frágil e sujeita,
à indiferença dos insensíveis.
Não pousa na árvore
que a enjeita!

DIA DE REIS

Recordando o passado dia 6:

Pelo calendário cristão
E no cumprir da tradição,
Hoje, é o "Dia dos Reis".
Como tal, seja reconhecido,
Ouro, nas mãos do bandido,
Incenso já não há, foi vendido,

Como já todos sabeis!

Quanto à mirra, estamos ditos!
Bem mirrados e aflitos,
Nós os pobres do presépio.
Demos por terminadas as festas,
Pois já chega das indigestas,
Lamúrias, do favor e obséquio!

FALANDO DE ANIMAIS

No Reino dos Animais,
Os coelhos aos saltinhos
São como os pardais
Quando saem dos ninhos.

Saídos da coelheira
Nos seus passos originais
Provocam a brincadeira
Que chega a ser por demais.

Por tal, assim sujeitos
Aos "caçadores" da época
Que lhes chamam, contrfeitos,
Seus animais da récua!

CUIDADOS PALIATIVOS

A atitude deste Governo,
De injectar o nosso dinheiro
Nos bancos, sem meio termo,
Dá que pensar, a ordeiro.

Em verdade não percebo.
Ao Capital, injecta milhões.
A nós, a "cura por placebo",
Não nos tira as aflições.

NA SENDA DA VIGARICE

Quem não paga o que deve
Será vigarista! Não prescreve!
A vergonha na cara é inexistente.
Há tantos...com tal montante,
Na grandeza igual ao desplante,
De serem tidos, alguém decente!...

Não têm prisão destinada.
Andam por aí, "em cabrada"
Que tudo come com avidez.
Exemplo, de banco falido
Que querem ver reerguido,
À custa do pagante português.

sábado, 12 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

É preso quem rouba uns cobres
À solta ladrões de milhões
Só há celas para os pobres
Os ricos não têm prisões.

REPÚBLICA DO BANANAL

Há pensamentos que pela verdade,
De quem os disse, na oportunidade,
Ultrapassaram séculos, para ficar,
Na memória de vindouros, vincando,
Os muitos porquês, causas ou desmando.
De certo modo, obrigar a pensar.

É o caso célebre, do romano
Acerca deste velho povo lusitano:
"Não governam nem se deixam governar"!
No correr dos tempos, quantos mais ditos?
De sabor popular ou eruditos,
Se continuaram a divulgar.

Hoje, acrescento um outro.
Simples, a meu modo, não douto:
"Foi por se governarem, tanto e bem
que este país está de pantanas"!
Virou, República das Bananas!
E se sabe, por quantos e por quem!...

RECORDAR O EÇA

Eça de Queirós, actual:
No panorama deste Portugal,
"Políticos e fraldas devem ser mudados
frequentemente, pela mesma razão".
A políco porque é aldrabão.
Oa bebés, não se querem molhados!

E, no contexto, se segue...
Pelo muito que fede!

O MAU COZINHADO

Mas que grande alarido,
Provoca um tal relatório!
Afinal, não passa de cozido,
A "comer"por obrigatório.
Cozinhado de parceria.
Nós, demos a receita ideal.
O Fundo, como por magia,
Nos serve, a ementa geral!

Parvo é que eu não sou!
Mas tenho de comer e calar,
Pois quem "neles"votou,
Não permite salvaguardar.

É assim com as maiorias.
Têm virtudes e defeitos.
Esperemos pelas acalmias,
Ou por melhores sujeitos!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Somos gente boa
Conduzidos por má gente
Neste desancar à toa
Num sentir que se sente.

PARQUE DOS POETAS - I I

Por si, eles esperam,
No parque que é seu
E onde se veneram,
Cada um, pelo que deu,

De si próprio, sem paga,
Em Poesia gratuíta.
Todo um conjunto, na saga,
A não ver, de forma fortuíta.

Antes, em contemplação,
Como deve ser visto o poeta.
Se santo, como em oração,
Mantendo a mente, aberta

Para absorver a palavra,
Escrita na pedra dura,
Como terra que se lavra.
Tal um orvalho, na secura...

Um encanto, eu sinto.
A colina, Parque dos Poetas,
Se transforma em novo Olimpo,
Lugar de pensadores e profetas!

FRAUDE NA SAÚDE MILITAR

Porque fui militar,
Sinto-me revoltado.
Se deveria averiguar,
Quem cometeu o pecado.

Defraudar a Saúde,
Com maus proveitos,
Não é boa atitude
Dos senhores eleitos.

A limpar a face,
Punam os culpados!
Basta de disfarce.
Lugar aos honrados!

BUROCRACIAS

Certas medidas impostas
Neste país desgovernado,
Deixam gentes mal dispostas,
Pelo caos, implantado.

O "Simplex", já lá vai.
Poucos frutos produziu.
A burocracia não cai,
E anda tudo no vazio.

Papeladas e maquinetas,
Exigências de tal monta
Que parecem obsoletas,
E se lhes perde, a conta.

As fugas prevalecem.
Sabe-se do seu porquê.
Só os próprios se esquecem,
Do verdadeiro, a b c.

Que é, exagêro d'impostos.
Moderem. Sejam justos!
Ficaremos, bem dispostos,
Todos vivendo, sem sustos!

OS ROUBOS E PERMISSÕES

Aos que roubam pela calada
Se juntam os calaceiros
Que não investigam nada
Mas pagos, com bons dinheiros.

Só assim dá p'ra entender,
Pela leitura dos jornais,
As fraudes, de estarrecer,
Em somatórios p'ra demais.

Como não há cela vazia
Que albergue tão má gente,
As Finanças, levam razia!
E o povo, esse consente?

RELATÓRIO F.M.I.

Ministros, secretários. assessores,
Todos letrados, muitos doutores,
Votados e eleitos p'ra governar.
Não chegam, os cá de dentro,
Vamos lá fora, buscar talento,
Para nos dizerem, como "sacar".

No actual mau momento,
Isto até parece de jumento!
Porque toca, um sapateiro,
O rabecão, se não tem jeito?
Dedique-se antes, com efeito,
À profissão de sucateiro.

É certo! O país é já sucata!
Da nada vale, a grande lata
Com que apregoam melhorias.
Depois, a aldrabice é tanta
Que a mim não me espanta,
Haver por aí, certas aleivosias,...

E, Deus me perdoe o pecado
Mas este estudo encomendado
Parece ter "água no bico".
Deve ter vindo mesmo aos jeitos
Daquilo que certos sujeitos,...
A entendidos, nada mais digo!

Agora, até "umas moedinhas"
dão palpites, às alminhas!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

A esperteza do ladrão
Está na arte peculiar
De dar com uma mão
E com a outra tirar.

NOVA CULTURA

Taxa do IVA reduzida
Para sessões de pornografia!
Ver uma mulher despida,
Menos que artigo de mercearia!

Está tudo "avacalhado"
Neste país sem conserto.
Não lembra, nem ao diabo!
Quem aprovou, será gebo?

Rebolar o rabo é arte?
E quem vai ao espectáculo...
Um raio que o parte,...
Pague bem, no tabernáculo!

E É DA ÉTICA!

Uma deputada do P.S.,
Da Comissão de Ética,
Por momento se esquece,...
Que coisa piadética!

Quem bebe, não conduz!
E, em tal quantidade?*
A senhora, é de truz!
Esquecer, esta verdade?

Pertencendo, à ética?!...
Ficaremos, decerto a saber,
A maneira académica,
Como o caso se vai resolver!

*2,41

MÁ GOVERNAÇÃO

"Somos governados por uns rapazes
que não sabem o que andam a fazer"*
Daí, se mostrarem tão incapazes,
Nos propósitos do bem-resolver,

Os problemas que nos afligem.
É certo! Eles tentam e fingem,
Com balelas, de tirar a cartola
Mas aretórica, por repetida,
Deveria e bem. ser entendida,
Pelos tantos que pedem esmola!

*Domingues de Azevedo
Bastonário dos técnicos oficiais de contas.

FALTAVA-NOS ESTA!

Agora, vem o F.M.I.,
A dar machadada final!
Já ninguém se ri.
"Comem" todos por igual.

Só lá vamos à tareia!
A doer e da grossa
Para limpar a teia
Que nos retém, na fossa!

O MEU LAMENTO

Reconheço e lamento.
Minha poesia é drástica.
Acreditem! Eu bem tento,
Mudar, com nova plástica,

A face do que apresento.
Não o consigo porém,
Neste viver, tão cinzento,
Onde não habita o bem.

Gostaria; Se gostaria,
De expressar bem o amor,
Em temas de alegria,
Dando graças, ao Senhor!

Tenho pena mas não consigo.
Há uma força que não venço!
Terei de viver em castigo,
Ser algo a que não pertenço?

Não é esse o meu desejo.
Antes, suavemente dar amor!
Mas vem o maldito lampejo
E me arrebata com vigor,

Por ver a maldade do Mundo
E dela querer fugir
Sendo que o mal é profundo
E nele próprio irei cair!...

Então, meu Deus como bramo!
Chego a ter ira incontida
Deste viver em desengano
Que nos dá, tão triste vida!

É quando respiro, dez vezes,
A dominar tanta revolta
Que ultrapasso os revezes.´
Tímida, a Fé me volta!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Um capote no inverno
Um chapéu no sol forte
E políticos no inferno
P'ra mudar a nossa sorte

TUDO IGUAL

Já fomos lixados
e muito mal pagos!
Isto, no passado.
Agora, "entroikados"
E também hipotecados,
Voltámos ao mesmo fado.

MAR ALTO

Tanto mar, escassa pesca.
Alguma, pouca sardinha resta
Para quem gosta de peixe.
Voltar de novo ao mar alto,
Galgando ondas de assalto?
Assim Bruxelas nos deixe!

DESACERTOS

"Não diz a bota
com a perdigota"!
Nas contas do Estado,
Tais enganos, a granel,
São romance de cordel,
Escrito por iletrado.

DOAÇÃO

A Poesia não se impõe.
Se sente! Dela, só dispõe,
Quem vê mais além,
Do que se apresenta à vista
E sua alma não resista,
A doar, o que contém!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

A Banca entra em crise
O bom Estado resolve.
Um cidadão tem deslize
Seu caso não se absolve.

MEDITAÇÃO

Neste pequeno espaço
Que sem ajuda criei,
Com esforço e cansaço,
Por absoluto, sou rei!
Cada pedra, a semente
Que no momento germinou,
São criações da minha mente.
Um pouco, daquilo que sou.
Rústico, de alma lavada,
Aqui medito o Mundo
Que "lá fora"na vida airada,
É demasiado profundo!

GASTADORES

Gabinetes ministeriais
Com gastos a mais?
Que idéia! Pode lá ser?
Onde é que isso se viu?
Até o povinho sorriu...
Ao vê-los, na "fonte a beber"...

SERÁ POSSÍVEL?

Já chegámos à Madeira,
Assim, da pior maneira?
Desembolsando mil e cem,
Milhões, em moeda corrente,
O que julgo ser indecente,
No pobre país sem vintém?

Muita dúvida e espanto!
É total o desencanto,
Na proteção dessa gente.
Emprestar aos nababos,
É cometer, o pior dos pecados
Na pobreza emergente!

PAGAR E CALAR

"Portugal com impostos mais elevados
que os mais ricos da rica Europa".
Limpai as mãos, "reles" iluminados.
Sois imagem pior, que bota da tropa!

PROBLEMÁTICO

Não se tomem como ignorados,
Os problemas que vivemos.
Foram por "eles" criados
E nos tiram, o que temos.

É satânico, o despautério!
Reduzir, aos pensionistas,
Sem o púdor do Ministério
Que gere crimes despesistas?

Será repetida a triste cena
Do Tribunal Constitucional?
Terão a mente tão pequena

Que não vislumbrem o mal?

E a propósito, quem são
Os juízes que o compõe?
O digam, porque não?
Branco é, galinha o põe!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Vida nova no Ano Novo
Assim se dizia. Já era!...
Hoje, este Nobre Povo
Mal sabe o que o espera!

AS JANEIRAS NO C.A.S.OEIRAS

As cantadas Janeiras
Tão próprias das minhas Beiras,
Se entoavam com fervor,
Por todo o bom cristão,
Em honra do seu patrão
Ou outro grande senhor.

Neste manter da tradição,
Bem-vindos, quantos estão,
A receber tal cantoria.
Nos propósitos nada diferentes,
Fica bem, unir as gentes.
Encher a Casa de fantasia!

Apropriados agradecimentos
E respeitosos cumprimentos,
Se dirigem na circunstância,
Ao excelentíssimo director,
E, funcionários de qualquer valor.
Todos têm, reconhecida importância.

Estamos apenas em janeiro
Mas desejamos que o ano inteiro
Seja pródigo em harmonia.
Saúde, o bem maior, e paz.
Dar o que cada um for capaz
P'ra encher, esta Casa de alegria!

Janeiras assim declamadas,
Vão agora ser cantadas,
Pela tuna, de viva voz,
A todos as solteiras,
Também com boas maneiras,
Às casadas, e muitas avós!...

                   Siga, a rusga!...

domingo, 6 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Quando passas tão impante
Pões a tua alma a nu
Queres ser pavão importante
Mas não passas de um perú.

ACUMULAÇÕES

Senhores de grandes empresas
Em funções governativas?
São como caçadores de presas
Que lhes darão "lautas comidas"!

Como o tal, de Xavier,
Ou outro que vier!

VELHOS TEMPOS/TEMPOS NOVOS

Sou daquele velho tempo,
Das compras aos decilitros,
Quartos de quilo, racionamento,
Num ai-Jesus, dos aflitos.

Agora, no tempo farto,
Não chegámoa a tal desgraça.
Mas no parto e reparto,
Já se nota a ameaça.

Mesmo assim, no ano novo,
Seja a Fé, jamais perdida!
Que nós, os deste povo,
Saibamos curar a ferida.

Porque "deles", pouco virá.
No egoísmo dos instalados,
Tanto se lhes deu como dará,
Pois se sentem, saciados!

DIA DE REIS

Pelo calendário cristão
E no cumprir da tradição,
Hoje é o "Dia dos Reis".
Como tal, seja reconhecido:
O ouro, nas mãos do bandido,
Incenso não há, foi vendido,

COMO TODOS VÓS SABEIS!

Quanto à mirra, estamos fritos,
Bem mirrados e aflitos,
Nós, os pobres do presépio.
Dadas por findas as festas,
Serão chegadas as indigestas,
Lamúrias, do faz favor e obséquio!

CUIDADOS PALIATIVOS

A atitude deste Governo,
De injectar o nosso dinheiro
Nos bancos, sem meio termo,
Dá que pensar, de modo ordeiro.

Em verdade, não percebo.
Ao capital, injecta milhões.
A nós, a "cura por placebo",
Não nos livra das aflições!

sábado, 5 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

Não há sábado sem sol
Nem domingo sem missa
Como é bom o pão mole
Bem recheado de chouriça.

E VAI MAIS UMA

Mais uma, do B.P.N.!
É um relambório perene
Que não tem fim à vista.
Agora, a do Vitor Batista.
Da baliza, veio a mania
De engrossar a lista.

Pediu quantia elevada
Que lhe foi outorgada
Para construir bom hotel.
Escolha? O local indicado...
Foi projecto tão arrojado
Que morreu, de modo cruel.

Não chegou sequer a abrir!
A "dinheirama", a sumir...
E estamos nós, à perna!
Mas o mais engraçado
É que o fulano aqui citado,
De nenhuma culpa enferma..

Irão pagar, os "mexilhões",
À volta de dez milhões.
O Estado se comprometeu.
Isto é de dar em maluco!
Nós seremos, o bazaruco,
Ou o diabo nos escolheu?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

O presidente promulgou
Tal como era esperado.
Pois se ele nunca ousou,
Seria agora tão ousado?

RECIBO DE VENCIMENTO

Reduções e cortes programados,
Mais impostos a granel.
Os pobres portugueses enganados,
Estão a ficar sem "papel"!

Agora, princípio do ano,
Uma dúvida se suscita:
Com o avolumar do dano,
Qual o ordenado que fica?

E serão, as contas bem-feitas,
Sem enganos, com rigor?
A "fatiado", mesmo direitas,
Sem nada a contrapor?

Até parece uma anedota!
Mas há muito boa gente,
Desconhecer, quanta nota,
Irá receber, no presente.

Somos povo de "baralhados",
Com muita poeira nos olhos!
Espremidos, quiçá depenados,
Em lotes ou aos molhos!

O ENJEITADO

Governo ruím, tão charlatão!
Agora diz sim, logo é não.
Incumprimor de promessas feitas
Aquando do seu caça votos.
Renegado pelos seus devotos.
Só faltas tu! Quando o enjeitas?

CONSIDERAÇÕES

Nasci, nas dificuldades.
Morrerei, com austeridades?
Tudo indica que sim.
É triste! O nascer e morrer
Sem mais nada merecer,

Além deste, pobre fim!...

Todos têm telhados de vidro.
Daí, nunca terem mexido,
Na lei do enriquecimento.
Não foi através do trabalho
Que deram o bom "reviralho",
À burguesia, do momento.

Volta coelho, à coelheira!
À tua anterior maneira,
Da vida vivida sem brilho.
"Cada macaco no seu galho".
E, todo o bicho tem atalho
Para seguir novo trilho.

Viver da Política é vida,
Digna e própria do Homem?
O que deixam, quando partem,
Estes políticos sem valor?
Além das conversas de bolor
Que entre si, repartem?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

A vaidade em demasia
É um mal que reconheço
Também me provoca azia
Como a comida em excesso.

NA DEFESA DA DOENÇA

Com injectável de ironia.

Senhor, "iluminado da Saúde",
Acerca da visão a que alude
Para que as gentes não adoeçam,
Lhe tiro o chapéu, me curvo servil
E considero, o dito imbecil!
É bom que as pessoas não esqueçam:

Do sacrossanto Estado, todos temos
Desde sempre que nos lembremos,
Ajudas. Meios de verba farta
Para prevenir quaisquer doenças,
Sejam quais forem as nossas tenças,
De que a mesada se reparta.

Daí então, o frequentar termas,
Tem sido, às pessoas enfermas,
Um regalo para o inverno.
Comparticipações, generosas,
Do sabonete à àgua de rosas,
Na higiene dum bem eterno!

Alimentação, bem saudável
Pois a reforma, considerável,
Nos permite comer do melhor!
Aquecimento? Custo irrisório!...
Dá conforto! Sinto-me finório
E lhe dou graças, meu bom senhor!

Com todas estas mordomias
Que o Estado nos concede (?)
Essas suas parvas teorias,
Não passam, de conceito que fede! 

QUANDO?

A minha raiva se solta
Na pergunta, quando a revolta?
Para acabar com o inferno,
Dos grevistas, no seu exigir,
Ao que outros não podem pedir?
Querem o sol? P'ra nós o inverno?

E afinal, quem prejudicam,
À custa dos que sacrificam?
Os senhores das transportadoras?

Mas se o dinheiro "já lá mora"!...
Pago sempre, antes da hora,
Pelas gentes trabalhadoras?!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

QUADRA DO DIA

"A ocasião faz o ladrão"
E neste "Reino das Ocasiões"
Está explicada a razão
De haver tantos ladrões.

DIA MUNDIAL DA DIETA

Celebração que circula.
Hoje, um travão na gula!
Bom começo pró aperto
Que teremos todo o ano.
Desculpai se me engano
Mas isto, não tem conserto!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

DIA MUNDIAL DA PAZ

Neste 1 de Janeiro,
"Dia Mundial da Paz"
Que o Mundo inteiro
No todo seja capaz
De alcançar bem supremo:
A de nos unir pelo amor
Pois no espaço terreno
Os seres têm igual valor.

QUADRA DO DIA

Com lindo sol, a rodos
Chegou o novo ano.
Vos desejo, a todos:
Que traga pouco dano.

CHEGOU 2013

Hoje, o que devo escrever
Em mais um dia?
Não posso, não quero esquecer
Que sou "escravo" da Poesia!

Escolhi tema: novo ano!
O que já temos, criança
Mas com birras, o magano,
Não nos dá, boa esperança.

"Futurólogos", analistas,
Os senhores, lá de Bruxelas,
Doutores e economistas,
Nos dizem, tomem cautelas!

Com o dinheiro, "assim caro"
E perspetivas tão más,
Há que acatar o reparo
E não ligar a Frei Tomás.

Quanto ao resto, que mais dizer?
Só "eles", poderão escapar.
Às pessoas do verbo sofrer,
Eu, tu, nós, vós, iremos pagar!