O problema da habitação
Existe mas tem solução.
Falo por experiência.
A fórmula? Sacrifício.
Foi esse o meu ofício
Para contruir residência.
Deixei de lado os prazeres
E todos os meus afazeres
Se pautaram pela poupança.
De todo, reduzi os gastos
Pois os ganhos eram escassos.
Mas quem quer, alcança.
Assim, atingi meu objectivo,
Usado que foi, um bom motivo.
Além disso, "mais habitação "
Compete ao Governo da Nação,
Garantir guarida ao cidadão.
Mal ouço referir, Alvito,
Todo eu me "arrebito"
Procurando mais saber
Sobre essa tal barragem.
Até lhe visiono a imagem
Que tende a desvanecer.
As promessas sucessivas
Que têm sido prometidas,
Acabam em "águas de bacalhau".
Ministros de fraca lavra
Não honram, palavra dada.
Que panorama, tão mau...
A nossa TAP é um maná
Para toda a sua gerência.
Dirigida ao "Deus-dará",
Faz-nos perder a paciência.
Porque nós a sustentamos
E á corte dos acionistas.
Endividados, já estamos,
Á mercê dos oportunistas.
O Estado engole e paga.
Mas nós sustentamos a praga.
Quando fui militar e louvado,
Firme, sempre aprumado,
Cumpri e fiz cumprir
O que a legislação vigente
Nos garantia ter presente,
Os preceitos a seguir.
Disciplina, palavra chave,
Abrangente no conclave.
Com a tal Revolução,
Dos cravos assim chamada,
As nossas tropas em parada,
Erraram, pela negação.
Um clima de bandalheira
Sem respeito pela Bandeira.
Recordo, as anomalias...
Desleixo e incúria na farda,
Uso abusivo de barba
E muitas mais fantasias.
Libertinagem, desvario
Em autêntico desafio
Á rigorosa Lei Militar.
Foi um começo de mau fim.
O bom, passou a ruim.
Perdido, o saber comandar.
Desde então e até agora,
Vivemos sob a má hora
Da sujeição à Política.
Maltratam os militares
E estes, nos seus vagares,
Acatam, a reles futrica!
Estes, os de Comando
A quem obedecíamos ao mando,
Ao momento, inactivos.
As estrelas e os galões
Não invertem as situações,
Temos a prova e os motivos.
Impotente, como Sargento,
Sinceramente, lamento.
Mas mantenho vivas,
As virtudes de minhas divisas.
,
Dia da Árvore e da Floresta,
Também o da Poesia
Quanta devoção se lhe presta
Assinalando tal dia.
Sob os versos de Poeta
que tanto o elogia.
.
Os "fantoches, abre-portas"
Ao Putin, filho de Putina,
São figuras ali postas
Que uma verdade ensina:
Sujeição mais que ridícula
Assim em jeito de matricula...
E até seguem com o olhar,
A passagem, do pequno czar!
Meus Deus quem tal diria,
Ver a tropa abandonada.
Ela que tinha tanta valia
E hoje, não vale nada?
Temos a "tropa fandanga"
Em luta com falta de meios
E porque está de "tanga"
Só nos provoca receios.
Mal-estar da tropa actual
Tem efeitos bem danosos.
Compromete Portugal
E seus filhos, tão ditosos.
Como se poderá gostar
D'alguém que de nós, não gosta?
Estou apenas a perguntar,
Aguardo a vossa resposta.
Que mais faltará ao "Mondego"
Para além de tanto azar?
Em constante desassossego
Não consegue navegar.
A Marinha, com tradições
Ao longo da nossa História,
Por falta de uns cifrões,
Está criando, má memória.
Tratar mal as Forças Armadas,
Cortando-lhe o orçamento,
Cria situações complicadas
Como esta, ao momento.
Com pompa e circunstância,
Rodeada de importância,
Chegou, a tal solução.
Veio tarde e a más horas
E devido a tais demoras,
Vivemos, com aflição.
Não acredito em milagres
Tão pouco em ideias alarves
Que dizem trazer solução.
O "sistema" está implantado
E será sempre, e só o Estado,
A ganhar, belo quinhão!
No entretanto, o "Zé",
Será sempre, um "rodapé "!
O nosso jogo da selecção
Ganhou títulos sensacionais.
Porém, na minha opinião
Nada fizemos por de mais.
Contra aqueles rapazes,
Quaisquer outros seriam capazes.
Que me importa ser velho?
Acho que tenho a riqueza
De viver bom Evangelho
E ter Fé na minha certeza.
Por velhice, quanto saboreei
Em vida tão prolongada?
De tudo isso, bem sei...
Uma vida, assim gozada ...
Cada qual á sua maneira
Como a "estrela" da Malveira.
Por muitos, tão criticada
A senhora em questão
Do riso sem contenção
É de todos a mais falada.
Mas com demasia, enjoa,
Seja qual for a pessoa.
Os defeitos da ganância
São o mal, na circunstância.
A arte camuflada de roubar
Por quem ocupa bom lugar.
Servi com muito orgulho
As nossas Forças Armadas
Hoje, por perverso engulho
As sinto, tão desprezadas.
Como "Poeta de Sarnadinha"
Dei algo do que tinha
Com sabor a Poesia.
Julgado, uma coisa pouca,
"Cuspiram no prato da sopa",
Repudiando, a valia.
Não sou apologista do ócio.
Nem sócio de mau negócio.
Serei só eu e simplesmente,
A viver a vida, a belprazer.
Sempre com algo a fazer,
Procuro dar trabalho á mente.
Assim, escrevo Poesia.
Sintomático, no dia-a-dia,
Preencho as horas mortas,
Dando-lhes vida e mais cor.
E por conhecer o Amor,
Ao mesmo, abro as portas...
Floresce a Primavera,
Após longo tempo de espera,
Chega sempre no Equinócio.
Se o Inverno nos deu ócio,
Será como um renascer
Que nos dará, tanto prazer.
Seja bem-vinda.
A Prima Vera, é linda!
Como é que certos "Jacques"
Provocam tais achaques?
Somos País de adormecidos
Ou feitos com a canalhice?
Tentem evitar a chatice
Com serviços bem cumpridos.
30 euros por mês. Alegria!
Um simples euro, por dia...
Que fartura, Santo Deus,
Terão as pobres gentes!
Migalhas, a enganar dentes.
Pormenores desconhecidos
Deixam os eleitos comprometidos.
Esperamos para ver
O que virá a acontecer.
No leque governamental
Três ministros assim...
A ninguém parece mal?
Apenas e só, a mim?
A Céu, a Mariana, o Galamba?
Caramba!...
Neste estado actual,
O nosso amado Portugal
Teima em ser infeliz.
Os motivos são bem conhecidos.
Referem, os erros cometidos,
E as roubalheiras sem Juiz.
Em suma, temos um País
Com muitos males de raiz.
Tão ricos fomos no Passado.
Agora, temos o País depauperado.
Ouro do Brasil, especiarias
Vindas do Oriente,
Tornaram-nos, rica gente,
Olhados com sobranceria...
Esbanjámos como incultos
Mais crianças do que adultos,
Em desperdício tremendo.
Ao longo de séculos vividos
Quantos os bens perdidos?
Incontáveis, tal o lamento.
Porém, guardado foi o ouro
Que fundido, era o tesouro.
Era, pois já deixou de ser.
Quem serei para o afirmar?
Mas pelo que ouço falar.
O espólio, acabou por emagrecer.
Assim, no Presente,
Temos o País doente!
Saturam com tanto paleio
Mas deixam tudo a meio
Nunca atingindo bom fim.
Estratégias politiqueiras
Que não têm boas maneiras,
Além desse, bem ruim.
Tarde e a más horas
E com as suas demoras
O Governo só disfarça.
O mau momento não passa.
Deixem-se de fantasias,
Aumentem os vencimentos,
Baixem impostos e mordomias
E acabam, os tormentos.
Com a vossa carga d'impostos
Como andar, bem-dispostos?
Lamento mas não vejo alento
Para solucionar o mau momento.
Pena que as contas certas
Tão duvidosas e apregoadas
Não sejam de facto concretas,
Sabiamente, partilhadas
Aldrabices e privilégios
Declarados só para alguns?
Fazem dos outros, uns néscios
Esquecido, os bens comuns?
Reformados, os miseráveis,
Classe média nem se fala...
Serão pessoas estáveis
E vossa consciência, cala?
Não somos todos portugueses
Filhos da mesma mãe Pátria?
Ou consideram burgueses,
Outros, de forma errática?!
Ajudas anti-inflaçao,
Três ilustres em exibição .
Ladainhas intermináveis
Salvadoras da desgraça
Que neste País tanto grassa.
Ele e elas, tão amáveis...
Da conversa aos resultados,
Estaremos todos, avisados.
Há "montanhas a parir ratos",
E "mãos cheias de nada".
Convém pois, ter preparada
A Memória. Estamos de rastos.
Quando o Cavaco falou
A comitiva PS, debandou...
Democracia em pleno!
Um lugar á hipocrisia
Deste povo, tão "pequeno"...
Até nos causa, azia!
Até temos, director-geral
E a Saúde está tão mal?
Afinal o que se passa
Neste País desgraçado?
Terá sempre o mesmo fado
Tão cheio de má desgraça?
Há uma aldeia na Beira
Terra da rosa albardeira
Que ali nasce, livremente
Como oferta da Natureza
Na sua singela beleza
Anunciando, o presente.
Podes entrar, Primavera
Já tenho a porta aberta
Depois de tanta espera
Sinto que a vida desperta.
Dos fracos não reza a história
É uma forma de dizer
Que não ficam em memória
Quando a História se aprender.
Uma chuva miudinha
Dá vida boa ao nabal
Pior quando se adivinha
Que lá vem um temporal.
Tem selo de qualidade
A nossa azeitona galega.
Reconhecida tal verdade
Uma vaidade nos chega.
Faço quadras a granel
Por grosso e atacado
Em literatura de cordel
Sou poeta bem dotado.
Sarcástico, o Primeiro
Gozando o "sabio dos sábios",
Ja ele, um "galhofeiro",
Nem precisa de astrolábios...
Vem, amiga Prima Vera!
Já estamos à tua espera.
Traz contigo muitas flores,
Uma temperatura benfazeja
E todo o bom que se deseja,
Sobretudo, novos amores.
És sempre tão desejada.
Não te faças rogada.
A tropa, assim desprezada
Por gente tão mal preparada?
Como desempenhar funções,
Fechados os cofres do Estado?
Tal lamentável atestado,
Cospe, nas divisas e galões.
Até nas estrelas dos Generais
Que se mostram, passivos, de mais!
Depois o que vemos?
Vasos de guerra sem canhões,
E outros sinais menos,
Como sucata, sem reparações...
E outros sinais menos
Portugal, um país paradoxal.
Onde se passa fome, no hospital.
E se jura, na Constituição
Mas por fim...só negação!
É a nojeira total,
A que se vive em Portugal.
Cambada de paneleiros,
Proliferam os ratoneiros...
A começar no Estado,
Como isto está mudado ...
Deixam de estar isentos
Por falta dos pagamentos
Os nossos ex-combatentes.
É o Estado tão caloteiro
Que não consegue dinheiro
E os deixa, dependentes?
Ao que isto chegou,
Alguém o imaginou?
Onde estais, meus Generais?
A tanto, vos sujeitais?
Por cá, tudo gira ao contrário.
Manter empresas a dar prejuízo
Será mero caso diário
Mas revela, pouco juízo.
Desperdiçar quem dá lucro?
Andará tudo maluco?
Senhor Primeiro-ministro
Não queira brincar com a tropa.
No jornal, li e registo:
Estado caloteiro! Topa?
Refiro os ex-combatentes.
Cortado, o passe a eito
Porque, de vós, dependentes.
Que tristeza! Que mau efeito!
Tão propensos a gabarolices
E só provocam, chatices...
Tanto, o fausto moscovita
Que a Televisão debita
Em solenissima sessão
Á delegação chinesa.
Ostensiva uma tal riqueza
Que provoca, indigestão.
Pobre do Xiping chinês
Perguntará dos porquês
Para tal sacrifício.
Calcorrear distâncias
Ao sabor das circunstâncias?
Serão os ossos do oficio.
Mais ainda, escadarias
Sempre a subir, mais-valias
Da nova era, czariana.
Ele, o filho da Putina,
Porque a maldade o ensina,
Rindo para dentro, o "sacana"!
So uma cena me faz sorrir:
Aqueles "palhacos" que a porta vão abrir...
A Primavera não tem ócio.
Mal chega o seu Equinócio
E prazenteia o Universo
Com sol, ansiado e radioso,
Início de ciclo luminoso
Que apetece cantar em verso.
Tal faço e pelo que sei,
Certo que não errarei,
Teremos depois o Verão,
Mês das idas á praia.
Que o desejo não se esvaia
E se cumpra, a sucessão.
É ocasião celebrada
Escolhida e ser eleita
Com justiça proclamada
E a Primavera, enfeita.
Da Árvore, da Floresta
E também da Poesia.
Quanta dedicação se presta,
Assinalando, tal dia.
Sob os versos de Poeta
Que assim o elogia.
Contar com ovos da galinha
Antes mesmo de ela os por?
Que ideia tão mesquinha...
Nao me rale, por obséquio!
É como fazer o Presépio
E nem o Natal se avizinha...
Tirar coelhos da cartola
A certa gente, até consola.
A lista não pára de aumentar.
Casas que se podiam arrendar
Estão em completo abandono.
De quem será a culpa?
Do Estado e não se indulta.
Condenável, tão mau dono.
Comprar navios eléctricos
Sem as respectivas baterias?
Nem aos mais cépticos
Ocorreriam tais anomalias.
Aconteceu na Transtejo.
Meu Deus, que traquejo!...
Há quem chame acto corajoso
Aquela insubordinação.
Será facto contagioso,
Com duvidosa ligação?
Certas atitudes políticas
Geram ideias muito típicas...
As nossas Forças Armadas,
Um parente paupérrimo
Com verbas cerceadas,
Sofre, com falta de prémio.
Quaisquer dos três ramos,
Têm carência de toda a ordem
Originando sérios danos.
Sabemos como "elas mordem".
Talvez o navio, "Mondego"
Não seja o único degredo...
Mãe, Pai...palavras pequenas,
Tão grandes duas figuras
Que as definem, apenas
Como adoráveis criaturas.
Meu Pai, meu gande herói
Vencedor de tantas lutas...
Hoje, na saudade que me dói,
Coração, não o desfrutas.
Cumprida missão, abalou
Mas deixando boa memória
Na família que tanto amou.
Faz parte da nossa história.
Hoje, porque "Dia do Pai",
O teria de recordar.
Sua imagem não se esvai,
Eternamente, o hei-de amar!
O produtor com seu suor
Lança as sementes ao solo
E dele extrai o produto
Que vendedor, mui astuto,
Especula com dolo.
Protesta o consumidor
Mas ninguém alivia a dor...
E o Governo, sagaz,
Recolhe o que é capaz!
Governo que não sabe cuidar
De todos os seus cidadãos
Não tem direito a governar
Metendo os pés pelas mãos.
Março é o mês do tanto
E de muito mais ainda.
Da Mulher, seu encanto
E da Primavera tão linda.
Também é da Poesia
E dos poetas por inerência.
O Pai tem o seu dia
E a Juventude, na inocência.
Cristãos vivem a Quaresma,
A Páscoa virá a seguir
Na evolução sempre a mesma
Antecipando bom porvir.
Nele a Árvore e a Floresta
Como bens tão naturais.
Alegram os dias com festa
Que até já crescem mais.
Por tudo isso e aquilo
Que faltará para dizer?
Á realidade me perfilo:
Março viu meu filho nascer!
Motivos pois suficientes.
É um mês dos diferentes.
Sobre a Barragem do Alvito
E sem mais que me ocorra
Desde já devia ser dito:
"Construam-me, "porra"!
Tanta promessa adiada
Não menos a conversa fiada
Deixam muito a desejar.
Acho que vai sendo altura
De acabar com a secura
Vendo a obra acomeçar.
Por intuição muito minha
Esses rapazes da Marinha
Terão tendência partidária.
Seria interessante conhecer
Para melhor juízo fazer
Á sua atitude contestatária.
Agitas os meus sentidos
És musica que os ouvidos
Absorvem com alegria.
Encantas o meu olhar
E se te ouço a cantar
Sinto o sabor da iguaria.
Os meus cinco sentidos,
Contigo tão bem vividos.
Março é mês do Mestre
Cargaleiro, Beirão ilustre.
Parabéns e honra lhe preste,
O dia dezasseis, por ajuste.
Noventa e seis, cumpridos,
Outros mais virão, decerto.
Sejam todos bem vividos
E que eu, esteja por perto.
A comemorar o mesmo dia,
Aniversário de descendente,
Motivo de grande alegria,
Aquele que um pai, sente.
Já na casa dos sessenta...
Como a idade, tanto aumenta ...
A incúria e o desleixo
Criam a triste situação
Do que tanto me queixo:
A falta de habitação.
O principal causador
Será, porventura o Estado
Que relega esse favor,
Em Património abandonado.
Vem o Governo socialista
Dar recados ao cidadão,
Numa realidade imprevista
Sobre a falta de habitação?
A ele, Estado, compete alojar
Qualquer sujeito sem lar.
Os russos sulcando o mar
E nós a vê-los passar?
Afinal que tropa é esta,
Desobediente ao Comando?
"Siga a Marinha" era mando
Mas a malta, quis a festa!
Agora, o que resta?
Punição se apresta.
Mas no plano geral
O "incídente", caiu mal.
O Passado já passou
O que havia, abalou.
Vivemos agora o Presente,
Recordando tempos idos
E como foram vividos,
Encarar, o Futuro, de frente.
A Primavera que desperta
Sob a forma de Equinócio
É como uma porta aberta,
Á partida do mau ócio.
Um passeio matinal
Não ficará nada mal.
Lembram, ""há lodo no cais"?
A frase ficou famosa.
Em Televisão, há canais
Com igual acção mal-cheirosa.
Saúde, Justiça, Educação,
Trilogia do pesadelo
Que esta decrépita Nação
Deixou de tratar, com zelo.
Quem ventos semeia
Tempestades irá ter.
Porque jamais se premeia,
Aquele que mete a colher.
Vida difícil em Portugal.
Tudo parece estar mal
E sem resolução ás vistas.
Desde logo, mal governado,
Com executivo, desnorteado
Sem medidas, realistas.
Qual papagaio bem-falante
Aquela santa criatura
Que pouco ou nada garante
No sector da Agricultura,
Falou muito na "cadeia"
Referindo a alimentar
Sem fazer, minima ideia
Do que nos faz suportar.
Noutra cadeia, deviam estar,
Os que nos andam a roubar.
Inauguração balofa
Com selo ministerial.
Uma ideia tão fofa
Mas sem valor real.
Nasceu do Cravinho,
É sala de amamentação
P'rá menina e pró menino,
Em fase da criação.
Só que não há situações
Para serem alimentadas.
Á mama ou a biberões,
Criancinhas, adoradas.
Assim uma sala vazia
No Ministério da "Cortesia "!
"Maioria cansada
Sem alternativa política ".
Por veze, não fazer nada,
Até isso, nos complica.
Já muito nos custa
Ter de aturar o Costa.
Sem política justa,
O povinho, não gosta.
Jogadas com muita manha
No resolver um problema
São como vender a banha
Mas com arte pequena.
O Costa, até sabe isso
Mas joga o barro á parede.
Nunca assume compromisso
Nem a opinião nos pede.
Por isso, até o ar, já fede...
Neste País de miséria
Até o Senhor Presidente
Tem duvidosa matéria
Que o tornam, diferente.
O seu historial de vida
Tem pecados como os demais.
Permanece escondida,
Á maioria dos mortais
Poeta da Simplicidade,
Tal seja, valha a verdade.
Não poderia ser diferente
Quem como eu, assim é,
Simples, confiante, com Fé
Mas a dizer, o que se sente.
Tenho opinião formada
Acerca do Presidente,
Já foi figura dotada
Agora menos, infelizmente.
Pagam-se, os exageros
E com o bolor criado
Todos e quaisquer temperos,
Deixam-nos, enjoados.
Subir acima da chinela
Torna a figura, menos bela.
Já tenho escrito tanto...
Quando me leio, até espanto!
Papéis guardados, ora revistos,
Mostram a verdade dos factos
Cadernos cheios e fartos,
Por vezes, tão imprevistos...
Saber ter sido o autor
Me dá um certo valor.
Sem vaidade ou poucochinha,
Releio e fico surpreso.
Á leitura fico preso,
Pois, a"produção ", é minha!
Clamo contra a evidência,
De julgar que pouco valho.
E perco minha paciência
Ao ouvir-te, em tom de ralho.
Entrevistas por atacado,
Uma especialidade do Goucha.
Se á duzia ele for pago,
Ninguém dirá que é trouxa!
Mas tanto esmero
Já atinge, o exagero.
Salvo outra opinião
Esta é a minha questão.
Toda e qualquer existência,
Comprovada pela Justiça,
Sofrendo, pena suspensa,
Apetece dizer, "chiça"!
Convosco eu partilhei,
As datas comemorativas
Que são prática da grei,
Anualmente repetidas.
Rejeitaram-me, ao tempo,
Por motivos imprevistos.
Pela minha parte, o lamento
Da vossa, talvez, mal vistos.
Mas a tradição é mantida,
Com outra gente, mais amiga.
Floresce o meu pessegueiro
Anunciando a Primavera.
No jardim, é o primeiro,
Anunciando o que se espera.
Opinião de grande Mulher,
"É o crime maior que pode haver,
o abuso sexual de crianças ".
Pensar da virtuosa Senhora
Que não perde pela demora
E nos transmite esperanças.
Seu nome, Manuela Eanes.
Pois, há quanto tempo
Eu falei no aproveitamento.
Irá agora ser realizado
Com a maioria dos serviços,
Existentes ou até omissos,
Relacionados com o Estado
Andaram adormecidos
Durante tempos idos.
Acordaram, estremunhados
Mas nunca será tarde
Para elogiarem, com alarde
E daí serem louvados.
Sinto grande satisfação
Quando vejo uma situação
Tardiamente, resolvida.
Caso do colossal edifício,
Da Caixa que, sem ofício,
Irá viver, nova vida.
E ninguém se revolta.
O povo é tão sereno...
Tanto descalabro à solta,
Vai atingindo, o pleno.
Ora pois, aí a temos
A exigir três milhões.
Não o faz por menos,
Ás suas pretensões.
Mais uma "argolada" estatal
Resultado de falcatruas.
Acaba sempre com mal.
Culpas? Nem minhas nem tuas,
Mas as iremos pagar...
É esse, o nosso pesar.
Palavra séria, a do Galamba.
Que espanto, caramba!
O Estado é pessoa e paga bem?
Tão fácil, esse dizer.
Mas daí, a acontecer...
Muito mal, se não convés.
Sois um Governo caseiro
Desde o senhor Primeiro
Ao mais simples ministro.
Criaram maus momentos
E longe dos bons exemplos
Pelo que vejo e assisto.
Como querem respeito
Se não causam esse efeito?
Ficais assim mal - vistos
E vulgarizados com vexame.
Não passarão no exame.
Constam, dos maus registos.
Lavrov (cara de bosta),
Inverte as situações.
Do que disse, quem gosta?
É próprio dos aldrabões.
A Ucrânia invadiu a Rússia...
Mas que estúpida astúcia?!
E vão sete, no Governar.
Casos a que assistimos
Dão-nos muito que pensar
E, creiam, não nos rimos...
Discutir assuntos fúteis
Revela acções inúteis.
Duelos na Televisão
Para atingir audiências,
Ralam-nos as paciências.
Não alinho na discussão.
Dos grossistas
Aos retalhistas
Todos enganam o Zé.
Dizem os analistas,
Andam longe das vistas,
Os fiscais. Como é?
Certas instituições,
Alheias de inspeções,
Cometem muitos maus actos.
Casa do "Delicado Raminho",
Parco de bom carinho,
Vai encerrar, pelos factos...
Mas o Governo não se indulta.
Tem grande parte da culpa.
Como era esperado
Ai a temos contra o Estado
E este, sempre parolo,
Nos contratos que faz,
Nunca fica contumaz
E paga sempre o "bolo".
Que o Zé, não come mas paga.
Quem nos livra de tal praga?
O descredito do Governo
Já ultrapassa fronteiras?
Não haverá meio-termo
Face ao rol das asneiras...
Com pompa e circunstância,
Procurando, importância,
Assim nasceu o "Triângulo".
As contas sairam furadas,
As sondagens frustradas
Vistas de qualquer ângulo.
Mais uma aposta falhada
Da senhora tão badalada.
Bem podem virar a página
Mas o mau livro foi escrito.
Quanta asneira s'imagina
Em Governo já prescrito...
Mulher, criatura de Deus
E por Ele abençoada,
É, dos Cristãos e ateus,
Uma jóia desejada.
"Quem tem uma mãe tem tudo",
Forma singela de homenagear,
Na forma e pelo conteúdo,
A "fada" de qualquer lar.
Eu tenho mulher assim,
Como dona da minha vida.
Não tenham pena de mim.
Ela é, a minha guarida.
Sinto-me pois, protegido
E feliz, por ter nascido.
Descrita em poesias,
Cantada por tenores,
Louvada nas homilias,
É fruto de muitos amores.
Todos, quantos seus filhos
Na qualidade de Mãe.
Irradia tantos brilhos...
Simplesmente, dando bem.
Mulher,
Feliz será quem a tiver.
É centro do Universo,
A Mulher cantada em verso.
Pelo que ela realiza,
No global da existência,
Preenche por inerência
E seu nome se eterniza.
Mulheres de Sarnadinha,
Poucas, as da minha geração.
Delas se recorda quem as tinha
Bem dentro do seu coração.
Mulher/a(vó, matriarca respeitada,
"Velha Rainha" do seio familiar.
Depois, a Mulher/mãe, adorada
E no seu colo, poder sonhar...
Chilreio da Mulher/filha, o encanto
Da família a crescer, naturalmente,
Unida, mesmo no inevitável pranto,
Quando algum se tornou ausente.
Vestem de negro, as do meu tempo,
Viúvas do seu abalado "bem-querer".
A todas elas dedico este momento.
São essas, a que quero enaltecer.
Neste dia, que é, o Dia da Mulher!
O grande romance, TAP,
Tem páginas pitorescas.
As vamos lendo em destaque.,
Algumas bem grotescas.
E, pergunta inocente:
Havendo alguém bem capaz
De actuar como Gerente,
Porque esqueceram o rapaz?
Contrataram uma senhora
Com passado duvidoso,
A que mandaram embora...
Mas que efeito caprichoso?...
Nesta vida do troca-o-passo,
Por vezes o que convém
É inverter o mal, relapso.
O tal gestor, volta e bem!
Lisboa - Açores e retorno.
Volta o Chefe, sem transtorno.
Se não der vontade de rir
Obriga, pelo menos, a sorrir.
Quando ao mal não dão resposta
Se diz que o caso é da política.
Comer o que ninguém gosta?
Enjoa e no prato fica.
Professores em defesa
Daquilo que lhes tiraram?
Digam-nos, com franqueza:
Eles não trabalharam?
Falta o dinheiro, dizem.
O montante é enorme...
Males que se desdizem,
Vos são devidos, se informe.
Pois os cofres estão cheios
Para as super vitalícias.
A isso, não sois alheios!...
Coabitais com as sevícias.
Tanta conversa de " chacha"
E "arreguenho de taxa",
Daqueles dois às dez...
Defendem o seu tacho,
Exageram (como acho),
Ralam o juízo aos "Zés".
E somam disparates:
Beijinho muito grande,
Bom dia (sendo já tarde),
Tudo aos gritos, com alarde!
A fotografia da Alexandra
Já enjoa por tédio.
Peço pois, a quem manda
Ponham de lado, o assédio.
Se vai devolver a "massa"
A imagem, perdeu a graça.
Se eu mandasse, um dia,
Acreditem que tal faria:
Transferir, a Cadeia de Lisboa.
Não faz nenhum sentido
Esse edifício, ali erguido,
Nessa função que destoa.
Hotel de luxo, pois não?
Quanto a mim, boa razão.
A preso, que importa o lugar?
Cama, mesa e roupa lavada,
Mesmo em outra "morada"
Tudo terá e com outro ar...
Só não vê quem for cego.
A todos esses, eu renego.
Na TAP, iniciada a "sangria".
Inevitável, já se previa.
Não é caso para festejar.
Pelo contrário, preocupação.
Na presente situação,
Quanto teremos de pagar?
Mas a "novela", continua.
Mais gente, irá p'rá rua.
As pedras do teu castelo
Seriam brancas ao nascer
Mas reparo, por ser sincero
Acabaram por escurecer.
Por velhice natural,
Porque velho, é Portugal.
Sarnadinha, a "pobrezinha,
é uma aldeia, tão, minha...
Pena não ter gente influente
que lhe pudesse ofertar,
algo de mais, a valorizar,
a modéstia de sua gente.
De promessas, o mundo cheio
mas sem fundos de maneio
o progresso nem se vê...
É pena, muito lamento.
Até tenho no pensamento,
que sobre ela, pouco se lê.
Apenas, uns bem intencionados
vão enviando seus recados.
Senhor Primeiro-ministro,
embora custe, digo-lhe isto:
Se não quer ou não pode,
nem perca pela demora,
feche a porta, vá embora.
Alguém virá, talvez acorde...
Não brinque com o "seu povo",
quando de si, nada de novo.
Apenas não gasta energias.
Saúde, Educação,
são cerne da má gestão,
além de outras aleivosias...
Portugal quer progresso.
Basta der tanto retrocesso!
Consigo, nessa Política
e Ministros em banho-Maria
um Governo de fantasia,
sobrevive como futrica!
E detém uma maioria!...
Santo Deus, Virgem Maria.
Governo soma e arrecada
E o povinho sem nada?
Sinal de grande injustiça
Que leva ao brado, "chiça "!
Se junta, grande treta,
Não vê quem é "cegueta".
Só político de boa visão
Poderá inverter a questão.
As greves são já um surto
Por tantas e em bruto.
Com taxas e comissões
A Banca arrecada milhões.
Greves tão prolongadas
Criam vidas complicadas.
Sois tão mal intencionados.
Só fazeis se pressionados.
Governo acumula excedentes
E tantos pobres, dependentes...
O interesse e o gesto
De quem está a bem comigo
Pouco mais eu lhe peço,
Seja sempre meu amigo.
Lucros milionários na Banca
Em saque que nos espanta.
Com taxas e comissões
E acumulam milhões.
Tem certo ar de pavão
Mas não passa de peru
Deveria estar na prisão
Como vulgar, gabir
Para dar voz á Mortágua
E também ao Pestana
Foi com certa mágoa
Que vi, cena tão leviana.
Os imóveis devolutos
De que o Estado é dono
Tornam-se maus produtos
Tendo em conta, o abandono.
Os imóveis devolutos
De que o Estado é pertença
São inúteis produtos
De Governo em descrença.
Março é mês da Primavera,
Após tão longa espera,
Vencido o meu cansaço,
O saúdo com emoção,,
Cantando uma canção,
Jogando flores no vosso regaço.
Belo quadro, o que antevejo
E registo com ensejo.
Mas Março, tem muito e mais:
Como, o Dia dos Pais,
Tanto o da Mãe como do Pai.
E ainda, celebrai,
Dia da Água e do Livro.)8
E, enquanto me sentir vivo,
Todos esses dias cativarei
E o da Poesia, nunca esquecerei.
Como poeta da Beira
O dignifico, á maneira.
Por fim, ainda partilho:
Em Março, nasceu meu filho!
Puxar brasa á sardinha
É um ditado popular
Mas verdade, verdadinha,
Há que saber bem assar...
Foi Ministro, responsável
Mas admite o seu percalço.
De forma tão lamentável
Lesou o Estado, foi falso.
Pecou assim, a dobrar,
Como larápio e infractor
Com título que não soube honrar,
Ele, um responsável senhor.
Pelos factos comprovados,
Castigos lhes sejam, dobrados!
Serão obras de Santa Engrácia
Na Piscina de Barcarena?
Ou estamos numa falácia
De asneira, não pequena?
Há quanto tempo decorrem?
Desgostosos os utentes,
Motivos não lhes ocorrem
Mas reclamam, descontentes.
Senhor Presidente
Esclareça, a "sua gente".
Nacionalizar os aviões
Mimar TAP com milhões...
E voltar a privatisar?
Andam todos a brincar?
Cuidado com nosso dinheiro,
Não esvasiem o mealheiro...
Que a evidência se tome,
Nem na Troika, tanta a fome.
E com Governo em maioria...
O que deve fazer não faz,
Anda desorientado, contumaz,
Ou sofrerá de miopia?
Que a Primavera risonha
Sorria ao povo Ucraniano.
Basta de miséria tristonha
Que já causou tanto dano.
Margarida, flor campesina
que floresces na Primavera,
tua presença vaticina
o que a Natureza esmera.
Quando sentires o sufoco
que a vida má te proporciona,
medita apenas um pouco
no que o momento questiona.
Na Turquia e na Siria,
tantas mortes de inocentes,
de malefícios, quem diria?...
Tão profundos, contundentes.
Minimizarás a tua dor
e mesmo que a não elimines,
sentirás um bom calor...
Com ele, te redimes.
Não conseguido com bom motivo,
transforma-se em compulsivo.
O arrendamento obrigatório
dará lugar a um Purgatório.
Governar mal, assim...
quem esperará bom fim?
O láparo a sair da toca?
Já se fala e se evoca...
Falar, "eles" falam e muito
Faltam as ideias no bestunto!
Os Bancos e suas comissões,
são autênticos comilões.
Chegam a parecer ladrões
dos nossos parcos cifrões.
Onde essa senhora se mete,
a Televisão, compromete.
Agora, um sistema geométrico
de um triângulo patético.
Começo sem pés nem cabeça
até que alguém esclareça.
Maioria que Governo nem merece
Com tais medidas, não aquece...
Que grande desconsolo:
Até pagamos taxa, de ocupação do solo...
As demissões em hospital
Causam surpresa ao Ministro.
Que surpresa, excelência?
Ela é nossa, isso sim
E se a mesma não tem fim,
Iremos perder a paciência!
Senhor Ministro da Saúde,
Tenha uma boa atitude
Ao agir, com urgência
Na solução do problema.
A sociedade é serena
Mas reclama, inteligência.
Filas de pobres utentes
Á porta do atendimento
E porque estão doentes,
Ninguém ouve o lamento?
Em pleno século vinte e um
E neste País, dito evoluído
Já ultrapassamos o zum-zum.
Está tudo comprometido.
Tire uma ideia da cartola:
Mande médicos ao domicilio.
O paciente se consola,
Sabedor, do vosso auxílio.
Pela ideia que estou a dar,
Nada terá de me pagar!
Não tratem como animais
Os pobres seres mortais
Que querem marcar consulta.
A indiferença estatal
Perante tão grande mal
Ninguém, decerto, indulta.
Portas fechadas?
Não! Pessoas abrigadas.
