Na mais pura inocência
Pergunto com insistência:
"Que raio de País o nosso"?
Onde param as inteligências
Das várias excelências?
Dar-vos graças, não posso.
E permitam que me queixe.
Porquê esse vender de peixe?
Tanta conversa fiada,
Seja qual for o motivo,
Irrita qualquer nativo.
E, só conversa, não vale nada!
Ilustre, Doutora Graça
De sobrenome, Temido,
Ouvi o que não disfarça
Em servir seu Partido:
Presidente em Lisboa,
Na Câmara da capital!
Por si, que coisa boa...
Porque não em hospital?
Com tanta falta de clínicos
Preencha lá uma vaga!...
Porque no seio dos cínicos
Sois tantos com praga!
Com quadras ao Santo António,
Feitas em jeito popular,
Afasto de mim o Demónio
Que tanto me faz ralar.
A bela sardinha assada
E um copo de sangria...
Não vos digo mais nada,
Fico numa euforia...
A um arraial popular
Hei-de levarte um dia
Para assim te mostrat,
Onde mora a alegria.
Figuras de "muito relevo",
A Sónia e o Vitó.
Nem sei porque escrevo
Mas o abuso, mete dó.
Trocam beijos no tribunal
Com lágrimas de emoção.
Primeira página de jornal,
Nesta pindérica Nação.
"Cortar os ramos mortos", Gosto.
Foi sugestão do Presidente.
Morta a árvore no pressuposto.
Ela jamais estará presente.
Mais dois "artistas" julgados
E ambos foram condenados
A duas penas suspensas.
É a Justiça que temos
Sempre com sinal menos
E desigualdades imensas.
O que deveria ser gozado
Em férias e bem regalado,
Irá engrossar o erário.
Então, penso com desalento:
Quem criou este tormento?
Para mim um mal arbitrário.
Pago impostos no que consumo
Em tudo, num breve resumo
E porquê suportar mais?
Haja quem me convença
Pois não vejo a diferença
Entre gatunosc ocasionais!
Esse tal IRS...
Muito entristece!
Faça compras no Mercado,
De frutas e de verduras
E porque não, bom pescado?
Ouça lá, umas certas criaturas.
Que bem falam de Poesia,
Aos sábados pelas 11 horas.
Ganhará uma mais valia.
Apareça sem demoras...
Porque nada terá de pagar
E algo mais, a ganhar.
"Bom dia, como se chama"?
Anos a fio dizendo isto,
Porque consta do Programa.
Criticar, não resisto.
Para já, digam, "boa tarde"
Como manda o manifesto.
Divaguem, com mais alarde
Sois tão vulgares no gesto...
Dei o meu parecer
Sobre o que devem fazer
O cúmulo do cinismo humano
Indicado por esforço insano
Da Rússia na "procura da paz".
Aberração de atacante
Com ares de meliante
E que de tudo é capaz.
Dizer de outros a maldade
Quando é sua, na verdade.
Obsceno, por repetido,
Sobre um mal acontecido,
Não cumprir prometimento
Seja qual for o desastre,
A fraseologia que baste
Não passa de mero fragmento.
Memorial de Pedrogão,
Apenas mais um exemplo.
Ninguém negará a verdade
As contas certas são realidade.
Mas não cante vitória, excelência.
Há um reverso da medalha
Sobre o qual tanto se ralha:
Falta-lhe a inteligência...
Para nos dar vida capaz.
Dela, a ausência é contumaz.
Causa nojo só de olhar,
A tamanha ostentação
Daquele pseudo czar
Com tremenda ambição.
"Soldadinhos de chumbo"
Movimentados a corda
Enchem o seu sujo mundo
Transformado numa horda.
Até quando, esse fulano
Neste cenário mundano?
A mãe russa que o pariu
Deveria ter abortado
Esse filho do piorio
Fez-se um grande malvado.
Sucedem-se, as mexicanas
Todas elas muito bacanas.
A do Galamba continua
Veio depois a de Bucareste,
Qual delas, que menos preste.
Será que andam na Lua?
Porque não desancar
Nessa famigerada Banca
Que nos anda a espoliar
E a todos, desencanta?!
Pagar juros de caca
E ter negócios rentáveis?
Com o Governo à socapa
Com gestos amigáveis?
Só casos e casinhos
Que a Oposição discute
Para o Costa são miminhos
No seu declarado embuste.
Já nem os posso ouvir.
Suas promessas enganosas
Apenas me fazem sorrir
Por falsas ou enganosas.
O que muito me espanta
É quererem essa Trampa...
O nosso povo merece mais
Do que lhes dão os "maiorais".
Dos azares que já criou,
Demita-se e o mal, acabou.
Com tanto mal que se veja
Parece que estamos na "merdeleja"!
Fazer greves, um direito.
Abusar delas, mau defeito.
Quem vê caras não vê corações.
Mas há uns certos figurões...
O andar gingão desse traste
Revela, uma ralé que baste.
Não é que me assuste
Mas os de oitentas e tais
Por muito que nos custe
Estão provocando, ais!...
Iniciado o pesadelo de Putin
Qual será, o seu mau fim?
Tenho cá para mim que o Pregozhin
Vai tirar o sono ao Putin.
Vestido de luto, o Putin,
Parece anunciar o fim...
"Muito em breve, a Rússia
terá novo Presidente",
Ao falar assim
Esse tal Prigozhin,
Tira o sono ao "czar".
Começa agora o seu azar
Há certa gente mesquinha
A viver em Sarnadinha.
Comportamentos diferentes
Das nossas antigas gentes
Que hoje muito lamento
E formam, o mau momento.
Desamor e saudade
Uma péssima realidade!
Fui comandado e comandei,
Obedeci às leis impostas
E hoje, pelo muito que sei
Certas condições estão depostas.
Nada já é como antes,
Muito se perdeu, entretanto.
Pessoalmente, nestes instantes
Tenho o meu próprio comando.
A ninguém sirvo, obediente,
Sou dono de todo o meu ser,
Vivo a vida, livremente
A nada, me irei submeter.
Mas cumprindo sempre,
Preceitos, de quem é decent.e
Tivemos um novo folhetim
Com protagonismo, Putin.
Novo e péssimo pesadelo.
Um seu "amigo do peito",
Sentindo-se insatisfeito,
Criou, um sério novelo.
Decerto haverá continuidade
A saga de tanta maldade.
Mortes tragicas na água,
Todas a causar mágoa
Em situações bem diferentes.
Sob ou sobre os mares,
Fruto de muitos azares,
No aumento de ausentes.
No "Titan", por submerso,
Migrantes, caso diverso.
Uns de grande riqueza,
Eram 5, a causar tristeza.
Muitos mas muitos mais,
No Mediterrâneo, dos ais!...
Todos foram chorados
Com passar do tempo, olvidados.
Não justificável a falta
De médicos no interior.
Basta que a ilustre malta
Diligencie, em favor.
Ao tempo, fui militar
Sujeito às leis vigentes.
Quantas vezes mudei de lugar,
Cumprindo ordens prementes...
Aos doutores o mesmo exemplo.
Obedeçam a mudanças
Durante um certo tempo.
Criem, novas esperanças.
Avaliem a classe política
Pela obra que apresenta
E não pela conversa típica
Que não produz nem alimenta.
As lésbicas e também os gays
Com tanta falta de pudor
Ameaçam criar novas leis
Emporcalhando o Amor.
Vinte toneladas de sardinha
Foram devolvidas ao mar.
Que mente tão mesquinha
Não as soube aproveitar?
Ninguém reclamou a herança
Do falecido Rendeiro.
Pudera! A sua suja finança
Está corrompida por inteiro...
Lá vai o velho tempo
Em que no "Reino da Bola"
O melhor contentamento
Era o amor à camisola.
Agora, Futebol é negócio,
Chorudo de muitos milhões
No Solstício ou Equinócio,
Sustentando, figurões.
Em final de carreira
Os craques vão às Arábias
Rechear bem a carteira.
Cabecinhad tão sábias!...
Seja de rico ou de pobre
Uma vida tem o seu valor.
Ao findar, nada nos sobre,
Todos, filhos do Senhor.
Tantas, as greves na CP
Terão certo não sei quê...
Governo com tal excedente
Porque não pensa na gente?
Alho porro, manjerico,
Sardinha assada no pão
Assim fica tudo dito
É noite de São João.
O próprio Tribunal afirma,
O Sócrates poderá fugir.
E a incompetência se arrima.
Não sabem o que fazer?
Já lhe retiveram o passaporte?
Até onde irá o desnorte?
As vidas não são iguais.
Há aquelas de pouco valor
E outras que valem mais.
Algumas, sujeitas ao pior.
Comparemos as situações
Dos migrantes no Mediterrâneo
Com a daqueles patrões
De grande poder consentâneo.
Iguais na sua sepultura
Sob as águas do mar imenso
Todos em ânsia de procura
Ou glória, como eu penso.
Paz às suas almas, quem seja.
Na tragédia que se veja.
O "Correio da Linha"
Não deve ser para velhos.
Com letra tão miudinha,
Contraria os bons conselhos.
Com novas maningáncias
O Galamba dá a entender
Que dadas as circunstâncias
Deverá espairecer...
Por si, não se demite
Mas aceitará a razão.
É apenas um palpite.
Cabe ao Costa, a decisão.
Desafiar a Oposição?
Parece ser essa a intenção.
Levar assim a efeito
Um Conselho de Ministros
Em época de "sinistros"
Será desastre perfeito.
Pois, realizado em Évora,
Criou, uma certa névoa...
No cartaz de promoção
A figura de um negro
É convite à contestação.
A que propósito? Segredo...
Agora, o "Correio da Linha"
Com letra tão miudinha
Não é acessível aos velhos.
Quem originou tal senão
Peca por falta de atenção.
Deveria seguir os Evangelhos.
Li e subscrevo com gosto
Não ir á bola com o Costa.
Foi apenas, novo desgosto
Que põe a alma indisposta.
Homenagem aos mortos, sim!
E a melhor, bem seria,
Garantir aos vivos, bom fim,
Cumprindo promessa vazia.
País das mil maravilhas
Tem um PIB excedente,
Turismo melhor que Antilhas
E exportação excelente...
Hossanas ao Socialismo
Mas o Zé anda descrente
E com certo realismo
Diz que continua carente.
E em termos de futuro
Tudo se antevê, muito escuro...
Será um acto de estupidez
Saber que causará confusão
Qualquer divulgação soez
E não evitar a situação.
Médica do Porto em Loures
Nos serviços urgentes
Por falta de outros doutores
A cuidar dos doentes.
Por 100 euros à hora
Nesse "tapa buraco"
A incansável doutora
Resolveu, um ponto fraco.
Apenas e só, outra mais
No Nacional de Saúde,
Cheio de casos anormais
Despidos de toda a virtude.
Esse filho da Putina
Quando nos fala de Paz
É música que desafina,
Porque dela é contumaz.
E se a guerra desencadeia
Só merece estar na cadeia.
"Tapar o sol com a peneira?
Parece ser essa a intenção.
Adormecer-nos à maneira
Com casos irrelevantes
E esquecer os importantes
Todos eles, paredes-meias...
Uma estratégia
Deveras néscia.
Reparem na sua imagem
Apresenta um olhar de cobra.
Frio, malvado sem margem
No veneno que tem de sobra!
O Primeiro foi ver a bola
Abusando do nosso erário?
Medido assim na bitola
Faz do povo, um otário.
Os exemplos, vindos de cima,
É um bem que se ensina.
E falam de transparência...
Valha-nos, Santa Paciência!
"Bacoradas" sucessivas
São injustas e nocivas.
Inauguração nesse local
Evocando tragédia nacional
Sem presença de governantes?
Nunca tal, visto antes!
Que grande espanto...
"Deputados, nunca trabalharam tanto"
O Senhor Presidente da Assembleia
Com aumentos na sua ideia?
Relembrar com mau sabor
A tragédia de Pedrogão
Será, culpalizar a dor
A que não deram acórdão.
Passados os anos, vão seis,
Faltou cumprir o prometido
E vocês bem o sabeis,
Quanto nos têm mentido.
Aldeias sem comunicações,
A floresta não tem resposta,
Esquecidas as intenções,
Um todo que só desgosta.
A "Estrada da Morte"
É o símbolo da má sorte.
Para além da muita pobreza
Há quem viva na realeza
De boa vida faustosa.
A diferença é escandalosa
E prova as desigualdades,
Como forma de maldades.
Escrevo sobre o que leio
E são tantas as estórias
Que não é por falta, creio,
Falhar nas minhas memórias.
A pressão imobiliária
Expulsando pobre gente
É uma forma ordinária
De mau trato que se consente.
O "pirilau" de Cutileiro
De mau gosto desnecessário,
Cria embaraço corriqueiro
E muito gozo diário
Agora, na vinda do Papa,
Encontraram a solução
E "aquela coisa" se tapa
Evitando, a confusão...
Terminou a longa saga
Que envolveu as sumidades
Em enorme trapalhada
Dessas tantas nulidades.
Decerto que os resultados
Nos irão deixar pasmados.
Parada militar e desfile
Comemorando data festiva.
Em honra, pois se perfile
A classe governativa,
Garbosos, os militares
Desfilam em continência.
Num culminar de azares,
Falhou, a douta excelência!
Indiferente ao acto,
O ilustre Primeiro Costa,
Em gesto bem caricato
Atende o telemóvel. Bosta!
Que falta de respeito...
Só mesmo, de vulgar sujeito!
Bastonária dos Advogados
Veio dar os seus recados:
A Justiça, comprometida,
Deverá, ser toda demitida.
Jacarandás e agapantos
Dois dos muitos encantos
Que embelezam a Vila
Oeiras, assim florida
Alegra a nossa vida.
Sua gente, se perfila.
Assenta na ignorância,
Governo de pouca importância.
Parece estar desmotivado...
Nem ter sequer, programa
E na sua falta de chama,
Temos o País estagnado.
De novo página inteira
Em certo jornal diário,
O Vitó e a Sónia, em maneira
De extenso falatório.
O vácuo em estado real
Onde paira este Governo
É a causa do muito mal
Que o mantém enfermo.
"Grande Colar da Ordem
da Torre e Espada, do Valor,
Lealdade e Mérito "
Para o Rei Carlos III.
Porreiro!
Fartos das novelas sem fim
Com conteúdo ruim
Perguntamos, com razão:
Andam a brincar connosco?
Chega de tanto desgosto,
Deixem-nos gozar o Verão!
Com tanta subida dos juros
Onde iremos nós parar?
Envolvidos em tais apuros
Só teremos a lamentar.
E quando não se puder pagar?
Só nos resta mesmo, rezar?!
Ter esse fulano presente
Para candidato a Presidente?
É caso que me espanta.
O considero, uma trampa!
E o seu modo de falar?
Como o podem aturar?!
Foi ima ideia bisonha
Autêntica vergonha,
Aquele cartaz de protesto.
Complicaram a luta
Mas o dono da batuta
Reagiu, ao feio gesto.
Diz ser um acto racista.
É bem grotesco, à vista!
Os lucros pornográficos
Que a Banca arrecada,
Faz de nós uns otários,
Assistentes de bancada.
Com o beneplácito do Governo.
Não encontro melhor termo.
Para o Presidente irritar,
O Costa, faz-se acompanhar
Pelo ministro Galamba.
Grande "lata", caramba!
Terminado o ano lectivo
Para certas classes estudantis
Pergunto, que bom motivo
Foi sentido pelo petiz?
Para mim, ano desperdiçado.
Pouco ou nada foi ensinado.
Quanto á Informação
Que a Televisão transmite,
Salvo melhor opinião
Pouco falta que vomite.
Marques Mendes,
Paulo Portas,
Rui Moreira
E outros/as que tais...
Não comentam, por de mais?
Sardinha assada, mamjerico
A forma está encontrada
Em casa eu não fico.
E viva o Santo António
Que afasta o Demónio
Parece haver um duelo
Entre o Costa e o Marcelo
Tem um Galamba como prémio.
Ridículas as atitudes
Que ensombram virtudes
E entristecem, o grémio.
É a maior luta de sempre
Esta, a da Educação.
Fico em estado impaciente
Aguardando, a solução
Que não parece estar á vista
Até que a classe resista,
.
Fernando Pessoa
Deu-nos tantas criaturas.
Quem dele gosta e abençoa,
Lembra, as suas farturas :
Álvaro de Campos,
Alberto Caeiro,
Ricardo Reis,
Bernardo Soares...
Todos por si criados
E sem dúvida, admirados.
O Caso SIS faz lembrar
Os filmes de contínuas sessões
Do Olympia, a recordar...
Cativavam, multidões.
Um sempre a aviar,
Agora perto e logo atrás
Mas tanto a lamentar
Por culpa de mau rapaz.
Quando terminará a saga?
É já, como uma praga!
Por cá, tudo o que se cria
É criticado com revelia.
Nada consegue o consenso
Qual será pois, a causa?
Façamos uma breve pausa
Para bem pensar. Eu, penso:
Deve ser falta de arte.
Eles são, caso aparte.
Para esquecer o que não presta,
Haja folia, viva a festa!
Que raio de País temos nós
Que nem respeitamos os avós?
Galamba, no "Dia de "Portugal "?
Foi mesmo procurar o mal...
Ele é Santo Padroeiro
E também casamenteiro,
Um Santo alegre da festa.
Este, o seu dia de devoção
E toda a vasta população,
Á boa folia se presta!
Tudo estará mudado
De certo modo, errado.
Quando se diz, "mau tempo".
Má será antes, esta seca.
Criticar a chuva, se peca.
Venha ela, a contento.
Esse será, "um bom tempo"!
Em todos os nossos sectores
Da dita vida colectiva
Só colhemos dissabores
Na porca da desta vida!
Como ser um optimista
Com governantes inaptos?
O País está pessimista.
Basta analisar os factos.
A TAP é mais um mistério
Que Companhia de Aviação.
Cada dia, novo critério
A provocar confusão.
Que já dura ao tempo
E sem termo, com lamento!
A Ponte Vasco da Gama,
Diz quem conhece a estória,
Foi um negócio, qual trama,
Que revelou muita escória.
O Governo, como sempre,
A prejudicar, nossa gente.
Tais cartazes, evitáveis,
Insultos desnecessários,
A pessoas, assim notáveis,
Criam estatutos ordinários
Sendo a missão, educar
Não podem assim, falhar!
Criam estatutos ordinários
Com tanta destruição
Que Moscovo chama a si
Levanta-se a questão:
Será verdade o que li?
É que pelo andar da carruagem
Os ucranianos não terão margem...
O que justifica tanta demora
Que leva Justiça à penhora?
O que sabemos sobre a Justiça
Só merece um desabafo: "Chiça "!
Casos em que a Justiça ordena
E a conclusão, hiberna?
Lisboa tão popular
Tem suas alegres festas
Com muitos noivos a casar
Bailaricos e marchas, lestas.
Sardinha a tradição
Assada e comida no pão...
O Caso SIS, faz lembrar
Filme das contínuas sessões
Do Olimpia, no seu recordar,
A cativar, recordações.
É um constante aviar
Que está perto e vem
Em todos os vários sectores
Da dita vida colectiva
Só recebemos dissabores
Na porca da nossa vida!
Galamba, no "Dia de Portugal "?
É mesmo, um desafiar o mal.
Que raio de povo temos nós
Que nem respeita, legados de avós?
Contornos insondáveis
Nos levam a conjecturar
Se seremos todos pautáveis,
No modo de agir e pensar.
O cérebro comanda a mente
E face a frágil capacidade
Há quem fique doente
Sem vontade de se curar.
E nasce a depressão,
Moléstia do presente
Que entristece o coração.
A morte, um ponto assente.
Doença do quotadiano,
A provocar, tanto dano.
Como se poderá admitir
Que uma besta humana
Possa, simplesmente destruir
E o mundo, apenas reclama?!
Não de vê o fim à novela
Que até veio para ficar
E entreter a "clientela"
Com cenas de muito pasmar.
Qual deles o mentiroso
Que ganhará o prémio
De ser o mais piroso?
Tantos, com cabeça a prémio!...
E o po8uvo vai na cantiga
Esquecendo, problemas reais.
A estratégia é antiga,
No entreter, os pessoai0s.
Fátima, Fátima e Futebol,
Isso pertence ao passado
Agora há novo escol...
Pessoal mais requintado.
São doutores da meia-tigela,
Formados com leis da rolha
Que nesta boa vai ela,
Constituem, segunda escolha.
Será, um acto de valentia
Ou antes, vulgar cobardia
O suicídio programado?
A dúvida não é esclarecida
Mas indicia que uma vida
Deverá ser preservada.
No dia em que perdi um amigo
Lhe direi, "estou contigo"!
Vos digo, não valeis nada!
A Justiça está parada,
Saúde mais que doente
Pela Educação nada fazeis...
Vocês com vida de Reis,
Tratam-nos, de modo indecente.
Há certas criaturas
Que só criam desventuras
Tal esse das Infraestruturas
Pela Rua das Amarguras.
E tu, porque o aturas?
Saber que os políticos mentem
Os Portugueses o que sentem?
Acho que será desencanto.
Cá por mim sinto revolta
Por ver andar à solta
Falta de vergonha. Um espanto!
Tivemos uma rara excepção:
Ramalho Eanes, distinto cidadão!
O Governo irá propor
Estação dessalizadora.
Merece portanto um louvor
Por obra tão redentora.
A mesma que tenho previsto,
Há décadas, acreditem!
A essa inércia a que assisto,
Meus senhores, meditem.
Para muitos, infelizmente,
A rua é a única habitação
Que este seu País doente
Lhes oferece, na condição.
Quando sinto algo de mal
Que altera a minha vida
Cismo, e de modo natural,
Não a desejo ver perdida.
Em boa verdade, porém
Há vidas muito piores.
Essa pertinência diz bem
Como aliviar minhas dores.
Portugal é um País à deriva
Sem rumo certo conhecido
E toda a sua gente nativa
Sofre pesado castigo.
Incompetências à vista,
Ministérios sem valias.
A tudo quanto se assista
Sucedem-se as arrelias.
Nem os dinheiros da bazuca
Alegram a nossa pobreza.
O Fado já não "induca"
Tal é, a nossa tristeza!
Para ajudar a tal festa,
Greves a torto e direito.
Tudo aquilo que não presta
O temos, sempre a jeito.
Um Governo de aldrabões
Nunca dará boas soluções.
Vergonha inconcebível
De tantas greves? Impossivel!
Vivemos tão só de novelas,
Ridiculas, fantasiosas, fatelas.
Quanto aos reais problemas
Aqueles que nos afectam
Nem por sombras se detectam.
Assim aumentam, nossas penas.
Um acto de casmurrice
Só poderá dar chatice.
A protecção do Primeiro
A um ministro interesseiro
Conseguiu gerar um caos.
Surgem os efeitos maus.
Com toda a sinceridade
Deixo expressa a verdade:
A saída desse Galamba,
É já tardia, caramba!
Fosse ele um homenzinho
E sairia de mansinho...
Resolveria, parte do problema
Pois a desgraça não é pequena.
Causa enorme mágoa
Tanta falta de água.
Muito pior do que isso
A ausência de juizo
De quem nos governa
E sem medidas...hiberna.
Na nossa reles política
Impera a lei da futrica
Em que os partidos se enleiam.
Discussões de inutilidade
Escondem toda a verdade
Que entre si, incendeiam.
Palavreado absurdo
Inútil e sobretudo
Enganando sem perdão.
Assim vai Portugal
Aumentando seu mal
Ridicularizando a razão.
Mentirosos sem vergonha
Promovem o descrédito
Numa imagem bisonha
Com efeito, emérito.
"Eles", os senhores eleitos
Não merecem o respeito
E pelos males já feitos
Classificados, "mau sujeito".
Reunidos como escumalha
O povo, rejeita tal maralha.
Com esse tão mau maestro
E a orquestra desafinada,
Tudo o que advém é canhesto
E de bom, não vejo nada!
É o País que temos
E á orquestra, tal devemos.
Como acreditar na democracia
Se a mesma conjurais,
Numa cómica fantasia
De contornos anormais?
Só sabeis fazer segredo
Do que deve ser conhecido
Prova do mau enredo
Em má hora, assim nascido.
Deixem-se de tretas
Não inventem mais petas!
Ter de viver neste cansaço
Não me dá grande prazet.
Descanso? Pois é o que faço
Só me falta adormecer.
Será o peso da idade
Com doenças associadas?
Seja ou não esta a verdade
É sinal de vidas paradas.
"O povo quem mais ordena"
Cantilena enganadora
Pois, a lei que o governa
É apenas promissora
Lítio, contra vontade do povo,
Afinal, nada de novo.
Os senhores doutores
São uns prevaricadores
E como vulgares ladrões
Não têm lugar nas prisões?
O Costa estará farto de nós?
De ser governante, a sério?
É o que pergunto, a vós
Nesta inocência do Silvério.
Sinceramente, estou farto.
Das conversas sobre o Galamba
Das Marias Botelho Moniz
Deste país caido na lama
E desse famigerado, SIS.
De toda a política trapaceira
Esquerda, direita e centro
Que sem eira nem beira,
Só nos criam, desalento.
E grito: Basta!
De tanta maldade nefasta.
Com bancos a pagar por tabela
A sua atitude, fatela,
O Governo veio dar ajuda.
Certificados com redução
Dada a expansiva adesão.
Aos bancos, se lhes acuda!
Uma vergonha declarada
De quem não vale nada...
Um ultraje á decência
O cessar da vigência
Dos Certificados em causa.
É tudo contra o cidadão
Que só procura solução.
Resolveram criar uma pausa.
Iniciada a série F, a saber.
A que nos f×××, a seu prazer (deles).
O Sócrates em julgamento
Poderá marcar novo momento
De viragem na Justiça.
Até lá, vigora o fastio
De adormecimento doentio
Traduzido em muita preguiça.
Ao falar deste senhor,
Não esquecer outros de igual teor...
Há quem pague, na verdade
Pelo que afirma com vaidade.
Diz, não ligar ao dinheiro,
A tal badalada Cristina.
Pois sim, minha menina...
Experimente, partir o mealheiro...
Para emitir tal "bacorada"
Mais valia, estar calada!
Pecador, eu me confesso.
Culpado por negligência,
Já não poderei ter acesso
Á vida normal de excelência.
São várias as patologias
Que somadas á idade
Me limitam as alegrias
Que tive na mocidade.
Bem assistido, nem me queixo.
Louvo quem me trata bem
Mas sem cair no desleixo
Penso e sinto, no que lá vem...
...e seja o que Deus quiser.
Ele dirá, o que aprouver.
Ter saúde é o melhor bem
Que o ser humano agradece.
Se pergunta: e quem a não tem?
E dessa forma, padece?
No estado em que estamos,
O tanto mal, lamentamos.
Quando o mal nos apoquenta
E senti-lo, se lamenta,
Há que pensar nas melhoras.
Após maleita, o bem virá
E de novo se viverá
Com o riso das boas horas.
Refeito de um mau momento
Registo o meu contentamento.
De tudo quanto se diz
Acerca desse tal SIS,
Será uma aldrabice completa
Tudo a faltar ao respeito
Seja qual for o sujeito,
Cada qual, o mais pateta!
Até o Primeiro-ministro
Desempenha papel mal-visto.
Certificados aforristas
Tinham sucesso garantido
Mas responsáveis vigaristas
Baixaram o juro, prometido.
Quando algo corre bem
Lá vigora, a lei do desdém.
Quando é nulo o que se vê,
Classifica-se, "socialite"...
No mundo dos famosos
E dos ídolos com pés de barro,
Grande parte são uns ranhosos,
Outros, apenas escarro!
Certificados de Aforro
Com sucesso garantido.
Agora, um alho porro
Com seu valor revertido.
Costa, o "esvaziador de sonhos"
Que podiam ser tão risonhos...
Vacinas em atraso,
Faltam médicos e enfermeiros
Se este não é mau caso
Ficará entre os primeiros.
Não há meios para suportar
Despesas mais que necessárias
Mas chegam para pagar
Vitalícias, arbitrárias.
País do desgoverno,
Das somadas incompetências
Que não encontra bom termo
Por parte das excelências...
Os outros que se "amolem"
Na permanente incerteza.
O pão duro que comem
Prova, a sua pobreza!
É o Pais que temos
No seu sinal menos.
Neste fétido lamaçal
Em que chafurda Portugal,
O vómito sucede ao fastio.
Porquê tanta verborreia
Na dignissima Assembleia.
Emnenhum de vós, eu confio.
Mentirosos, aldrabões
Que não merecem perdões,
Metam a "viola no saco".
Tratem dos assuntos sérios
E deixem- de mistérios.
Este País está num caco!
Demitir esse tal Galamba
E terminará o triste drama.
Político para que serves?
Nem sequer evitas greves!
De tanto chafurdar na lama,
Dá vomitos, o caso Galamba.
Atingiu uma autêntica anedota
Mas ultrapassa o riso
Ver tanta falta de juizo
Em acentuada batota.
Quem falará verdade?
Qual a maior nulidade
No seio da coscuvilhice?
Todos a mentir á fartazana
E quem tanto nos engana
Nada paga pela trafulhice?
.
Corto as amarras da exigência.
Sou dono de mim próprio
E por pessoal conveniência
Passo ao lado do imbróglio.
Não insistam nem tentem
Alterar o meu percurso
E a tudo, quanto inventem,
Recusarei, o papel de urso.
Ide á fava, todos vós.
Eu caminharei sozinho
E nesse percurso a sós
Lá chegarei, devagarinho.
O meu dia pela criança que fui.
Agora, ela a criança, ainda flui.
Outra nasceu, na verdade.
Menino de novo, pela idade.
O que fomos?
Hoje somos,
Ainda carentes de carinhos.
Os mesmos, iguais
Sempre actuais.
Eu vivo a velhice, afoito,
Na minha meninice dos 88!
