Repensando a minha vida
vendo o que ficou para trás
e sendo ela tão comprida
como terei sido capaz
de assim pisar tanto chão
percorrendo a longa estrada
e no bater do coração
sentir a meta alcançada?
Qual a força que me anima
se sinto o corpo cansado
e num cumprir de sina
me julgo já ultrapassado?
Penso, talvez esteja certo:
Vitória espiritual.
Tendo Deus por bem perto
não sentiremos o mal!
Assim me confesso.
O Vosso perdão eu peço.
Sucedem-se os maus exemplos,
Multiplicam-se os contratempos.
Tudo isso bem avaliado
Revela o estado lastimoso
A que chegou um país ditoso
Por ter sido maltratado.
Pagar por erros de terceiros
Vulgares e trapaceiros?
Recusar qualquer ajuda?
Que Deus nos acuda!
Orgulhosamente sós
Como era antigamente?
Igualizar essa gente
Do nosso tempo d'avós?!
Tenham humildade
E aceitem a Caridade.
Sobre o tema Barragens
Tanto já foi dito
E até das vantagens
Sobre a do Alvito.
Até final do ano ...
Foi a tal promessa
Não haverá engano?
Bom que não esqueça.
Vamos a meças
Senhor Ministro
Esquecendo promessas
Ficará mal-visto!
Honre a sua palavra
E diga-nos lá então.
Com a boca calada
Não cumprirá a missão.
Exigimos a verdade
E não a pérfida maldade
Das vossas conveniências.
O problema apresentado
Quando é aldrabado
Compromete as exigências
Mente-se políticamente
De maneira indecente
Por decisão partidária
E assim ficar bem-visto.
Quem suporta tudo isto?
Nem mesmo um "pária"!
Tanta pergunta sem resposta
A que se alheia quem não gosta
De se ver assim confrontado.
Também falta a informação
Que convença o cidadão
A ficar em casa, sossegado.
Fica o mal-estar, declarado!
"Esta é uma verdadeira guerra".
Nesta real preocupação
Se a verdade não erra
Estarão a faltar "generais"
Que nunca serão demais
Para resolver a situação.
Para quando a mudança
De novo andamento à dança?
Só vemos passividade
E parados nada se resolve
Nem a conversa que envolve
Tem sinais de qualidade.
Sem pejo, aceitar as ajudas
Neste, "ai Deus que nos acudas"! ...
Ministra da Presidência
Qual o "papel" da excelência?
Oradora do seu Partido
Filha de ex., incluído?
Tão jovem ...
Que bons motivos a movem?
"Politólogo" caseiro
Por vezes fico a pensar
Num modo ordeiro
Como isto pode mudar.
Se o CDS está perdido
E o PS fragmentado
Qual será o Partido
A tomar conta do recado?
Ao PSD só e apenas
Não prevejo o sucesso
E com alianças pequenas
Andará longe o regresso.
Mas o "Chega" como aliado
Quem sabe assim será
Teremos tudo mudado
E outro galo nos cantará!
Estou somente a prever.
Cá estaremos para ver.
Tu, citando os eméritos
E eu com fracos méritos
Fazendo singelos versos,
Damos asas à Poesia
Nela buscando Alegria,
Ambos por caminhos diversos.
Somam e seguem os relatos
Angustiantes, caricatos
Que revelam um momento
Mau de mais para acreditar
E que no modo de actuar
Não nos dá contentamento.
Já era muito notado
O treinador do Benfica.
Agora, a mascar mascarado
Mais piadético fica.
Será caso para perguntar:
E quando isto acabar
O que iremos nós ver?
Um país de dizimados
Reduzido pelos sepultados
Numa ânsia de renascer!
E até quando
Este terrível desmando?
Governos de arrogância
Relegam a importância
E jogam só em seu favor
Seja qual for o problema.
Lamentamos com pena.
Pensem nisso por favor.
Humildade
Uma preciosa qualidade.
Nunca as Forças Armadas
Foram tão elogiadas.
Por força da desgraça.
Antes, postas à margem
Com actos de vilanagem.
Agora, por obra e graça ...
Só espero ter o meu lugar
Se dele vier a necessitar.
Porque fui e sou militar!
Não resolvemos sozinhos
Assim tão pobrezinhos
O nosso grave problema,
Agora é que são elas!
Vamos pedir a Bruxelas
Que resolva o dilema?
Fica bem triste
Quem a isto assiste.
DGS/Ministério
o binário existente
é um critério
a exigir mais gente.
Enfermeiros emigrados
em regresso temporário.
Revejam-se os tratados
constantes em breviário.
E outras mais medidas
justas e compreendidas.
Ficar em casa
na solidão
custa e arrasa
tal situação.
De muito e tantos
só e indefeso
os desencantos
por estr preso
sem culpa formada
sem culpas de nada!
Lá falar falam e bem
Mas nem sempre é o que convém ...
Ás más práticas do cidadão
A vossa falta de informação.
Cada idoso que nos deixa
Até no Céu Deus se queixa.
Já quando político abala.
Tudo mudo ninguém fala.
No "paraíso" da corrupção
Até na vacinação?! ...
A Ministra da Presidência
Prioritária na vacinação?
Tão jovem, santa inocência
Revejam lá a situação!
Porque a prioridade é dos velhos
Segundo os bons evangelhos.
"Ladrão em Casa Trancas nas Portas"
Assim não se endireitam coisas tortas.
"Paga o Justo pelo Pecador"
Com medidas adicionais
E no cidadão cumpridor
Crescem os choros e ais.
Pecaram por tardias
As ,medidas anunciadas
Por se gozarem uns dias
Pagámos facturas pesadas.
A culpa não será só nossa
Mais culpado é do mando
Por ter falta mais gravosa
No exercer do comando.
Pois sem bom Comandante
A desordem será constante.
Sentado na minha tropeça
Espero que alguém me peça
Para eu ser vacinado.
Sou Beirão obediente.
Apesar de bem doente
Esperarei, resignado.
Com certa curiosidade
Saber dsa moralidade ...
Pois já temos muitas estórias
A provocar más memórias.
"Portugal não está mal.
Está péssimo"!
Com esta moral
Que acréscimo?!
Está tudo dito.
Expressem o veredito!
Confinados e mal-pagos
Cá estamos amargurados
Nesta triste situação.
Mas conservamos a Esperança
Que passada esta agonia
Retomaremos a alegria
Que com Fé sempre se alcança!
Andámos adormecidos
E os erros cometidos
Só deram para o torto.
Agora a sentença dada:
Com rédea mais apertada.
Claro! Antes que morto...
Todo este nosso mal
Adveio do passado Natal.
Faltou visão ao Primeiro
Que agora se crucifica.
A má imagem, essa fica!
Quis ser um tipo "porreiro" ...
"Ir buscar lã e ficar tosquiado".
Para nós há sempre um ditado.
O que era já nem conta
Vivemos todos em afronta.
Planear, fora de questão.
Resolver conforme ocorre.
No entretanto alguém morre.
Por falta da vossa atenção!
Prever é arte dos bons.
É preciso ter certos dons
Que antevejam à distância.
Remediar é arte tosca
De mente turva ou fosca.
Dessa gente sem importância.
Infelizmente em Portugal
Temos um extenso "nabal"! ...
Eu faço as minhas quadras
Como quem come amendoins
Mal as tenha logo pensadas
Daí elas serem tão ruíns.
Oxigénio em falta
Naquele Amadora-Sintra.
Um caso que sobressalta
Maior dor de quem a sinta.
Já nem posso ouvir
Esse constante badalar
Penso até em fugir
E nunca mais cá voltar.
Governo de promessas
Ficará sempre a perder
Pois no medir as meças
Nada faz acontecer.
O modo como exageram
No avaliar situações
Bem se vê que degeneram
Nessas vossas profissões.
Haja maior contenção
No divulgar a notícia
Exageros sem perdão
Serão uma mera sevícia.
Portugal é um todo
Entre públicos e privados.
Sigam pois de bom modo
Não os tenham separados.
Tenho em meu parecer
Que oxigénio em falta
É para ouvir até morrer
No fastio da nossa malta.
Ouço parte das conversas
E tiro minhas conclusões
Mas por portas e travessas
Critico as vossas versões.
Neste jogo do rapa
Volta a venda dos livros
Nos supermercados a capa
É mais barata aos nativos.
Resolver à medida
Será péssima solução
A pessoa prevenida
Salva melhor a questão.
Andam todos ás aranhas
Ou ás apalpadelas?
Com falhas tamanhas
Só podemos ter mazelas.
Ultrapassados os limites
O que virá a seguir?
Bom será que medites
Na defesa do teu porvir.
Medidas assim tardias
Que podem cair mal
Só criam anomalias
E mau estado geral.
Entre o que o Governo prevê
E o que realmente faz
Toda a gente bem vê
Que o feito é contumaz!
A um "Rei de Promessas"
Nunca peças meças!
Em momentos de azar
Tudo pode acontecer
Mas o oxigénio a faltar?
Isso é de estarrecer!
Doentes em tranferência...
De perder a paciência.
Quem assim falou (eu)
Foi o oxigénio que o salvou.
Eu sou daquele tempo
Em que um aperto de mão
Era válido cumprimento
De qualquer contratação.
Que valia um confirmado
Só através da palavra
Como o papel selado
Que o Cartório lavra.
Também se usou, por favor
Como gesto delicado
E o senhor Doutor
Era muito respeitado.
Obrigado, outro termo
Gasto na comunicação.
Hoje estará enfermo
Ninguém o usa na intenção.
Outros tempos outras virtudes
Dignificadas em atitudes.
O Fado agora
Pia mais fino.
Portas fora
Se acompanha a violino.
Assim o canta a fadista
De seu nome Mariza.
Imagem muito vista
Que a mim enfatiza.
Porque Fado verdadeiro
Só com guitarra e viola.
Na tasca do Zé Padeiro
Ouví-lo até consola!
Em palco:
Guitarra e viola
Violoncelo
2 violinos.
E a voz que consola (?)
Vacilas ou vacinas?
Que tristes sinas!
Enquanto de ouvem os Partidos
Aumentam os mortos e os feridos.
Qual o limite
Em que pessoa se demite?
Não serei só eu quem o diz.
Poderíamos ser povo feliz.
Neste senão qual o porquê?
Infelizmente, mais de tantos
A desfazerem os encantos.
E tudo isso bem se vê.
Nos maus dirigentes,
Por incapazes ou dolentes
Ladrões bem engravatados
Gestores da vil cobiça,
Arguidos sempre na liça
De esquemas inventados.
Mas ainda mais ladrão
Aquele que usa a corrupção
E se regala no bem-estar
Delapidando o erário
Com aumento de numerário
O que a nós irá faltar!
Se houvesse boa Justiça
Isenta de enleios a preguiça
E se culpassem os ladrões
Com penas de total reposição
Do que roubaram à Nação ...
Assim, sem qualquer aflição
Seríamos o tal povo feliz.
O que a inércia não quis!
Ao pensar no meu país
O pensamento me diz
Quanta desgraça lhe assiste.
Desgraça que é mundial
Mas aqui em Portugal
Um cenário bem mais triste.
Na devida proporção
A mortandade na Nação
Atinge o inadmissível.
Carências de vária ordem
Numa completa desordem ...
Como tal foi possível?!
Motivo um tanto grosseiro
Já admite que o estrangeiro
Acolha os nossos doentes.
Valha-nos Nossa Senhora!
Como Ministra/Doutora?
Até faz ranger os dentes! ...
Incúria ou desleixo
De tantos males me queixo
Pela vossa negligência.
Dizem agora o que fazer.
Já estar feito era dever
Tenham "Santa Paciência"!
Portugal no seu desiderato
Ficará mal neste retrato.
Andar a ouvir Partidos
A toda a hora e instante
Não resolve os motivos.
Haverá melhor e bastante.
Um Gabinete eleito
Com pessoas bem formadas
Gerando assim o efeito
Das práticas melhoradas.
Com menos conversas
E melhores promessas.
Por falta de bom Comando
Atingimos o desmando.
Não há um Programa
Há sim muitos problemas
E com mentes pequenas
É bem pequena a fama.
Um autêntico desnorte
Assiste à nossa sorte.
Vacila ou vacina
Variam no parecer
E continuamos a morrer.
Será que ninguém ensina?!
Não vamos lá com conversas
Reuniões ou palestras! ...
Máscaras com problemas?
Poderão dar que falar.
No somatório das penas
Só o que nos deve faltar ...
Este país tão pequeno
E tantos grandes problemas
Mantém-se o povo sereno
Carpindo as suas penas.
O Governo não resolve
E ouve os Partidos.
Quem o absolve
De tais prúridos?
Quando o "láparo" governante
Mandou emigrar Enfermeiros
Mal previa no instante
A sua falta como primeiros ...
Um novo Marquês de Pombal
Para salvar Portugal
Parece ser o que falta
Porque com esta "malta"
Isto continua mal.
Grandes males tais remédios
Energias em vez de tédios
Para resolver o problema.
E não é com figurinhas
Nem atitudes miudinhas
Que se altera o sistema.
Venha a urgência extrema
Força enorme nunca pequena
Para debelar a pandemia.
Com gentes de competência
Em grau de excelência
Superior à mais-valia!
Porque assim não vamos lá
E muito mais gente, chorará.
"Pessoas com mais de 80 anos
vão ser vacinadas"
Afirmação da Ministra
Neste preciso dia.
Veremos, quem assista
Até onde, a valia.
É que comigo ...
Já moram, 86!
O Partido do Governo
Sem candidato?
Não há meio termo:
Caricato!
Terminada a festa
Do acto eleitoral
Agora só resta
Salvar Portugal.
Pensamento solidário
Do Presidente à plebe:
Combate diário
Ao vírus que não cede.
Sem mentiras nem escusas
Evitando os danos
Dessas mentes obtusas
Que tanto odiamos.
Todos seremos poucos,
Rejeitando, os "moucos"!
Tal como se previa
O vencedor já se sabia
Terminou o festival
Das vaidades e pretensões
E cumpridas as missões,
Volta a calma em Portugal.
Agora e só a pandemia
E aí é que "o gato mia"!
Serão muitos os vencidos.
Quem escapa, um vencedor
Dará suas graças ao Doutor
Por o manter entre-vivos.
Desanuviadas as mentes
Perdidas em causas urgentes
Esperamos que o empenho
Seja total e clarividente
Mercê de recurso urgente,
Gerido com muito "arreguenho"!
Este momento tão importante
Merece um total garante!
TENTANDO ESQUECER A DOR
Com três letrinhas apenas
Se escreve a palavra MÃE
Com quatro mesmo pequenas
AMOR se escreve também.
Para ver o Sol brilhar
Não preciso sair à rua
Basta ver o teu olhar
Uma raridade só tua.
Quisera amar-te mais
Mas se tanto já te amei
Como sufocar os meus ais
De todo o amor que te dei?
Tens nome de bem-criada
Foi registo de baptizado
Mas para seres tão amada
Fui eu, o teu namorado.
E quando o dia escurece
Vem a tal luz do luar
Aquela que me e3ndoidece
E nasce no teiu olhar.
Estou em confinamento
Por ordem dos tais senhores
Não me queixo nem lamento
Recordando os meus amores ...
A mortandade é geral
Mas o que se passa em Portugal
Deixa muito a desejar.
Queríamos estar protegidos
Mas somos dos mais sofridos.
Não nos souberam cuidar.
Seria fácil de prever
Do que está a acontecer
Por falta de discernimento
A quem tinha por direito
Fazer trabalho bem feito.
Como cidadão, lamento!
Sou assinamte de "Reconquista"
Semanário Albicastrense.
À distância mantenho em vista
O que se passa com "minha gente".
Alegre com boas novas
Triste por outras adversas
Tudo assim posto com provas
Nas diferenças diversas.
Uma página me preocupa.
A do Necrotério como elemento.
No última tiragem, ocupa
Largo espaço, o que lamento.
Cerca de quatro dezenas
"Abalaram" para o Álem.
Tantas lágrimas, tais penas ...
Ao que dizemos, "Ámem"!
É fácil ficar em casa
Sentindo a chuva lá fora
Sob a protecção da asa
Uma ave nunca chora.
Esta péssima pandemia
É já um pandemónio
Que a Virgem Maria
Nos livre de tal Demónio
Reunião com especialistas
Afinal ficou adiada
As coisas assim vistas
Por vezes dão em dana.
Ao "Polígrafo" da SIC
Temos "Hora da Verdade" na TVI
O copianço bem frutifique
Bandalheira que nunca vi!
Ontem dia da reflexão.
Hoje a minha atenção
Ao cenário do acto de votar.
Para já São Pedro foi amigo
Um bom dia sem castigo.
Ninguém se irá molhar.
Porém o meu pensamento
Dedicado a este momento
É crítico e o expresso:
Porquê esta data de Inverno?
A que podia ser um Inferno?
Qual a pressa? Vos peço!...
Filas a perder de vista
Louvados quem resista.
Haveria necessidade?
Na evolução dos tempos
Como se evitam lamentos?
Criando modernidade ...
Por cá, temos filas para tudo.
Apreciamos muito o Entrudo!
Essa falsa propaganda
Ditada assim por quem manda
A mim nunca me vence.
Mais direi e fique claro
Pois o meu exemplo é raro:
Nenhum de vocês me convence!
Autorizados a sair de casa
Para o digno acto de votar
Será que o mal extravasa?
Teremos mais a lamentar?
"Planeamento sem precedentes"
Afirmação do Primeiro.
Mas em situações antecedentes
Do mesmo não foi useiro.
Confinamento Geral.
Não para a eleição presidencial.
Se não houver quem nos acuda
A quem devemos pedir ajuda?
Promessas por concretizar
Revelam um mau governar.
Vivemos em grande revés.
O mundo a "apanhar bonés".
Como os mortos no Ultramar
Mas a pandemia a continuar.
Igualdade no essencial?
O que não existe em Portugal.
Na votação e por cautela
Há quem fique à janela.
Com o país em suspenso
O que eu acho e penso
Como medidas desejáveis
O ter de dar uma volta
Porque com mal à solta
As pessoas não são amáveis.
Já se nota o desconforto
No notório virar ao torto
E "eles" não se entendem
Porque não sabem fazer
Ou mesmo sem querer
Os bons princípios ofendem.
Chega a ser caricato
Como ficam mal no retrato.
Gentes tão mal empossadas
Com divergências notórias
No desvendar de estórias
Por vezes tão mal contadas.
Parece haver um desnorte
Para esta pouca sorte!
Desde a esquerda da "cassete"
Ao PS do "leva quem se mete"
Passando por Cristãos falsos
Sem esquecer os Direitistas
De todos estes "artistas"
Me distâncio sem precalços
Sou um isento
A cem por cento!
Na sombria Ditadura
Criminosa criatura
Condenada a preceito
Teria as contas em dia.
Na gloriosa Democracia
O que se faz ao sujeito?
Entregue a bom advogado
Pago com dinheiro roubado
Tentará fugir à cadeia.
Em termos comparativos
Nos tempos já decorridos
Alguém faria tal ideia?
"Adeus mundo cada vez pior"
Mas não dizem estar melhor?
Neste caso, onde mora?
Pois não é o que vemos
E decerto bem merecemos.
Sinto o país em penhora!
Pela roubalheira presente
Que se ignora ou consente.
Como não sou homem de Letras
As palavras obsoletas
Que escrevo nos meus dizeres
Devem merecer compreensão
Bem expressos na intenção
São esses os meus prazeres.
Escrevo no formato antigo.
À pontuação, pouco ligo.
Como um barco à deriva
Sem ter bom timoneiro
Onde a Justiça se esquiva
De condenar o primeiro
Dos muitos arruaceiros
Que deitaram a suja mão
Aos nossos poucos dinheiros
arruinando esta Nação....
Cá vamos sem cantar ou rir
Antes e só a sofrer
Com o naufragar no porvir
E tantos inocentes a morrer.
Catástrofe palavra do dia
Angústia no viver triste
Sofrendo de melancolia
Com a pouca força que resiste.
Até quando? Quem resolve?
De todos, quem se absolve?
Em dia assim tão 6triste
De chuva e na pandemia
A minha alma só resiste
Recorrendo à Poesia.
Chuva não molha poetas
Até os pode inspirar
Mantendo as mentes abertas
À chuva que os vá molhar.
Hospital Santa Maria
Com capacidade no limite
Cresce em nós a agonia
Haja quem nisso medite.
Hospitais no limite
Contingências
O que não se permite
Urgências
Ambulâncias em fila
Cansaço
O vírus que não vacila
Falta de espaço
De camas e de ventiladores
Nada sobra
De Enfermeiros e Doutores.
A pandemia, essa cobra!
Até quando
Este Memorando?
Sou um ser agradecido
A quem de mim cuidou
Como alguém que sofrido
E tal benefício ganhou.
Novo condicionamento
A impor muita prudência,
Cumpro, no isolamento
Toda a vossa exigência
Mas cuidem de todos nós,
Nomeadamente, os avós!
Não há regra sem excepção
Mas na actual situação
Há tanta discrepância ...
Por vezes até dá riso
Essa falta de juízo...
Uma pura maningância?
A "guerra" está declarada
No combate à pandemia.
Venha tropa desarmada
Com a sua mais-valia.
Na forma de ajudar
Com natural obediência
Por quem a comandar
Em qualquer contigência.
Todos não seremos de mais
Para além dos "generais"!
Sei do que estou a falar
Pois fui um bom Militar.
Os temas da actualidade,
Levados à exaustão
Constituem uma maldade
Da nossa Televisão.
Pelo excesso da oferta,
Péssima no conteúdo,
Só o desânimo desperta.
Bem melhor, ficar mudo.
Se a missão é informar,
Tenham complacência.
Não façam por piorar,
A nossa pouca paciência.
Usem a moderação.
Aprendam a boa lição.
No dia que ora passa,
Considerado o mais negro.
De toda a nossa desgraça
Já ninguém faz segredo.
Nos tempos da miséria,
Havia a "Sopa do Sidónio"
Hoje, de maneira séria
Também há fome. Demónio! ...
Está na moda ser barbudo.
Alguns ficam tão feios,
Pois, apasar e sobretudo
Não preenchem os anseios.
Ter "amigos de Paniche"
Dos que dizem, "sou bem fixe"
Mas que nos vão esquecer?
Muito mais valia não os ter.
Com atitudes previstas,
Bons gestos, a dar nas vistas,
O adeus dos candidatos.
Do banal ao mais que tudo
Como em desfile d'Entrudo,
Alguns, tão caricatos ...
Amanhã a reflexão
E no Domingo, a votação.
Em minha opinião
estais sofrendo de lentidão.
Problema de tal gravidade
deve ter máxima urgência.
Tanta complacência
não se ajusta à realidade.
Reuniões? Para depois?
Meus senhores, por quem sois?
Era para ontem ou, antes!
De imediato e em força.
Quem assim não de esforça
fará parte dos "errantes".
Assunto entregue a ministras.
Tão jovens, especialistas,
para um tão grave problema?
Intermediárias, cá e lá,
de pouco ou nada valerá.
A sua força é bem pequena!
Somam-se os óbitos.
Crescem, os nossos vómitos.
Com longa vida persistente
pouco ou nada me surpreende.
Mas muito há que me desgosta.
O mau estado do nosso viver
pelo que está a acontecer
e para o qual, não há resposta.
Crises resolvidas em reuniões,
sucessivas, tardias decisões
quando o mal já era, ontem?!
Inqualificáveis perdas
de tempo, com regras lerdas ...
Tantas são e se apontem.
Cenas de cariz infantil
com subtilezas de gesto vil,
como o frasquinho da vacina,
mostrado de modo impante
a toda a hora e instante,
como troféu. Imagina?!
Aparatosos e caricatos,
movimentos e desacatos
entre Forças de Seguranpça.
Desenvoltura de oratória
dos que querem ser História
e ficarem bem na lembrança ...
Somos um país irrisório
por culpa do provisório.
Nada é feito com justeza.
Basta saber da pandemia
e da falta de sabedoria
que a relegue com firmeza.
A Ministra pede ajuda.
Que o nosso povo lhe acuda
e fique em casa, no sossego.
Que casa? Que tranquilidade?
Ao preço da electricidade
quem à casa, terá apego?
Salvo as raras excepções,
as vossas, de boas condições.
Neste Inverno da nossa vida
temos como garantida
um certeza bem verdadeira:
Há quem ande, cá por fora
porque em casa, nessa hora
fará falta, uma braseira!
Meditem
e, se possível, evitem!
Sou um Beirão livre
e, ninguém me cative,
subjugue ou sacrifique.
Tenho liberto o pensamento,
criei o meu intento.
Que esta verdade vos fique.
Não cedo a promessas,
maus favores, não os peças.
Os negarei com firmeza
e como não sou filiado,
deixai-me viver sossegado
dentro da minha certeza.
Crematórios com espera.
Sofrimento além da morte.
Quem cá fica, desespera
Com azares de má sorte.
Hospitais em rutura
Com ambulâncias à espera.
Que imagem futura
Para quem já desespera?
Com as novas restrições
Temos o caos instalado.
Mas com tantas excepções
Ninguém ficará calado.
Nos gestos, "posso e mando"
O Governo lança palpite
Mas não convence assim tanto.
Poucos, quem nele acredite.
O Fado, "canção da desgraça",
do desgosto mais profundo,
é pertença de uma raça
que deu mundos ao Mundo.
Dos Portugueses, a Saudade,
também ligada ao Fado.
Ninguém nega tal verdade,
nem renega este legado.
Triste, a "Canção Nacional",
igual tristeza nos dará
porque sendo sentimenal,
só de mal, nos falará.
São fadistas quem o canta,
acompanhados à guitarra.
Quem deles gosta se espanta.
Parecem cantos de cigarra ...
O Fado, "canção da desgraça",
do desgosto mais profundo,
é pertença de uma raça
que deu mundos ao Mundo ...
............................................
Que o cante quem tiver voz!
Longe de mim ser um herói
Mas a verdade ainda me dói.
Certo orgulho também sinto
Pela pessoa que sou e respira
Tão mal mas ainda aspira,
Continuar de modo sucinto.
Recordo o registo de enfarte,
Má respiração, outra má parte
Que compõe o meu Calvário.
Internamentos consequentes,
Lamento de nós, doentes,
Contas do nosso Rosário ...
Como se tal não bastasse
Sem que nada adivinhasse,
o vírus fez-se anunciar.
Nova cruzada a vencer,
a qual veio a acontecer
No "meu" Hospital Militar.
Devo referir, 86 anos.
Com eles venci os danos.
Havendo Fé e Determinação
Todos cumpriremos a "missão.
Sofro de ansiedade.
É natural na minha idade
Quando a força já escasseia.
Estando tão limitado,
Pior dizendo, confinado,
Como ir à minha aldeia?
Tendo fraco o coração
Como desempenhar missão
Nos afazeres em casa?
É natural que me queixe
E sem entrar no desleixe,
Sinto ter a alma rasa.
Quem já me viu, agora vê
Um fulano, não sei quê ...
Com passo lento ou arrastado.
Outrora fui bem veloz,
Validado com muitos prós
Que são contras, neste estado.
O estado em que me encontro
É igual a tantos? Pronto!
Assumo com resignação
Mas peço, humildemente,
A quem trata a nossa gente:
"Resolvam, a situação"!
Carneirada só a cajado.
Tal como no gado tresmalhado.
A simples vacinação
A merecer contestação?
Condições deficientes
Obrigam a mudar doentes ...
Num momento tão grave
O Governo não pôs entrave.
Com os bons ares de Bruxelas
É vê-las, assim tão belas!
Até o lauto manjar
Lhes deu para engordar.
Debates presidenciais, quem vê
Na fastidiosa Têvê?
Bom emprego, ser Político.
Enriquece pobretanas. Típico.
Debates? A roupa suja lavada.
Quanto ao resto, mais nada.
"Ajustamos conforme a evolução"
Melhor? Conter a propagação.
Hospitais em risco de rutura.
Óh ilustre criatura?!
Notícias tão deprimentes
Minam a sanidade das gentes.
Com o aumento da pandemia
Esta Campanha é uma heresia.
Uma mobilização geral
Para combater o mal.
Não nos iludam
Mas aos nossos, bem acudam.
O Bem
Do ano que já passou
A boa recordação
De que de mim tratou
Dessa "malvada" infeção.
O Mal
Dos piores desse ano,
Os Serviços dos Correios.
Atrasos a causar dano,
Não atenderam a anseios.
Ano dois mil e vinte um
Agora no seu começo.
Que me dê, grande jejum
A males que bem conheço.
Para responder à Excelência
eu cumpro a contingência.
Por mim próprio já avaliei
o sofrimento da pandemia.
Sobrevivi com valentia,
por bem, a quem me entreguei:
Hospital da Forças Armadas
Graças lhe são dedicadas.
Da vossa parte, como é?
Acha que devemos ter fé?
O "ai Jesus" por um Doutor
neste estado deplorável
de situação nada louvável,
com relatos de tanto horror?
A culpa será muito vossa.
Mergulhámos numa fossa
de desnorte e medidas avulsas,
com doentes em transferência,
condenados pela doença,
outros ameaçados com multas?
Dispõem da Lei. A usem
contra os que dela abusem.
Mas FAÇAM! Não esperem!
Começamos a estar cansados
e, tristemente enganados.
Não nos desesperem.
Se foram eleitos
cumpram todos os preceitos.
Sobretudo, prevejam.
Que boas práticas se vejam.
Haja quem nisto medite:
Com hospitais no limite
Quem viverá tranquilo?
O chegar a este estado
De modo tão descuidado
Desonra, qualquer estilo.
Como campeões da desgraça
Tal feito não beneficia.
Em cada dia que passa
Aumenta a nossa agonia.
Reuniões e pareceres
E tu, Portugal, a sofreres?
A Campanha anda na rua
Mas devia estar confinada.
Verdade nua e crua,
Isto assim, não vale nada.
A campanha cai de nível.
Como tal será possível
Se ela já é tão baixa?
Não há mínimo de decoro,
Apetece gritar, "socorro"!
Na boa linha, não encaixa.
Lutam todos entre si.
De bons propósitos pouco vi.
Roupa suja na lavandaria
Que é um Portugal inteiro.
À procura do "poleiro"
Todos, na alegre romaria!
Tão sem nível.
Como é possível?
Só faltava o batom
Para alegrar o tom!
Desgosto profundo.
Somos dos piores do Mundo.
Só agora os Privados?
Não andaram descuidados?
De cabeças ôcas
Só nascem ideias bacôcas..
Para que se medite:
E quando atingido o limite?
Andamos ás aranhas e apalpadelas.
Depois é que vão ser elas! ...
Cidadãos em confinamento
E políticos em andamento?
Campanha Presidencial?
Neste momento parece mal.
Até a Senhora Ministra
Sempre tão optimista
Já começa a duvidar
E culpa o pobre cidadão
Por não apander a lição.
Dá para acreditar?
Todas as outras culpas
Ficarão ocultas?
Como nas leis indianas
Isto só vai à cacetada!
As pessoas levianas
À palavra, não ligam nada.
Permitiram o emigrar
a milhares de Enfermeiros
Agora que estão a faltar,
Choram, até os "primeiros"!...
Só com medidas duras,
usadas nas ditaduras,
resolveremos o problema?
Está mais que provado:
Um povo "aprisionado"
tenta furar, o sistema!
Isto irá ficar muito mau.
Impor aos supermercados,
nada além do bacalhau,
batatas e mais derivados?
Nem livros, pronto-a-vestir,
artigos de decoração?
Até dá vontade de rir!
Que grande revolução! ...
Visiono espaços vazios
enormes e preenchidos,
terem, presos com fios,
só presuntos e enchidos ...
Se não estiver em erro,
isto vai dar que falar.
Um autêntico enterro
do Comércio Alimentar.
Entrámos em demência?
E a livre concorrência?
Confinado
mas não sossegado.
Mesmo com máscara,
a Poesia faz-ze valer,
até o Poeta, ao morrer,
terminar a diáspora.
No mal somos dos primeiros
sem honra nem brio.
Governados por trapaceiros
que já nos causam fastio.
Tenho em mim bem presente
que o Ministro do Ambiente
declarou, no devido tempo,
trazer a lume a decisão,
da prolongada questão,
do Alvito, a contento.
Disse, não estarei errado
ter um prazo declarado
como sendo final do ano.
Ora, o mesmo já findou
e a sua palavra não honrou.
Se não lhe der muito dano ...
Faça fvor.
Estamos ao vosso dispor!
Não me obriguem a gostar,
deste, daquele, daqueloutro ...
Escolho sem me sujeitar
nem me ralar, um pouco.
Enjeito a "carneirada"
sigo só, no meu caminho
e no fim da cada jornada,
encontro a paz, no meu "ninho"!
Durmo o sono da justeza
sem pesos na consciência.
Creiam na minha certeza,
tenham, "Santa Paciência"!
Que certas nomeações
fazem admitir intenções
de limpar, culpabilidade
que pesa na "família".
Todos atentos em vigília
na defesa do "compadre"!
Assim, pessoas impuras
nas mais tristes figuras
nunca serão demitidos.
No "paleio" defenderão
até mesmo à exaustão
os seus entes muito queridos.
Há exemplos flagrantes
registados a todos os instantes.
Não nos iludam
com o que vai lá por fora.
Aos nossos, acudam,
está mais que na hora!
Com máxima força,
todos e mais algum
com insistência se torça
para o nosso bem comum.
A pandemia,
está na "Ordem do Dia"!
Nestes dias de tanto frio
não descortinei o brio
dos ilustres concorrentes
ao alto cargo da Nação,
lamentando esse senão
que nos faz bater os dentes.
Fala-se em "pobreza energética".
Não fora triste, é piadédita.
E não se ouvem os ilustres,
a pedir com muita urgência,
baixar o preço da potência,
a eléctrica, com bons ajustes!
Bem "encasacados"
não estão, nada ralados!
O que para nós é grave
Para o Primeiro, é "não tema".
Nada lhe causa entrave.
Sinceramente, que pena!
Impor, é facílimo.
Fazer cumprir, um problema
Porque nesse domínio
Af capacidade é pequena.
O que para nós é grave
Para o Primeiro é, "um não caso".
Nada lhe causa entrave
Sinceramente, que pena!
SEM NOVOS SINAIS
de cobertura total,
nunca seremos demais
para "curar" Portugtal.
Falar do nível Mundial
não encobre o estado nacional
Apoio ao S.N.S.?
Bem-vindo e urgente.
Vejamos se acontece,
e igual a toda a gente.
O dinheiro necessário,
ide buscá-lo, depressa,
ao ladrão, ao usurário.
Ao cidadão, não se peça!
O desviado em corrupção,
será bem-vindo à Nação.
Neste vale tudo ou nada,
entregues "à bicharada"?
Temos um triste destino.
Não se entendem os demais
e nem mesmo com manuais
contrariam, o mau destino!
Aprendam na Dinamarca
como se governa um país.
Criem imagem de marca,
cortem o mal pela raíz.
Confinamento a que preço?
Conviver no sacrifício,
Estar em casa e preso
Sem qualquer benefício?
Pandemia e pobreza
Uma dupla insuportável.
Viver com esta certeza
Nunca será desejável.
A táctica está errada.
Actuar ... consoante?
Porque não programada
A pensar no mais adiante?
O estar só mas apoiado
Em pensamentos positivos
Prova que sou abonado
Por muitos e bons motivos.
Não sou especialista
mas estaria bem prevista
a evolução da pandemia.
Os números não enganam
e os males que emanam
só nos causam agonia.
Manda invadir o Congresso
e depois pede a calma.
Será criminoso confesso,
um idiota sem alma!
Sou deveras inconstante
mal gozo qualquer instante
já só penso em mudança.
Detesto rotinas corriqueiras,
gosto de variar as maneiras,
sou adverso à constança.
Sou assim,
não tenham pena de mim ...
"Aquilo que a União Europeia
nos permite"
Que se medite.
Estamos reduzidos a isto?
Tal reparo aqui fique
às palavras do ministro.
Um idoso,
é ser ditoso
que ultrapassou barreiras,
tempos e distâncias
na imensidão do espaço
que lhe deram para viver.
Vertical na postura,
cingido ao "por favor",
"obrigado" ...
Assim foi educado
e transmite esse legado.
Sinto-me vaidoso
em ser idoso!
Doa lá a quem doer,
o que vemos acontecer,
adivinha incompetências.
Nunca serão esclarecidas,
antes ficarão escondidas
porque envolvem, excelências.
Foi bom gozar o Natal?
E agora? Que tal?!
Não é mistério.
O necrotério
Tem nome, pandemia.
Número assustador
Já nos causa pavor.
Porquê, a apatia?
Público e Privado,
Até o simples Soldado
deverá participar
Todos por igual
no esforço nacional
de tantas vidas, salvar!
Haja vontade política,
nessa cambada, "futrica"!
Especialistas, tantos! ...
"Palradores", suficientes.
Porquê os desencantos
Que lhes são inerentes?
Isolado por vontade
Que é própria, logo minha
Pois senti a gravidade
Da pandemia vizinha ...
Do oito ao oitenta?
Agora será de um mês,
A prisão que atormenta
O cidadão Português?
Chegou e disse ...
Colocou a máscara e ... foi-se.
Mas que "chatice".
Nada de bom que se oiçe?!
Com o aumento da pandemia
nos parece ser fantasia,
a Campanha Presidencial.
Ouso até dizer, basta!
Pois considero nefasta,
a "ousadia" ocasional.
Se o momento é de contenção
nenhum de vós merece perdão
andando nessas "arruadas".
Remetam-se ao isolamento,
mantendo o "vosso momento"
ejm emissões programadas.
No canal da R.T.P.,
onde o cidadão vos vê
como direito de antena
em igualdade partilhada.
Idealogia divulgada,
de forma saudável, serena.
Ao continuar em campanha,
a desfaçatez é, tamanha!
Admite erros e quem paga?
Fica tudo como d'antes?
A ver a Cidade de Braga
por canudos ultrajantes?!
Por o preto no branco
ou o branco no preto?
Qualquer caso, um espanto
mas na questão não me meto.
Se não for do rabo
será sempre das calças.
Ao fim e ao cabo,
não regulam as alças...
E o tiro, sai ao lado!
A campanha lá começou
com todos "eles" a brilhar
e a Imprensa a empolar.
Aí temos o "arraial"
da Campanha Presidencial.
Só os ouve quem tem estofo
em cenas, com certo mofo.
Domingo ouvi a missa
na seguneda, a preguiça
deu seguimento á rotina,
continuada e persistente.
Não me deixa nada contente
e a pandemia, abomina ...
Como lhe sofri o efeito
Sigo á risca os cuidados
Com rigor e a preceito
Pois passei, maus bocados.
Em debate civilizado
quando um deles fala,
o outro escuta, calado
E, é isso que me rala.
Aqui, ambos discutem
mesmo havendo moderador.
Bem que se refutem,
mas respeito ao opositor.
É espectáculo triste
com cenas de lavandaria.
Quem a eles assiste,
não lhes reconhece, valia.
Se tiver melhor opinião,
ouça-os, com toda a atenção.
Se não tivesse existido
Decerto seria inventado.
Mas que foi, mal-parido
Não passa de um pecado!
Sexta-feira sem segredo,
ontem, foi um dia negro.
Dos piores da pandemia.
Previsível tal seria.
Depois das grandes festas,
surgiram as dores de testas.
E agora que medidas?
Decerto mal recebidas!
Por três vezes eu parti,
outras tantas, regressei.
É certo que combati
Mas decerto, ninguém matei.
Sem peso na consciência,
dou graças por estar vivo.
Cumpri, por exigência,
de nada me sinto cativo.
Livre dos tantos traumas,
com o espírito bem aberto,
vivo a vida, nas calmas
tendo a Poesia, por perto.
Porque, um poeta
de todo o mal se liberta.
A minha longa vida
dava para escrever um livro,
como aliás, todas as vidas.
Só que a minha, tão comprida...
e ainda continuo vivo!
Talvez um dia, alguém diga:
"Quem diria"?!
Se necessário, á bruta!
Temos de mudar a batuta.
Todo o país a funcionar
Com vigilância a dobrar ...
Os "artistas" do gesto
exibem o seu manifesto
numa mímica grosseira.
Cada qual á sua maneira
lá vão "vendendo o peixe"
sem que alguém se queixe.
Certos debates televisivos
para que serão precisos?
É como chover no molhado,
encher pneus que estão cheios,
num trato de mil maneios
que não levam a bom lado.
Perdas de tempo.
De quem a contento?
Costa, reitera confiança
mas os ventos da mudança
comprometem a acção.
Más situações ao momento,
são um péssimo suprimento,
envergonham a Nação.
Quem vê caras não vê corações
mas no retrato governamental,
há certas nomeações
que nos parecem estar mal.
Portugtal treme de frio
e eu anseio p'lo Estio
que me aquece a alma.
Á falta desse calor
faço rimas com fervor,
pois a Poesia, acalma.
Praticar a Caridade
Sem dela fazer alarde
Dignifica o seu dador.
Divulgar quanto se deu
Daquilo que era seu
Perde parte desse valor.
Em cada dia que passa
se revela a tal trapaça
que a Política envolve.
É de ficar espantado
como tudo é aldrabado
e o inútil se promove.
Exemplos?
São "milhentos"!
Mesmo velho ainda sonho
com um mundo mais risonho.
Basta querer acreditar
que uma boa mudança
nos traga a tal Esperança
e voltaremos a sonhar ...
Já chega de ver picadas
nas pessoas vacinadas
contra essa tal epidemia.
Somos pessoas de excessos
mas a novidade dos processos
já ultrapassa a "mania"!
Sem excepções à regra,
é contágio que se pega ...
Com Portugal ao leme
A Europa não treme
Porque como timoneiro
Temos o nosso Primeiro?
Olhei para trás e não vi
que tenha usado a espada.
Foi então que descobri.
Hoje em dia, não vale nada!
Quiçá, devido à venda
a cobrir o seu cego olhar
que não põe fim à contenda,
ver, a quem deve condenar.
E para quê a balança
se no balanço geral
é sempre a mesma dança,
em que "baila" Portugal?
Triste figura, essa sua
que já ninguém a respeita.
Vestes rotas, quase nua ...
às conveniências te ajeitas!
De ti se riem os saqueadores,
andando por aí à solta,
gozando dos teus favores,
o que nos causa revolta.
A lista é tão extensa
quanto o dinheiro roubado.
De ti, nem uma sentença?!
Tristeza, deste povo envergonhado.
P.S.
Se o teu exemplo não ensina,
venha a Justiça Divina.
Vergonha com todas as letras:
Naquele ministério, as coisas
estão ficando bem pretas!...
Atenção, senhor Primeiro.
Com ministérios assim ...
Nas bocas do mundo inteiro,
Não lhe vaticino, bom fim.
Ao seu riso exagerado,
juntou algumas ovelhas
e para completar o quadro,
uma bezerra, "balhelhas".
Criou assim a fantasia
da sua genialidade.
A alguns, já enfastia,
tanta fralta de sobriedade.
Se a Estação a contratou
para cenas de tal cariz,
a sua fama, já secou,
por tão fraca raíz.
Sempre fui um bom pagador.
Não devo nada a alguém.
Retribuo sempre o valor,
seja do mal ou de bem.
Impor à restauração,
regras assim tão lesivas,
parece contradição,
face a outras medidas.
A dos Centros Comerciais
onde circulam multidões.
A uns nada, a outros mais?
Há que rever as situações!
Segundo a Ordem dos Médicos
seria da primeira lista.
Havendo outros méritos
veremos quem lhe resista ...
E mais um ano já passou
sem se condenar a escumalha
que este país delapidou,
com tanto roubo na calha.
Que o ano decorrente
seja nisso promissor,
traga Justiça, finalmente,
sem olhar, ao mau pagador.
Ó ilustre Senhor Ministro
mas então, o que é isto?
Porque não força o Comando
das forças em litígio?
Está perdendo o prestígio
ou andamos, brincando?
Portugal, comanda destinos
da Comunidade Europeia.
Oxalá sem desatinos.
Alguns, temos na ideia ...
Cometidos entre-portas,
não tiveram grande atenção.
Agora, as coisas tortas
merecem mais contestação.
Como cidadão português
e, se me é permitido,
resolver alguns dos porquês,
talvez faça bom sentido.
Pois então, Primeiro Costa,
puxe dos seus galões
bata o pé ao que se gosta,
use das suas atribuições.
"A Europa, toda igual"
começando pelo conforto.
Morrer de frio em Portugal?
esse programa, está torto.
Ganhar menos que terceiros
mas porquê, pergunto eu?
Se somos todos parceiros,
afinal, do que nos valeu?
Os nossos produtos essenciais
dos mais caros do mercado?
Alto lá! Isso é demais!
Trate do assunto. Cuidado! ...
Falando a vossa linguagem,
haverá farta "matéria"
para acabar a vilanagem
que nos reduz à miséria.
Se detém a Presidência,
use enão dessa força
sem recurso à violência
mas que o rabo se torça ...
Sim! Estou fantasiando.
O senhor só tem a batuta.
Porque, a orquestra, tocando,
seguirá, pauta astuta.
E essa virá de Bruxelas.
Aí, é que são elas!
Bendito Sol que nos aqueces,
tanto a ricos como pobres.
Graciosas as tuas benesses,
tal uma manta, nos cobres ...
Faço votos bem desejados
que o novo ano nos traga,
políticos nobres e honrados,
nada iguais aquela "praga"!
A que não honra a profissão
como se ela existisse.
Na escala da profusão,
não passa de gabarolice.
Que os larápios conhecidos
deem entrada na cadeia.
Tantos são os pervertidos,
todos de carteira bem cheia.
Aos idosos, reconhecimento
e respeito pela idade,
condições de bom tratamento,
nas Instituições de Caridade.
Combatentes do Ultramar
com o mérito reconhecido.
Vai sendo tempo de declarar,
o grande esforço dispendido.
Não à discriminação
entre classes ou cor da pele.
Temos igual o coração,
Seja, Mamadú ou Manel.
Que assim seja
e todo o mundo veja.
Chegou o Ano Novo
e, como diz o povo,
também a vida nova.
Que ela seja risonha.
A passada foi tristonha,
já o disse em prosa.
Cumprindo uma tradição
ouvi, com muita atenção,
a Sinfónica de Viena,
no seu fausto habitual.
Sem público, devido ao mal.
Para todos, grande pena! ...
Sob o signo da Esperança,
o Ano Novo já nasceu.
Com ele, a confiança,
Reaver o que se perdeu.
E nos traga, finalmente,
a Justiça, validada
com base em ponto assente:
Para todos, igualizada.
Pouco, no saber pedir
para que nos possam ouvir.
Leis justas para cumprir
e para todos bem igual.
Nada que nos faça zurzir,
vendo onde mora o mal.
Pedagogia, não multa,
educar com bons exemplos.
Prevaricador que se indulta,
só compromete os momentos.
Dar valor a quem o tiver
sem olhar à sua condição,
seja homem ou mulher.
Compensar, com distinção.
Razoável, o que se pede.
Moralidade, acima de tudo.
De contrário, tudo fede,
no mais sórdido Entrudo!
Tantos os desenganos
causados na pandemia.
Foi um dos maus anos.
No mundo, quem tal diria?
Fui dormir descansado
como um justo que sou
Depois do ano passado
ninguém dele se lembrou.
