Reconheço e lamento.
Minha poesia é drástica.
Acreditem! Eu bem tento,
Mudar, com nova plástica,
A face do que apresento.
Não o consigo porém,
Neste viver, tão cinzento,
Onde não habita o bem.
Gostaria; Se gostaria,
De expressar bem o amor,
Em temas de alegria,
Dando graças, ao Senhor!
Tenho pena mas não consigo.
Há uma força que não venço!
Terei de viver em castigo,
Ser algo a que não pertenço?
Não é esse o meu desejo.
Antes, suavemente dar amor!
Mas vem o maldito lampejo
E me arrebata com vigor,
Por ver a maldade do Mundo
E dela querer fugir
Sendo que o mal é profundo
E nele próprio irei cair!...
Então, meu Deus como bramo!
Chego a ter ira incontida
Deste viver em desengano
Que nos dá, tão triste vida!
É quando respiro, dez vezes,
A dominar tanta revolta
Que ultrapasso os revezes.´
Tímida, a Fé me volta!
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