Farto-me de tocar na ferida,
Com crítica tão difundida.
As nossas estações de Têvê.
Terão de ser todas iguais?
Porque não antes, originais?
Pagam a gestores, p'ra quê?
Se um canal, dá lições de cozinha,
Logo outro não se abespinha
E chama também um artista.
Seja homem ou mulher
Desde que mexa a colher,
Temos culinária à vista!
Os comentadores políticos
Nos seus enredos analíticos,
Agora, apresentam literatura.
Estação que se preze
Tem de divulgar quem escreve,
Dar a conhecer, a criatura.
Depois, as famigeradas telenovelas,
Para mim, rainhas das mazelas
Que imperam neste rincão.
Seguidas, umas atrás d'outras,
Deixam as cabeças loucas
A quem lhes dá, continuação.
Sorteios de muita "dinheirama",
Aos gritos anunciados por dama
Apresentadora do dito cujo,
Igualzinho, no canal opositor.
Às vezes, aumentado em valor,
No jeito de jogo sujo.
O mesmo passatempo, com carros,
Proliferam, não são raros!
De boa marca, a saber.
Rara é pois a criatividade.
Porque não outros de validade?
Há tanto, por onde escolher!...
Isto assim, é deveras "pindérico"
Bem ao gosto, "made in ibérico".
Noticiários, de meia em meia
Requentados, por tão iguais
Chegam a ser, por demais!
Uma autêntica panaceia!
Quanto ao resto, nem falo.
É tudo, um perfeito regalo,
A "engolir", no dia a dia.
Claro! As nossas televisões,
Têm aqueles tais botões...
Click! Acabou o mal que havia!
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