terça-feira, 19 de agosto de 2014

HOJE ESTOU DE PARABÉNS


Aos oitenta por inerência
Pago os juros de uma vivência
Atribulada e com carências.
Muitos anos em clima agreste
Deram-me a paga do que não preste
Para o futuro e sem clemências 

Assim, do que sofro e me queixo
Disto, daquilo, ... mas não deixo
Ser abalado por simples ninharia.
Mantenho perfeita lucidez na mente,
Dou graças a Deus que consente,
Manifestar em mim esta valia

Se apenas o vigor escasseia,
É normal pedir a quem remedeia
O cansaço que tanto me rala.
A vós, família e descendentes,
Zelai por mim, complacentes.
Sejam no futuro, "a minha bengala"

Praia do Carvoeiro, 19 de Agosto de 2014

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