Imaginem-me, uma árvore forte
E que muito cresceu em anos.
Sacudida por ventos do norte,
Viu vergados os seus ramos, ...
Mas não caiu. Permanece de pé.
Sujeita ao ciclo das estações,
É uma árvore animada pela Fé,
No campo vasto das suposições.
Então, a tal árvore que serei,
No momento próprio do Outono,
Nua e exposta, assim ficarei.
Minhas folhas já sem dono! ...
A metáfora tem um sentido,
No revelar de um mal exposto:
É que no provável "meu livro",
Não haverá sequência a gosto.
Suas páginas serão a folhagem
Da imaginária árvore que citei.
Arrancadas por forte aragem,
A eito porque as não ordenei,
Caem dispersas, cobrindo o chão,
Contendo o que nelas escrevi!
Sem comentários:
Enviar um comentário