Psiquiatrias em massa
endoidecem os portugueses.
O caso não se disfarça,
multiplicam-se os revezes.
Barulhos desnecessários,
atitudes de criar pavor,
relatos intensos, diários
ninguém modera o estertor?!
Um país em bancarrota?
Já lhe falta, coisa pouca.
"Meu amigo poeta"
Uma graça que bem soa
Passou depois a obsoleta
Aos olhos da mesma pessoa..l
A Política muito fede,
fede o Futebol, também.
O favor que se lhes pede:
Não se feda, mais ninguém.
Tento encontrar nos silêncios
respostas que nem os compêndios
já conseguem transmitir.
Sinto um cansaço doentio,
fosso profundo e vazio
que não me deixa sorrir.
Sem vislumbre de esperança,
acabará mal, esta "dança"!
"QUEM SE CALA OU CONSENTE
NÃO SERÁ FILHO DE BOA GENTE"
Decorre com euforia,
a "Poesia, um dia".
Poetisei, no seu início
de modo ocasional
e logo me deram aval
de continuar no "ofício"!
Muitoa anos de presença
como "poeta d'avença".
Bastava um só pedido,
ideia a concretizar
e eu, pronto para dar,
sem recusa nem comedido.
Por estranho mau motivo,
quando me julgava cativo
de tão nobre missão,
desde logo fui excluído.
O meu erro, se cometido,
deu lugar à INGRATIDÃO.
Louvo a vossa iniciativa.
Lhes desejo, longa vida.
com os mesmos de sempre.
Eu, encerro a porta. Definitivamente.
Silvério Dias
19 de Setembro de 2020.
Conheci uma certa graça
perdeu a graça que tinha
ao remeter, à "desgraça",
Poeta de Sarnadinha.
Não lhe fica bem a graça.
Toda a graça que tinha,
era falsa e, esvoaça ...
A mágoa, é toda minha.
Explique-me o motivo
se possível, sem ar altivo.
Sinceramente, não pensei
que uma amizade assim,
pesada a "ouro de lei",
tivesse, um tão mau fim.
Servi, no encher Programa,
não para angariar fama.
Essa, pertence aos de fora.
Tudo cumpri, por inteiro
sempre alegre e prazenteiro.
Por fim ... mandaram-me embora!
As boas e as más atitudes,
pesam a quem as pratica.
Na escassez das virtudes,
a nódoa, essa fica!
Com que tranquilidade
se poderá viver a vida
tendo a triste realidade,
constantemente repetida?
A insistência na pandemia,
é prejudicial. Dã azia!
Até acredito que sim.
Isto terá o seu fim:
Dizimar, pobres grisalhos!
Não encontro competência
a nenhuma excelência
para nos livrar dos trabalhos.
"Descartar" os velhos,
não faz parte dos evangelhos.
A pandemia abriu portas
e, escancarou verdades.
Nos lares, as "coisas tortas"
são autênticas maldades.
Repensem os motivos.
Libertem, maus castigos.
É criminoso quem fogo ateia,
igual ao que não remedeia
por inoperância ou desleixo.
Ao queimarem dessa maneira
as minhas origens, na Beira,
contra todos, eu me queixo.
E, continuo na minha:
Prevenção a todo o custo.
Não vamos lá com calminha,
aliviem-nos, do susto.
Tudo fiz para ser
esse tal, "Homem Completo",
título que julgo merecer.
Criei, o meu céu aberto
onde não cabem estrelas
por modéstia declarada.
Nunca julguei merecê-las.
Sou eu apenas. Mais nada!
Para quê, a "residência"
se já tenho a essência
do que observo e escrevo?
Permanecerei isolado
e, com relativo cuidado
irei alimentando, o acervo.
Sem prestar contas a ninguém.
É salutar e faz-me bem!
Não os ouvi a lamentar,
o grande incêncio da Beira.
"Eles", têm lá vagar ...
Corre-lhe a vida à maneira ...
Só paleio da pandemia
Está na ordem do dia!
Goataria de saber
porque motivo original,
obras que vamos fazer
não têm nome nacional?
Inventam para inglês ver,
numa estupidez gritante.
O português mal sabe ler
e, que pensará, no instante?
Exemploos? À resma.
A "mania", sempre a mesma.
No numeroso pessoal
do elenco governamental,
não há, um só infectado?
Tão estranho me parece.
Então, ninguém padece?
Ou, segredo bem guardado?
So em casa eu estou bem.
Aliás, é o que convém,
face ao que vemos por aí.
"Cavalgaduras" à solta,
a provocar, tanta revolta.
Vejam só, ao que assisti:
Num hospital de referência,
situado aqui em Oeiras,
à entrada, na assistência,,
somam-se, multiplas asneiras.
Máscaras espalhadas pelo chão.
E, ninguém a pedir perdão?!
É urgente que se veja .
E, a situação se reveja!
Minimizar a pandemia
sem esquecer a Economia?
Mas que grande desafio!
Ou eu estarei enganado
mas teremos, o "caldo entornado".
Aí, até perdem o pio.
À sombra de chaparro,
a comer um bom gaspacho,
cá para mim, caso não raro.
Bem feliz. É o que acho!
Quando precisamos de ajuda
e não temos quem nos acuda
passamos a ser outros sujeitos.
Todo o espírito antigo
em que cada um era amigo,
perdeu-se, por vários efeitos.
Agora, cada um por si só.
É pena, causa-me dõ.
Ladrão, gatuno, larápio ...
No presente cardápio
como deseja ser tratado?
Você, escarro da Nação
que já come boa ração
e ainda quer, o roubado.
A lista é infindável
e, tanto assim, miserável!
Ao ver essa pobre gente
a quem tudo, agora ardeu,
excelência, o que sente?
Tal pergunta lhe faço eu.
Manter distância física
em combóios superlotados?
A ideia será tísica,
a merecer, grandes cuidados.
Não haverá uma estação
que consiga, a contenção
de moderar tal paleio?
Não passamos da cêpa torta,
só o Convid vos importa?
Que desastroso enleio ...
Tanta conversa fiada,
nos causa certo pavor.
Mantenham a boca fechada,
façam lá esse favor ...
Essa,"Poesia, um dia"?...
A minha, de todos os dias,
pode não ter tanta valia
Mas, concede-me, regalias:
Dizer-vos, tudo o que sinto
sabendo que, nunca minto.
Atingidas, ao momento,
As 12.000, postagens.
Posso não ser um portento
Mas, andarei, pelas margens ...
Deixem essas "momices",
a substituir, cumprimento.
Solenes, sem cretinices,
tão vulgares, ao momento.
O que tenho, me basta
Para um viver feliz.
Não tive, sorte madrasta,
Tenho, o que sempre quis:
Um viver sossegado
Com mulher amada, a meu lado.
Conheci, um tal senhor,
Cheio de imenso valor
Que, fugido por cobardia,
Se dedicou, à Poesia.
Instalada a Revoluão,
Moveu toda a sua acção
No regresso a Portugal.
Julgou, ter salvo do mal,
Os "pacóvios" da Nação!
Agora, impante e soberbo,
Vai usufruindo do acervo ...
Há situações a dar que pensar.
No momento da pandemia,
Ainda não ouvi registar,
Nos "ilustres", tal epidemia.
Porque será ou, não será?
Escudam-se no segredo
De modo que evitará,
Desassossego, na harminia?
Mistérios! ...
Como dos chineses, nos cemitérios? ...
Assinalável atitude,
do "Maior" da dita Saúde,
no criticar, a "cotovelada".
É um, cá dos meus parceiros,
a denunciar, terceiros
e, com crítica declarada.
Como aliás, eu já fiz
e, a seu lado, sou um "petiz"!
Caminho, já perto do fim.
Ninguém tenha pena de mim.
Nada levarei comigo,
Recordações, as deixarei
A alguém que tão bem sei,
sempre foi, o meu "abrigo".
Eu, que nunca atraiçoei
Mesmo tendo sido traído,
Deixo patente, o perdão.
Na verdade, pouco mais resta.
Enquanto vivo, gozo a festa
Que faz bater o coração.
Até sempre,
Eternamente ...
Após cumprir desiderato,
remeteram-me ao anonimato.
Tive, uma entrega total.
Quem assim agiu, a mando,
mostrou, que mau comando
lhe assenta, muito mal!
Eu, protesto pelo que sei,
e posso.
Sem pejo, com lei
e, pouco esforço.
Basta escrever,
o que tenho a dizer.
Na experiência acumulada
da minha idade avançada,
tenho grande sensibilidade
a certos cheiros e sabores
e, numa escala de valores,
há três, meus caros senhores:
Dos grandes armazenistas,
lojas chinesas, tão vistas
e, também, lares de idosos.
Cheiros tão peculiares,
uns bons outros invulgares,
a dar, vómitos danosos.
Parvo, nunca serei,
ingénuo, talvez seja.
E, por aquilo que sei,
fui produto, de muita inveja.
Só assim se compreende,
a atitude de certa gente.
O meu mundo é pequeno.
Porém, muito valioso.
E, porque homem sereno,
me considero, ditoso.
De tudo quanto eu tenho,
é produto do nosso trabalho,
feito com sério empenho,
nota alta, do quanto valho.
Tenho a meu lado, a tal mulher
que desejava merecer.
Diga-se, o que se quiser,
conjugámos, o verbo, Vencer!
Não precisei de residência
para me poder inspirar.
Talvez fosse uma evidência,
o pouco que tive para dar.
Mas cumpri sempre a missão,
quer queiram, quer não.
Sem quaisquer alardes
e, despido de vaidades.
No suceder das demandas
Andam idosos em bolandas,
Tira daqui, põe acolá.
Uma tristeza completa,
Que a tantos muito afecta.
Anda tudo, ao "Deus-dará"!
Como um planeta brilhante
Que à minha volta gravita
A toda a hora e, no instante
Assim és e, tão bendita!
Ponham fim às "fantochadas",
Moda das cotoveladas
Como cumprimento formal.
Um inclinar de cabeça,
A alguém que o mereça.
É tão simples, afinal ...
E, deixa, de ser boçal.
Será que não vos incomoda,
a praticada aberração,
dessa estúpida, nova moda,
aplicada à Televisão?
Pois, a mim até me dana,
a pulicidade nessa programa:
Eu nasci em Sarnadinha
Pequena aldeia, tão minha
E, de muitos outros mais.
Lá conservo, por herança,
A casa, onde criança,
Tive o conchego dos pais.
A desejo muito manter
Como souber e puder.
Há valores que, sem preço,
Exigem que se conservem.
Algunas, de pouco servem.
Julgo que ela, eu mereço,
Ao dar continuidade,
A esforço da paternidade.
A senhora é um espanto!
Mas, porque sorri tanto?
Pela boa obra não feita?
Ou, só por ser, uma eleita?
Que raio de Democracia,
Esta, a que se apresenta?
Ao esconder, com cobardia
E, contra ela, se atenta?!
Mas porquê,
"stay away covid"?
Quem tal lê
decerto, não duvide...
Mas que país este?
Andamos virados a Leste?
Logística, terá sido a causa
Que me criou uma pausa
E me libertou da função.
Como se dela dependesse
E, o repúdio, merecesse,
Em texto de mau "sermão"
A "festa" voltou à cena
E aquela "alma pequena",
Repetiu, anterior gesto
Nem uma pequena palavra
Que seria considerada,
Elogiando, o manifesto.
Que alguém "enfie a touca",
apesar da culpa ser pouca.
No seio desta desgraça,
Haverá quem satisfaça,
Aumentos na sua conta.
Rastreios nos particulares,
Aos temidos azares,
Quanto rendem, na afronta?
Não é do Estado, a competência?
Ou, haverá conveniência?
Neste acto de escrever,
o que faço com prazer,
"alimento" um desejo:
Manter a mente aberta,
à inspiração que desperta
e, se impõe, num lampejo.
Enão, como por magia ...
assim nasce, Poesia!
É bom viver em Leceia.
Podereis vós, fazer ideia?
Longe e, perto de tudo
O que é grato e se deseja,
Até a causar inveja,
Sinto-me, homem sortudo!
Casa própria sem um favor,
Fruto de intenso labor
Ao longo de nossa vida.
O meu poiso de sossego,
Disso não faço segredo,
Foi, dádiva concedida.
Até tem pequeno jardim,
O "Meueden", cá para mim ...
Nele, estou mesmo agora,
Rabiscando umas linhas,
Tão simples e comezinhas
Mas próprias, de boa hora.
Nessa tal situação,
quem ganhou, quem perdeu?
Analisada a questão,
o ganho até foi meu.
Ganhei, bom descanso
sem ter de pagar rescisão,
e agora, neste "ripanço",
aliviei, a alta tensão!
Há males vindos por bem.
Ás vezes, até nps convém ...
Tivesse o poder de mandar,
obrigaria a trabalhar,
os assistidos socialmente.
Não sustentava madraços.
Teriam de mexer os braços,
justificar, o bem presente.
Ganhar, o seu subsídio,
sem dar qualquer auxílio,
a quem dele necessita?
Colher fruta, por exemplo.
Há necessidades ao momento
e, só a "sorna" milita?
E, porque não na floresta?
Cuidar dela, no que resta?
Limpar sob o comando
dos sabedores do assunto.
Ideias, assim por junto,
estas que estou mandando ...
O que seria da Vila
sem o Tejo à sua beira?
Assim, um todo se perfila,
completo, o quadro à maneira.
Mesmo em tempo d'águas ludras,
o que então se lamentou,
até às críticas mais surdas,
o nosso rio, tudo lavou
Tem já, o mesmo espelho
das águas limpas, em lago,
que admiro, como velho,
nas recordações que guardo.
Ainda que secundária,
sem residência literária,
assim é, a minha poesia.
Com palavras simples, é certo,
num imaginário desperto,
pela inspiração, do dia.
E, me assumo:
"Poeta Todos os Dias".
Cantar, muito me alegra,
Com bem pouco me contento.
Ao praticar esta regra,
Esqueço, qualquer tormento.
Cantar `à desgarrada
Tem muito que se lhe diga.
Não basta, garganta afinada
Há que inventar a cantiga.
Com muita "doçura" nos tentem
Mas, da conversa fiada,
Sabendo que nos mentem,
De mim, não levam nada!
Uma concedida amizade,
ao "querido amigo poeta",
teve, inesperada crueldade:
Fechou, uma porta aberta.
Onde teria errado,
a lesada criatura?
Qual foi o seu "pecado"
para tal compústura?
Terá sido pela Política?
Por vezes tal acontece.
Ou, outra forma típica
que em nada enaltece?
Ser, "correia de transmissão",
no obedecer a mando,
d'alguém com ambição
e, exercendo "comando"?!
Quem sabe, tal se esclareça,
nem que para isso, eu peça.
Frontalmente,
porque, filho de boa gente!
É já longa, a minha vida.
Mas sinto, a mente activa.
Ela me ajuda a viver,
No que penso e recordo.
Um privilegiado modo
de continuar, a ser...
Hoje, faço um convite.
Não aplauda mas medite
Na poesia que produzo.
São milhares as postagens,
Visitas com largas margens
Ao dispor, para seu uso.
Tudo partilharei consigo.
Nada paga, não é preciso.
Basta que me "alimente"
Como seguidor, bem somado
Ao "plantel" já instalado.
Acredite, fico contente.
À data, 11.965 postagens,
desde, 2011.
Geridos por "bestas quadradas"
de almas mal-formadas,
certos negócios ruínosos
são pagos por todos nós,
os sem culpa e, logo após,
cobrindo o mal dos faltosos!
E, não se faz justiça.
Está adormecida em preguiça!
O "piercing" e a tatuagem
dão aos humanos, má imagem:
A de "animal selvagem"!
O que sentirá essa gente,
quando o espelho ricocheteia,
imagem tão inconveniente?
Cá para mim, tão feia?!
Intolerante me confesso.
Perdão, será que mereço?
Sou um fazedor de versos.
Com favor, serei Poeta.
Versejo temas diversos,
Tenho a mente bem desperta.
Recolhe o Sol a poente,
Cumpriu a sua missão.
Amanhã, tão diligente,
Retomará a função:
Aquecer ricos e pobres,
Com a mesma intensidade.
Assim procedem os nobres,
Não falseiam, a verdade.
... confinado ao meu jardim,
não tenham pena de mim!
O PCP, esse exige,
O Bloco, baté o pé,
Já o PSD se aflige
E, o CDS, tem fé.
O Pan, pouco conta
e o Chega, atiça a malta.
Já os verdes, sem afronta,
parecem não fazer falta.
Todos "Eles" e mais alguns,
Afinal, todos querem.
Para além dos zum-zuns,
Todo o bem que lhes derem
Um alegre "pandemónio",
acompanhado, ao harmónio.
Creio, em boa verdade,
Nosso filho, daria um bom pai.
Não assumiu paternidade
e, um sonho se esvai...
O tal neto para adorar
no conchego familiar.
Sou, "Jardineiro do Amor"
e hoje, colhi uma flor
neste meru pequeno jardim.
Tem por seu nome, "gerbera".
E, que linda, ela era ...
Ma não a guardei para mim.
Fui dá-la,k à minha amada
porque andava, amuada ...
A resistência passiva
a certos processos em curso,
é, a perfeita evasiva,
aliada, do recurso.
Os presumíveis culpados,
jamias serão julgados.
O corredor foi aberto
Que venham pois, os ingleses.
Queremos tê-los por perto
Porque são, bons fregueses!
Com rima tem outro sabor,
a escrita da Poesia.
Por exemplo, "com amor"
que palavra rimaria?
É bem de outro valor,
terá uma mais valia:
"Quem não sente o ser ardor,
é pobre, de alma vazia" ...
Deste lado, Jeromenha
Do oputro, a Espanha.
Que diferença, tamanha!
Só o espanhol, amanha?...
Com hospitais a restringir
e Centros a não cumprir,
a quem devo recorrer,
em caso de necessidade?
Até parece maldade,
o que está a acontecer.
... e, os senhores advogados?
A defenderem uns malvados
com recurso a bom pagamento?
Defendendo os "pobres coitados"
de não serem condenados,
nem sequer irem a julgamento?!
Faltou-vos em inteligência
o que sobrou na insistência.
A Festa nem correu mal,
aparentemente, claro!
Mas, o assentimento, raro,
só envergonhou, Portugal!
Esse fazer televisão,
para mim não tem perdão.
No "Jocker", tal publicidade,
"metida, assim a martelo"?
Quem será, o "caramelo"
Que comete, tal maldade?
Haja juízo,
o mesmo é preciso.
Por estranha ironia,
Poderia eu prever
Que, à "Poesia, um Dia",
Não iria comparecer?
Tido como dispensável,
O motivo nem conheço.
Alguém, foi desagradável,
O que julgo, nem mereço.
Pois, passem todos muito bem
E, cada qual com o que tem.
Eu, ficarei só, na minha,
"Poeta de Sarnadinha"!
Estou cansado de viver
Mas não desejo morrer.
Tudo aquilo que me cansa,
Contraria, um desejo
Mas, confesso sem pejo,
Não posso entrar "na dança"!
A epidemia nos lares,
Revela muitos "azares"
Nesses locais de repouso
Um final de vida assim?
Impensável para mim.
Incriminar, até ouso.
Detesto que me mandem calar
Ou, que fale mais baixo.
Não sou de me subjugar
E, nem sequer me agacho.
A Poesia,
alimenta a alma
e, quem tal diria,
tanto me acalma.
Mesmo na crítica,
como um desabafo,
se me mortifica,
logo disfarço.
Porque, Poesia,
deve ter, Alegria!
A quem a fome se mata
E depois nos maltrata,
Será, "persona non grata"!
Às suas origens, o regresso,
É, tão só, o que peço.
Um Beirão quando canta
Na cantiga bem se ajeita.
Basta ter pão pr'a janta
E, cama onde se deita.
Rapazes e raparigas
Vinde todos a bailar
Esta coisa das cantigas
E. só para começar
Viras tu e viro eu
Andamos num reviralho.
Quem ainda não comeu
Como pode fazer trabalho?
Aqui, na Foz do Cobrão,
Decorre a festa d'Agosto.
Uma alegre diversão
D'alegria e, bom gosto.
Acaba aqui a modinha
Que eu vos vim cantar
Poeta de Sarnadinha
Todos os dias, a rimar.
Quem sabe? Talvez para o ano ...
No acto de comemorar
O nascimento de alguém
Também se deve elogiar,
A sua própria mãe.
No percurso destes trilhos
Louvo, a mãe dos meus filhos.
A nossa menina faz anos
Está pois, de Parabéns.
Longe de quaisquer danos,
Lhe desejamos, todos os bens.
Que os possamos nós ver
Com uma alegria igual,
Aquela que a viu nascer,
Na Beira, ainda Portugal.
Com muito amor dos pais.
Neste mês, até havia,
aquela tal Poesia
que diziam ser, um dia.
Veio então, a pandemia
a quebrar a mais-valia,
aquela que existia.
Continua noutros termos
com alguns sinais enfermos.
Do que sa passa, sabemos
pelo pouco que lemos.
E, porque somos "pequenos"
no olvidar, nos fiquemos!
Hoje, sinto-me tão feliz! ...
Tal como alegre petiz
A quem deram rebuçado.
Redução do IVA na luz! ...
Um esplendor que seduz!
Que fartura, no fim do ano ...
Vivemos todos, no engano.
É tão bom o Amor ...
No Inverno, dá calor,
No Verão, arrepio.
Também, asas para voar
E, nos rios deslizar ...
Amor, irreverente gentio.
"Jardins Históricos", excepção
À nossa má Televisão
Hoje, "Jardim do Paço",
Castelo Branco em evidência.
Só o fazer-lhe referência,
Merece, Parabéns. O que faço.
Muitas vezes o visitei.
Agora que o vislumbrei,
Ficou o desejo de voltar.
Ver, aquele Jardim/Horta,
Actual e, ao que reporta,
Um certo modo de sonhar.
O que vi, não foi tudo.
Deixo, resumido conteúdo
O saber, tão elevado,
De Dona Adelaide Salvado;
Os belos sons musicais
E gastronomia de ancestrais;
Arroz doce e tigelada,
Fica a refeição melhorada;
Som da Guitarra Portuguesa ...
Meu Deus, que beleza ...
Os queijos de Tostão,
Honra à família Lourenço.
Feitos com o coração,
E, com Arte, como penso.
Parabéns à Televisão.
Alegrou-me, o coração!
Sexta-feira, dia d'azar.
A festa, vai mesmo começar.
Serão muitas as restrições
Para cuidar dos malefícios.
Mas, valerá, os sacrifícios?
O que ganham os foliões?
As respostas virão mais tarde
E delas se fará alarde.
Temos neto de valor mais.
Agradecemos a seus pais
Por nos darem descendência.
Satisfação dos "Alegrias",
Também da "Família Dias",
Felizes na inerência.
O moço, é um portento!
Gosto de o dizer, a tempo.
Unido à Catarina,
Tem estatudo de Maior.
Hoje, um marido e senhor,
É orgulho que deixo, em rima.
Parabéns, amado neto.
É bom saber-te, por perto.
Para que conste, no teu Diário,
Em data de aniversário.
Dos avós maternos.
A lei passou a vigorar:
"Não deitar beatas ao chão".
Vamos atirá-las ao ar?
Talvez tenhamos perdão ...
São já passados seis meses
e, continuamos "fregueses"
de malvada pandemia.
Quanto mais tempo ainda?
Será que o mal não finda
e continuamos d'alma vazia?
O OIRO DA NOSSA TERRA
ESTÁ NO MEL E NO AZEITE
TEMPERADOS COM AR DA SERRA
SÃO RIQUEZA, UM DELEITE!
Com tanta insistência,
de perder a paciência,
a falar da pandemia?
E, as doenças crónicas,
deixaram de ter as tónicas,
de consideradas, no dia?
Na comunicação diária,
falando nesta área,
tenham uma outra coragem:
Quantos, o vírus matou?
E, quem foi que "abalou"
sem constar, dessa listagem?
Não nos queiram adormecer.
Há muita gente a morrer
por falta de assistência.
Negligenciar esse facto,
será, muito mau, o acto.
Tenham disso, consciência!
Santa Casa da Misericórdia,
Lugar de suave concórdia,
Nos actos de um Bem-Fazer.
Eles e elas ... velhinhos,
Procurando ter o calor
Que detinham nos seus "ninhos",
Feitos com tanto amor ...
Os recordo com saudade.
Acraditem nesta verdade!
Alguns, já terão "abalado"
Pela força do Destino.
Por fim, até assino:
"Convosco, mesmo ignorado"!
Recordarei neste Setembro,
a "Poesia, um Dia".
Aquela de que me lembro
e, com gosto, fazia.
Público seleccionado,
o da minha velha idade,
sem vedetismo, com agrado
tendo por lema, a Verdade.
Quantos os anos na lida?
Uns sete, pelo menos.
Na minha idade comprida,
por vezes, até esquecemos.
Só não me esqueço do mal,
de certo modo, impensado.
Considerado trivial,
terei de ficar, confinado!
Mas recordando Setembro,
Acreditem, irei escrevendo.
Ao alto das penedias
sobem, eclécticas poesias
que Mestres trazem à Beira.
Espantam quem os escuta.
Poucos são na labuta
mas todos, de primeira!
Exclama o Rei Wamba:
"Caramba"!! ...
Junto ao Tejo, o nosso rio,
como que, em desafio,
outra veia poética,
desliza na sua corrente.
Destinada à nossa gente,
é simples, na dialéctica
Assim foi, não será jamais.
Uns e outros, diferentes.
Sempre iguais!
Pequeno resumo:
Ò Senhora da Alagada
Ò Senhora da Alagada
Minha mãe minha madrinha
Eu venho à vossa casa
Quando ireis a Sarnadinha?
Avante, "Glória ou Morte"?
Os dados estão lançados.
Dependerá, só da sorte,
Não serem, "cruxificados"!
Demoníaco movimento,
Exterminação em massa?
Não é do meu conhecimento
Mas algo de mau se passa.
Pandemia se designa,
Com um vírus no seio.
A culpa, ninguém assina.
Passeia a morte, de permeio.
Insondável, o mistério,
Parece não ter solução.
Mas, não me chame, Silvério,
Há por aí, MALDIÇÃO!
Modesta, a minha opinião
mas não deixarei de a ter.
Tão debatida, a questão,
o que me leva a dizer?
É errado esse trato,
dado a tantos idosos.
Vejo-os em mau retrato;
Inertes ou, ansiosos.
Olhando-se entre si,
nas horas intermináveis,
sem voz, ninguém sorri ...
Ausência de afagos amáveis.
Certos lares. É do que falo.
Ao tempo, bem assisti.
Para alguns, certo regalo.
No geral tão pouvo vi.
A falta? Calor humano.
Gente capaz, com fartura.
Suprir, o tanto dano,
dar valor, à criatura.
Também, lá ir fiscalizar
com frequência, sem preguiça,
ordene, quem saiba mandar,
se aja com toda a justiça.
Dignidade,
além da Caridade
Poderás ser desabonado,
vulgar, nada privilegiado,
modesto, parco de ambições,
vivendo só do teu labor
mas praticando o amor,
e prático, sem ilusões.
Nada pedes, só para ti
e, se a sorte não te sorri,
és feliz, bem conformado.
Compreendo a tua razão.
És pessoa de bom coração,
bem merecedor de ser ajudado.
Tens o conformismo dos justos,
uma ousadia sem sustos
e, sobretudo, saúde.
Então, dá Graças a Deus.
És um "cá dos meus",
Homem de grande virtude.
