Ano velho que nos deixas,
são bem poucas as saudades,
antes, as muitas queixas
pelas sofridas maldades
Nós, bem confiámos em ti
mas ao longo dos teus dias
os males, dos quais sofri,
ensombraram, com arrelias.
Nesta tua descendência,
teremos um Ano Novo.
Que a Santa Paciência,
alegre. todo o nosso povo!
Tão certo como o Sol nascer,
o que viria a acontecer.
Os casos em somatório.
Filas intermináveis
e os senhores responsáveis
sem culpas nos cartório?!
Figurinhas e figurões,
enxameiam as televisões
com palpites e certezas.
São muitos, por grosso,
como cães a um osso,
nas suas espertezas.
Falam com convicção,
sendo deles a razão.
Contradições, inevitáveis
revela a pouca valia
que têm da pandemia.
Deixam pois, de ser fiáveis.
Só o enjoo prevalece.
Nada de bom, acontece.
Ao toque das badaladas,
práticas já programadas:
passas d'uva, correspondentes,
uma taça de espumante
e a presença constante
que nos deixa, contentes.
Dela, eterna namorada,
este ano, acompanhada
pelo cachorrinho dos dois.
Ver o fogo de artifício
sem sofrer, o sacrifício.
O Ano Novo, virá depois.
O saudaremos com alegria,
apesar, da pandemia.
Aos amigos e familiares,
que o próximo novo ano
seja isento de azares
e, se possível, sem dano.
A má prática caseira,
Ano novo, sobem impostos.
Um ataque à carteira
que nos deixa, indispostos.
Somos, "uns burros de carga"
carregados de impostos.
"Eles", vivendo à larga,
alegres e bem dispostos.
segundo doutores e doutoras,
a quem quer gozar a festa.
É, uma corrida desenfreada
e, tanta gente maltratada
que, com lentidão, se testa.
Pois, sigam o meu conselho
com experiência de velho:
Esqueçam, lá, a folia!
Deixem-se ficar em casa.
A rua, traz mal na asa.
Virá depois, a agonia.
Já o fiz pelo Natal
e não me dei, nada mal.
Cumprida a sua missão,
extinguiu-se, a clara luz,
anunciando ao bom Cristão,
o Nascimento de Jesus.
Repetido, ano após ano,
um acto de singeleza
que o respeitoso profano
comunga, na certeza.
Não foi bom, o presente,
ofuscado por pandemia
que mantém, a mente doente,
logo, sem grande alegria.
Pessoalmente, o bendigo
mesmo sem ter tido festa.
O facto de estar vivo
é consolo que me resta.
Viver em Esperança futura.
Não há mal que sempre dure.
Seja feliz a criatura
que me leia e, me ature! ...
Não me ralem o juízo ...
Entrevista? Com tanto sorriso?
E, quanto ao gesto?
De ficar indigesto.
Não se olhar a meios
para atingir os fins,
tais gestos, bem feios,
atitudes, bem ruíns!
Almirante empossado,
com traição a camarada?
Deveria ter recusado
e, outra data, acertada.
Por detrás, a Política
que tudo justifica?!
Quem sabe, deixou de ser herói.
Uma traição, sempre dói.
A Ministra, até prevê,
um enorme agravamento.
Entretanto, nada se vê
para contrariar tal momento.
O espectáculo é triste,
incomoda a quem assiste.
Para tudo, são as filas,
seja vacina ou teste.
Do que nada preste,
estás passivo, não refilas?
À chuva e ao vento
sem lamúrias ou lamento,
somos os brandos de sempre,
tratados como animais,
porque "eles", os ditos tais,
não têm, soluções na mente.
Programas desorganizados,
utentes, mal-tratados!
Por tão maus...
só geram o cáos.
Encontro, na minha escrita,
e na mente que bem medita,
um acto de salvação,
benfazejo e protector.
Também por sentir o amor,
aqui a meu lado, bem à mão.
Poderei então, bem-dizer
que Amor e Poesia,
aliados no acontecer,
são a minha mais-valia.
Quanto ao resto,
apenas esqueço!
Nos joelhos, moldadas as filhós
que se frigiam em lume de chão.
Preceitos herdados de avós,
bem conservados, desde então.
... prenda que se pedia,
lá estava presente
como por magia
tornada ciente.
Era pobre,
tal como nós.
Não havia para mais...
além da ternura de avós
e muito amor, dos pais.
Com o mundo do avesso,
pandemia em retrocesso,
como viver este Natal?
De modo diferente, é certo
mas com família por perto,
tentando esquecer o mal.
Natal eterno,
o modo terno
de dizer
que o Menino, irá nascer,
trazendo Amor
e um suave calor...
que nos vem aquecer ...
Oeiras, "Vila-Marquesa"
bem poderia ser Princesa
ou, porque não, até Rainha.
Para tal, tem muito e tanto.
Basta ver o seu encanto,
bela "Senhora da Linha"!
Pelas tardes, cheiro dos fritos,
rabanadas, fatias e filhós.
A boa sobremesa dos ditos,
feitos com ensinamento d'avós.
Meu Senhor,
por favor,
eu te peço,
não por mim.
Estou bem assim,
tenho o que mereço.
Mas para aquele outro,
do tão pouco
ou que nada tem.
Dai-lhe mais.
Aliviai os seus ais,
transformando,
o Mal em Bem.
Não é justo, Senhor,
ver tanta dor,
quando, tão perto,
sem saber porquê,
o pobre sofre e vê,
noutros, o sol aberto
e vive no escuro
que lhe dá o pão duro
da parca subsistência.
É, a desigualdade,
o Mal e a Bondade,
repartidos na vivência
Porque é Natal,
Meu Deius, sê imparcial.
Distribue os bens terrenos
por todos e por igual,
aqui em Portugal,
país, dos mais e dos menos.
Agora
que Renasces em Glória,
é chegada a hora
de mudar a História.
Esquecer os maus momentos
porque é Natal e, Bendito.
Irei disfarçar os lamentos.
Apenas o Bem, será descrito
À volta do Deus-Menino
que adorei, em pequenino.
O Mar é nome Português.
e bem sabemos dos porquês
que lhe deram tal graça.
Por nós foi desvendado
e ao mundo, revelado,
à custa de tanta desgraça.
País pequeno de mar imenso ...
tanto que nisso eu penso ...
Conteúdos, assim fúteis,
noticiários inúteis.
E com tal insistência?
Tanto dinheiro mal-gasto,
para alguns, bom repasto,
ou só, sobsistência?
Pouco me importa se é preso,
vigarista de colarinho branco
que fez burla de peso
e se sentou, no "banco".
Fico também indiferente,
aquele fulano da Autarquia
que, de modo indecente,
desviou, grossa maquia.
Não ligo mesmo nada,
quem serei para me ralar,
aquele qualquer camarada,
indiciado por tanto gamar.
O que interessa, bastante
e ninguém me fará calar
é que, qualquer meliante,
a mim, venha roubar!
Então, o meu protesto.
Quem enbolsou, roubando,
reponha, de modo lesto,
aquilo que estão tirando.
Seja a Justiça implacável.
Penhorar todos os haveres
dessa gente miserável.
Esse, um dos seus deveres.
Sou poeta da simplicidade.
Quem não nasceu em cidade
vê a vida com outras cores.
Pouco exigente por norma,
o que tenho me conforma.
Não sou de muitos amores.
Originais confusões,
envolvem o tal banqueiro
que desviou muitos milhões
para o seu mealheiro ...
Somam, as artes e manhas
do seu colarinho branco.
São tantas e tamanhas,
tudo à volta do seu banco.
A comédia, em começo.
Quantas mais situações,
irão virar do avesso?
Instaladas, as confusões.
País carragado de vergonha,
este em que vivemos.
Sob uma aparência risonha,
é a sina que nós temos.
De várias formas e quadrantes,
acções indignas de humanos,
tantas e tão aviltantes
na profusão dos danos.
Até Forças de Segurança
que deveriam ser exemplo,
entram nesta feia dança.
Meu Deus, como lamento! ...
A interessante situação
dos elementos da governação
nas listas para deputados.
Será, um jogar pelo seguro
no garante de futuro,
não esteja, o "caldo entornado"?
Mas tem um aspecto duro.
Ou seja, mudar de cavalo p!ra burro!
Como não têm ofício,
a política, o seu vício.
Dão que pensar, as listas
com os nomes dos vigaristas
que conspurcam Portugal.
Todos, gente muito fina,
a quem a maldade ensina,
a prática, do tanto mal.
De profissões liberais
com avultados valores mais
que, não sendo suficientes
lhes aguçam, a gula
e a carteira, se congratula.
De prisão, todos dependentes!
Até quando?
Para já e, a meu mando!
Agora, lançadas as redes,
já capturam, "peixe grosso"
Tantas eram já, as fezes,
neste país, mal-cheiroso.
Como prendas de Natal,
vão prendendo, vigaristas.
Abundavam em Portugal,
alguns, bem perto, às vistas.
E são em tal abundância
que até chego a duvidar
se haverá, na circunstância,
prisões para os alojar.
Mas podem ficar em casa,
será melhor, o cumprimento.
Não os deixar, "bater a asa"
Muita atenção, ao momento.
Má imagem para o mundo,
somos país de ladrões,
Tantos, já batem no fundo
esses foragidos e vilões.
Fica patente a anedota
e a vergonha, se nota!
Tão pouco é produzido
e roubado por vilões,
assim fica resumido,
o cerne destas questões.
Sinto imensa vergonha,
das gentes do meu país
que, de forma bisonha,
ferem a Moral, de raíz.
Corruptorers ou, corrompidos,
no desempenho de funções,
são nódoas, em bons tecidos,
vigaristas e ladrões.
Quais as suas necessidades?
Não lhes bastam as mordomias?
Só a mais pura das vaidades
os alimentam com fantasias.
São de todos os quadrantes,
tais denunciados meliantes.
No somatório e aos milhões,
"engordam" esses vilões.
A CNN, Portugal,
só nos veio trazer mais mal.
Porque agora, são aos pares,
os papagaios bem-falantes.
Já enfastiavam, antes.
Duplicaram, os azares.
Em massa no "caso Rendeiro",
ninguém olha, ao dinheiro!
Gostaria de ver explicado,
o porquê da deferência,
ao proteger um condenado
com aval de excelência.
Por ter colarinho branco
e o sujou em acto danoso?
Se esteve sentado no banco,
considerado, criminoso?
A tarimba, seja igual
para qualquer posição.
Todos com o mesmo sinal,
no seu lugar, na prisão.
Vejam as manhas do Rendeiro
fazendo valer, o seu dinheiro.
Com o peso da carteira,
decerto, estadia na Carregueira.
Sou um triste homem mouco,
e até já vejo pouco.
Tenho fraco o coração,
insuficiência renal
e respiro, muito mal.
Poder andar, outro senão!
Mas tenho boa memória
Assim reza, a minha estória.
A Poesia Popular,
deixou de lhes interessar.
Agora, apenas as sumidades,
aqueles que são doutores,
bem assim, os professores
e outras altas entidades.
Assim se cultiva o Povo,
dando-lhes, algo de novo?
Pois, tenham um bom proveito.
Eu, seguirei, a meu jeito.
Palheiros abandonados,
outras construções paradas,
panoramas declarados,
tantas são, as derrocadas.
Interior em agonia
a que advirá a morte.
Alguém que aqui vivia,
amaldiçoa, a sua sorte.
Indiferença dos "maiorais"
alheios ao mal de terceiros
nem sonham, os tantos ais
pois não são, nossos parceiros.
Apenas falam de nós,
em poleiro e de alta voz.
Momento tão importante! ...
A Justiça, glorificada,
pela captura de meliante.
Antes, andou descuidada ...
Espanta, tanto alarido
pela captura de foragido,
elogiando a actuação
Foguetório de folclore,
pois haverá quem deplore,
como se forjou, a evasão.
No cravo e na ferradura,
quando o bom senso se descura.
Pelo desprezo do que é nosso,
ficar calado, não posso.
É desprimor inaceitável.
Por interesses de vaidade?
Mas calar a minha verdade,
não foi, um gesto amável.
Ao prometer, Céu e Terra,
nessa voz que tanto berra,
não estará exagerando?
Cumpra promessas antigas.
Porque ainda não cumpridas
nós ficamos, duvidando ...
Tal como a mó de baixo
que está sempre parada
também eu, assim "m'agaicho"
já sem forças para nada.
Já estou cansado de tudo,
de todos e de mim próprio,
desta vida, um Entrudo,
com um nariz de Pinóquio.
"Ninguém está acima da Lei",
afirma, o nosso Primeiro.
Porém, por aquilo que sei,
nenhum devolve o dinheiro ...
Que desviou, a preceito,
com prejuízos de mau efeito.
"Podemos confiar nas instituições".
Porém, com muitas excepções!
Pede, com moderação.
Não sejas muito exigente.
Receberás o teu quinhão,
repartido, igualmente.
Tão desiguais e diferentes,
há o que ri e o que chora,
distinção dos seres viventes
no destino que marca a hora.
Com a sua detenção,
esse banqueiro falsário,
irá estar na Televisão
em constante noticiário.
É um contínuo explorar,
com a CNN, agora ao par.
O Randeiro, foi detido.
Pela P.J., dever cumprido.
Agora, venha a Justiça
a castigar esse vilão
que soube, "deitar a mão",
saciando, voraz cobiça.
E, sem apelo, com agravo,
pague, até ao último centavo.
A investir no Espaço?
Um convite vos faço:
Invistam, cá na Terra,
superando as carências,
com melhoria nas valências
que tanta miséria encerra.
O que não cria riqueza
e só vive dos impostos,
provocará, com certeza,
legião de mal-dispostos.
É o Ministro do Ambiente
pela sua esperteza.
Não deixa ninguém contente
com o problema do Ocreza ...
Vai embora do Governo,
deixando tudo, a meio-termo.
Também no caso do lítio,
andamos, em livre arbitrio...
Não sou causa nem efeito,
apenas um simples sujeito,
amante da Paz e Concórdia.
Então, não me ralem, pois ...
Deixem isso para depois,
o que peço, por misericórdia.
Temos de os ouvir a todos,
e assim, repetiçao a rodos,
nos canais televisivos.
É, um enjoo, total
do que se passa em Portugal
por gestos, tão abusivos.
Vila Fria, hoje tão quente,
o que não é de espantar,
pela alegria da sua gente
São Martinho, a celebrar.
Sangria e castanha assada,
a combinação perfeita
para noite bem passada,
antes da hora da deita.
Obrigado, boa gente
que nos ouviu a cantar.
Mantenham a alma contente,
nós temos de terminar.
Ministérios sem competência,
comprometem a excelência
que governa esta República.
Faça exame de consciência
depois entre em penitência,
melhorando, a causa píublica.
Acederam às apetências
e agora, sofremos as consequências.
Opiniões tão diferentes
só confundem as nossas mentes.
Se tivessem dado continuidade.
não teríamos nova calamidade.
Desde sempre, original,
no assinalar o Natal.
Enlevo dos mais pequenos,
elaborado pelos adultos,
é um dos maiores cultos.
De longa data, os conhecemos.
O tive, quando criança,
sempre na ardente esperança
da dádiva do Deus-Menino.
Sapatinho na chaminé,
animado da maior fé,
a noite num desatino ...
Veio depois o Pai Natal,
sem dúvida bem desigual.
Bonacheirão, barba branca
e de vermelho trajado,
um novo modo, inventado,
à ignorância, fazendo estampa!
É, o "Natal Comercial"
novidade mas irreal,
visando o lucro vantajoso.
Uma explosão de alegria,
a que falta, a nostalgia
do simples, tão gostoso ...
Ainda guardo Presépio antigo.
Feito por mim, o bendigo.
Aos senhores políticos,
peço, não sejam sumíticos
nos seus reconhecimentos,
à tropa que bem vos serviu,
sempre com o melhor brio
e menores, agradecimentos.
Perfilem-se e, bem hirtos
que tal conste, nos registos!
Amarrados pela arreata,
segue a récua, pata-a-pata
sob o peso da albarda,
carregada de impostos,
zurrando, mal-dispostos
por uma Justiça que tarda!
Uma récua de quatro patas,
impantes mas psicopatas,
foi eleita para governar.
Com falta de capacidade,
em abono da verdade,
apenas sabiam, roubar.
Foi um sonho inventado
que tive mas, acordado,
não anda longe da verdade
e faz pensar nos que temos.
Por vezes, são tão pequenos...
ou, tão grandes, na maldade?
Causa certo desconforto
e por vezes fico absorto,
pensando, em ponto assente.
Um exemplo factual:
Advogado em Portugal,
comentador, mas tendo cliente
que estará a defender,
contrariando, o seu dizer
nas artes televisivas?
Será que tem duas caras,
ou inteligências raras
que se tornam, abusivas?
Por falta de sentimentos,
venham, os bons rendimentos?
"The great Lisbon Club".
Mas que m*** é essa?
Haja, quem tal impeça
e aos motivos alude.
O continuado exagero
dos vossos noticiários,
revela, o forte esmero
que são já, "fadários"!
Será possível meus senhores,
nada mais, só pandemia?
E, tantos são os "doutores"
que só nos criam, agonia?!
Tentem, usar moderação.
Há mais vida, além disso.
Criada, a Televisão,
não é fábrica de chouriço!
Mas como está, até parece
e quem a vê, muito padece.
De meia em meia-hora as mesmas notícias?
Parem com tais sevícias!
Será, ameaça ou promessa?
Pois que ele não a esqueça
e cumpra o prometido:
Ir embora, se preterido.
Nós somos os campeões
dos preços mais elevados
e sem outras compensações,
dos vencimentos, condicionados.l
Promover a confusão
parece ser a nossa sina.
Cultivar a prática, não!
Dá trabalho, ninguém ensina.
Agora, caos no Aeroporto.
Vacinados à partida,
na Portela, tudo torto.
Organização, mal-parida!
Sofre, o triste passageiro,
de modo pouco lisonjeiro.
Há pessoas, "bestas-quadradas"
e, se muito ilustradas
mais se afundam na potência.
Mas se forem ministros,
rotulados de sinistros,
terão vómito de excelência!
Moro na Rua da Tapada,
uma rua se saída,
onde muita gente honrada
vai vivendo, sua vida.
Como viver em aldeia,
vida calma sem sobressaltos,
aqui. neste lugar de Leceia,
onde nos sentimos, bem altos ...
E, quando chove, que beleza,
a água logo desaparece.
Fenómeno da Natureza?
Não será, mas tal, parece.
Porque estamos bem acima
do que a prática nos ensina.
"Governo curto e ágil".
E, não será muito frágil?
O anterior, longo e vagaroso
não deu grande resultado,
acabando, em "mau-olhado"!.
De modo, pouco harmonioso ...
Se por acaso for eleito
quer executivo mais compacto.
Quem compreende o sujeito?
Pelo que teve, de facto?
Com alguns ministérios,
que foram autênticos mistérios ...
São promessas eleitorais.
Apenas isso, não mais!
Tive, uma feliz ideia:
Inscrevi na casa d'aldeia:
"Mil novecentos trinta e quatro"
E, "Meu Berço", em azulejo.
Assim, quase me revejo
em bom, antigo retrato.
O Jerónimo em ladaínha,
Costa, berra que se farta,
a Catarina, tão meiguinha ...
e o Rio, apenas empata!
Comigo, não percam tempo,
pois sou, Beirão e isento.
Não fora o Senhor Almirante,
como estaríamos, no instante?
Não é a berrar que convence.
Só com verdade se vence.
País de velhos e pobreza,
a previsível certeza
que alguém vaticionou.
Pelo modo como se vive,
Deus Nosso Senhor nos livre,
pois para pior, tudo mudou.
O senhor Ministro Cabrita,
lá pediu a demissão
Fica assim descrita,
sua melhor obra, à Nação.
Ele, nunca conduziu
foi sempre um "passageiro".
Quantas verdades traíu
de modo, tão ... ligeiro?
Bastará apenas recordar,
para bem o poder julgar.
Não se elevam por competência
,mas sim pelo compadrio.
Valha-nos, Santa Paciência,
isto está do piorio ...
Se, com pecados te deitas
com os mesmos te levantas.
Por pobrer, mal te ajeitas,
tens curtas, as tuas mantas.
No final das legislaturas,
aquelas ilustres figuras
resolvem tudo às mãos cheias.
Nos anteriores plenários,
porque foram perdulários,
as causas eram alheias.
Após terrível acidente,
o Ministro, dentro do carro?
Com razão, por ser doente..
Basta ver, o andar raro...
Calosidades ou preguiça?
Mas vale dizer: "Chiça"!
"É o Estado de Direito, a funcionar"?
Não! Apenas Justiça, invulgar.
Sublinha que era passageiro.
Lamentavelmente, pouco ordeiro
Corrida aos testes, porquê?
Para a pândega, já se vê.
Discotecas e futebol
na mira de tanta procura
Trabalho? Não, porventura.
Não consta do bom rol ...
O que se fizer está feito.
O que faltará fazer,
não dará, bom proveito,
só alimenta, o lazer.
O que o corpo mal consegue,
a mente, sem preguiça,
essa, nunca cede,
não foge à liça.
Então, escrevo e leio.
Compulsivo, não paro,
como se num enleio,
estivesse, enrolado ....
Será gosto, é vício?
Alguma explicação haverá.
Assim, como um ofício
que ninguém me pagará!
Porque é feito com gosto
me mantém, bem-disposto.
Mas as crianças, Senhor ...
A princípio. impensáveis.
De repente, que pavor.
São das mais fiáveis?
Tantas as alterações,
a semear, confusões.
Gastar dinheiro com bruxas?
Ao que chegou tal desporto.
Bem melhor, comprar chuchas
ou, reanimar um morto!
Se não tiver, pois invente:
Muita alegria de viver
e ficará mais contente,
onde, no momento estiver|
Viver não custa.
Custa é saber viver.
... e quando a luz do Oriente
já anunciava o Natal,
uma nuvem negra, presente
assombrou, este mortal.
De novo as lengalengas
que julgávamos nas calendas
A Directora Geral,
prevê, oito mil casos pelo Natal.
O que faz, para remediar o mal?
Telefonar? Deixai-me rir!
Para resolver, terá de lá ir.
É, a constante do momento,
no país, terceiro mundista.
Não há quem resista
à "anarquia do tormento"!
Palavreado vigente
faz voltar ao antigamente,
os "papagaios" sabedores.
Debitam a nova variante
num informar constante
que já nos causa, horrores.
"Ministra da Conveniência",
nomeada por inerência,
à paternidade do lar.
Qual a importância do cargo?
Falar bem, com gesto largo?
Não dá para acreditar.
Gostaria de acreditar em si.
Mas na verdade, ainda nada vi
do que fala, tão perentório.
Antes, só vejo, contraditório.
Fale com verdades, seja sincero.
Claro! Muito mais eu quero!
Sobretudo, Justiça equitativa.
Igual, da mesma medida
para ricos e para pobres.
Também, atitudes nobres
dedicadas aos mais idosos.
Trate-os, com gestos carinhosos.
Não lhe ficará mal, a modéstia,
a suplantar, tanta moléstia.
A que vemos num país sem rumo.
Repare, já se vê o fumo ...
Dele ao incêncio inflamável,
pouco falta para o irreparável.
Pense em tudo isto, excelência.
Estamos perdendo, a paciência!
Toneladas de alimentos
a minorar sofrimentos
de quem tem fome em si
Anualmente, acontece
e ao povo se agradece,
a dádiva que lhe sorri ...
Generosidade sem par
mas que nos faz meditar.
Deveria ser o Estado
a promover todos os meios,
cerceando quaisquer anseios.
Trabalho, nunca negado.
Porque estas campanhas
já vão criando manhas ...
Afinal, trabalhar para quê?
Ficar em casa é bem melhor,
nada faltando, a rigor...
Criando vício, já se vê!
Aldrabice nacional
a Meteorologia.
Diverge, em qualquer canal
das TVs., quem diria?
Assim, por ser influente,
ele terá desviado ...
Se pessoa diferente,
o termo, seria, roubado!
Uma vez mais está na mira.
Mas erram sempre a pontaria,
o que a mim, muito admira.
E prossegue, a rebaldaria!
Se cair no esquecimento,
também eu esquecerei,
retribuindo, com lamento,
quem me tratou, como sei.
Certo dia, não definido,
sem pensar, dei comigo,
a escrever, poesias.
Gosto súbito e natural,
a que dei, bom aval,
com prática, "todos os dias"!
A brincar, cheguei ao sério
e alguém disse, que o Silvério
era Poeta, dito, popular.
Por simples, gostei do elogio
e dele me vanglorio,
com um constante rimar.
Poesias, simples como eu,
uma virtude que Deus me deu.
Celebrar, Restauração?
Também, Independência?
Desculpai, peço perdão,
pela minha irreverência.
Isso pertence ao Passado
e ele, já bem distante.
Hoje, mal comemorado,
como o vejo, no instante.
Porque, é bem verdade,
estamos muito dependentes
e, a nossa Liberdade,
mal convence, certas gentes!
Gozar, apenas o feriado,
com as saudades de lado!
