domingo, 8 de janeiro de 2023

EM MOMENTOS DE ESPERA...

 FAÇO QUADRAS 


Sinceramente,  pergunto

O que podem dizer de nós, 

Face ao tal assunto, 

Do antes e logo após. 


Um "brilhante orador"

Que tanto se faz ouvir

Quer mostrar muito valor

Mas não nos vê sorrir.


Assembleia da República 

Semicircular dos plenários

Mal serve a causa pública 

E faz de nós, uns "otários".


Tão fértil imaginação,

Que tenho a fazer quadras,

Revela a boa intenção

De denúncias apalavradas.


Andaram a pedir chuva,

Tiveram as enxurradas

E lá se perdeu a uva

Com as vinhas inundadas.


O Governo é um "alho"

A fazer nomeações 

Mas não se dá ao trabalho

De avaliar selecções. 


Fazer quadras é comigo,

As faço a qualquer hora

Até parece castigo

Ou, punição de penhora.


Vai daí, a bronca é certa

E lá temos, trapalhada

De ver a porta aberta,

Á senhora, empossada.


Sou um tipo irreverente 

Que não  admite excessos.

Deixo ficar, bem assente

E tudo expresso em versos.


Saber esperar é virtude

Mas nem todos tal conseguem. 

Falhando, nessa atitude,

As intenções,  lá prescrevem.


Ser político é  ter emprego? 

O que fazem, afinal? 

Só causam desassossego 

Que nos causa tanto mal...


(Continua)


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