FAÇO QUADRAS
Sinceramente, pergunto
O que podem dizer de nós,
Face ao tal assunto,
Do antes e logo após.
Um "brilhante orador"
Que tanto se faz ouvir
Quer mostrar muito valor
Mas não nos vê sorrir.
Assembleia da República
Semicircular dos plenários
Mal serve a causa pública
E faz de nós, uns "otários".
Tão fértil imaginação,
Que tenho a fazer quadras,
Revela a boa intenção
De denúncias apalavradas.
Andaram a pedir chuva,
Tiveram as enxurradas
E lá se perdeu a uva
Com as vinhas inundadas.
O Governo é um "alho"
A fazer nomeações
Mas não se dá ao trabalho
De avaliar selecções.
Fazer quadras é comigo,
As faço a qualquer hora
Até parece castigo
Ou, punição de penhora.
Vai daí, a bronca é certa
E lá temos, trapalhada
De ver a porta aberta,
Á senhora, empossada.
Sou um tipo irreverente
Que não admite excessos.
Deixo ficar, bem assente
E tudo expresso em versos.
Saber esperar é virtude
Mas nem todos tal conseguem.
Falhando, nessa atitude,
As intenções, lá prescrevem.
Ser político é ter emprego?
O que fazem, afinal?
Só causam desassossego
Que nos causa tanto mal...
(Continua)
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