sábado, 16 de setembro de 2023

"MÃE QUERO PÃO "

 Motivo de súbita reflexão, 

Trouxe-me à ideia, o pão. 

Hoje não muito apreciador

Mas foi das iniciais palavras

Que dizem, ficaram gravadas,

Registando o seu valor.(


Curiosamente associados

Conforme ambos ligados,

Ao alimento tão desejado,

O avô e meu pai também,

Foram moleiros, por bem.

Em trabalho bem esforçado.


Junto à casa da avó materna

Um forno...imagem eterna.

Era eu, rapazote brejeiro 

Me quedava olhando a função 

Das cozeduras do pão 

E do seu perfumado cheiro...


Se distinguiam os seus donos

Pelas espécies dos abonos:

O de trigo ou de centeio

Bem distintos entre si

De ambos, então comi.

Por vezes, broa de permeio.


E já aí, ainda criança 

Avaliei que, abastança 

Até no pão era evidente. 

Aos pobres, o pobre centeio

Com pouco conduto no meio.

Para abastados, trigo, conveniente. 


A propósito, até escrevi:


Meu avô era moleiro

Meu pai igual profissão 

Em casa, pouco o dinheiro 

Mas nunca faltou o pão! 












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