Motivo de súbita reflexão,
Trouxe-me à ideia, o pão.
Hoje não muito apreciador
Mas foi das iniciais palavras
Que dizem, ficaram gravadas,
Registando o seu valor.(
Curiosamente associados
Conforme ambos ligados,
Ao alimento tão desejado,
O avô e meu pai também,
Foram moleiros, por bem.
Em trabalho bem esforçado.
Junto à casa da avó materna
Um forno...imagem eterna.
Era eu, rapazote brejeiro
Me quedava olhando a função
Das cozeduras do pão
E do seu perfumado cheiro...
Se distinguiam os seus donos
Pelas espécies dos abonos:
O de trigo ou de centeio
Bem distintos entre si
De ambos, então comi.
Por vezes, broa de permeio.
E já aí, ainda criança
Avaliei que, abastança
Até no pão era evidente.
Aos pobres, o pobre centeio
Com pouco conduto no meio.
Para abastados, trigo, conveniente.
A propósito, até escrevi:
Meu avô era moleiro
Meu pai igual profissão
Em casa, pouco o dinheiro
Mas nunca faltou o pão!
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