Tu que ostentas o cravo
Bem às vista na lapela
Esqueces todo o agravo
Que nos deste por tabela?
Pede mais criação de riqueza.
Sem dúvida senhor Presidente!
A repartir pela muita pobreza
Ou aumentar, aquela tal gente?
Desde a primeira hora
Que ouço os mesmos ideais
Mas depressa sem demora
Voltamos a ser iguais-
Beijinhos, tantos abraços
Na assembleia monumental.
Mistura de cores, sem embaraços,
É a democracia em Portugal!
Quarenta e três anos de discursos.
É só questão de mudar o tom
Tudo se iguala sem recursos
Para quem vive no bem-bom!
Hoje, o celebrado vinte e cinco
Amanhã, apenas um novo dia.
Mas acreditem no que sinto:
Voltaremos à mesma agonia!
... e o resto são cantigas,
já cantadas e tão ouvidas!
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