sexta-feira, 30 de novembro de 2018

REPARO, A MEU JEITO

A nossa aldeia, Sarnadinha
tão modesta, pobrezinha,
carente de bem, e devido
à sua honrada gente,
espera, tão pacientemente,
que o apelo, seja ouvido.
Mas ele é feito, baixinho
em conversas de vizinho
e se lamenta, ninguém ver,
a ausência e a indiferença
que matam, à nascença,
o tanto que há, a fazer!
Passividade, é o que dá
e nenhum bem nos trará.
Ninguém ousa erguer a voz
pedindo o justo e o devido.
Faz pois, pouco sentido,
"sem dentes, pedir a noz"!
Ultrapassando esse conceito
sem procuração para o efeito,
falo eu, em meu nome pessoal,
Pelo que vejo e sinto.
Decidirão, se vos minto,
neste julgamento do mal.
Consumidas por uso excessivo,
as lombas de sinal de aviso,
permitem velocidades de corrida.
A sinaléctica, muito a desejar
com o mal a pedir uma cura,
que identifique, a criatura,
no seu constante passar …
Passo a pé, na Travessa da Serra,
onde o piso é de simples terra
e não dignifica o lugar.
Haverá, saneamento a fazer,
à água que no seu correr,
vem do cimo, para alagar!
Casas destruídas pelo "lume",
na má imagem, quem assume?
Irão ficar assim, eternamente?
Sejamos pobres mas asseados
mantendo os males alheados
vivendo a vida, condignamente.
Peço, não interpretem mal,
o que digo, de modo natural
É a minha maneira de ser …
Não esqueço que, Sarnadinha,
Há oito décadas que é minha
Pois foi lá que fui nascer!
Talvez tenham razão, os naturais,
lendo o que dizem os jornais.
Tantas, as aldeias do Concelho
onde nasce a útil, boa obra
Falta a uns, e a outros, sobra.
Será por falta, de "evangelho"?!


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