Morar, aqui em Leceia,
É como viver em aldeia
Mas com raros benefícios.
Uns contratempos, também
Todavia, sinto-me bem,
Olvidados, os sacrifícios.
Quatro décadas de presença.
Naturalmente, alguma diferença
Do país Africano de onde vinha.
Localmente, o vento agreste,
Revelou-se como uma "peste".
Contra ele, até "raiva" tinha!...
Na pacatez do pequeno lugar,
Alguns problemas, a par:
Falta de água, muito frequente,
Telefone manual, antiquado,
Cheiro de aterro e ficar agoniado,
Eletricidade, a falhar de repente!
No passar do tempo, tudo mudou.
O progresso veio e melhorou,
As insuficiências e as lacunas.
Mas, "não há bela sem senão"!
Há "maleitas", nesta ocasião.
Permitam-me, dizer algumas:
O urbanismo no Largo do Rossio,
Tem, 170 pilaretes e até me rio …
Aquele espaço da Escola Básica,
Com tanta erva, mal tratado …
Pedagógicamente, a ser aproveitado,
Revela, uma situação trágica!
Para não me alongar demasiado,
Nos meus passeios, tenho notado
Que à erva crescendo, desordenada,
Se junta, um pólen, abundante,
De cor branca, caído ou flutuante.
Às alergias, não fará mesmo nada?!
É "produto" das árvores de porte.
Tão abundante e de má sorte,
Impróprio para aquele local escolar.
É o que penso, na minha ignorância.
Quem de direito lhe dará importância,
Se a merecer, no seu douto julgar!
Benefícios à saúde, decerto não,
No período primaveril da floração.
Competirá, aos Senhores Agrários,
A partir dos princípios primários,
Estudando o caso, saber avaliar.
E se necessário, porque não, cortar?!
Esta, parte da minha verdade
Descrita em versos de simplicidade.
Oxalá, seja devidamente entendida,
Como apenas e só, construtiva.
Leceia, 31 de Maio de 2019
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