O MILAGRE

O consumo, pelo Natal,
Distribuído por igual,
Seria, milagre de Cristo.
Adeus Mundo, estás pior
E já, nem Nosso Senhor,
Consegue, "por mão a isto"!

INSÓNIA

É nas madrugadas
Quando o sono não vem
Que as tenho lembradas,
Minha avó e minha mãe.

TOMA ATENÇÃO

Nunca esperes receber
Daquilo que não deres.
Qulquer bem-fazer,
Depende do que fizeres.

ESTRANHEZA

De imprescindível,
A dispensado.
Não era admissível,
Um tal pecado!

PEÇO

Estamos em contradição,
Em conversas, do "pé prá mão"
Sem qualquer relevância.
Vem depois, a discórdia.
Por Deus! Haja misericórdia,
O que peço, na circunstância!

DESCONCERTANTE

Ouvi. o Debate Quinzenal.
Sinceramente, senti-me mal.
Meu Deus, como é possível,
Mesmo na melhor Democracia,
Suportar a tremenda agonia
De ouvir (?), o não audível?!

QUE SAÚDE?

Eu não vos entendo.
Digam, a ver se compreendo.
Aumentaram as dotações,
Cresceu o número de funcionários
E os serviços mais deficitários?
Que raio de contradições! ...

SE ...

Se isso é ser uma "estrela"
Menina, assim ... nem vê-la!

DURAS VERDADES

O pouco que tenho p'ra dar
Se recebido com agrado
Seria forma de me pagar
O que dei, de bom grado.

Se eu fosse um doutor
Com diploma passado
Me dariam mais valor
Mesmo tendo, fracassado.

ADMINISTRAÇÃO INTERNA

Pois sim, senhor ministro.
Todos o ouvimos e registo.
Nem penso por em causa
O que afirmou, sem pausa.
Mas o resto?  Eu insisto:

Acha humanas, as condições
Em que vivem, as coorporações?

DANÇA DAS CADEIRAS

Sai a Secretaria do Interior
para entrar, a das Florestas.
Ao comando, o mesmo senhor.
Conhece ele, todas as tarefas?

E porquê, as mudanças?
Nada se ganha, com tais andanças!...

CONTAS CERTAS

"Impostos e Cativações
equilibram as contas".
Fisco arrecada milhões
E nós, somamos afrontas!

"HOMEM COMPLETO"

Quando eu abalar
não me chorem à partida.
Nada me fará voltar,
à perdida, boa vida.
Irei, levando comigo,
as muitas recordações
e penas, que por castigo,
redemi, em orações.
Deixo legado, é certo:
Dois filhos feitos com amor,
mulher amada?  Decerto!
Defendi a Páyria, com ardor,
plantei a árvore, também
e nem só uma, apenas.
Escrevi livro, um bem,
simples, de palavras pequenas.

Assim, de modo concrecto,
direi: "FUI UM HOMEM COMPLETO"!

REFLEXÕES

Não estarei longe da partida
tendo já, uma longa chegada,
sinal desta missão cumprida
porque a meta foi alcançada.

Quem está empregado
e vive no limiar da pobreza
decerto será desprezado.
Não duvido, desta certeza.

Natal, será quando eu quiser
e quero que seja, já agora,
pois quando ele vier,
estarei adiantado, na hora.

Ser pobre a trabalhar
e rico sem fazer nada
é o que me faz duvidar
desta sociedade, errada.

Canais com 16 telenovelas
não será, Cultura a mais?
Televisão, assim revelas,
que para pouco, prestais.

Nós, os veros Beirões
temos grandes corações.
Damos daquilo que temos
a quem ainda tenha menos.

EANES . "O SALVADOR"

Foi, naquele 25 de Novembro.
Teve a atitude que bem lembro
Para livrar Portugal, do caos.
Exposto às hostes vermelhas,
De frente, sem esguelhas,
Amordaçou, todos os "maus"!

E a Pátria ... tão ingrata,
Mal celebra, essa data!

OS MEUS MALES

Musa inspiradora,
abstracta Senhora,
o que me vindes dizer
em todos os meus dias,
são só, palavras vazias.
Mal as posso, escrever ...

Estou vendo pouco,
cada vez mais mouco ..
Mas juro:
"Não ficarei louco"!

INSISTO COMO BEIRÃO

Ilustre Senhor Ministro,
Estou a ficar farto disto!
Se o Ocreza tem a solução,
O que espera para decidir?
Vamos lá, toca a construir,
A barragem da nossa eleição!

Com tanto, já investido,
Será fácil a solução
E não fica, comprometido.
Palavra ... de Beirão!

FRAGILIDADE

"Frágil - manter ao alto".
Após um sobressalto
Sinto a fragilidade
Do incidente sofrido.
Assim, fica o pedido:
"Tenham, caridade"!

Não me incomodem,
Sabem como elas mordem
E portanto, haja tino.
Não me aborreçam
E sobretudo, não esqueçam
"Tenho sangue latino"!

DEVER DE CRISTÃO

Hoje, venci a preguiça
e fui assistir à missa,
como agradecimento
a Deus, o nosso protector
que, com o seu Bondoso Amor,
me devolveu, o alento.

FALTAS NOTÓRIAS

Por falta de medicamento,
Alguém está em sofrimento.
O que se passa nas farmácias,
Confirma que tantas falácias,
Trazem causas e maus efeitos.
Não ouço falar, os eleitos ...

SEXTILHA AO RIO TEJO

O Rio Tejo, majestoso,
Outrora, tão revoltoso,
É hoje apenas, espelho.
Nele, mora a minha saudade
Dos tempos da mocidade,
Em pensamento de velho!

RTP

Que Serviço Público, será
Aquele que nos apresenta
O canal que tão pouco dá
E o "Zé-pagante", lamenta?

Copiar concursos alheios,
Porque não há imaginação?
Começamos a estar "cheios",
Da nossa Pública Estação!

O CASO "ÂNGELO"

Ganhar fortuna, com a doença?
Ao que chegámos, meu Senhor! ...
Quem assim, age e pensa,
Não merece o meu louvor.

Sessões de Fisioterapia,
Transmitidas aos fans,
A qualquer hora do dia,
Ou apenas, pelas manhãs?

Ao que isto já chegou
E, tristemente se criou ...

O PAÍS DA ALICE

Vivo em país de maravilhas
e o que descrevo, em sextilhas,
delas, pouco ou nada recebo.
Do que fiz e já amealhei,
considero-me, "pequeno Rei".
Neste pormenor, me concebo!
Oiutros há que nada produzem
mas com esperteza apurada,
conseguem, os bens que usem,
da forma mais descarada!
"Chicos-espertos", oportunistas,
compadres de um bom senhor?
Não o sei. Mas dão nas vistas,
mesmo não tendo, qualquer valor.

AS MINHAS VERDADES

Essas falsas amizades
Assemelham-se, à traição.
Por simples banalidades,
Transformam-se, em negação.

O meu coração teve cansaço
Pelos muitos anos do seu viver
Mas ainda acelera o compasso
Sempre que acaba por te ver.

Já retornei à bonança,
Após breve "tempestade"
Nunca perdi a esperança
Mantendo boa tenacidade.

O que um olhar deixa ver
E o coração em si sente,
Por vezes, dá mau viver
E não nos deixa, contente.

A RAZÃO:

Imperiosa e imprevista necessidade, fez de mim um utente
desse complexo hospitalar.
Reconhecido e de coração aberto, desejo expressar, o meu
agradecimento, a todo o pessoal que, carinhosamemnte, me
assistiu. Desde a "senhora da limpezas", à ilusre médica, sem esquecer,
os dedicados profissionais de Enfermagem. TODOS! ...

Que este meu livro, "Neste Lugar Onde Nasci", através da sua
poesia singela, possa ser uma "companhia", nas vossas longas
vigílias, salvaguardando a Vida, de semelhantes.

NOTA DE ALTA, (13NOV.2019), de um doente que esteve em risco,

UM MAU DIA

Introdução:

 O meu elevado agradecimento, a quem
me assistiu, num mau momento:
Incógnitos, no "Auchan" de Alfragide,
profissionais do INEM, B.V. de Dafundo,
Hospitais de S.F.Xavier e de Santa Cruz.

Como "ave em liberdade",
senti "uma asa quebrada",
quando aquela contrariedade
me disse: "não vales nada"!

Para quanto valho, afinal?
Apenas o que Deus quiser.
Basta só, um qualquer mal,
ou simples ralho de mulher.

Para (mal) nos definir,
o caso não foi para rir.
O registei, no meu sentir:
Dando valor, ao que fugir.

Muitos a tratarem de mim,
será que tanto mereço?
O que teve tão bom fim
e tão mau, foi o começo?!

Tantos foram na ajuda,
naquela hora tão má.
Haja Deus que nos acuda
e a cura, sempre virá!

A saúde não tem preço
nem se compra a prestações.
Quando a sinto, se a mereço,
Tenho pagas as intenções.

Eram tantos à partida
para salvar uma só vida.
Missão tão bem conseguida
Terá de ser, agradecida.

Quando o mal nos acontece
e nem estávamos à espera
nossa alma até fenece
desfazendo a tal quimera ...

Como sinfonia colorida
entra o sol neste hospital.
Lá fora, respira-se a vida
cá dentro, cur-se o mal!

Movimentos de sincronia
a destes profissionáis sérios.
Que mostram a sua valia,
tratando ... tantos Silvérios!

Somo seis, na presença,
ligados à máquina complexa.
Tubagens, como de nascença,
todas, com função, diversa.

Reunidas numa, somente,
tratam de nos dar alento
para voltar e novamente,
ao perdido, em mau momento.

Tão doces e dedicadas
em início de uma carreira,
devem ser, glorificadas,
na sua classe, Enfermeira.

Entra o sol pela janela
nesta sala de hospital.
Lá fora, a vida tão bela ...
Aqui dentro, cura-se o mal!

Evito divulgar meus males
sendo eles, minha pertença.
Agora, amigo, não te rales,
já estou em convalescença!


Relato de um enfermo que, mesmo
doente, não parou de pensar ...
Escrevendo, senti-me a melhorar.

Hospital de São Francico Xavier, aos
dias, 11, 12 e 13 do corrente mês.

MEDITAI ... SENHORES

Nada seria como d'antes,
No caso, dos migrantes,
Se Força Internacional,
Composta pelos livres,
Arredasse, os ditadores
Do seu país, dito natal.

Eles, o "cancro" a estripar.
A única cura para o azar!

DIFERENÇAS

Salário mínimo actual,
Uma vergonha nacional.
É tão grande a diferença
Entre os mais e os menos
Que, em termos serenos,
A Moral, morre à nascença!

BIPOLARES?

Há, uns certos governantes,
Com problemas bipolares.
O que já disseram antes,
Passa depois a ter azares

Obrigam-nos a pensar
Que assim, nada vai dar!

DO QUE GOSTO NO FUTEBOL

É ver, as meninas e os meninos
Que acompanham os jogadores,
Tão alegres, todos certinhos ...
São, uns verdadeiros amores!

SIM OU SOPAS

Falar ou estar calado
Situações em Assembleia.
Tive agora, uma ideia
A quebrar, tal desagravo:

Que fale, a voz do Povo,
Dizendo de sua justiça.
Seria bom, algo de novo
E não lhe faltará, preguiça!

Pois, se a "casa é nossa"
Há que fazer, ... "mossa"!

PREVISÃO

"Revolução Grisalha"
Titula, um certo jornal.
A sorte que nos calha,
Vivendo em Portugal

Prevista, a longa vida,
Em média, oitenta e cinco.
Tenho a missão cumprida
E o "peso", mal o sinto!

Pena é, e bem o lamento
Que a nossa longa idade,
Não tenha bom momento
Que lhe dê, mais qualidade.

Quem eleva os mais idosos
Cada um deles no seu saber?
Têm registos, muito valiosos
Que todos deviam conhecer.

Sugiro, aqui e já agora,
Que as benditas televisões,
Incluam, a qualquer hora,
Os "velhos", nas emissões.

"Cantigas em Português",
A partir da idade, setenta?
Criem, sem mais porquês!
Veremos, quem tal, o tenta?!

Inscrevo-me, desde já,
E ... 85, moram por cá!

RECADINHO ...

ELEVEM ...
NÃO DESÇAM.
RELEGUEM ...
CONVENÇAM!

INCOMODA

Cenas de "faca e alguidar"
Ao almoço e ao jantar?
Aperitivo ou sobremesa,
É forma de mau-gosto
Que se vê, em todo o posto,
Da Televisão Portuguesa

Gurdem isso para as horas mortas.
Deixem as pessoas, bem-dispostas!

O NATAL TÃO PRÓXIMO

O consumo já aumenta,
A exportação se lamenta
Importações, essas sobem
Que futuro nos espera?
Queremos, a Primavera?
Seria bom. Ora tomem!

PORQUE SIM, APENAS

Hoje, quero que seja Natal!
Espero que não levem a mal
Mas a razão que me assiste,
É bem simples e porque chove.
Assim, esse tal desejo me move
E não quero, sentir-me triste.

HORRORES

Não sendo tão poucos
Os muitos, muito loucos
Que temos, à face da Terra,
Pergunto, qual será o final
Da Humanidade, tão banal
Que a verdade não encerra?

Deitar ao lixo, uma criança
No seu nascer de Esperança,
Porque a vida é para viver,
Será crime e tão horroroso
Que nem um "cão tinhoso",
Tanto mal assim, merece ter!

MUNDO DE LIXO

Verdadeiro, "Mundo-Cão"
O que se nos apresenta.
A miséria, bem à mão
E que tanto se lamenta!

Tratar como lixo, um ser?
Que mais faltará acontecer?!

A ter pai, aquela criança,
Manuel, ele se chamará.
Sem-abrigo de esperança,
Deu-he a vida que viverá!

DIGA-ME ...

Senhor parlamentar,
Como Deputado que é,
Conseguirá explicar,
Usando, da melhor fé,

Se concorda, ou não
Ouvir a tal senhora,
Em qualquer sessão,
Com voz de penhora?

Como se sente,
toda essa, vossa gente?

O SIGNIFICADO DOS NOMES

Eugénia, "A Bem-Criada",
Silvério, "O Selvagem".
Juntos, na forma casada,
Vejam só, a bela imagem!

Personalidades diferentes,
Por vezes a causar "faísca",
Se aplicadas às gentes ...
Elas agem, de forma arisca!

É o que acontece connosco.
Divergimos em vários polos.
Altercações, até sem gosto,
E lá vem, "música, a solos"!

Porém, sem consequências,
São, temperamentos vivos
A que devemos obediências
Mas não nos deixa, cativos!

Porque juntos, há 73 anos.
O que deveremos esperar?
Não são os pequenos danos
Que nos poderão afectar ...

PORQUE CHOVE ...

Num dia, assim de chuva,
Nem posso vindimar a uva
E então, o que posso fazer?
Sentar-me ao computador,
Armado em "grande senhor"
E toca, de muito escrever!...

É o que faço
sem embaraço!

AS MINHAS VERDADES

SONHAR É FÁCIL
REALIZAR MAIS DIFÍCIL
A QUEM QUER, SERÁ POSSÍVEL!

MAS COMO É?

Há falta de medicamentos
Nas nossas Farmácias.
Para aumentar os tormentos
Ou desmentir as falácias?

Tudo tão bom no modo virtual
E tão mau, na certeza real?!

FLAGRANTE DO MOMENTO

Fechar a porta aos jornalistas,
No mediático caso Marquês,
É manobra a dar nas vistas
Que terá, os seus porquês.

Mas o Zé que não é parvo,
fica à espera, do desagravo.

SOU UM IMPERFEITO

Não serei um ser perfeito,
Nem tento sequer mudar.
Assim, "como fui feito",
Quero ser e continuar.

A quem possa desagradar,
Passe por mim, ao lado.
Eu, continuarei a andar,
Com o passo, apressado!

MODO DE SER E ESTAR

Quando me sinto em negação,
Puxo pela minha imaginação
E passo a recordar, momentos,
Pois são tantos os que já vivi.
Sinto que assim tudo me sorri
Relegando, todos os sofrimentos.

Ou então, canto à capela, sozinho
Como alegre pássaro no ninho,
Aquelas cantigas de que gosto.
É um grande prazer, inusitado,
Com repertório, bem variado,
E que me põe ... bem disposto!

É este o meu lema:
"Estar triste, não vale a pena"!

LI NA TVI-24

Emendar a mão,
Não custa nada.
Faço observação
E frase emendada:

"Bebé" no caixote do lixo"?
No contentor, fazem favor.

POIS SEJA

Desagrado que me ocorra
Sobre a Barragem do Alvito,
Direi: "Construam-me, porra"!
E será, vibrante, o meu grito!

Tal, sucedeu em Alqueva,
Com longos anos de espera.
Responsáveis, valor de pêva,
Até o nosso juízo se altera ...

RAZÃO SUFICIENTE

"Não trabalham
nem estudam"
Todos ralham,
pois lhes acudam.

Tropa, obrigatória!
Voltar ao antigo,
em acção meritória,
como um castigo.

"Tropa", faz o Homem.
O modera e corrije.
verdades se tomem
e a disciplina, exige!

Voltar ao Passado,
para um País, melhorado.

CELEBRA-SE HOJE

O "Dia Internacional da Preguiça",
Quem puder, ter dele o proveito,
O bem desfrute, pois não enguiça
E descansar, dará sempre jeito.

Mas não durma.
Contra isso, se assuma!

SE ...

Fosse Ministro da Educação,
Criava uma nova versão,
Visando o "inglês", obrigatório,
Para todos os Portugueses.
Moldá-los, como Ingleses.
Gesto benéfico e tão notório!

Dar a conhecer ao Povo,
Um dicionário rico e novo
De expressões, peculiares;
"Stress", "burhout", "mindfulness",
E tudo o mais que aparece
Para nos tornar, invulgares...

Ilustres (?), isto fede.
Limpai as mãos à parede!

Com um Português tão rico?!
Com este desagravo, me fico.

TENHO DÚVIDAS

Diz a senhora deputada,
"A mensagem é entendida"
Desculpe, estará enganada
Pois não é, compreendida.

Essa gaguez, a lamento.
Dá aso, a imensa tristeza,
Quando a ouço, no momento
Sem definir, a sua certeza.

INCRÍVEL

Tanta corrupção, enoja.
E Portugal se despoja
Dos elevados valores
Que lhe davam nobreza.
Agora, só conta a riqueza
Dos corruptos senhores.

E o Estado, tão quêdo,
Tão mudo e silencioso.
Parece coisa de bruxedo,
Esse mal, assim gravoso!

O TAL DO MARQUÊS

Quem o vê, com a altivez,
Tão normal nos anormais,
Fará pendsar, um português
Que o que fez, foi demais.

Oxalá, os ares de marquês
Nos revelem, os males reais!

VERBO HAVER

Há milhóes para o mal gasto
E bem pouco para o precário.
Para uns, um "enorme pasto"
Para outros, nem o necessário.

LEITORA

Senhora de fino traço,
Um reparo, aqui faço:
Não lambuze o jornal,
Quando de modo boçal
Vira a págima ao citado.

Molhar o ddo na boca,
É vergonha e não pouca!

A seguir o irei ler.
Está a perceber?! ...

SATISFAÇÃO

NADA QUE ME TORÇA.
APÓS UMA MALAPATA
VOLTAREI, EM FORÇA,
ATE, COM ZARAGATA!

DO MESMO AUTOR:

"Venho repor a verdade".
Confessa, com falso alarde.
Mas se algo há, a repor
Não se esqueça de o fazer
E teremos imenso prazer,
Pois, é elevado o valor ...

FILOSOFIA BARATA

"Não ficará, pedra sobre pedra".
Filosofal, o seu desabafo.
Mas se a Justiça medra,
O seu autor, fdará o "bafo"!

O modo como contradiz,
Até nos causa risota.
Qualquer ingénuo petiz,
Vê que alí, anda batota!

HÁ ROSAS COM ESPINHOS

Fechar portas aos jornalistas
E não permitir telemóveis,
Atitudes que deram nas vistas,
E de certo modo, ignóbeis!

Democracia, por onde andais?
Nesse mundo dos pardais?!

MAGUSTO EM SARNADINHA

Castanhas bem assadas
e jeropiga doce,
deixaram as almas regradas,
melhor, nada que fosse!

Um jeito tradicional,
de juntar a "nossa gente".
São os mimos de Portugal
que deixam, o povo contente!

As castanhas, uma oferta
da Junta de Freguesia.
De mente sã e aberta
se agradeceu, a valia

Pena, o Senhor Presidente,
não poder estar presente!

OS NOSSOS MALES

Cheira mal, a podre
Em Vila Velha.
Tal, vinho azedo no odre
Ou algo que engelha!

Desconheço a razão.
Fabriqueta indesejada
Continua em laboração,
Apesar de contestada?!

TO BE OR NOT TO BE

Será que o nosso Ocreza
Nos irá dar a boa certeza
De construir a sua barragem?
A do Alvito, feita esparança,
De há anos, uma lembrança
Mas que tem sido ... miragem?!

Já temos, promessa de ministro
Mas deveremos acteditar nisto?
Quantas, as então cumpridas
E sempre goradas no tempo?
Certo que vozes de jumento,
Não deverão ser ouvidas ...

Cá estaremos para ver
Haja lá o que houver!

MARQUESES ...

Espectacular Carnaval
Com o filósofo em tribunal.
Jornalistas em magotes
E o arguido, resguardado
Em ar altivo, a seu grado.
Aqui e ali, os "dichotes"!

A festa continuará
E a comunicação, rejubilará!

MAGUSTO - 2019

Aldeia de Sarnadinha,
Assim, singela e plebeia
Tem sido sempre minha
Pois a trago, bem na ideia.

Junta os seus, pontualmente
Em datas de jeito festivo.
Hoje,  temos o Presidente.
Veio da vila, por bom motivo.

Degustar a castanha assada,
Beber a doce jeropiga
E toda a aldeia, agradada,
Lhe dedica, uma cantiga

Bem aparecido, Presidente,
seja feliz, com a nossa gente.

Com ele, veio um morgado,
Daqueles ilustres senhores
Que recebemos de bom grado,
Esperando os seus favores.

Falar da nossa Sarnadinha
No seu jornal concelhio.
Ela, apesar de pobrezinha,
Nunca deixou de ter brio.

2 de Novembro de 2019

ABERRAÇÕES

Inspecção aos elevadores,
Com diversificados valores.
Porquê, meus senhores"?
Não seremos todos irmãos,
Bons portugueses, cidadãos
Com igualdade de direitos?
Por tantos, os vossos defeitos,
Só indiciam que afinal,
Há desigualdade em Portugal.

SERÁ QUE, FINALMENTE? ...

Será que o "nosso" Rio Ocreza
Nos vai dar a boa surpresa
De construir a sua barragem?
A do Alvito, feita esperança,
De há anos em lembrança
E que tem sido, só miragem?

Ouvi, compromisso de ministro.
E poderemos acraditar nisto?
Quantas as promessas já feitas
E todas elas, goradas no tempo?
Basta de constante lamento.
Chegam-nos, outras maleitas!

Moral da estória:
Há males que vêem por bem
Acabem lá com o desdém!

FEITIOS ...

Quando um mal me acontece
Não o divulgo  e me reservo
A quem, sabê-lo, não merece.
É a meu modo, o melhor verbo:

Calar
e saber estar!

A AGONIA DO RIO TEJO

"Eles" dizem estar a cumprir
A Convenção de Albufeiras.
Tal garante, faz-me sorrir,
Pelo pior, das suas asneiras.

Se o que dizem é tão real,
Para onde, se some a água?
E deste lado, em Portugal,
Como contornar a mágoa?!

Mal os ouço, por ser surdo
Mas não calo. Não sou mudo
No meu constante zurzir,
Vocês terão de me ouvir!

D.QUIXOTE - II

PORQUE NÃO?

Portugal, um pequeno país,
A viver assim, atrofiado?
Eu, sou alguém que vos diz:
"Ponham os camiões, de lado"!

A ferrovia e a cabotagem,
Combóios e navios de carga,
De Norte para Sul, a viagem,
Com distribuição, à ilharga.

Isso sim! Perfeito.
Tentem lá, dar um jeito!

GRANDES MALES/GRANDES REMÉDIOS

FALTA DE ÁGUA? NEM HÁ!
IDE BUSCÁ-LA, NÃO FALTARÁ!

NO OCREZA?
MAS COM CERTEZA!...

SIM, EXCELÊNCIA

Ouvi o Ministro do Ambiente,
Dando recado à nossa gente:
"Devem todos, poupar a água"!
Pois sim, ilustre. Tem razão.
E do seu lado, qual a função?
Reter a mesma, sem mágoa!

Nada, em seu aprovisionamento,
Do que a Natura tem ao momento,
Sempre nossa a "batata quente"
E deixar andar, o vosso lema?
Lamento e sinto grande pena.
O  digo, em favor e descontente.

Dar a outros, o nosso por direito,
Não fará de si, um bom sujeito.

PARABÉNS À MUSA

Assinalado, o dia 4 de Novembro:

O meu amor, tão velhinho,
Já só anda, amparado.
Mas não quer estar sozinho
Tem o teu, bem a seu lado.

Tu que és a minha amada
E o serás para sempre,
Neste dia, tão abençoada,
Quero dar-te, um presente:

Dizer que te dou a benção,
Com muito amor, no coração.

E ... Parabéns!
Aqui e agora, os tens.

HAJA COERÊNCIA

Se a senhora fala
E ninguém a entende
Prque não se cala?
Seja, pessoa coerente!

REGRESSO

Após breve intervalo
Regresso a toda a força
Por norma, não me calo
E nada há que me torça.
........................................
"Dia de Todos os Santos"

Unidos em sã convivência,
Os nativos de Vila Velha,
Comungaram, na inerência,
O bem que a Beira, espelha.

Parabéns ao nosso jornal
E à iniciativa do Director,
Gesto amável e pontual,
De um "morgado" senhor.

Navegar nas águas do Tejo,
Quantas viagens já fiz? ...
Neste rio eu me revejo,
Desde os tempos de petiz.

Sinto sempre, o encanto,
Mesmo com  águas "ludras".
Por vezes, mesmo um pranto,
Vendo-as presas, em eclusas.

Em Cedilho e no Fratel,
Aprisionaram o nosso rio.
Já em Alcântara, igual fel.
À provocação, um desafio:

Que as vozes se elevem
E os espanhóis paguem
Tudo quanto nos devem:

A água, da nossa mágoa!

"Dia de Finados" - Novembro/2019