Por vezes o optimismo exagerado
Pode originar um mau resultado.
Sou da Beira; ex-militar; India,Moçambique e Guiné. Na velhice o vicio da poesia, e o amor que me une às boas tradições beirãs.
Largamente contestado
Mas muito badalado
O Congresso lá se fez.
Fica nos anais da História
Com registo de má memória,
Caso típico Português.
Não vai a bem, vá a mal.
Mas nunca em passividade.
O que se passa em Portugal
Parece uma anormalidade.
Diz-se agora, desdiz-se depois,
Era para ser, já não é.
Chamar pelo nome, os bois,
É o que deseja, o "Zé"!
A mesma vítima de sempre
Que "come pela tabela"
As asneiras da má gente,
Na gíria, dita "fatela"!
Tantos a morrer com Covid.
A vida não vale "pevide"?
A continuar desta forma
Trágica sem solução?
Faz-no pensar na questão:
Quem ordenará a reforma?
Ou continuamos assim
neste inferno sem fim?
Atingidos com surpresa
Hoje vivemos na certeza
De que o "bicho" causa mossa.
Jogar bem à defesa
Será o melhor, com certeza.
A responsabilidade é nossa.
Ao acordar faço a oração.
Depois em meditação
Relembro todo um passado.
O presente, neste estado,
Deixa um tanto a desejar.
Mas creio, irei melhorar.
Voltarei de novo aos meus,
Dando muitas graças a Deus.
Assim seja
e bem se veja.
O que veio a acontecer
e hoje estou a descrever.
À cabeça de "esfregona"
a Sic já deu resposta.
Se na TVI há a dona,
ela, num homem aposta.
Ambos com penteados
originais, exagerados.
Como moda
a pedir "poda"!
Um mundo maravilhoso
conspurcado pelo Homem?
Vos digo com modo jocoso,
muito mais juízo tomem.
Uma situação do momento
muito usual nas excelências:
"Exigimos esclarecimento"!
Sejam quais forem as exigências,
a resposta, no esquecimento.
Na verdade, exigir o quê?
Em sua casa manda o próprio.
Quem estas cenas ouve ou lê,
julga-se a rever, o "Pinóquio".
"Só falta crescer o nariz,
à exigência do petiz"!
Não sabia, fiquei a saber
porque o vi a escrever,
o Jerónimo é canhoto.
Esquerdista a cem por cento.
Um autêntico portento!
Continua "a pdra e cal"
como Secretário Geral.
Terminado o tal Congresso
aqui fica desejo expresso:
Toda e qualquer reunião
com igual capacidade ,
à que foi dada validade,
tenha a mesma autorização.
Futebol, touradas, teatro,
com regras, o mesmo trato.
Se assim não for,
ficando em desfavor,
ouso dizer, "aqui há gato"!
Com a mesma benevolência,
será menor, a falência.
A família Martins
Está de Parabéns,
Pois obteve bons fins.
Aumentou os seus bens.
Nasceu o João Tiago,
Neste mês de Novembro.
Era tão desejado ...
Chegou mesmo a tempo!
Para que, de modo formal,
Ele seja considerado,
O "ai Jesus" de Natal.
E como tal, adorado!
Será a prenda mais desejada,
Com presença abençoada.
Fonte Informativa: Tatiana Ferreira.
Sou Beirão bem assumido,
Poeta por vocação
E, no muito já vivido,
Dei voz ao meu coração.
São muitos os meus escritos,
No verso e até em livro.
Ficaram por si descritos,
De modo nunca cativo.
Sinto-me bem a escrever
Mesmo que ningém me vá ler,
É um prazer, de simples gesto.
Poucas as palavras que conheço.
Elogios? Nem os mereço.
Me envaideço, fora o resto!
O meu pensamento não pára,
Trabalha a qualquer hora.
Não será coisa rara
Mas a minha vida melhora.
Não sou bruxo nem adivinho
Mas calculo e até prevejo.
Não estarei sozinho.
A previsão, aqui deixo:
De toda a vasta Europa
Seremos os últimos a vacinar
Pois por cá, a nossa "tropa"
Ainda está a programar
O que outros têm feito.
A nós, vai faltando o jeito.
Acabou a "bandalheira"!
Tudo feito à boa maneira
Com votação no Parlamento.
Nem um cêntimo para a Banca
Que tem andado meio- manca.
Esta Saúde Pública,
Assim, de forma impúdica,
Compromete quem a dirige.
Como pagadores de impostos,
não queremos ser depostos.
Uma melhoria se exige.
Porque conto oitenta e seis
não serei prioritário.
Quem dita estas leis,
considera-me, um otário?
Maneira pouco cortez
de catalogar os mais idosos
ou, critérios de "maltez"
sem modos respeitosos?
É uma tristeza que sinto,
nos critérios estabelecidos.
A meta dos setenta e cinco,
deixa-nos assim, preteridos?
Por base científica?
Não! Parvoíce, típica.
A vacina não fará efeito
e, elimina-se o sujeito?
Essa tal, DGS,
de que mal padece?
Perguntas assim postas,
a merecer, respostas.
O Governo já se limpou.
O desmentido, ficou.
Realizado o tal Congresso
dele, o que advirá
para um melhor progresso?
Quem disso, nos falará?
Uma satisfação pessoal
não melhorará Portugal.
"Preocupado com o Orçamento"
mas não deixa de sorrir.
O senhor ´Silva, um portento
na arte de nos divertir.
Escritórios e Centros de Dia,
a funcionar em hoteis.
Tudo devido à pandemia.
É a crise como sabeis.
Já agora, porque não,
estender a mais-valia,
criando uma solução
para o mal que arrelia?
Faltam camas nos hospitais
e nos hoteis, às moscas?
Elas não seriam de mais.
Suplantavam, ideias toscas.
Mais não fosse, Enfermaria
ou doentes, não pandemia.
Se no ambiemte familiar
é que reside a transmissão,
a tolerância, faz pasmar
por autêntica negação.
Decerto irá dar brado.
Ideia não lembra ao Diabo.
Descriminar a boa gente
Com o mesmo labor vigente
Sem prémio monetário,
Só porque teve outro horário?
A primeira vaga, compensada
E a segunda, nada?
"Cabecinhas Pensadoras",
Vos culparão por pecadoras.
De barco e da outra banda
é o trabalho que os manda
até à estação fluvial.
Sul e Sueste, o cais.
Desembarques finais.
Simples e funcional.
Estação do Rossio
em manhã de muito frio,
eles e elas aos magotes.
Linha de Sintra da CP.
É aquilo que se vê.
Uma corrida de trotes ...
Santa Apolónia, igual cenário,
num mesmo calendário.
Comboio urbano lotado
com gente dos arredores,
também sacrificados maiores,
vindos de um qualquer lado.
Não esqueçamos Cascais
e, outros tantos que tais,
ao longo de extensa linha.
Também convergem ao centro.
Muitos, contados ao cento.
A soma é toda minha.
Fora ainda os restantes,
milhares de viajantes,
por meio rodoviário.
Fica relatado o porquê
da tanta gente que se vê.
Temos completo o cenário
De uma cidade efervescente,
onde converge, tanta gente!
Em tempos, devairada.
Hoje, mais moderada.
Hoje, aqui vos relembro
o esquecido 25 de Novembro.
Nem na "Casa da Democracia"
ouvi a sua referência.
Uma vergonhosa ausência,
a causar, nojo e azia!
Sentados no cadeirão,
à custa de falsa eleição,
duzentos e trinta se servem
em cómoda sonolência
que lhes dá, boa vivência.
Ao tal 25, a devem ...
Terminada a pandemia,
revistas as consequências,
há que por em dia
as boas providências:
Saúde Pública, capaz
de prever, por precaução,
o já vivido mais atrás,
melhorar, a situação.
Prevendo se irá poupar
aos cofres do erário.
Se pensarem no remediar,
viveremos ao contrário.
Os custos da previsão
têm uma dupla função:
Reduzem mais os custos
e não redundam em sustos.
Notícias animadoras.
As vacinas salvadoras,
a surgir em larga escala.
Um novo ano promissor?
Daremos graças ao Senhor
e a pandemia, abala ?
Já repararam por acaso
na variada colecção
a que a senhora dá aso
em cada dia de sessão?
Os "broches" na lapela,
uma variedade constante,
diversa e muito bela.
Coisas de senhora importante ...
Preço da telecomunicações
aumenta em Portugal
e baixa nas outras nações.
Este, o "Paraíso Global"?
Boa condição de vida
seria a melhor medida
a adoptar por quem ordena.
Preservar a saúde.
Para isso, pois se mude,
a mente de quem governa.
Corpo são, evita despesa
se a doença é certeza.
Prevenir, será bem melhor
do que remediar um mal
com recurso a hospital
e cuidados de Doutor.
Haja contenção do IVA
a tudo o que nos sirva
para o bem-estar geral.
Ginásios, Termas e mais
a que todos os mortais
acedam,, de modo normal.
Criar durante o Inverno,
plano que livre o inferno
do frio insustentável
aos pobres sem possibilidade
de usar a electricidade
com acesso razoável.
Não será uma utopia.
Antes, uma enorme melhoria.
E, gastar na prevensão,
Será remediar, a má situação.
NÃO será à vossa ordem
que retraio o pensamento.
NÃO me incomodem,
apesar do mau momento.
NÃO aceitarei sujeições,
a ideias turvas sem conto.
Nunca as más obrigações
farão de mim, um tonto.
NÃO creio no que dizeis
porque a dúvida me assalta.
É bem pouco o que fazeis
em prol da "nossa malta".
Aceitai pois, este NÃO,
como uma rejeição.
Saude Pública a rever.
Prevenção Sanitária a impor,
Benefícios a conceder,
Teríamos, vida melhor.
Com a crise instalada
e muitos hoteis encerrados,
haja acção programada
para tratar certos cuidados.
Doenças não infeciosas
a cuidar nesses lugares?
Adaptações valiosas.
Assim pensem, ambos os pares.
Duas crises amenizadas:
Saúde e Hotelaria,
parcialmente compensadas.
Para ambas, mais-valia.
Mais sugiro:
Que tal a Enfermaria?
As "cabecinhas pensadoras",
Tenham isto, em dia!
" A Lei é clara e taxativa"
Mas como lesiva
deveria ser abolida.
Não pensam nisso?
Talvez seja preciso.
Politicamente,
não de Esquerda
nem de Direita
e menos do Centro.
SOU, BEIRÃO ISENTO!
Mas atento observador,
vou dando o meu parecer,
não contra ou a favor,
com o pouco do meu saber.
"Fermento" muitas ideias,
critico o menos bem
sem receioo ou peias,
dou valor a quem o tem.
Está na berra um Congresso.
Contra ele, a maioria.
Então, sonhador, eu peço,
com jeitos de fantasia:
Dessa "reunião familiar"
da classe esquerdista,
ninguém a ouse comentar.
Nem jornal nem revista.
Televisão, sem imagens,
a Rádio, muda e queda.
Do Congresso, só miragens,
dessa gente da Esquerda.
Forma simples e prática
que não creio seja feita.
A minha ideia, errática,
à nascença se enjeita.
Mas daria um estrondo.
Alguém, "cairia" no tombo.
Um Congresso de Esquerda,
Contranatura indesejável,
Não passará de coisa lerda
Por atitude, pouco louvável.
Essa "novela" do Congresso
será que eu a esqueço
naquele momento de votar?
Como tendo boa memória
talvez relembre a "estória".
O bom senso irá ditar.
Arrepia só mde pensar
que continua a aumentar
o número dos que faleceram
contaminados pela pandemia.
Quem tal cenário previa,
após "prisão" a que submeteram?
O que devia ter harmonia
É agora uma guerra.
Hovesse melhor valia
Não estaríamos no emperra.
E já falam na terceira,
Nova vaga da pandemia.
Será que não temos maneira
De demonstrar mais valia?
Ralam-nos a paciência,
Mortificam com paleios.
Até a maior excelência
Não se fica nos rodeios ...
Conversa generalizada
Por inútil, não lebva a nada!
Foi o Primeiro de Maio,
depois Festa do Avante.
Congresso, como um raio
a cair em mau instante?
Dizia alguém com graça,
"Organizem o Natal".
Que mais ninguém o faça
de forma tão genial.
O Jetrónimo não gostou
e já ripostou!
Aprendam com os militares
o que se prende com azares.
Sou doente de alto risco
e tenho idade avançada.
Tive a infeção declarada
Mas atentem a isto:
No Hospital das Forças Armadas,
com práticas programadas,
fiquei curado em vinte dias.
Oxigénio e medicação,
foram a minha "salvação",
a par de outras mais-valias:
A dedicação daquela gente,
em favor do paciente.
Vivemos em sobrevivência,
descrentes da excelência
que nos deveria cuidar.
É triste esta conclusão
e não será, só uma razão,
a que nos faz lamentar.
Andam a "apanhar bonés"
ou a trocar ambos os pés
sem encontrarem caminho?
Somam~se as negligências,
aumentam as incongruências,
cada um por si, anda sozinho?
"Entregues ao nosso Destino"
A situação, como a defino.
Não há justiça em Portugal?
Quem tal pensa, julga mal.
Vejam o "Caso Ventura".
Mandou bocas sobre ciganos
E, sem perda nem enganos,
Multa-se, a citada criatura.
Então e os outros "mariolas"?
Aqueles "ratoneiros de cartolas"?
O valor da multa até dá riso.
Ora tenham lá juízo ...
Aquilo que vamos sabendo
No campo da Justiça
Para além do lamento,
Apetece dizer, "Chiça"!!
Até custa acreditar
Como tanto é possível.
São provas de arrepiar
Ou, imagem bem visível!
E, impunemente,
juristas e julgados,
calmamente, sossegados!
"Cada um com a sua mania"
Dito a brincar, na pandemia.
Há casos que fazem pensar.
Do IASFA, concretamente.
Militares e sua gente
sem o mínimo a desfrutar.
Refiro o complexo de Oeiras,
com repúdio às más maneiras.
Seu património bem vasto:
É o "CAS" e o "SAMED",
na utilização que se pede..
Mas está tudo, de rasto ...
Sem consultas nem farmácia,
o passado é uma falácia.
Quanto à Saúde, zero!
Na parte dita Social,
se acrascenta o mesmo mal.
Portas fechadas. Desespero!
Um pequeno exemplo,
ocorrido neste momento:
Consultei médico particular
por necessidade urgente.
Paguei, como toda a gente
e o recibo, quis entregar
Me responderam com zelo,
"Pois sim, pode fazê-lo"...
em 28 de Dezembro!
Coisa assim, nem me lembro.
Sou beneficiário externo
Nada sei do interno.
Foi o Primeiro de Maio,
a seguir, Festa do Avante.
Congresso, como um raio,
irá ferir, nesse instante.
Dizia alguém com graça:
"Organizem lá o Natal"!...
Que mais ninguém o faça,
de forma tão genial!
Em minha casa estou bem
Mesmo não sendo obrigado
E neste caso, como convém,
Se, igualmente, confinado.
"DIA MUNDIAL DO OLÁ"
AQUI, ALI E ACOLÁ
FAÇA USO DA SAUDAÇÃO,
FORMA SIMPLES, SIMPÁTICA
QUE DEVEMOS POR EM PRÁTICA
COM SORRISO DE INTENÇÃO.
PARA QUEM ME LER: OLÁ!!
Peço desculpa, Presidente.
Mas o senhor, tão presente
Não estará exagerando?
Acho que fala demasiado!...
Chama a si, o cuidado,
Como detentor de comando,
Que deve ser do Primeiro.
Esse sim, o mensageiro
do estado da pandemia.
Deixe-se ficar por Belém.
Lá se sentirá muito bem.
Apareça, qualquer dia!
Demasiada assiduidade
Gera a vulgaridade.
A par e passo acontece,
celebração de carreira.
É o músico que se enaltece
pelos anos de "canseira"!
É medalhado, aplaudido
pelas várias entidades
por ter o dever cumprido
dentro das suas capacidades.
Ao lado sem ter um louvor,
qualquer pobre desgraçado
passou uma vida de dor
Jamais será lembrado.
É a sina, tão desigual
Nas gentes de Portugal.
Causa-me certa confusão
aquele anúncio na Televisão
que fala de aparelho auditivo.
O seu custo é irrisório.
Algum "artista finório"
deve ter encontrado motivo
ao pagar, cara publicidade,
a algo de valor quase nulo.
Presente em todos os canais,
rala o juízo aos mortais.
Ali há "coisa". Não engulo.
Nenhum assume a culpa.
Também ninguém os indulta.
Haverá casos d'incompetência
No domar esta calamidade.
Por muito que custe a verdade,
Ela não vos dará clemência.
De tudo, o mais importante,
bem acima de todos nós,
a realizar no instante,
mal avaliados os prós.
A importância é tal
que suplanta todo o resto
do existente em Portugal,
É alvo de muito protesto.
Até baralha governos,
obrigando à aceitação.
Não olha a meios termos.
Impõe a sua condição!
Senhores, vos peço:
Não realizem o Congresso.
Seja qual for a desgraça
após sofrida, quando passa,
revela imensas verdades.
Soubesse o Homem, bem ler
e ganharia tanto saber ...
O que lhe daria, qualidades,
até agora inativas.
O mundo está sem medidas,
desigual ao que foi antes.
Sem atropelo de multidões
por impostas contenções.
São provas bem importantes.
Aprendida esta lição,
rever e moderar, porque não?
Se no meio mora a virtude,
saibam a partir de agora,
esquecer males d'outrora.
Eram pura vicissitude.
Não voltar ao excessivo
do tanto erro cometido.
Criar uma harmonia vigente,
a que possa contribuir
para nos alegrar, a sorrir,
com existência, diferente!
Não sei bem porquê
mas fica-me a sensação
que o Congresso do PCP
é o cerne da questão.
Uma espécie de chantagem
ou caso de contrapartidas,
dará sempre a má imagem
de figuras comprometidas.
Pata validar Orçamento,
o Governo "abre a mão"?
É a dúvida ao momento.
Está acesa a discussão.
Ao falar da restauração,
já agora, uma questão:
Não haverá demasiados
espaços dedicados ao sector?
Grandes e de pequeno valor,
quantos serão, todos somados?
É uma forma de viver
que requer pouco saber.
Claro! Ao Estado interessa.
Licenças e alvará,
muito mais ele cobrará.
Não renega, a quem peça!
Não será caso a ponderar
com cedências a moderar?
Temos dez dedos nas mãos:
Pai, mãe e oito irmãos.
Tal como numa família,
Trabalhando conjuntamente
Sem entraves nem quezília.
Há os pequenos mindinhos
Ainda não crescidinhos
Mas já com ocupação.
Os anelares da vaidade
Onde ouros fazem alarde
Da riqueza em questão.
Importantes, os acusadores.
São uns justiceiros senhores
Que vão culpar o delito.
Acrescentando os polegares,
Os dedos, andando aos pares
São obra de gabarito.
Esquecido, no intermédio
Faltou falar do médio!
Em posições dominantes,
Digam-me quais os mandantes
Que resistem às tentações?
Ver passar-lhes entre dedos
Fortunas de muitos segredos
Sempre na casa dos milhões?
E aí os temos corrompidos,
Alguns até nossos amigos.
Sabem-se os nomes e falcatruas.,
A Justiça pasma, adormecida
E a má gente conhecida,
Cantando e rindo nas ruas! ...
O alerta vindo dos médicos
assume níveis bem tétricos:
Poderá haver ruptura
por falta de humanos.
E como cobrir os danos?
Diga-nos lá, criatura!
Aumentam os horrores,
e não chegarão os doutores
para o combate à pandemia?
É o mundo em decadência,
indefeso sem resistência
ou com falta de harmonia?
Aquela que já tivemos
e conservá-la, não soubémos!
Entregue à "bicharada"
Um país não vale nada.
Onde iremos nós parar?
Lares na clandestinidade
Sem a mínima dignidade,
Fecham agora, sem cessar.
E há qunto tempo existiam?
As entidades não sabiam?
Foi a pandemia a despoletar,
Toda uma situação de horror.
E vós, ilustre senhor,
Nada tendes a declarar?
Culpados os senhores,
Todos pagos, com bons valores.
E que Segurança Social?
Perguntar, não levem a mal.
Sejam firmes e sabedores
Há que agir como penso
Todos nós somos credores
Tentem aplicar o bom senso.
Quando vou à minha Beira
Todo eu sou um Beirão.
Visto-me à sua maneira
Dou vontade ao coração
De ser como os demais.
Esqueço a boa cidade
E recordo, os ancestrais.
Com imensa saudade.
Rotina, a necessária
para tarefa diária
neste "nosso" hospital.
Seis e trinta, alvorada
na tática programada.
A dose inicial ...
Acorda pobre doente.
Temos um dia pela frente
e mais a noite, comprida.
Chega o pequeno almoço,
medicação em reforço,
numa abundante medida.
Banho tomado
roupa lavada
e a cama já preparada.
Nas esperas, noite e dia,
no cómodo que se deseja.
Televisão que mal se veja ...
não nos dá grande alegria.
Medições, tudo atento
a qualquer hora e momento.
Há que preservar este velho.
E todos tão diligentes! ...
Dentro da sua fé, bem crentes,
seguem um rigoroso "evangelho"!
Assim foi em vinte dias.
Até voltar a ter alegrias.
Com toda a singeleza
o "berço" onde nascemos
é para nós a riqueza.
Jamais o esquecemos.
O meu foi em Sarnadinha
pequena aldeia beirã.
Simples e pobrezinha
mas com gente muito sã.
Ao longo da minha vida,
percorendo tanto caminho,
ela nunca foi esquercida.
"Ave, não abandona o ninho"!
Agora, mudados os tempos,
a sinto bem mais distante.
Aguardo se amainem os ventos.
Lá voltarei, nesse instante.
Eu sou um dos tais
que paga tudo e ... mais!
Paguei para comprar casa,
vendi outra e paguei
e onde vivo, vou pagando.
Sinto que me estão roubando!
Em tempos até escrevi:
I.M.I, - Imposto Mais Injusto.
Sendo a casa minha, até dá susto!
Já recebi o Aviso.
Neste mês, pagar é preciso!
Essa viola beiroa
Tem um som que bem soa
quando alguém a dedilha.
O meu respeito por ti,
Desde logo que te vi,
Expresso nesta sextilha.
Deixaram "correr o marfim"
e agora, o triste fim!
Há que repensar a situação.
Mas já com tantas mazelas
Neste sentido, mal vão elas,
as maleitas da Nação!
Não souberam prevenir,
agora, o que está para vir?
Preguiça e velhice,
Houve alguém que disse
"Vejam só que belo par".
Elas moram comigo
E como pagando castigo,
Ambas tenho de suportar!
Escorre-me o cansaço
da cabeça até aos pés.
Sendo tão pouco o que faço
porque sofro este revés?
Pelo vírus, que dizem ser
a causa do sofrimento?
Coisa pequena sem se ver
e causar tal sofrimento?
Na vertical, quem me dera
Poder sentir-me como normal.
Mas a horizontal me espera,
na posição ideal.
Pobre árvore sem raíz.
Nada a segura à terra...
Fala quem sabe o que diz,
verdade que tanto emperra ...
Leis inevitáveis da vida,
estando ela comprida,
dão maiores dificuldades.
Resta-nos a nós, o consolo
E, felizmente não sou tolo,
de contornar, tais verdades.
Uma delas, a de escrever
o que me dá grande prazer.
Haja quem me possa ler.
Sou temperamental,
Pouco tolerante,
Um tanto boçal,
No mau instante
Quando provocado.
Perco as estribeiras
Se me aborrecem
E as boas maneiras
Logo desaparecem.
Não muito falador,
Só o necessário,
Mas cheio de vigor,
Relato o breviário
Da minha Poesia,
Mesmo com tanto pecado
No meu dia-a-dia
Espero ser perdoado.
São alguns ao abandono
Outros com muito mau aspecto
Edifícios assim, "sem dono"
Nem cuidados por perto?
A imagem que fica
Em nada nos dignifica.
Pobres mas asseados.
Basta que haja cuidados.
AO TEMPO
Levado pelo sentimento
Acabo de saber ao momento,
Com enorme satisfação,
Da novidade tão desejada:
A capacidade confirmada,
Voltou o ar, ao meu pulmão!
Com tal sinal positvo
Eu que me julgava cativo,
Respiro agora outro ar.
No verso que quis fazer,
Teimosa lágrima veio dizer:
"Que feliz estou, por respirar"!
Simples, os prazeres da Vida,
Quando a julgamos perdida.
AO TEMPO
Tão calmo e profissional,
Este, o "nosso hospital".
Dito das Forças Armadas.
Dele tenho o bom desfruto,
Atingido por mau surto
Das doenças acamadas.
Privilegiado eu serei
Mas decerto também sei
Qiue ele me é cometido
Pelos serviços prestados
Ao tempo e, solicitados:
À Pátria, o Dever Cumprido!
Cadsa minha por direito
Na boa causa e efeito
Do que serei um credor.
Fiquemos assim concluídos:
Não sou um dos excluídos
Nem me prestam um favor.
Acima de tudo a justeza
Que gere uma boa certeza:
Cidadãos que foram Soldados
Devem ser bem apoiados.
Eu hei-de ter, se Deus quiser,
Tudo o que possa merecer
Pelo facto de ser justo.
Nada mais peço além disso.
Assumo esse compromissso
Sem despesa de qualquer custo.
Despi as tolas vaidades,
Enverguei burel de frades,
Sou seguidor da humildade.
Recolhido, silêncio sereno
Sinto atingir o pleno
De viver com a minha verdade.
Não a queiram alterar
E com isso me contrariar.
AO TEMPO
Telefone à cabeceira
E a dedicada companheira
Diáriamente me assiste.
Há que dar graças a Deus,
O poder contar com os meus.
Assim, nada é tão triste!
AO TEMPO
E o que me resta fazer?
No preencher tempo e espaço?
Escrever, escrever, escrever ...
O que sei, posso e faço.
É uma alternativa
A esta vida cativa
Como alguém de corpo doente,
Previsível consequência,
Rendida à evidência:
Tenho o tal vírus presente.
Não desejável. Presumível.
Já vivo abaixo do nível
Que longa vida comporta.
Com sufoco, passo lento
Dar a volta eu bem tento
Sem nunca "fechar a porta".
Se com tantos sacrifícios
não se colhem benefícios,
a que mais estaremos sujeuitos?
Mesmo sendo um optimista
descreio que haja pista
que nos dê os bons efeitos.
Digam-nos senhores governantes
o que fazer, nestes instantes?
É assunto do momento
mas já cheira a excremento.
Basta de tanta ladaínha,
servida por "figurinhas"
que repetem as "mezinhas",
acompanhadas ou sozinhas.
Um forte murro na mesa
não nos dará outra certeza?!
O que não se consegue a bem
se faça cumprir a mal.
Talvez não seja o que convem
mas só assim em Portugal!
Quem ande "na vida airada"
que passe a noite na esquadra!
Aprender por coação,
uma verdadeira lição.
Ao cumprir a determinação
será que o problema existente
é culpa da restauração?
Não a julgo pertinente
Já nos vários transportes,
nem "ponho as mãos no lume".
Serão questões de sortes?
Perigo que ninguém assume?
Fica a pergunta no ar.
Respondam se tiverem vagar,
Não há crime que tanto oprime
como cumprir pena sem culpa.
Quem desta forma se exprime
sabe bem, o que resulta.
Neste caso por pandemia.
Um ser menos escorreito
sente por si a agonia
de ter sido um "eleito"!
Na escolha selectiva
dos tidos mais fracos,
a quem coube triste vida,
sofrem todos, maus tratos.
Isolamento forçado,
quiçá a própria morte.
E, qual o seu pecado?
Um caso de menos sorte.
Fiz parte desse registo
de uma má memória.
Com Deus ainda resisto.
Não sei o final da estória.
Simplesmente, não compreendo.
Este Portugal tão pequeno
e ninguém se entendendo,
de modo a mantê-lo sereno.
Somam-se as mortes,
crescem os desnorte
Não ajudar nas dificuldades
poderá criar fatalidades.
Empresas em falência,
desemprego a aumentar,
encargos, no acrescentar ...
Um país em emergência.
O Governo conseguirá,
obter um bom alvará
para ultrapassar o mal?
Vivemos, momento penoso
e com ritmo em repouso
o que será de Portugal?
Dependendo da Segurança Social
Será bem pouco, por sinal.
Antigamente,
fechados aos fins-de-semana.
Ponto assente.
Ninguém reclama.
Era uma boa Lei Social.
Descanso a quem trabalha.
Agora, no estado actual,
tudo se complica e baralha.
Que me lembre, sou do tempo,
a vida decorria, normal.
Esta alteração, a contento,
só provoca, "vendaval"!
Nunca nos faltou o pão,
na anterior situação.
Voltar atrás?
Alguém será capaz?
O caricato da situação
Prende-se com esta questão:
Insistem na vacinação,
lembrando ao cidadão,
"Deve levar a injeção"!
Vem depois a decepção,
esgotadas, pois então?!
Agora só a pessoas de risco.
Meu Deus, quem aceita isto?
Assim, não vamos lá!
Anda tudo "ao Deus-dará"?
A pandemia não bastava,
temos a vacina esgotada
e aimda, a "legionella"!
Estamos em maré d'azar,
ou, falta quem possa zelar,
na triste, "boa vai ela"?
Colorida iluminação,
avaliada em meio milhão,
brilha, na Vila de Oeiras.
Será forma de compensar
este danoso continuar?
É, uma das maneiras.
Com natural satisfação,
até Leceia, onde resido,
obteve tal distinção,
o que antes, era esquecido.
Obrigado Senhor Presidente,
em nome da "nossa gente"!
Fechados à uma da tarde
Para que, bem se resguarde,
A saúde de todos nós.
Mas o Português, é assim! ...
Uma multidão sem fim,
Pela manhã e, contra os prós.
Alguém gostará da prisão?
Quanto a mim, acho que não.
A febre do consumismo,
criado pelas grandes potências,
será forma de altruísmo,
fruto das inteligências.
Lembro, os tempos passados.
Os trabalhos de então,
Fins de semana, fechados.
Nunca houve contestação.
Mudaram os tempos
Vieram os contratempos.
Aumentam a toda a hora,
Cá dentro e lá fora,
Os números desta desgraça.
Ansiamos pela vacina
E só a esparança, anima,
Este mal que nos ameaça.
Diz a Directora Geral
Que as vacinas da gripe
Não chegam, a todo o pessoal.
Quem não a tiver, que grite?
A minha, já cá mora
Mas se estivesse à espera,
Tardaria pela demora
E quem espera, desespera!
É, o chamado desemrrasca,
À Portuguesa, claro!
Não sendo negócio de tasca,
O problema, não é raro.
Como gerir as nossas vidas
Se vocês só a complicam?
Determinações, "mal-paridas",
bons frutos, não frutificam.
Antes de tomar decisões
Pensem no que pode advir.
Se têm bons corações,
Criem, bom modo de agir.
Tanto falam dos Açores,
Tendo por mote o "Chega".
História de maus amores
Em que "ela é uma pega"?
Tentando a acalmia,
falou o Ministro da Economia,
à mesma hora anunciada,
do vigoroso protesto.
O Governo, sempre lesto,
numa actuação, calculada.
Mas, contra fortes factos,
os argumentos são fracos ...
Voltar ao antigamente
Seria grande inconveniente?
Mas, porque não, a contento?
Aos Domingos, tudo encerrado,
Que mal seria o causado?
Só aos tais ... o que lamento!
A noite é para dormir,
numa vida, dita normal.
Mas quem prefere curtir,
a considera ideal ...
Gira o mundo ao contrário
pois já ninguém s'entende.
E neste confronto diário,
se envole, muita gente..
Para uns sim, outros não.
Para quando, a solução?
Dia triste de Outono.
Manifestação no Rossio,
queixas por falta d'abono,
a Economia, por um fio ...
Presidente e Primeiro,
em Fátina, na missa,
e um país, por inteiro
inactivo, não por preguiça.
Subjugados à pandemia,
que aumenta sem cessar,
este sábado, primeiro dia,
em que portas irão fechar.
Depois das treze, preso,
em casa mas sem delito.
Será, argumento de peso?
Pois nele, pouco acredito.
Mais haverá que fazer.
Venha, quem tal souber!
Entre a chuva e obedecer,
à ordem determinada,
o que poderei eu fazer?
Só Poesia, mais nada!
E depositá-la no blogue.
Faz-se, o que se pode...
Dará para entender?
Não chegam à maioria.
Em Dezembro, se mais houver ...
Isto não é, rebaldaria?
Simplesmente, revoltante,
o que se passa no instante.
A Democracia, será isto?
Uns podem e prosseguem,
outros, o mesmo não conseguem?
E todos, "filhos de Cristo"?
Abertas, as grandes cadeias,
com prateleiras bem cheias
para escoar sem prejuízo?
Já os pequenos, irão fechar.
Espanto. Difícil d'aceitar!
Igualar, isso é preciso.
Porque, filhos e enteados,
no mesmo seio familiar,
revelam poucos cuidados.
Erros feios, a evitar.
Era para ser, já não é.
Muita gente, "bateu o pé"!
Tudo agora por igual
Ponto final!
O Porto em "pé de guerra"!
Povo, esbraceja e berra,
impondo a sua negação.
Poderá mesmo, ser muita
mas quando passa a inculta,
perde, parte da razão.
Os ânimos, nos Aliados,
estiveram, exaltados.
Sobre o problerma da restauração,
até tenho uma versão:
Encerrar portas à uma
e, porque não às três?
A situação se resuma:
Quem obterá freguês?
Três da tarde, menos mal.
Dava tempo aos almoços.
Deste modo, anormal,
nem para comer tremoços!
Ainda acrescento mais:
Ajuda, na restauração?
E então, os outros que tais?
Tantos e quantos serão?
Ninguém pensou nisso?
É mais fácil, "encher chouriço"?
"Esperemos pela pancada"
e, que não haja mais "porrada".
Não nos sacrifiquem, de mais.
Esqueçam esses manuais
que não resolvem o problema.
Somos débeis, por doença.
Então, Governo se convença,
sinta por nós, alguma pena.
Advogo, com firmeza,
esta relevante certeza:
Não devemos ir ao médico.
Ele que venha até nós.
Bem analizados, os prós,
teríamos todos, bom crédito.
As despesas diminuídas,
maior a salvação de vidas.
Criem, o "Domiciliário"!
Todos os meios, possíveis,
com elementos disponíveis
e sempre, em apoio diário!
Caso não tenham dinheiro,
vendam os submarinos.
A saúde está primeiro,
dizem, antigos ensinos.
Não será isenta d'intenção
o relatar perdas alheia.
Também não vamos na distração.
As contas por cá, são feias.
Em regra de três simples,
Na proporcionalidade,
se saberá, a verdade.
Tanto se elogiam agora,
os valorosos militares
que antes, em má-hora,
eram tidos como vulgares.
Na ajuda à pandemia,
já constam no critério.
Outra anterior valia,
selenciada, em mistério.
No lugar onde repousam,
os caídos pelo Dever,
se lamenta, os que não ousam,
a sua morte, merecer.
Mas nunca será tarde
para se repor, a verdade!
À Televisão que temos,
só lhe dou, sinal menos,
pelas seguintes razões:
São todos, copiadores,
têm publicidade a mais
e, em todos os canais,
só se fala, de horrores!
Repetitiva, enfadonha,
é, uma televisão bisonha.
Noticiários, são calvários
de informação requentada.
Não se lhes acrescenta nada,
nos programas diários.
E agora com o Covid,
nada melhora. Tudo regride!
Senhores, nada vos peço.
Tenho tudo o que mereço.
Porém, os pobres coitados,
a quem falta o emprego,
como podem ter sossego?
Têm de ser ajudados!
Simplesmente, abandonados,
entregues aos seus cuidados?
Ouvimos muitas promessas.
Oxalá que o prometido,
seja efectivo e cumprido,
sem ter de lhe pedir meças!
Com o evoluir da pandemia,
quem sabe, virá o dia
do descontrolo geral.
Má notícia, acrescenta
que viver, muito custa.
Não a todos, por igual ...
Angústia por saber
que está faltando comer
em muitos dos nossos lares.
E, nesta triste situação,
a quem pedir a mão?
Ao Governo e seus pares?
Porque não, às abastadas,
grandes empresas instaladas,
com lucros fabulosos?
À nossa custa, evoluiram
e em nada contribuiram,
nos seus termos, ambiciosos?
É caso para meditar,
nos que podiam ajudar ...
Montado no se alazao
S. Martinho nos visitou
Com bom tempo de Verão,
Á promessa, não faltou.
Faltou sim, a alegria
Do convívio anual
Beber vinho ou sangria,
Com preceito, habitual.
Maldita esta pandemia,
Ladra, da nossa harmonia.
Cedo começámos a amar.
Mais velho, nem tanto assim,
Com "sabedoria" para dar,
Fui"mestre" e, leste em mim,
O que eu julgava saber.
Puro engano deste "rapaz"!
O valor de uma Mulher,
Vem sempre. Não fica atrás.
Foste tu que me ensinaste
Como construir duas vidas.
Com o amor que então juraste
De as manter, bem unidas
Do que sei muito te devo,
Mãe extremosa e criadora.
Por vezes, até me atrevo,
A ver em ti, Nossa Senhora.
Se for preciso, até rezo
Para dizer, quanto te prezo!
PORQUE ERA DOMINGO
Da janela do hospital
Visionei o meu amor.
Estava linda, por sinal.
De branco. Que bela flor!
Visitou-me, na doença
E deu-me a força moral
Que teve tão boa crença
Na cura deste meu mal.
Rendido aos teus encantos,
Seja qual for o motivo,
Juro que todos os prantos,
Os chorarei, só contigo.
Teu marido
E, amigo!
Se é verdade o que penso,
não me deixem em suspenso.
clarifiquem, as situações.
É verdade que os imigrantes,
por aí, já são bastantes,
têm muitas compensações?
As negadas aos nativos,
sabe-se lá, porque motivos?
Uma Saúde assistida,
alojamento garantido,
subsídio, a fundo perdido ...
Enfim! O conchego na vida!
Então, o incómodo da pergunta:
Aos de cá, isso não resulta?
Que direitos têm os nossos?
Sem "milagres", os naturais,
sem privilégios iguais?
Ninguém sentirá remorsos?
Não sinto a alma vazia
Tenho tudo o que mereço
Mas procuro a harmonia.
Isso, também reconheço.
Quantas seão as falências
a nível da restauração?
Ninguém prevê, as demências,
vindas de tal situaçção?
Desde que o mundo foi criado,
até hoje, nada foi mudado,
Os ricos, aumentam a riqueza,
já os pobres, é só ... pobreza!
Vivemos época de pandemia,
o que ninguém previa,
ensombrando o panorama.
País parado e o povo clama!
Tal como ontem, agora mesmo,
as falências são a esmo.
Toca a todos os "pequenos".
Aos "grandes", muito menos.
Não sendo bruxo nem adivinho,
vejo o merceeiro, vizinho,
a fechar portas. Desiste.
Perto, o supermercado, subsiste!
Porque é "grande" e diferente.
Protegido, por conveniente.
"Desde que o mundo foi criado"
Nada, desde então, foi mudado!
"Transmissão da doença
não depende do Governo"
O Primeiro, assim pensa.
Não olha, ao meio termo.
Mas dele dependerá,
o bem dos seus cidadãos.
Pois, o país como está,
é, um lavar de mãos.
Salvo melhor opinião,
os Bares abertos, o que dão,
ao longo de noites inteiras?
Muitas e alegres bebedeiras,
negócios de pouca clareza,
mas com drogas, de certeza.
Prostituição à mistura,
na oferta e na procura.
Juventudes transviadas,
com as mentes alcoolizadas.
Convite à ociosidade,
dos inúteis da sociedade.
A lista é bem extensa
e, quem, bem-pensa,
concordará comigo:
Esses locais, são um perigo!
Posto isto, no momento actual,
uma solução, seria ideal:
Reduzir a funcionalidade.
Abertos até tão tarde?
Limitar,
ainda que custe, aceitar!
Custa, "cair do poleiro",
ao fim de tantos anos.
Verdade, senhor Primeiro?
Que diz aos Acorianos?
Pois, de novo aí o temos,
este "Verão de São Martinho".
Este ano, nem comemos,
as castanhas. E, o vinho?
Sem a volta às adegas,
até nisso temos negas.
Cada um ama a seu jeito.
Não era assim que queria.
Ainda procuramos, a eito
Um amor, com harmonia.
Cardíacos, hepáticos,
diabéticos e outros ...
Cuidados, apáticos,
sem ação dos doutos?
Só o Covid interessa?
Que a indiferença
ninguém esqueça,
Tudo é, má doença!
Mesmo sem dente do siso,
tenham muito juízo! ...
À "Cabeça de Esfregona",
a SIC já deu resposta.
O desafio não abona,
na figura, mal-composta.
Com pouco jeito,
e sem figura, o sujeito.
Esta a minha opinião.
Desculpai, se faltar razão.
Com tão fraquinha defesa
esse "Calvário" de Jesus,
já assenta numa certeza:
Bem pesada, a sua cruz!
E, foram 3.
Até na Luz!
Previsível e gravoso,
não ter actuado a tempo,
atingiu um calamitoso,
estado de sofrimento.
Quantas serão as falências,
a nível da restauração?
Alguém prevê as demências,
vindas de tanta opressão?
Pobre e triste Portugal
Assim tratado, tão mal!
Se a razão lhes assiste
para convocar uma greve,
não deixa de ser bem triste,
o que se lê, o que se escreve:
A Creve dos Enfermeiros,
cuidadores por ezxcelência,
em linha, sempre primeiros
com elevada experiência.
E ninguém se entedeu?
A declaração, prevaleceu?
As vossas razões invocadas.
nada me irão alterar,
nem tão pouco serão roubadas,
as minhas formas de estar.
Viverei com alegria,
sob o Sol que nos aquece,
inspirador desta Poesia
que, diáriamente acontece.
Não esquecer os amigos.
Há formas de comunicar,
com os novos e mais antigos.
Entreajuda, neste azar ...
Com cuidados, a Família,
jamais estará ausente.
À distância, sem quezília,
a união, sempre presente!
Com o apoio, principal,
ELA, estará a meu lado.
Para o Bem e para o Mal,
no matrimónio, declarado.
Oxalá que este viver,
possa também ser-vos dado.
Igualmente, a quem puder
evitar, o mal declarado.
Assim seja
e, muito se veja!
"Escolher o mal menor".
Para muitos, será pior
que o normal, "Deus me livre".
Houve muita negligência.
Tenham, Santa Paciência.
Não a tanto, se nos obrigue.
Então, salve-se quem puder
ou, quem o médico quiser?
Ao extremo a que se chegou.
Estarei na primeira vaga,
pela idade prolongada.
Irei. O doutor, determinou ...
Não acertaram os passos,
os cuidados foram relapsos
e, aí está o resultado:
Novas restrições impostas,
às pessoas mal-dispostas,
por falta de cuidado.
Paga o justo pelo pecador
por culta, do "tal senhor"!
Em tempo de pandemia,
há vida a ser vivida,
longe das grandes multidões.
Esquecidos certos prazeres,
haverá, outros afazeres,
a merecer, boas atenções:
Connosco próprios, refletir,
do passado e no porvir,
arrumações do acumulado,
leituras que estão pendentes,
aproximação a parentes,
ou, aquele amigo, ignorado.
Quem, ao "luxo" se puder dar,
ter um jardim para cuidar,
conhecer melhor, Portugal,
tão nosso e desconhecido,
por capricho, irrefletido.
Não buscar fora, o trivial.
A limitação já deu provas,
der que temos, coisas novas!
Por nós, andavam esquecidas:
O voltar, à terra natal,
um exemplo, pontual,
incentivo, às nossas vidas.
Futebol, grandes concertos,
ressacas desses acertos,
que só nos toldam a mente?
Quem sentir essas tais faltas,
tente esquecer as ribaltas,
procure, algo diferente.
No seio da Natureza,
encontará, com certeza,
em convívio salutar,
vida simples, com alegria
Esquecerá, a pandemia.
Até irá ver, o Sol a brilhar! ...
Assim eu vivo a solidão.
Tantos, muitos, não o farão,
quiçá pelas suas dificuldades.
Bem lamento que assim seja
mas sou aquele que vos deseja,
as possíveis, felicidades!
Sonhador por natureza,
alimento, os incríveis ...
mas podem ter a certeza,
meus sonhos, são possíveis.
É só dar-lhes uma razão,
concretizar em acto.
Aqui deixo uma qestão:
Porquê, plástico, de facto,
se produzimos papel?
Porque não, um saco,
com designação. "Portucel"?
Um bom final, no trato?!
Como Beirão que sou,
a marca, Vila Velha, lhe dou!
(Pensado ao tempo, expresso no momento).
Nunca será tarde para fazer alarde ...
Racista, eu? Nunca serei.
Década de convivências
com todo o respeito à lei,
tive excelente vivências,
entre hindús e africanos.
Índia, Moçambique,
na Guiné e, sem danos.
Que a verdade aqui fique.
Não ligo às polémicas
mas observo com conclusões.
Cenas, assim, patéticas,
só dão más recordações.
Um exemplo, para já:
Qual será, a intenção
desse senhor, Mamadú Bá,
no exibir, ostentação?
Camiseta com punho negro,
estampado em fundo branco?
Transmite, algum segredo?
Será, um gesto brando?
Haja harminia repartida,
de parte a parte, por igual:
Vivamos todos, a nossa vida,
sem agravos, em Portugal!
Não se sentindo bem,
regresse, ao Senegal! ...
Estatuto do Combatente
e, Cartão de Identidade?
Pois que fique bem assente,
fui do caso, um defensor.
Feliz, por ver concretizar
uma ideia desejável.
Vale sempre a pena, tentar,
quando o resultado é palpável.
Tenho por aí, isso escrito.
Na certeza de que foi dito.
Nós, os humildes Beirões,
temos grandes corações,
no peito bem dilatado.
Modestos, nas ambições,
criadores do "bem-haja",
em forma de agradecer,
é normal que se reaja,
ao seu trato de bem-fazer.
"Vinde", assim nós dizemos,
com a franca porta aberta.
E, do pouco que temos
Repartimos, como ofertta.
São assim os Beirões
Donos, dos tais corações ...
O parecer não é só meu.
Há cargos governamentais
Que só servem p'ra "encher pneu"!
Não servirão para mais.
A designação é pomposa
E, com gerência de Doutor,
Neste governo côr de rosa.
Quantos, os Gabinetes de favor?
Será o chamado tacho.
Inútil, tal como acho.
Hospitais superlotados,
Profissionais esgotados,
Dramas de vária valência,
Com incidência da pandemia,
Não se prevendo, acalmia.
Como resolver, excelência?
Não se vilslumbra ...
Continuamos na penumbra.
"POBREZA EXTREMA"
A miséria, mora em Lisboa.
Numa cidade tão bela,
A realidade destoa,
Na pintura de uma tela.
Compensar a solidão
que me força, a pandemia,
através da meditação,
é "combate" do dia-a-dia..
Deus, dá-me boa memória
e, assim Ele me ajude,
contarei a minha estória,
com pouco engenho mas virtude.
Ainda não atingi o pleno
Mas estou mais sereno
Nesta situação da doença.
Cada um, sofrendo por si.
Mas, nem a todos sorri,
A certeza de boa crança.
Há custos e, vários são.
Alguns de grande dimensão.
As noites, eternas, sem fim ...
Os dias, lentos no passar
Sem um cómodo bem-estar,
São pesadelos para mim.
Vale-me, o saber pensar,
O que faço, neste vagar,
Do meu internamento.
Ousarei, dar à estampa,
O que me oprime ou espanta.
Neste "Diário do Momento"!
Ao tempo,
De ultrapassado momento.
Anulada a proibição
Aos feirantes de levante.
O que era, um não,
Agora, já se garante.
Vai senda caricato,
este repetido "retrato".
Vivemos um triste Entrudo
Onde só o Covid conta.
Pode-se morrer de tudo
Mas fica patente, a afronta.
Gosto, do ameno Outono
Temperado, de suave abono
deixado pelo Verão,
intermédio do senão
que virá, na invernia.
Com ela, a vida fria!
Mudança em todo o arvoredo
sem problemas nem segredo.
A mando da Mãe-Natureza,
apenas, a anual certeza.
Pinturas em matizado,
compõem um belo quadro.
O Outono, é dos Poetas.
Convida, de portas abertas,
à inspiração adormecida.
Faz parte integrante da vida
e nos crepúsculos multicores,
faz renascer, velhos amores ...
Gosto do Outono.
Daí, o meu assomo.
Enfadonhos, repetitivos,
estes são dois dos motivos
porque a todos, critico.
Publicidade exagerada,
qualidade igualizada ...
E, por aqui me fico!
Diversifiquem.
Talvez melhor fiquem.
Ambiguídade, dá gozo.
E, sendo assunto gravoso,
Não lhe encontro piada.
Pense nisso, excelência.
Já perdemos a paciência,
Quando a estória é mal contada.
Espantosa afirmação:
"Não oferece perigo"
Qualquer deslocação.
Ouço, porém duvido.
Quando vejo, "à molhada",
A gente que se desloca.
Que diferença, à instalada
Noutros sítios, como se nota?
É um limpar as mãos,
Meus caros concidadãos.
Pelo que ouço dizer,
Não podemos pretender
A eficácia de Singapura.
Mas devemos melhorar.
Polícia de giro, a rondar.
Pense nisso, criatura!
Aumente os quadros.
Tudo e todos, vigiados.
Neste país de distúrbios,
Também fora e, dentro,
E, até mesmo nos subúrbios.
Já não falando do centro
As lojas serão protegidas
"Com tábuas de madeira"
Palavras bem proferidas
Na TV., da pasmaceira!
Suspensão de outros cuidados,
Foi a ordem do Ministério.
Deveriam ser condenados,
No parecer, deste Silvério.l
Outras tantas más doenças,
Assim, sem boas avenças?
Sou doente de alto risco.
Idade bem avançada
E, neste mundo de Cristo,
Com situação delicada.
Inevitável. Infectado.
Recorri à Urgência.
Como militar reformado,
Hospital de referência,
O "meu", das Forças Armadas.
Internado vinte dias.
Zêlo e saber, declarado,
Suportando as agonias
E a alta, de recuperado.
Deixo aqui, a sugestão:
Aprendam com os militares,
No resolver a questão.
Minimizem, os azares.
Com oxigénio e medicação,
Foi resolvida a infecção.
Consultas suspensas,
Cirúrgias, não feitas ?
Cabeça que assim pensas,
Onde curar as maleitas?
Voltar aos tempos antigos?
Ir ao "barbeiro" da aldeia
Que, por métodos sabidos
Nos sangravam? Que ideia?!
Para tudo ficar louco,
Já só falta, bem pouco!
Até quando a lengalenga?
Diria, um Alentejano:
Tal está a moenga?!
Só paleio e, desengano! ...
Governo, põe Forças Armadas
Em Estado de Prontidão.
As exigências forçadas,
Sem pedido de perdão,
Pela forma desbragada
Como nos têm tratado.
Agora, de "mão-beijada"
Um favor, implementado?!
ESQUEÇAMOS A DESGRAÇA
DO MAU MOMENTO QUE PASSA.
LOUVÊMOS O SOL QUE NOS AQUECE,
AS GRAÇAS VINDAS DE DEUS.
NOS DISTINGUIMOS DOS ATEUS,
GRATOS PELO BEM QUE SE MERECE.
MAS SOBRETUDO E, ACIMA,
DO QUANTO NOS ANIMA,
SABER QUE ESTÁS A MEU LADO
E, SENTIR-ME TÃO FELIZ! ...
PARABÉNS. O DESTINO ASSIM QUIS,
O TEU VIVER, PROLONGADO.
UM BEIJO DE MARIDO
CARINHOSO E RECONHECIDO.
Tristão e Isolda,
Romeu e Julieta,
Pedro e Inês,
Um deles Portugês.
Outro que acrescento,
sabe-se lá dos porquês,
mas sem mistério:
Eugénia e Silvério!
Tanto gesto,
chega a ser indigesto.
Palradores sem glória,
valem-se do esbracejar
para nos tentar enganar.
Falta-lhes, a oratória!
Comércio e Feirantes
e, tantos Restaurantes,
que futuro os espera?
Negro e, castigador.
Então, qual o favor,
a quem tanto desespera?
O apoio das Forças Armadas,
Um pedido do Executivo.
Com as hostes alarmadas,
Aí, reside tal motivo.
As mesmas Forças Armadas,
Tratadas com vil desprezo ...
Agora, assim chamadas,
Como elemento de peso?
E, qual a compensação,
Após resolvida a situação?
Que coisa mais obsoleta!
Um bife, à "Nau Catrineta"?!
O que me deram como almoço.
Claro, ficou na travessa!
Nem por amor a promessa,
Eu o digeria. Não posso.
É tão mau estar doente.
E, quem cala, consente!
Só me sinto bem, deitado
Sentado, também menos mal
Estou triste, desalentado,
Não suporto, um vendaval.
Pobre árvore de fraca raíz.
Mas o meu Destino assim quis ...
Há vacinas, não há vacinas
Mas que tristes as nossas sinas!
Sempre este mau Destino
Em repetição anual.
Se, num "Reino Animal"
A culpa seria do asinino!
É a onda é a curva ...
Tenham a vossa paciência!
Nesta situação, assim turva
Como viver, excelência?
Não exercendo a função
Do meu trabalho diário,
Como conseguirei o pão?
Esta, a "cruz do meu calvário"!
Revelo com facilidade
Os meus estados d'alma.
Não controlo a ansiedade
Passo a passo, perco a calma.
Não haverá outra memória
Como esta do Caso de Tancos.
É uma bizarra estória.
Implicados? Uns tantos.
Entre eles, um ex-ministro,
Apanhado nas trapalhadas,
Um "romance", nunca visto.
Trata de armas roubadas.
Contornos de negligência
Com desfechos caricatos.
No final da audiências,
Teremos então, os relatos.
Está aberta a sessão.
Pedimos a vossa atenção.
Entre defender a Saúde
e a nossa Economia,
que a tanto se alude,
vai aumentando, a pandemia.
Agora é assim,
depois será, assado
ou, frito, enfim ...
Mas pode ser guizado.
Só falta o cozido
para ficar tudo f ***
Essa tal coisa
da política, instalada,
é prática, "avacalhada",
onde a mosca poisa.
Não vale nada!
Circo com palhaços,
vendedores da "banha",
mentirosos compulsivos
de "primeira apanha",
onde cada um se amanha.
Um bom exemplo,
virá da América,
naquela figura ímpar,
híbrido mal parido
a espalhar risota
e, o povo, nele vota!
Ridículo, da cabeça aos pés
que a si próprio bate palmas,
enganado, pobres almas.
Por cá também os temos ...
Uns mais, outros menos.
Tenho a casa enfeitada.
Não se trata de milagre.
É que, casei com uma "fada".
Do seu gosto, faz alarde.
Com o respeito que sinta
pelas vossas restrições,
ao ver os combóios de Sintra
perco todas as convicções.
Nunca a morte foi tão banal.
Hoje, ser humano que morra,
Entra na escala do meio vegetal
Ou de outro ser que vos ocorra.
De irracional, por exemplo.
Já não se deve veneração
Nem se reza no templo.
Morreu? Também morre o cão!
É, simplesmente, brutal
Mas em certos casos, real!
Só o Covid vos preocupa?
E os outros? De quem a culpa?
Quem morreu sem assistência!
Pela Santa Paciência ...
Deixem-se de "paninhos quentes".
São acções urgentes,
as que devem ser tomadas,
mesmo à nossa revelia.
A moleza do dia-a-dia,
só dará, "contas furadas"!
Falem menos. Sintéticos
E, esclarecedores.
Não nos deixem cépticos
Com discursos de Doutores.
A ministra, sorridente
E o Primeiro, optimista?
Mas não convendem a gente.
Os motivos, estão à vista.
JUNTOS NA ETERNIDADE,
CEMITÉRIO DE ALVAIADE.
ALI REPOUSAM MEUS PAIS.
FORAM BONS EXEMPLOS VIVOS,
ENTES POR NÓS TÃO QUERIDOS
MAS QUE NÃO VEREMOS MAIS.
Por Deus, clarifiquem.
Não nos compliquem
Ainda mais a nossa vida.
Proíbições com excepções?
Quantas, as confusões
Que geram, logo à partida?
O discurso não conveceu.
Era ,"escuro como breu"!
Menina do olhar triste
Porque é triste o teu olhar?
O amor não te assiste
Ou ninguém queres amar?
Os cemitérios encerrados?
Sois tão exagerados!
É fácil controlar o acesso,
Até sem grande dispêndio.
Por estes trechos do compêndio,
Não alcançareis o sucesso.
É
Na trílogia da vida,
o que nasce, vive e morre.
Ficará, a missão cumprida.
Uma ilação me ocorre;
Porquê, enterrar mortos?
Para lhes prestar veneração?
Mas se já estão depostos
Qual a lógica, a razão?
Este Mundo em confusão,
Tudo altera e complica.
Podserá ser uma questão
Aquela que aqui fica:
Pôr fim aos cemitérios.
Crematórios em quantidade.
Analisando os critérios,
Quem duvidará da verdade?
Cinzas, tal como os ossos,
Merecem o mesmo respeito.
Os conceitos serão nossos,
Servirão de igual efeito.
Me perdoe o Cristão
Mas o seu ente querido,
Reservado num gavetão,
Não terá, um bom sentido?
Em suposto lugar de culto,
Idealizado para o efeito?
Este pensamento, "adulto",
A muitos não dará jeito.
Mas
Viver à custa da morte,
Para mim, é um mau mote.
No Dia de Todos os Santos
Se juntam os bons Beirões.
Esquecendo, dores e prantos,
Alegram os seus corações.
Convívio tão salutar,
Sinónimo da gente boa,
E, os de cá, a saudar,
Os que vêm de Lisboa ...
Foi assim, o ano passado.
Este ano, só recordado!
Menina das calças rasgadas
Porque à moda são devidas,
Com um "par de chapadas"
Lhe curava, tais medidas!
Deixaram-se adormecer
em suave monotonia.
Não lhes deu para pensar
nos perigos da pandemia.
Aí estão os resultados
Descontrolo decorrente
e nós, pobres coitados
sem a protecção decente.
Pobre país, pobre gente!
Espectáculo deprimente,
é o caos instalado.
Como é que se consente,
um plano mal engendrado?
Tanta contenção forçada,
só conduz à demência.
A população, alarmada,
já perdeu a paciência.
E nas cabeças pensantes,
tudo como em Abrantes?!