domingo, 1 de novembro de 2020

FALAR DO IMPOSSÍVEL

 Na trílogia da vida,

o que nasce, vive e morre.

Ficará, a missão cumprida.

Uma ilação me ocorre;

Porquê, enterrar mortos?

Para lhes prestar veneração?

Mas se já estão depostos

Qual a lógica, a razão?

Este Mundo em confusão,

Tudo altera e complica.

Podserá ser uma questão

Aquela que aqui fica:

Pôr fim aos cemitérios.

Crematórios em quantidade.

Analisando os critérios,

Quem duvidará da verdade?

Cinzas, tal como os ossos,

Merecem o mesmo respeito.

Os conceitos serão nossos,

Servirão de igual efeito.

Me perdoe o Cristão

Mas o seu ente querido,

Reservado num gavetão,

Não terá, um bom sentido?

Em suposto lugar de culto,

Idealizado para o efeito?

Este pensamento, "adulto",

A muitos não dará jeito.

Mas

Viver à custa da morte,

Para mim, é um mau mote.





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