Na trílogia da vida,
o que nasce, vive e morre.
Ficará, a missão cumprida.
Uma ilação me ocorre;
Porquê, enterrar mortos?
Para lhes prestar veneração?
Mas se já estão depostos
Qual a lógica, a razão?
Este Mundo em confusão,
Tudo altera e complica.
Podserá ser uma questão
Aquela que aqui fica:
Pôr fim aos cemitérios.
Crematórios em quantidade.
Analisando os critérios,
Quem duvidará da verdade?
Cinzas, tal como os ossos,
Merecem o mesmo respeito.
Os conceitos serão nossos,
Servirão de igual efeito.
Me perdoe o Cristão
Mas o seu ente querido,
Reservado num gavetão,
Não terá, um bom sentido?
Em suposto lugar de culto,
Idealizado para o efeito?
Este pensamento, "adulto",
A muitos não dará jeito.
Mas
Viver à custa da morte,
Para mim, é um mau mote.
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