Terra vermelha
gretada pela secura
que se engelha
ao suor da criatura
na rega do Estio
ao sol castigador
até ao fastio
sem tino nem púdor.
São as terras além-Tejo
que moram no pensamento
de quem num lampejo
busca o seu alimento.
Chão que floresce
no alvor da Primavera
a a alma aquece
mas muito mais espera.
O que nem sempre vem
para grande desespero
de quem nada tem
apesar de tanto esmero.
Acto tão continuado
no ano sim, ano sim.
Um Alentejo profanado
na espera do bom fim.
Que tarde em surgir
no tempo que anda a fugir ...
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