segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

ADORO O ALENTEJO

Terra vermelha

gretada pela secura

que se engelha

ao suor da criatura

na  rega do Estio

ao sol castigador

até ao fastio

sem tino nem púdor.

São as terras além-Tejo

que moram no pensamento

de quem num lampejo

busca o seu alimento.

Chão que floresce

no alvor da Primavera

a a alma aquece

mas muito mais espera.

O que nem sempre vem

para grande desespero

de quem nada tem

apesar de tanto esmero.

Acto tão continuado

no ano sim, ano sim.

Um Alentejo profanado

na espera do bom fim.


Que tarde em surgir

no tempo que anda a fugir ...

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