sábado, 28 de agosto de 2021

QUADRAS SOLTAS

Na minha casa singela

tenho uma mulher perfeita.

Diligente e, tão bela,

na minha cama se deita.


Fui à terra, já voltei

mas não matei a saudade.

De novo lá voltarei

completando a saciedade.


Mas o mal de tudo isto

é haver, políticas questões.

Contra o facto, não resisto

e dou, minhas opiniões.


Na fonte dos passarinhos

todos eles vão beber

menos os que estão nos ninhos,

pois continuam a crescer.


Minha casa, doce lar

o meu precioso refúgio,

onde me apetece estar

sem qualquer, subtefúrgio.


As novelas estão em alta

e assim se confirma

que, no alegrar a malta

a inutilidade se afirma.

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