Espontânea, a Poesia,
Mora em qualquer poeta
De mais ou menos valia
Que a define e projecta.
Com ou sem rimas
Sempre, com palavras divinas.
Sou da Beira; ex-militar; India,Moçambique e Guiné. Na velhice o vicio da poesia, e o amor que me une às boas tradições beirãs.
Espontânea, a Poesia,
Mora em qualquer poeta
De mais ou menos valia
Que a define e projecta.
Com ou sem rimas
Sempre, com palavras divinas.
Não nos irá deixar saudades.
As péssimas realidades
Do seu período anual,
Revelaram tais vicissitudes
Que poucas virtudes
Substituiram o mal.
Ficará sim, a saudade
Dos muitos que, na verdade,
Perdemos, de modo irreparável.
A "partida", de tantos amigos,
A perda de bens obtidos,
Em Governo tão instável.
Sentimos um regredir
Quando desejámos subir.
Incapazes ou negligentes,
Os mandantes mal-eleitos,
Revelaram ser maus sujeitos,
Alheados das pobres gentes.
Tristes e inconformados,
De nada sendo culpados,
Pagámos um alto juro.
Vida difícil se nos deu...
Glória a Deus, quem sobreviveu
E espera, melhor futuro.
O que venha em 2023,
Simples anseio deste Português.
Uma observação me resta :
O Governo não estará em festa,
A comemorar o novo ano.
Pelo contrário, irá carpir
O que terá de sentir
Pelo seu desempenho
E nós, pagadores sem culpa
Pelo que daí resulta.
Por vezes eu me pergunto,
Quem controla os nossos dinheiros?
E sem mudar de assunto,
Não há outros mealheiros?
Desconhecendo a situação
Qual deles, o mais aldrabão?
Políticos de baixo teor
Dão aso ao mau sabor.
Sem conhecimento do assunto?
Não me entra no bestunto.
Com tanta trapaça
Até o PR perde a graça.
Desculpa esfarrapada
Não mantém conta saldada.
Para o PS, assunto encerrado
Mas o Primeiro está calado.
Governo das "argoladas"
Deixa as pessoas pasmadas
Demitido, "o fazedor de crises"
Terminarão os deslizes?
Ministros de pouco nível,
Geram Governo não credível.
A vergonha é absoluta.
Conseguir uma maioria
E não usar a batuta
Para dirigir boa "sinfonia"?
Sentado no cadeirão
Em entrevista "Visão"
Como suposto Napoleão
Com pouca resolução?
Cai em saco roto
Previsão de crescimento.
Para mim tudo está torto
Não vislumbro o aumento.
E o Primeiro, impante
Ainda tem o desplante
De nos comprometer
Com quatro anos de castigo?
O que nem a um amigo,
Tal coisa se deva dizer?
Mas na verdade assim será.
A pasmaceira, continuará.
Um elevado somatório
Que compõe o "relambório"
De comprometido Governo,
Em termo de trapalhadas,
Deixam as gentes pasmadas,
Sem encontrar, o bom termo.
Num panorama de demandas
Sabe-se lá quantas Alexandras
Terão passado despercebidas,
Saindo com os bolsos cheios?
Para maus fins não há meios
Mas sempre boas medidas.
Para limpar a sua imagem
Tenha um acto de coragem
E siga exemplo de Espanha :
Reduza a zero o IVA
E verá como cativa...
Usando tão boa manha!
Acabarão por cair
Tal como frutas maduras
Por não terem um porvir
De honestas criaturas.
E já vão dez nessa lista
Em escassos nove meses
De má imagem socialista
Tão pródiga de revezes.
Costa, desconhecia em absoluto
A colossal indemnização.
Fica-lhe mal o atributo
Como mandante da Nação.
De um popular para Marcelo:
"O senhor fala bem mas não faz nada"
Quem deveria fazer, tem a boca calada.
Senhor de poder absoluto
E tão pouco resoluto?!
Falar tanto da Democracia
Já vai causando azia.
Bens essenciais sem IVA.
Em Espanha a ideia cativa.
Uma fétida situação
Contagia esta Nação.
Qual Democracia?
Quanto a mim, rebaldaria.
Como pelintras que somos
Temos uns certos assomos
Que nos levam ao ridículo.
Agora, ilustre senhora,
Tornou-se famosa na hora
Em mais um triste capítulo.
Indemnização milionária,
Nesta situação precária!
Brada ao céu
E causa tanto escarcéu,
O PR ouvindo o ralho
E o Primeiro no bom borralho.
Tão diferentes atitudes
Dão que pensar com tristeza
E acreditar numa certeza:
Há diferentes virtudes!
Com palavras nada se resolve.
A falta d'obra, não os absolve.
Ao desejar "Feliz Natal "
A alguém que não responde,
Oxalá que o mau sinal,
Nenhum problema esconde.
Mas repito: "Boas Festas ",
Sejam fartas ou modestas.
Nessa noite nasceu Jesus
E uma estrela deu o sinal,
Iluminando com sua luz,
O que seria, o Natal.
Que se repete, anualmente
Para alegria da nossa gente.
Teremos um triste Natal.
Conformismo no sapato,
Substituirá o aparato
Das festas em Portugal.
Até o preço do bacalhau
Torna tudo tão mau...
Estão matando o Natal.
Apenas o espírito sobrevive.
São muitas as força do mal
E o que morre se cative.
Á força do acreditar
Veneremos o Menino-Jesus
E sempre bem recordar,
Igual festa de tanta luz.
Também temos o Pai Natal
Bonacheirão de encanto
Que está passando mal,
Motivo do nosso pranto.
São os diabos á solta
A suscitar nossa revolta.
A todos os bons Amigos,
Até mesmo aos esquecidos,
Eu vos desejo, Bom Natal!
Aos que nada merecem
E pouca atenção me prestem,
Decididamente, igual...
Em Quadra de Concórdia,
Fugiremos, da discórdia.
Que a Paz desça á Ucrânia.
Desejo tão impensável,
A repor o que, infâmia,
Propagou, não desejável.
O seja nas intenções
Dos praticantes do Bem.
Se fortaleçam os corações
De quem sofre e pouco tem.
Aos tiranos, na opulência.
Vos desejo destino adverso.
Seja pesada a consciência,
Como vaticino em verso.
Ao longe, na distância,
Deixo voto formulado.
Tal seja, na circunstância,
Público e bem intencionado.
Que a Ucrânia ressalve
Todo o mal e dele se salve!
,
Ao tempo fiz o Presépio,
Adorei o Menino-Deus
E até dediquei obséquio,
Ao símbolo dos ateus.:
Pai Natal, bonacheirão!
Também árvore enfeitei,
Tanto me deliciei,
No cumprir, a tradição...
Mas em nada é já igual,
O Divino e Santo Natal.
Sobre palhinhas deitado
Irradiando doce luz
Nasceu Jesus, o "Abençoado ",
Numa imagem que seduz.
Cantaram Anjos bem alto
O seu nascimento Divino
E cessou o sobressalto,
O mundo mudou o destino.
Agora, todos somos iguais,
Irmãos á face da Terra,
Uns menos, outros mais,
Por declarada guerra!
Que não apaga o momento,
Sublimado e tão terno...
Impondo o seu intento,
O de lutar, contra Inferno!
Porque... o Natal, é Bem Eterno.99
Sinto na alma
Repicar de sinos
Quando na calma
Recordo os meninos
Que fomos então
Felizes com migalhas
Vivendo o serão
Na espera das vitualhas
Próprias da Consoada.
Momentos de encanto.
O muito era nada
Mas sem pranto.
Penda que se pedia
Lá estava presente
Como numa magia
Tornada ciente.
Era pobre
Tal como nós.
Não havia p'ra mais...
Além ternura de avós
E muito amor dos pais...
Que melhor pelo Natal
Alguém podia ansiar?
Seja este tão igual
E nos faça recordar.
Neste Natal siga a luz
Que o leva á Beira Baixa.
Celebre o Menino Jesus,
Junto dos seus. O que acha?
E aqueça a sua alma
Junto dos quentes madeiros,
Respirando a doce calma
Dos momentos verdadeiros.
Já depois em Consoada
Com mesa farta de sabores,
Sinta a gula saciada
Dando Graças pelos favores...
Assim terá, um Santo Natal.
Bem nosso e tão natural.
Uma seca prolongada
Deu lugar à enxurrada.
Os pobres ficaram sem nada,
Numa vida, desgraçada!
É letra de triste fado,
Que temos a nosso lado,
Com música em tom desgarrado,
Deste povo, tão enganado.
Acompanhado á guitarra e viola.
Por outros que a vida consola!
É já o mês do Natal.
Seria pois, bem natural,
Sentir alegria na Quadra.
Muito impede que aconteça.
Nada nem ninguém esqueça,
Temos a vida mudada.
Para pior, infelizmente
E, quem tal consente,
Deveria ter castigo.
Assinalado sem festa,
De momento o que resta,
Será lembrar Natal antigo.
O das gratas recordações,
guardadas em nossos corações.
Venha outro mundo melhor,
O actual já não presta.
Andamos de mal a pior,
Pouca alegria nos resta.
Um terrorista desumano,
A provocar tanto dano
Terá de ser condenado.
Mas quem será seu juiz?
Se souberem, quem me diz?
Quero viver descansado.
Somos povo, "deixa andar"
E no nosso desleixar
Aumentamos a dimensão
De causa que, à partida
Deveria ser ressarcida
Para não aumentar a questão.
Um mal, cortado de raiz,
Não crescerá. Sou eu quem diz!
Pouca paciência me resta.
Nesta vida, nada presta.
Normalidade é coisa vaga,
A harmonia foi deposta
E já a Moral, indisposta,
Passou, a ética falhada.
E a dita governação?
Uma autêntica desilusão!
Restaurada independência,
O que nos reza a História.
Na presente equivalência,
Não honramos a memória.
Dependendo, de que maneira,
Somos a cauda da Europa.
Só não perdemos a Bandeira,
Mas alvo de tanta galhofa.
Celebremos pois, os antigos,
Aqueles a quem devemos,
Os seus imensos castigos
E assim, justos seremos!