Mãe-Pátria, tão ingrata
Aos filhos que te serviram...
Muitos, da mais fina nata,
Tão cedo, eles "partiram".
Aos que ficaram, que lhes deste,
Após tantos sacrifícios?
Tão pouco, do bem que preste.
Esqueceste os teus ofícios.
Sacrificada a juventude,
Perdido o sonho de viver,
Na tua grosseira atitude,
Não cumpriste, o teu dever.
Melhor, não o soubeste exigir
Aos donos do mando, presentes,
Passados e dos a seguir...
Sabes? Estamos doentes!
Não nos valem os governantes,
Alheados dos males terceiros.
Se julgam mui importantes,
Mas são apenas, trapaceiros.
Talvez, quem sabe, alguém venha
Num dia ainda por nascer,
Acabar com a vergonha, tamanha
Dos filhos que nem saber merecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário