Bem longe ainda lá vem
A corrida para Belém
Como causa primordial
A merecer tal atenção.
Mas desculpem, peço perdão.
Isso será, servir Portugal?
Ou apenas a ambição?
Vocês todos me dirão.
Sou da Beira; ex-militar; India,Moçambique e Guiné. Na velhice o vicio da poesia, e o amor que me une às boas tradições beirãs.
Bem longe ainda lá vem
A corrida para Belém
Como causa primordial
A merecer tal atenção.
Mas desculpem, peço perdão.
Isso será, servir Portugal?
Ou apenas a ambição?
Vocês todos me dirão.
Pode ter sido premeditada
A morte do tal Prighozin.
Quem o diz pela calada
É um fulano do Kremlin.
Pela boca dessa figura
O porta-voz das intrigas,
Demoníaca criatura
Que mandamos...às urtigas!
Aprova, dizendo que sim
O famigerado Putin.
Um Passado de saudades
Fururo sem optimismo.
São muitas as verdades
Do nosso inconformismo.
E falando do Presente
Quem pode estar contente?
Para conseguir mais tropas
Já recorremos aos "minorcas".
Pela boca morre o peixe
E não haverá quem se queixe?
Assoberbadas grandezas
São próprias de gente pequena
Que só granjeiam tristezas
E por certo muita pena.
Sim, senhor Presidente
O que diz das Forças Armadas.
Mas tenha também presente:
São muito maltratadas.
Na vida tudo é relativo.
Os males de que padeço
Por vezes procuro um motivo.
Será que, por mau, os mereço?
Depois vejo os outros
Bem mais doentes que eu
A resposta vinda dos doutos:
Goza a vida que Deus te deu!
E fico tranquilizado.
Durmo as noites bem descansado.
Dizem que sou um poeta.
Lisongeado, replico:
Fazer versos não me afecta
Nem me torna mais rico.
Escrevo e tenho presente
Que isso muito me acalma
Mantendo viva a mente
E paz imensa na alma.
Sem pretender agradar
A "gregos ou a troianos",
Sossegado, deixo-me estar
Não me ralo com os danos.
Quinhentas mil as postagens
Que pretendo atingir.
Iniciarei novas viragens?
A mente irá decidir.
Enquanto a dextra escrever
E o cérebro obedecer...
Sois bem poucos e mesquinhos
Sempre no mesmo badalar...
Deixo-vos a falar sozinhos
Estou lá pra me ralar?!
Poesia Todos os Dias
A que escrevo a meu jeito
É rejeitada por minorias
Causando um mau efeito.
Setembro será para mim
Sempre um mês de discórdia.
Nele souberam dar fim
A uma ligação de concórdia.
Portugal está à venda
Mas vamos lá com calma
E oxalá bem se entenda
Não lhe vendam a alma!
Ministérios e Autarquias
Com as suas mordomias
Sustentam uma legião
Do fazer pouco e ganhar bem.
A todos eles, isso convém
Mas empobrece Nação.
A começar nos ministros
Alguns até mal-vistos.
Depois os influentes
Disto, daquilo e aqueloutro
E como se fosse pouco
Muitos mais os coniventes.
Secretários, deputados
A maior parte pouco dotados,
Autarcas e assessores
Todos eles, muito doutores...
E o erário mal aguenta
Com tanta gente que sustenta!
Dedicada à arte das Musas
A minha poesia sem escusas
É tão simples como eu
E sempre assim prevaleceu.
A A23 assim portajada
Ao progresso não dá nada.
Escrevo que me desunho
Expressando o meu testemunho.
Ao desenvonver o Interior
Este País terá muito mais valor.
Falam do nosso Interior
Como tendo grande valor
Mas na triste realidade
Essa indiscutível verdade
Só traduz palavras ocas.
Continuamos a enfiar toucas...
Beijos e abraços a granel
Trato diário dessa família.
Tentam disfarçar o fel
Como uma sua homilia.
A Virgem Maria foi mãe
E seu filho de nome Jesus
Para qu acreditemos no Bem
Morreu, pregado na cruz.
No seu jeito peculiar
O Galamba limpa os beiços
Como forma de disfarçar
Todos os seu defeitos.
Senhor Primeiro-ministro
Como se chegou a isto?
É o País da "merdeleja "
Ou similar de um pobre
Que do mal nada lhe sobre?
E apenas aldrabice se veja?!
Deixa- se assim derrapar
Em situações de pasmar
Os crédulos Portugueses?
Ministros por si nomeados
Sem jeito ou ultrapassados,
Praticando actos soezes?
E o senhor silenciado
Sendo o principal culpado?
Esbanjam o erário
Do nosso pagar diário
Que sacam sem pejo.
Obras feitas, só miragem
Muita até fica à margem
Com música de realejo...
Com sorte atingi a velhice
Mas ser velho é uma chatice.
Com esta simples verdade
Pretendo apenas justificar
Que não estou para me ralar
E disso faço bom alarde.
Um "filósofo" vigarista
A dejectar para a Justiça.
Quem quem será?
Decerto adivinhará.
Com as barragens cheias
E o País está em seca?
Haverá falta de ideias
Ou falhas, levadas da breca?
E inteligências bacocas
Não encontram soluções?
Se as virtudes são poucas
Porque não pedem opiniões?
De quem sabe e pode ajudar.
Estou apenas a alvitrar.
O nosso País melhorou?
Dizer o contrário será mentir
Mas o pouco que mudou
Não nos leva a sorrir.
De tanto ser repetida
Como Festa da Revolução.
Seria bem mais merecida
Com uma maior atenção
Ao prometido e não feito
Pelos senhores de então
Que hoje de cravos ao peito
Passeiam uma ilusão.
O que dizem tais ilusionistas
É bem diferente dos realistas.
Pelo andar da carruagem
Tão lento que até assusta
Será, autêntica vilanagem,
Acção assim bem injusta.
Não saber gastar milhões
Postos às vossas disposições.
Governos e Câmaras incompetentes
Estão a criar indigentes
Que não têm casa propria
Ou de renda acessível
E com vida impossível.
É bem extensa, a panóplia...
Mesmo com um mau passado
Considero-me um bafejado.
Nos tempos idos da miséria
Construi o meu futuro.
Hoje, a coisa é mais séria.
O pão muito mais duro...
Casa própria, estabilidade
Conseguidas com sacrifícios
Mas valha-nos a verdade,
Obtive bons benefícios.
Agora com o País rico (?)
Vejo as múltiplas misérias
E bem sossegado me fico
Não atendendo a lérias.
Criticando o nosso passado
Os que cometem pecado?
O que será de esperar
Dessa notícia aberrante
De se irem contratar
Tropas a lugar distante?
Talvez venha a condizer,
O Grupo Wagner, pois não?
Já não têm que fazer...
Venham defender a Nação!
O Presidente nas trincheiras
O que me levou a pensar?
Serão essas, boas maneiras?
Devem ser elas de louvar?
Vou até mais além
E a questão aqui fica:
Será mal ou será bem
Aquilo que se critica?
E o que veremos a seguir?
Nele, tudo é possível admitir.
A notória falta de soldados
Deve-se aos baixos ordenados.
Aumentem os seus salários
E resolvem a questão.
De outra forma, não!
Deixem de ser perdulários.
Neste País falta tudo
Militares médicos e mais...
Não falta, eterno Entrudo
Governado por esses tais...
Imigrantes na nossa tropa?
De se tirar o chapéu.
A ideia que se evoca
Já provoca escarceu.
Só nos faltava mais esta
Para completar a "festa"
Neste País em desnorte.
Estrangeiros na nossa tropa
Que estranha batota!...
Quem deseja tal sorte?
Mercenários nas Forças Armadas
E as virtudes conspurcadas?
Um cúmulo de indecência.
Estarão doentes, sem cura
Esperando que a bravura
Se compre por inerência?
O que é que isso implica
E quem nos diz e explica
As confusões originadas
Com atitude desbragada?
Será, uma Pátria ultrajada,
História de páginas rasgadas.
Senhores tenham juízo
Não nos provoquem riso.
Imigrantes na nossa tropa?
De se tirar o chapéu!
A ideia que se evoca
Está causando escarcéu.
Neste País falta tudo:
Militares, médicos e mais...
Mantemos um eterno Entrudo
Com governos anormais.
Falar da seca é constante
Que já cansa ouvir falar
Mas nada nos dá o garante
Da situação melhorar.
O ministério que mente
Seja qual for o ministro
Mantém ponto assente:
Não resolve o já previsto.
Aceitem conselho de velho:
Armazenem no Inverno!
Não consta do Evangelho?
Continuará este Inferno.
Que pena vê-la chorona
Ela que foi tão mandona...
Agora nem tanto sorri
Como empregada TVI.
Mercenários na nossa tropa
Defendendo a Pátria Amada?
Se não houver quem vos topa
A vergonha será instalada.
Fazer "Turismo de Guerra"
Será prova de mau-gosto.
Nesta verdade se encerra
O que nos causa desgosto.
No meu gosto de rimar
Também ouso gracejar
E a propósito direi:
Depois do Prigozhin
Porque não o Putin?
Será que exagerei?
Tantas horas imóvel
Em frente ao telemóvel
Embrutece qualquer ser.
Fiquem todos a saber.
Quem não come por ter comido
De fome não irá morrer.
É mais certo que sabido
E todos ficam a saber.
A estupidez manifesta
É pior que a ignorância
De quem mal pouco presta
Julgando ter importância.
Quando asorte é "manifesta"
Nada vale ao "desinfeliz".
Basta de muita conversa
É a prática que tal diz.
Menino pega a sacola
E não deixes de aprender
O que ensinam na escola.
Serás um homem a valer.
Com tantas patologias
Sou já um homem "gasto"
E ao somar as arrelias
O quadro é bem nefasto.
Meio século já passou
Mas a recordação ficou
A marcar uma saudade.
P.F.A., foi um programa
Que na Rádio criou fama
Com indiscutível verdade.
Pelo "Pifas", simbolizado,
Esteve sempre "ao vosso lado"
Na tal guerra da Guiné.
Seus viventes seguidores
Hoje, já velhos senhores
Querem provar que assim é.
E reunem, no "Pátio Alfacinha".
Satisfação deles e minha!
A 9 de Setembro, a partir das 12H30.
Tm - 965008276.
Faço poesia todos os dias
A alguém provoquei azias...
...e porquê Oeiras Valley?
Digam-me porque não sei.
230 postos de vigia?
Aumentem-nos com mais valia.
Contra a lógica da batata
A envolver tantos incêndios
Um esforço se desbarata
Como tema dos compêndios.
Depois do fogo declarado
É mais difícil ser apagado.
Insisto na prevenção.
Desenvolvam tal acção.
Ter cuidado e não cair
Recomendações acertadas
Pois as causas virão a seguir
Com as contas mal paradas.
Morrer por faltar assistência
Será o cúmulo da negligência
Num País mal governado.
O ministro nada nos diz
Deste mal que é de raiz.
O povo, esse anda assustado.
Facto bem bizarro
Nem pio do Pizarro.
Mês de Agosto, pleno Verão
A complicar nossas vidas.
Não há bela sem senão
Sendo as tarefas sofridas.
Amor com amor se paga,
Segundo um dito popular.
Para combater uma praga
Igual conceito a tomar.
É por esta voz do povo
Que russos estão sentindo
Os drones sobre Moscovo.
E decerto, não sorrindo.
Idoso sem assistência
Morre por negligência
Após seis horas de espera
Á porta do hospital.
Nem mesmo a um animal
Esta maldade que opera...
Que resposta ouviremos?
Oremos!
Por "dá cá aquela palha"
Ás vezes muito se ralha
E a união se compromete
Entre marido e mulher.
Haja porém o que houver,
A colher nunca se mete.
E a pergunta urgente,
Quando constroem mais casas?
O assunto fica pendente
Na terra das tábuas rasas.
O Ministro da Administração
Alerta para a prevenção.
E o que fez, a excelência?
Não vemos grandes novidades
A contrariar as verdades.
Dos fogos em existência.
Bem prega Frei Tomás.
Daí ao ser capaz...
Uma autêntica negação
No resolver o problema.
Já ficou bem declarado:
Iremos levar com o pacote
Pela maioria do suporte.
Em suma: tudo lixado!
E a guerra está declarada
Entre "eles". Mais nada!...
O descalabro é notório,
Após fim do serviço obrigatório.
Há que reparar o mal feito
E as suas consequências.
Saibam isso, as excelências.
Será esse o único jeito
De voltar à antiga tropa
Repudiando a galhofa.
Com o dinheiro das Arábias,
Cabecinhas muito sábias
Ao Futebol dão uma volta.
Pelo andar da carruagem
Terão a maior margem
Nas contratações à solta.
Qual será a competição
Com os craques da profissão
Todos juntos no Oriente?
Ninguém pensa em travar
Esse constante abalar?
Pois, quem cala, consente!...
Imaginemos um míssil
Sobre as cúpulas coloridas
Do tal Kremlin. Impossível?
Ideias estas bem merecidas!
"Não há drama nenhum"
Quem se lixa é o cidadão comum.
Dedicatória à Margarida
Margarida flor singela
Criação da Natureza
Nasce espontânea e bela.
Na Primavera é certeza.
Como ela tantas mais
A propiciar encantos,
Incentivando jograis
Que lhes dedicam seus cantos.
E na paleta das cores
E dos perfumes no ar,
Nascem múltiplos amores
Que nos fazem suspirar.
Como Poeta da Simplicidade
Esta é a minha verdade.
Na sua escrita explícita
Um brilhante jornalista
Escreve tudo o tenho dito:
Prevenção, a melhor solução
Para os infernos de Verão.
Sempre foi o meu veredicto.
Assim, já somos dois pensantes
A alertar os governantes
Mal inspirados nos dispêndios
De fortunas colossais
Espantosas por de mais,
No combater incêndios.
Ao senhor, Octávio Ribeiro.
O meu apreço por inteiro.
Ao multiplicar a idade
A nossa vida aumenta.
Com esta simples verdade
Já só penso nos noventa.
Meu querido mês de Agosto.
Nele nasci e com gosto
Hoje comemoro aniversário.
Só mais um de tantos...
Com benesses e encantos
Desde o antigo berçário.
E já penso no vindouro
Como um novo tesouro.
Os desejados noventa!
Deus assim o permita,
Ter boa saúde, bendita
Em ambição que alimenta.
Altos quadros da Defesa,
Civis mal preparados
Revelam suas fraquezas
E os cofres, defraudados...
Tudo virado do avesso
A pedir outro processo.
Saque fiscal, Saúde
Ensino e Habitação
Sem pingo de virtude.
Um mau estado da Nação.
Em anos de eleições
Logo soam as trombetas
Anunciando intenções
Que não passam de tretas.
Assim foi e sempre será
Neste País das maravilhas
Que anda ao "Deus dará "
Com tudo feito em estilhas.
E o paleio, esse impera.
Mas continuamos em espera.
Não sei o que aconteceu
Neste País de mistérios
Pois a corrupção nasceu
Em todos os ministérios.
Com os militares arredados
Das suas antigas funções
Surgiram os doutorados,
Uns autênticos figurões.
Que deitam a mão à massa
E só nos causam desgraça.
O Futebol perde sentido
Ao atingir a calamidade
De promover com mau motivo
Toda a sua falsidade.
Foi o amor à camisola.
É a procura de reforma
Tão dourada que consola...
E temos o caldo entornado!
Apoiado por papalvos.
Todos os craques são um alvo.
Senhor Primeiro
Com esses e mais essas
Não conseguimos chegar lá.
Os Portugueses pedem meças
Ao Governo do "Deus dará ".
Remodele quanto antes
O seu precário Governo
Que só tem figurantes
Não figuras em bom termo.
A Sónia e o Vitó...
Cenas tão repetidas
Que até causam dó
As suas triste vidas?
Será que não há maneira?
Nova página inteira
Falando da dupla famosa
Em atitude pirosa?
"Tempestade Perfeita "
Na corrupção declarada
Por obra que é suspeita
Por ser inflacionada?
Que bela (?) Defesa esta
A que temos e suportamos
E tão mal se manifesta
E só nos provoca danos.
Hoje, um militar reformado
Paga com língua de palmo
O que antes lhe era dado.
Evangelho de triste salmo..
Regalias inexistentes
Contrariam um passado.
Tratados como indigentes?
Pouco falta, neste Estado.
Acabo de pagar, serviços de Terapia.
Eu, um velho militar. Quem diria?
Com o seu dizer mentiroso
"De que tudo é preciso
E a postos para ocorrências".
Começam então os fogos
E de repente, tantos rogos
Contrariados nas evidências.
As mentiras, portanto
A contrariar o encanto.
Alguém usou este termo:
"Rebéubéu, pardais ao ninho"
Porque o País, algo enfermo
Continua tão miudinho...
Já fomos grandes. Enormes!
Naquele mundo de então.
Hoje, meu País porque dormes
Sem motivo nem razão?
Assim, és bem pequeno
Aos olhos da actualidade.
Quando atingires o pleno.
Pobre de ti. Será tarde!
Eliminar tantos sobreiros
E criar parque eólico?
Os classifico, trapaceiros
Dando fim, a lugar bucólico.
Aos velhos, a exigência
De limpar os seus terrenos?
É uma ordem de excelência
Que não alcança bons termos.
Alguns, com pouco para comer
Como tal, que podem fazer?
Sendo os fogos uma constante
Repetida no Verão,
Digam-me, no instante,
Que planos de prevenção?
Os existentes são precários
E maus momentos, vários!
Se não sabem vão aprender
Com quem possa ensinar.
Acabem, este nosso azar
Estamos fartos de sofrer
Menosprezam o meu valor
Que nem é tanto assim...
Não procuro um louvor,
Mas que se lembrem de mim.
Como "Poeta Todos os Dias":
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Num viver sem conteúdo
Pareço estar surdo e mudo
Ao que se passa em volta.
Letargia e recolhimento,
O que tenho ao momento.
Nem sinto sequer a revolta.
Neste sintoma de indiferença,
Terei perdido toda a crença?
Ministérios de encher pneu
De pouco servem, penso eu.
Da Presidência ou da Coesão.
Dois dos tais em questão.
Por ajuste directo?
Um embuste em aberto.
.
Há uns certos ministérios
Autênticos mistérios
Que nos levam a duvidar
Da sua real utilidade.
Partindo dessa verdade,
Outros se deviam criar.
Como o da Protecção a Fogos!
Dotado de bons ideólogos
Com conhecimento de causa
Para limitar tanta desgraça
Como aquela que passa
E merece, longa pausa.
Porque, meus senhores,
Estamos fartos de horrores..
O que era verde está negro.
Autêntica devastação.
Não há nenhum segredo.
É o estado da situação.
A incompetência do momento
Chama-se, constrangimento.
Hipocrisia digna de se ver:
Putin a rezar e se benzer...
É bem pouco o que faço
Devido a muito cansaço.
Quem serei para alertar
Que a situação deve mudar?
Os fogos de Verão, a prever
No decorrer do Inverno?
Evitar o grande Inferno
De sentir o Pais arder.
Abrir estradas no passivo
E nunca com fogo activo.
Contra-fogos preventivos
Devem ser realizados
Pelos Bombeiros esforçados.
Isto, além de outros motivos.
Para nos dar tranquilidade
Na tal hora da verdade.
Que se invista na prevenção
Evitando tanta aflição.
Farto de malhar a frio
E ninguém ouve o desafio?
O que pagarão em prejuízos
Bem que seriam precisos.
Temos o Parque dos Poetas,
Também o Passeio Marítimo,
Ambos de portas abertas
Para visitar em bom ritmo.
A imagem desoladora
De tanta terra queimada!
Valha-nos Nossa Senhora...
Do Governo não vem nada!
Que o digam os visados
Com os seus bens queimados.
Desde que bem me recorde
A retórica em nada mudou.
É um constante suporte
Por conta de que m nomeou.
Guterres e Papa Francisco.
Bem os ouço e assisto...
Aldrabice nas pensões
Compromete as intenções.
Ministério Contrafogo.
Decerto não seria logro
Antes uma necessidade.
Dotação orçamental
Para fazer face ao mal
Que se repete em anuidade.
"Vamos correr com este gajo".
Alguém ouviu a sentença
E dela faço publicidade.
Perdi pois a minha presença
Pela vossa inanidade.
E o que ganharam com isso?
Eu cumpri, um compromisso.
Fui à terra matar saudades.
Eram tantas as que tinha...
Admirei as novidades
Que não, as de Sarnadinha.
Continua pobre e esquecida
A minha aldeia - natal
Mas bem enriquecida
Pelo seu povo. É natural.
Progresso, o vi na Vila.
Aí sim, bem evidente
E por isso se perfila
Toda a sua boa gente.
Obras feitas ou em curso,
A causar admiração,
Ao cabo de longo percurso
Naquele espaço Beirão.
Sem exigências mas pedindo
A quem de direito e dever
Seria muito bem-vindo
O pouco que devemos merecer.
Mobiliário urbano
De comodidade acertada.
O existente, é puro engano
Pouco vale, quase nada.
Rua Principal em calçada,
Acusa o trânsito intensivo
Dos veículos da pesada.
Danificaram-lhe o piso.
Já as ruas e travessas
Esquecidas de melhoras,
Provam estar às avessas
Do progresso. Em más horas.
Por experiência pessoal
Eu já velho e muito cansado
Denuncio, não levem a mal,
Os bancos em que estive sentado.
De ferro com largos espaços
Nas travessas que os formatam,
Provocam dores e cansaços.
Sem conforto, só nos maçam.
Da fonte, já vos falei.
Ela é o maior bem.
Mas tão suja, como observei
Que má imagem lhe advém...
Senhores, nossos governantes
Selam justos e imparciais.
Estamos pobres como antes.
Merecemos um pouco mais!
A visita breve que fiz
Proporcionou estes reparos.
Mas outros males de raiz
Decerto não serão raros...
Segurança prometida
E por todos garantida.
Foi esse um bom aval?
Melhor agir com cautela
Pois nesta "boa vai ela"
Se compromete Portugal.
E os fogos, esses surgiram.
Afinal, "eles" não cumpriram...
Foi um volver ao passado
Glorioso pelas descobertas
Deste povo tão esforçado
Que teve as "portas abertas".
Lisboa respirou juventude
Com tanta alegria na atitude!
Ao tempo, idealizei
A pintura de um mural
Cuja intenção divulguei
Em Oeiras, por sinal.
Era no extenso muro
Da Quinta do Marquês.
Ideia que ficou no escuro
Por absurda? Talvez.
Passados anos a fio
E agora em honra do Papa
Como que num desafio
Em Cascais, a obra se destaca.
Dizem ter três mil metros
Pintados pela juventude.
Por seu mérito, bem espertos,
A criaram com virtude.
E em Oeiras o muro existe.
Comparativamente, triste.
Se o eucalipto prolifera
Do que estarão à espera
Para limitar seu plantio?
Em verdade não se entende
E ao exagero quem atende?
Há que actuar ao arrepio...
Imagens televisivas
Dão perfeitamente para ver
Novas plantações abusivas
Dos eucaliptos. É de crer?
A situação de Alerta
Melhora o esforço aos fogos?
Então, ó mente esperta
Porque não atendes aos rogos?
Tantos bons exemplos no mundo
E nós neste desgosto profundo...
Aumentam as áreas ardidas.
De tudo ficam despidas.
Prometer, o Governo promete.
Mas na prática só compromete.
Em vez de reduzir um mal,
Aumenta-se o eucaliptal?
Que raio de inteligência,
A de ver tudo ao contrário?
Depois, o prejuízo diário
A marcar a eficiência (?).
Um simples pequeno foco
Pode originar grande incêndio.
Há que acorrer, in loco
Que isso conste no compêndio.
A Ministra da Presidência...
Tão notória a sua ausência.
Lisboa, das mais caras na Europa
Que nos diz, a nossa "tropa"?
Incendiários à solta
Causam imensa revolta.
Quando o "dispositivo" falha
O povo sofre e muito ralha.
Um calor infernal
Este que assola Portugal.
Desculpas esfarrapadas
E as matas são queimadas.
A época dos incêndios
Já faz parte dos compêndios.
Reordenamento florestal
Uma exigência em Portugal.
Sim! Incentivar com ajuda
E não penalizar, a dita cuja.
A juventude que se deseja
A povoar nosso planeta.
Pacífica que o bem almeja
Empenhada e concreta.
Deu-nos um bom exemplo
Neste glorioso momento.
De novo a terra queimada
Como num cumprir má sina.
Porque não se aprende nada
Do que o Verão vaticina?
Repetida a ladainha
Dos arautos enganadores
Na sua prosa mesquinha
Desprovida de valores.
Ano após ano a repetição
Num engano sem perdão.
Abatidos 1800 sobreiros
Com o aval do Ambiente.
E são estes os obreiros
De um País tão carente?
Somos grandes na desgraça
Em toda a vasta Europa
Mas não deixa de ter graça
A vaidade da nossa "tropa"
Que é fandanga
E nos deixa de tanga!
A lengalenga repetida
Não melhora a nossa vida.
As causas dos maus efeitos
Sempre os mesmos por sinal
Só nos trazem o mal.
Descompromete os eleitos.
Vento forte maus acessos,
Calor em elevados excessos,
Tudo virá a terreiro.
É a cruz do nosso Calvário,
Contas de eterno Rosário
Com País feito braseiro.
O que Ditadura não fez
A Democracia fará?
Respondam todos vocês
Que permitem o Deus dará.
O que mais esperar da vida
Se a tenho já tão vivida?
Ainda ando com meu passo,
Vejo e aspiro a Natureza,
Avaliando sua beleza
E como poeta, versos faço?
Ano após ano prosseguindo
Mesmo que não sorrindo
Sou feliz a meu jeito.
Exigência desmesurada
Não a detenho declarada
E o que fazer...já foi feito.
Assim por estar realizado
Deixem-me estar acomodado.
Os fogos que se repetem
E muito comprometem
Quem de nós deve cuidar,
Causam séria apreensão
E dúvidas na prontidão.
Assim, algo deve mudar.
Ao Bairro da Serafina,
"É um dos momentos altos".
Perante quem tal afirma,
Suspiro em sobressalto.
Porque o senhor é responsável
Por esse bairo, miserável!
Falar é próprio de humanos
Não causa quaisquer danos
Já o berrar como animais
Incomoda por demais!
Sou um sonhador, não minto
E penso em ti, António Pinto
Como músico criativo.
"Bem-vindo", tua inspiração
Ao Presidente da Nação
Seria excelente motivo
Para repetir ao Papa
Que entre nós se destaca
Em visita envolvente.
Um grande coro, ensaiado
E ficarias glorificado
Pela mensagem presente.
É apenas um sonho meu...
Afinal, quem sou eu?...
A nossa vila já foi velha
Um tanto feia, sem graça.
Hoje, no Tejo se espelha
Melhorada e não disfarça
O que de novo apresenta
A merecer satisfação.
Mas também se lamenta
A diferente situação
Das aldeias no seu todo.
Parece estarem esquecidas
Sem degustarem do bodo
Das melhorias devidas.)
Com grande pena minha
Assim é, em Sarnadinha.
Considero a simplicidade
Bem adquirido de nascença.
Não mudei com a idade.
Ainda a guardo em pertença.
Simples também meus versos
Para que me compeendam.
Nos temas mais diversos,
As pessoas bem os entendam.
É a Poesia Popular
Que muito escrevo e vos deixo
Sem pretensões de imitar
Mas equivalente ao Aleixo.
Sem vaidade não abdico
Deste dom que Deus me deu.
Ao invés muito critico
Quem de mim escarneceu.
Desses "iluminados"
Me alheio. Pobres coitados.
"Governar a pensar nas pessoas "
Aldrabice tão mal nos soas...
Quando referem os vulneráveis
Querem dizer, os miseráveis?
Que o Papa na sua bondade
Traga consigo o milagre
De iluminar as mentes
Dessa corja de inúteis,
Viciados em causas fúteis,
Produtos de más sementes.
Testemunhos existentes
Relatam que em Lisboa
Muitas "desvairadas gentes"
A visitaram por causa boa.
Foi na era de quinhentos
Quando descobrimos o mundo
Em gloriosos momentos
Causando espanto profundo
Volvidos tempos seculares
De novo, uma multidão
Nos "invade", aos milhares
Como em Santuário Cristão.
"Jornada da Juventude "
Mundial por dilatada,
Em original virtude
De causa global, sagrada!
Com a presença do Papa
Francisco, o primeiro
Em magistral etapa
Conceito louvável, por inteiro.
É como volver ao passado
Glorioso das Descobertas
Deste povo tão esforçado
Que tem suas "portas abertas".
Lisboa, respira Juventude
Com euforia na atitude.
Lisboa com tanta alegria
Pela juventude presente
Em perfeita harmonia
De tão variada gente
Dá ao mundo a certeza
De que, o movimento Cristão
Está vivo e na certeza
De louvável comunhão.
No passado das "Descobertas"
Foi terra de "muitas e desvairadas gentes".
No presente da "Jornada",
Terra de muitos jovens, contentes!
"Uma Igreja de pobreza
Para os mais pobres"
Palavras de singeleza
E atitudes tão nobres.
Foram dadas por Francisco
Desde sempre, o meu Papa.
Elogiado, fica o registo.
Alegria que não me escapa,
Sempre condenei a opulência.
Nunca aceitei que Igreja
Tivesse faustosa vivência.
Antes a modéstia se veja.
"Vejo-a" agora na sábia palavra
Deste sucessor de Pedro.
Há muito a aguardava
Disso não faço segredo.
Longa vida, Francisco primeiro
Na orientação anunciada.
Aos pobres o lugar cimeiro
Nessa missão abençoada.
Um pagamento brutal
No comprar casa a crédito
Neste nosso Portugal
Dá aos bancos, o mérito
De generosas maquias.
Pobres clientes, lesados
Sofrendo tais agonias
Num viver, escravizados.
Sem um bom fim em vista
Será herói quem resista.
Os lucros escandalosos
Por "desempenho operacional " ?
Vigaristas e mentirosos
Do que mais temos, por sinal...
"Venha o Papa e celebremos"
Palavras do católico Costa.
Sem que por isso louvemos.
Ele diz mas merece aposta.
Passeio Marítimo de Algés.
A projectada rectificação
Triplicou com as marés.
Passou a 3 e era de milhão.
Sem estranheza?
Mas com certeza!