Amigo Poeta, eu estudei, no mestrado, numa cadeira de Ecologismo, quase tudo o se passa entre o Homem e a Natureza. O Homem é que estraga a Natureza e, no curso de Meteorologia, também alguma coisa. Como há a cintura dos vulcões, também há a cintura dos indêndios, alguns provocados pelos incendiários. O Mediterrâneo tem a sua cintura dos incêndios: Portugal, Sul da Espanha, Sul da França, Grécia. Sempre viveram com incêndios, quanto mais material para arder, mais incêndios. Antigamente havia mais incêndios, tocava o sino a rebate e eram logo apagados pelos populares, porque os campos estavam habitados. Os bombeiros, salvo alguns casos, pouco trabalho tinham. Eu sou testemunha disso e ajudei a apagar muitos incêndios. Nesses incêndios, comia carne de coelho assada, sem sal, de coelhos que não escapavam ao fogo e ficavam apenas assados. Nas orlas das propriedades, eram cortados os matos e as silvas para não se pegarem os fogos. Hoje, ninguém faz isso. O meu pequenino pinhal, nas abas da Gardunha, está sempre limpo. Nos mesmos locais, havia o «Fogo de Santo Antão» ou de «Santo António» provocado pelo fungo dos grãos do centeio, que fazia os lobisomens, que desapareceram quando as azenhas e os moinhos tradicionais deixaram de funcionar.
Amigo Poeta, eu estudei, no mestrado, numa cadeira de Ecologismo, quase tudo o se passa entre o Homem e a Natureza. O Homem é que estraga a Natureza e, no curso de Meteorologia, também alguma coisa. Como há a cintura dos vulcões, também há a cintura dos indêndios, alguns provocados pelos incendiários. O Mediterrâneo tem a sua cintura dos incêndios: Portugal, Sul da Espanha, Sul da França, Grécia. Sempre viveram com incêndios, quanto mais material para arder, mais incêndios. Antigamente havia mais incêndios, tocava o sino a rebate e eram logo apagados pelos populares, porque os campos estavam habitados. Os bombeiros, salvo alguns casos, pouco trabalho tinham. Eu sou testemunha disso e ajudei a apagar muitos incêndios. Nesses incêndios, comia carne de coelho assada, sem sal, de coelhos que não escapavam ao fogo e ficavam apenas assados. Nas orlas das propriedades, eram cortados os matos e as silvas para não se pegarem os fogos. Hoje, ninguém faz isso. O meu pequenino pinhal, nas abas da Gardunha, está sempre limpo. Nos mesmos locais, havia o «Fogo de Santo Antão» ou de «Santo António» provocado pelo fungo dos grãos do centeio, que fazia os lobisomens, que desapareceram quando as azenhas e os moinhos tradicionais deixaram de funcionar.
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