Quem casa quer casa.
Não havendo que casamento?
Sou da Beira; ex-militar; India,Moçambique e Guiné. Na velhice o vicio da poesia, e o amor que me une às boas tradições beirãs.
Arrecador de impostos
Um Governo tributário
Deixa-nos a nós maldispostos
Com o viver tão precário.
Hospitais correm o risco
De ficar sem urgências.
Pelo mal a que assisto
Vos condeno, excelências.
A falta de habitação
Desespera toda a Nação
E o Governo em passividade
Deixa "correr o marfim"?
Isto pode ter um mau fim...
É grito da sociedade!
Professores longe de casa
Sem casa os universitários
O mal, esse extravasa
Em níveis muito precários.
Acabar o serviço obrigatório
E admitir estrangeirada
Será criar o irrisório
Num panorama de macacada.
Sem forma de poder pagar
Quantos deixam de estudar?
E queixam-se da ditadura
Essas ilustres figuras
Cujas inteligências obscuras
Fazem lembrar a ferradura...
Com tantos javalis e veados
Como podem ser salvaguardados
Os interesses dos proprietários
Das suas pequenas riquezas
Que lhes encobrem pobrezas
E são de benefícios vários?
Que raio de ministério
Não ver com olhar sério
Este problema presente?
Já o disse e reafirmo
É um constante desatino
O designado, do Ambiente.
Para mim, dos que mais mente.
O digo e repito,
No que toca, ao Alvito!
Devagar, devagarinho
Ou até mesmo parado,
Levo a água ao meu moinho...
Para quê ser apressado?
Lá chegarei mesmo assim
Onde alguém por mim espera.
Alcansado esse bom fim,
Louvarei a Primavera!
Qual o poder de um ministro?
Pouco na minha opinião.
O "chefe" de tudo isto
É que manda na ocasião.
Eles, uns "paus mandados"
Obedientes ao seu senhor.
Engolem sapos, ficam calados
Vendo passar o andor...
De onde o ilustre Primeiro
Os orienta com rigor.
Um erro por repetido
Sem esforço de mudança
O deixará comprometido
Pois a fama não alcança.
A maior "pipa de massa"
Ao dispor deste Governo
E na douta cabeça, não passa,
Solução de melhor termo?
Só os grandes terão direito?
Que se ignorem os menos,
Politica ao vosso jeito
Desprezando os "pequenos"?
Até ao Diabo se alia
Se para tal for necessário.
Para atingir a maioria
Num objectivo primário.
Verdade senhor Miguel?
Foi esse o seu papel...
Causa enorme confusão
A luta das ambientalistas
Que repudiam o avião
Pois o querem fora das vistas.
E depois, minhas meninas,
Ir a pé ou de bicicletas?
Tenham juízo nas cabecinhas
Não se armem em patetas!
.
Os senhores juízes
Com decisões infelizes
Deviam ter de pagar
Os prejuízos causados
Aos sofredores visados
Como boa forma de julgar.
Juíz que mal avalia
A sentença a aplicar
Ele próprio, deveria
A pena ter de pagar.
São feitas por governantes
E o senhor !iguel que o diga.
Aquilo que disse antes
Não passou de uma cantiga.
Só com maioria absoluta?
Que mentira tão astuta!...
Sendo habitação um problema
Que não consegue resolver
Prova a inteligência pequena
De quem exerce o Poder.
Felizmente, há memórias
A relatar minhas estórias
Com testemunho comprovado.
Delas, uso e abuso em Setembro
O tal mês em que relembro
Ter sido tão mal tratado.
Finda a "Poesia, um Dia",
Expressa a minha azia,
Entro em período de hibernação.
Voltarei para o ano
Denunciando, de novo, o dano
Com natural indignação.
Entretanto, passem bem
No vosso lamentável desdém.
Uma "Tempestade Perfeita".
A roubalheira se ajeita
E remete a certa cambada.
Por tudo a que assisto
Sinceramente, não resisto
A maledicência é declarada.
Até envolve um ministro...
Ao que chegámos meu Cristo?!
Cortaram algumas raízes
Que me prendiam à terra.
Originaram as crises
E nada já é como era.
Culpo as medíocridades
Isentas do bom senso
Pelas mesquinhas realidades.
Analisadas, assim penso.
Para mim, mal que se tece
Raramente se esquece.
Perder assim a sua casa
Por falhar a prestação?
A indecência arraza
E não merece perdão.
Temos o País esfrangalhado,
Dos antigos bens, hipotecado.
Ancestrais, saltam nos túmulos
Agora com a TAP à venda
Sem agrado nem emenda.
Atingimos o topo dos cúmulos.
Os pseudo "iluminados"
Que grassam no meu País
Chegam a ser engraçados
Como entretens de petiz...
Governando fizetam asneira
Mas donos da sabedoria
Já no descanso da cadeira
Gostam de realçar valia.
Então, do que não fizeram
Vá de ensinar os presentes.
Em livros, bem esreveram
As suas qualidades docentes.
Não fora grande, a batota,
O facto causa batota!
Com suas tolas vaidades
Alimentando -lhe o ego
Cultiva suas maldades.
Só não vê quem é cego.
Parece um circo, este Governo.
Com os mais variados artistas
Mas todos em meio- termo,
Dando pouco nas vistas.
Palhaços são em dezenas
Entre os ricos e os pobres
E nem faltam os mecenas
Com seus gestos nobres.
Assim se distrai o povo
Com as sessões diárias
E não tendo nada de novo
As nulidades são várias.
Elevaram-me a modesta fama
Que eliminaram, na lama?
O Governo acumula excedentes
E nós tão dependentes?
Somos todos Portugueses
Uns pobretanas e outros burgueses.
É no ameno Outono
Que sentimos o abono
Dado pela mãe-Natureza.
Para trás ficou o Verão.
O Inverno virá com senão
Mas temos a outonal certeza
De que na sua bonança
A nossa vivência avança
E colheremos os frutos
Semeados na Primavera,
Após uma longa espera
Propícia aos usufrutos.
Grândola vila morena
E cravos rubros na lapela.
A ambição é pequena
Vista assim da janela.
Queremos mais e melhor
Para além das promessas.
Aumentem pois, o valor
Por portas e travessas.
Doses insuficientes
Para marcações efectuadas.
As medidas "inteligentes "
Saiem sempre falhadas.
Um caso de ditadura?
Quem está em apuros
Critica essa criatura
Deus nos guarde
Dessa Lagarde!
Cinismo e aldrabice.
Já alguém o disse
Identificando o Governo
Que afinal nem governa
Tão somente, hiberna
Trabalhando a meio-termo
Culpando antecessores
Por sinal, os mesmos senhores...
"O Rui trouxe o riso e a leveza"
Linda prova de amor?
Com toda a certeza!
Mas de homem para homem?
Já não tenho tanta certeza.
Cada vez temos mais circo.
Aumentam os palhaços.
Malabaristas e até arrisco
Serão mais os devassos.
Nem o Presidente escapa
Ultrapassando funções.
Há quem se ria à socapa
Neste País de foliões.
Inertes, apáticos
Precoces jurássicos
Numa eternidade,
Assim os vejo
Sem valor nem préstimo.
Fumam, muito bebem
Absorvendo o ar
Que nem merecem
Porque de trabalhar,
Até se esquecem.
De que nos serve um governante
Que não sabe governar?
Sendo assim, mau mandante,
Só serve para enganar.
Ao sonho americano
Um outro lhe sucedeu.
É agora com engano
O sonho europeu.
Na sua desejada procura
Morrem no mar alto
Seres que, por desventura
Fogem em sobressalto!
Vos endosso toda a ira
Que acumulo sem reservas
E ela a todos bem fira
E os conduza às trevas.
Tendes tudo além do normal
Pança cheia e arroto forte.
Porquê então, semear mal
E dar aos outros, pior sorte?
Que as guerras desencadeada
Se virem contra vós
E sabereis por contas saldadas
O que custa um mal atroz.
Tenho pena e bem a sinto
Que as maldades do momento
Não vos façam apertar o cinto
Receando, igual tormento.
Ide para o Inferno merecido
Nem deveriam ter nascido.
Portugueses compram menos?
Olha a grande admiração
Estamos em época de somenos
Como no tempo do Tostão...
São greves e mais greves...
Governo para que serves?
Tantos " meter a unha"
E temos miséria à cunha.
Governos incompetentes
Criam muitos indigentes.
Socorro aqui del-Rei!
Vamos ter falta de professores.
Todos sabem, até eu sei
Menos vocês meus senhores?
Passeiam os seus sorrisos,
Muitos beijos e abraços
E com toscos juízos
Só causam embaraços.
Seja qual for o partido
É este o belo cenário
Que mesmo comprometido
Quer revelar o contrário.
E povoam as televisões
Nas suas aparições.
Uma nova página inteira
Com a Sónia de Jesus.
Na "República da Pasmaceira "
Valha-nos Cristo na cruz!
Ao acordar, vem a reflexão
de quem fui,
o que realizei
e quanto pequei.
Como Cristão, rezo
dando graças
neste mundo de trapaças.
Na ociosidade dos dias
faço poesias.
E, procurando a rima
no contar das sílabas
me considero,
"poeta sistemático ".
Prático.
Expresso o que sinto
em verso.
Não o retenho,
antes o disperso.
Será lido,
casualmente.
Alguém, quem sabe,
ficará contente.
Com palavras que conheço
Escrevo o meu verso
Que alguém irá ler.
Se tal acontecer
O que irei merecer?
Nem é muito o que peço
E também o que alvitro
Talvez porque não mereço
Não atendem ao meu dito.
Como complemento de férias
A greve dos tribunais
Diz-nos que tantas lérias
Somadas, são de mais.
A guerra tem algo de novo:
Drones sobre Moscovo.
São apenas promessas
Que na realidade pedem meças.
Os versos que fiz e dizia
Causaram grande azia
A quem tirei protagonismo.
Tal penso e por certo,
Nem preciso ser esperto
Para deduzir, o cinismo.
Piquenique à beira-rio
Foi o inicial desafio
Do que viria a seguir:
A "Poesia, Um Dia".
De ambos fui pioneiro
E me entreguei por inteiro
Nessa louvável fantasia .
Anos seguidos em Setembro
De todos bem me lembro
Dei sempre o que tinha.
Talvez bem pouco, admito
Mas aceite por convicto
Como "Poeta de Sarnadinha ".
Em razões que prevejo
Alguém teve o ensejo
De simplesmente abdicar
Da minha presença anual.
Estaria fazendo mal,
A minha Poesia Popular?
Não precisam de esclarecer.
Tenho o meu próprio parecer.
A quem servir a carapuça:
Na Urgueira fui "palhaço"
No Rei Wamba, "corrido".
A todos reparo vos faço:
"Não me tomem como amigo"
E que Deus vos dê o castigo!
Sem sentir dificuldades
Como as podem compreender?
Estas simples verdades
Comprometem o Poder.
Vivo a vida como gosto
Não me imponham condições
Já me basta tanto imposto
Para sustentar os mandões.
Para sentir as dificuldades
Há que sofrer adversidades.
Não será pois, o vosso problema.
Nada pagam, são sustentados
Até pelos mais necessitados
E a ajuda...nem é pequena!
Desconhecendo a falta
Como compreender a malta?!
País sem Rei nem Roque
Mal que assim evoque
Para vos criar vergonha.
Se tal for possível
Pois se torna inadmissível
Tanta incúria bisonha.
Repetições, ano após ano
E sempre, a causar dano.
Asneiras que se repetem
E tanto vos comprometem.
Decerto nos orgulhamos
Considerar-nos "pifanianos"
Termo que por nós criado
Justificando causa nobre.
Vaidade não nos sobre
Ainda hoje é recordado.
Relacionado com Programa
Que na Rádio ganhou fama
Como sendo das Forças Armadas.
Nasceu e viveu na Guiné
Quando em "tratos de polé",
Lutavam, as nossas rapaziadas.
Tive ideia e dela me gabo
Criar um boneco/soldado
Como símbolo original.
Dado nome, o "Pifas" nasceu
E de tal forma, "cresceu"...
Criando, agrado geral.
Muitos anos passaram
E os tempos, esses mudaram.
Independência da Guiné,
O "Pifas" passou à reforma
Mas sempre em boa forma
Nos manteve na boa fé.
Um reencontro programado
Por interesse demonstrado
Levou-nos a celebrar almoço.
Até o General Eanes, connosco,
Por sinal, bem disposto...
A foto exposta, é bom esboço!
Referências,
Ao ex-Alferes, Jorge Varanda "senhor"
do evento ;
A todos os que marcaram presença;
Grande a saudade dos ausentes, tantos,
infelizmente!
Motivo de súbita reflexão,
Trouxe-me à ideia, o pão.
Hoje não muito apreciador
Mas foi das iniciais palavras
Que dizem, ficaram gravadas,
Registando o seu valor.(
Curiosamente associados
Conforme ambos ligados,
Ao alimento tão desejado,
O avô e meu pai também,
Foram moleiros, por bem.
Em trabalho bem esforçado.
Junto à casa da avó materna
Um forno...imagem eterna.
Era eu, rapazote brejeiro
Me quedava olhando a função
Das cozeduras do pão
E do seu perfumado cheiro...
Se distinguiam os seus donos
Pelas espécies dos abonos:
O de trigo ou de centeio
Bem distintos entre si
De ambos, então comi.
Por vezes, broa de permeio.
E já aí, ainda criança
Avaliei que, abastança
Até no pão era evidente.
Aos pobres, o pobre centeio
Com pouco conduto no meio.
Para abastados, trigo, conveniente.
A propósito, até escrevi:
Meu avô era moleiro
Meu pai igual profissão
Em casa, pouco o dinheiro
Mas nunca faltou o pão!
As crises que lamentamos
Não serão culpa deste Governo.
Se bem todos nos lembramos
O Costa define a seu termo:
É dos seus antecessores!
Misericórdia meus senhores.
A estátua ao Camilo
Gerou grande rebuliço.
Protestos foram ao quilo
E já lhe deram sumiço.
A Ana Plácido, nua?
Mas que ideia a sua?
Muita conversa pouca obra
De útil pouco nos sobra
Nessa má governação.
Promessas não cumpridas
Dão vidas muito sofridas
E grande desilusão.
O mais importante na vida
Será talvez o telemóvel...
Uma invenção bem parida!
Superior ao automóvel.
Tenho tudo o que mereço
Para uma vida feliz.
Portanto nada mais peço
Se registe, o que já fiz.
Sem motivos a salientar
Não nos farão acreditar.
O lugar das bestas é na estrebaria.
Quanto ao resto, só fantasia.
Farei parte da "carneirada"
Que é tão maltratada
E não reage ao insulto.
Mas na minha pequenez
Como cidadão português
Os culpados não indulto.
Protesto pela palavra
Injustiças que pressinto
Da forma tão desbragada
Que nos aperta o cinto.
As mentiras continuadas
São constante negação
Sempre muito propagadas.
"Não há bela sem senão ".
Cito as taxas de juro
Como terrorismo financeiro
Medida que perjuro
Pois me leva o dinheiro...
As decisões do Governo
Serão pois colectivas?
Para além do meio-termo
As acções são negativas.
Ou seja, todos culpados
Dos mesmíssimos pacados.
Pareces estar a gozar
Quando falas de desgraças
Com esse sorriso "alvar"
Mas os males não disfarças.
Tenho pois esse defeito
Do qual me podem culpar
O de não perdoar a sujeito
Que me queira prejudicar.
Servirá a carapuça
A quem a deva enfiar.
O período da Democracia
Já iguala o da Ditadura.
Governar em fantasia
Mantendo mal que perdura.
Senhor Ministro da Saúde
Tome uma boa atitude
Agindo em conformidade.
Encare a triste realidade
Dignificando os velhos
Como rezam os Evangelhos.
Mendicar uma consulta,
Acha que isso resulta?!
Sigo seu conselho, cetto
Intervenção politica, a faç
Como um velho poeta
O desdém, não disfarço.
O que era bom, se foi.
Ficou sem pasto, o boi.
Vinha e frota pesqueira
Arrazadas por vil asneira.
Indústria, dita pesada
Simplesmente, aniquilada.
Lisnave e Setenave,
Sumidas de modo alarve.
Agricultura, trabalho de pobres
Acabou sem actos nobres...
Seria uma infindável lengalenga.
Que o resto se depreenda...
"Apoio à Rússia
na luta sagrada
contra o Ocidente " (sic)
Com esta tirada louca
Aquela figura bacoca
Qual "repolho coreano"
Veio alimentar o ódio
Que ergue em pódio
E germinado em mau crânio.
Fui 'Querido Amigo Poeta".
Esquecido, passei a "pateta"?
A quem deverei tal "vilania"?
Que o digam, por cortezia.
O facto de ficar calado
Nesse tal Conselho de Estado
Deixou-o mal colocado
A modos que...amuado?!
Enchem-nos de publicidade
Ultrapassando as normas.
Um fastio generalizado
Por todos nós suportado,
Encapotado de várias formas.
E vão sempre por aí
Os abusadores TVl.
Margarida flor singela
Filha da mãe Natureza
Na Primavera se revela
Em toda a sua beleza.
Somando casos omissos
O aceitar compromissos
Que me complicam a vida?
Criei meu "modus vivendi"
Que desde logo assumi
Nesta viagem tão comprida.
Baralha, parte e dá de novo
Suas jogadas são um logro
Não passamos da cepa torta
Que ao desejo reporta.
O que para si são "picardias"
Não passam de porcarias...
Mais alunos menos professores?
Limpem as mãos, meus senhores.
Aqui nasceu Poesia
Mas ela já não é minha
A doei em certo dia
Ao povo de Sarnadinha.
Não há professores
Nem há doutores,
Não há habitações
Nem vemos soluções
Não há macas nos hospitais
Isto já é demais...
Temos um País ao Deus dará!
Como tínhamos previsto
Nos reunimos com gosto
E que bom tê-los visto,
Camaradas em antigo posto!
O "Pifas" foi recordado
Em momento contagiante
Mas também, chorado
Pelos que foram... adiante.
De vós que dizer, "meu" General?
Que gratificante. Sempre igual!
Com submissão à força
Governam o meu País.
Sem uma razão que torca
O mal está sempre na raiz.
"É um problema localizado"
Óptica do titular da Pasta.
Eu diria, generalizado
A pedir veemente "Basta"!
O eu segredo é não parar
E assim conseguit superar
Perigos da imobilidade.
Não é fácil vencer a preguiça
Mas entrando na liça
O corpo apoiará a novidade.
Ginástica simples, diária
De forma prática e vária.
Sois falhos da boa classe
No que dizeis e fazeis
E nem sabeis usar disfarce.
Sois mesmo uns Maneis...
Bons exemplos vêm de cima
Mas vós andais por baixo
Porque a vida não vos ensina.
Apenas pensais no tacho.
Risotas a destempo
Quando os motivos são de choro?
Por isso o meu lamento
Pela falta de decoro.
Porque já são de boa idade
Procurem mudar a realidade.
Um almoço/convívio do "Pifas".
Cerca de meio século passado
Partilharemos as "tricas"
Que o tornaram afamado.
Será no "Pátio Alfacinha"
Que tem uma boa cozinha.
Com paleio folclórico
As promessas que anuncia
Não passam de alegórico
Arrozoado de fantasia.
Contas feitas com rigor
As ajudas à Juventude
Só provam que o senhor
Deve aumentar essa virtude.
Com mais do mesmo,
A vida mantém-se a esmo.
Estás comigo a todo momento
Nem que seja em pensamento.
Por perto melhor te sinto
Na lonjura, com saudade.
Acredita nesta verdade
Certeza de que não minto.
Utilização racional da água.
Ao que já chegámos com mágoa.
Medidas inexistentes
Comprometem os dirigentes
O simples acordar vivo
A partir de certa idade
É por si, um bom motivo
Para encarar a realidade
De que, tantos anos após
A todos nós fragilizam
E quando já somos avós
Parece que se eternizam.
O dói aqui e dói ali
Fará parte do quotidiano.
Eu que disso sofri
Bem me queixo, do dano.
Mas como tudo é relativo
Há quem esteja pior.
Recorrendo ao paliativo,
Agradecemos ao Doutor.
Mesmo que me queixe da dor
A ti vida, vou dando valor.
Uma vida a trabalhar
E o ordenado a não chegar?
No seu galho de fazedor
Pouco lhe vemos, caro senhor!
O Primeiro e o Presidente
De "candeias às avessas"
Em jogo inconveniente
E cada um a pedir meças?
E quem se "lixa"? A gente.
Aliás...como sempre!
Amua, ainda faz birra
E por fim, mal-educado?
Contra isso se espirra
Neste País desgovernado.
Se programa um estadão
Mas a verdadeira questão
É contrária ao anunciado.
Quantas crianças sem creche?
O sector pouco cresce
O cidadão é sempre enganado.
Diz o ministro Pizarro,
Há grande falta de clínicos.
O caso nem é bizarro.
Antes desculpa de cínicos.
Porque tal culpa é sua.
Se não os consegue...rua!
"Atitude responsável
Na conservação da água"
A exigência é notável
Mas causa muita mágoa.
Quando não sabem resolver
Mandam os outros obedecer...
Andamos em circuito à roda
Dos problemas sem resolução
Com atitudes de calhorda
Que não servem a Nação.
"Cada um no seu galho"
Inteligência do Primeiro
Mandando pró trabalho...(?)
Em tom reles por grosseiro.
Galho, implica "passaruco"
E a pessoa em questão
Na estória será um cuco
Que não constrói habitação.
Uma nova página inteira
Para a Sónia e o Vitó
No "reino da parvlhaleira"
Exagero que mete dó.
Costa não é comentador
Diz ser antes, um fazedor (sic)
A boca visava o Presidente
Na tal sessão do passado
Onde o Primeiro, calado,
Provou ser inconveniente.
E mais. Por amuado
Nem piou no Conselho de Estado.
Menina tão desejada
A nossa filha, Tatiana
É hoje mulher prendada,
Virtude que não engana.
Nativa de Moçambique
Onde nasceu faz 60 anos,0
Numa certeza que fique:
Nunca nos deu desenganos.
Glorificamos o seu dia
No completar aniversário
Recordando a alegria
Quando a vimos em berçário.
Deus lhe dê longa vida
Pois a merece por Caridade
De quem, por bem nascida,
Nos deu tanta felicidade!
Pais orgulhosos...
E, porque não, babosos?!
Quem se julga ser superior
Seja qual for a sua Arte
A si próprio deve impor
Moderação no que lhe farte.
Um justo nunca esquece
A maldade que não merece.
Setembro será sempre
Mês de um mal que se sente.
Sempre no mês de Setembro
E ainda hoje relembro
A vossa estranha maldade.
Desprezaram o que fazia
Nessa "Poesia, um Dia",
Na melhor boa vontade.
Decerto se lembrarão.
Não merecem perdão.
Foram muitos anos a fio
Até vos causar, fastio!
Vidas humildes em Portugal
Já o foram no passado.
Hoje, a vaidade sem igual
Nos pertence, como pecado.
Incendiário confesso
De 20 fogos somados
A casa teve regresso.
Por greve dos magistrados.
Coronéis e Generais
Com estes agravos que tais
Afinal por onde andais?
Testemunhos variados
Revelam os vossos pecados.
Tão pouco o que vos peço
E nem isso eu mereco?
Receita para medicamento,
Pedido normalmente
Foi hoje ponto assente
Não atendido. Lamento!
Por haver médicos em falta
Numa tal triste ribalta
Das nossas Forças Armadas.
É de bradar aos Céus.
Que raio de negros véus
E tantas trapalhadas?!
Nos SAMED e neste dia,
A causa da minha azia...
Sem saber como governar
O nosso ilustre Primeiro
Pede para Bruxelas ajudar
Armado em "pedincheiro".
O gesto nem é bonito,
Direi mesmo, caricato
E acresce que ao dito,
O Presidente está no retrato.
Acha bem a atitude
E até diz, talvez resulte.
Portugal perdeu virtude.
Que "pedinchice" se indulte?
Mercenários na nossa tropa
A defender a Pátria Amada?
Se não houver quem vos topa
A vergonha será instalada.
O ministério que mente
Seja qual for o ministro
Mantém um ponto assente:
Não resolve o já previsto.
Aceitem conselho de velho:
"Armazenem no Inverno"
Não consta do vosso Evangelho?
Teremos um mal eterno.
Falar da seca constante
Que já cansa ouvir falar
Mas nada nos dá garante
Da situação melhorar.
Um Passado de saudades
Futuro sem optimismo
São muitas as verdades
Do nosso inconformismo.
Falando do Presente
Quem poderá estar contente?
Escárnio monumental
A Justiça em Portugal.
Vergonha sem igual
A da Saúde em Portugal.
Está mesmo muito mal
O Ensino em Portugal.
Não passou de um embuste
E embora isso até uste
Teremos de aturar tal menina
Agora com mais maldades
Publicidade para alarves
É a lição que se ensina.
"Rendas sem travão "
E ninguém faz contenção?
Fico sempre com prurido
Quando um gajo refere o marido...
Professores longe de casa
A contestação em brasa!
Não me venham com desculpas.
É mesmo caça às multas.
Das faltas que todos sofremos
Umas grandes outras menos
Falta mencionar aquela
Que de modo generalizado
É o vosso maior pecado:
Organização. A falta dela!
Um novo ano lectivo
E já temos o mau motivo
Da greve anunciada.
As nossas inteligências
Sem evitar consequências
Prosseguem a "borrada".
Não trava as subidas
Pelo contrário tudo aumenta.
Com essas suas medidas
Acha que o povo aguenta?
As doencas da Saúde
Têm agora uma virtude
Não ouvem o senhor ministro
Que no seu gozo de férias
Nos liberta de suas lérias.
Assim, a elas não assisto.
Que os bons ares do lazer
Lhe dêem melhores pareceres.
Ministros sem decisões
Não resolvem as situações.
Há que obedecer ao Costa
O que a muitos desgosta.
Em tempos de pobreza
Construí minha habitação.
Neste momento de riqueza (?)
O mesmo é uma negação.
País co Saúde doente
Sem casas para morar
E uma Educação ausente...
Onde iremos nós parar?
Os "fazedores de panelas"
Animam as telenovelas
Que distraem o "pagode".
Parecem estar na moda
E ninguém se incomoda.
Os aguenta, quem pode.
O próximo onde será?
A pergunta fica no ar.
Neste País ao Deus dará.
Lamentamos vê-lo queimar.
E alguém me explique
Porquê tantos em Monchique?
Esbanjo vírgulas a eito
Em escritos de mau efeito.
Sou assim pouco letrado
E logo um mau escritor.
Mas peço-vos, por favor:
Não me queiram mudado...
Deixai-me com minhas mínguas.
Velho não aprende línguas.