sexta-feira, 21 de junho de 2013

À MINHA MUSA

Dominadora do meu pensamento,
Te louvo, sem um único lamento
Por ser de ti, eterno cativo.
Não me queixo desta clausura
Porque em verdade, ela não tortura
E apenas aspira, libertar-se em livro.

Me dás inspiração; também prazer,
No simples acto de pensar e escrever,
O que me remetes por mensagem.
E penso, quem tal te ordenará,
Nesse envio de bem, o teu "maná"
Por mim aceite, em cada viagem.

Serás um dom, desígnio de Deus,
Ou apenas, segredos teus
Que recebo e não arquivo?
Antes, pela escrita os transmito,
Nos versos constantes que edito,
Como garante de me sentir vivo?

E neste meu estado de graça,
Alheado do mal que vem e passa,
Pergunto em ânsia, se uma escusa,
Vinda de ti, e te apartares,
Por em mim, engenho não achares,
Que serei, sem ti, inspiradora musa?

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