Me custa admitir e reconhecer
Que nesta ânsia do meu viver
Habitam obras não realizadas.
Inacabadas, algumas por iniciar
Em preguiça ou falta de vagar
Se ficam, tal como eu, frustradas.
Apenas duas vidas bastariam.
Ambas, em oposição se desviam.
Uma aqui, outra depois além.
Mais outra, longe na aldeia.
Porque me viu nascer e anseia
Que junto dela, me sinta bem!
Mas quem pode ter duas vidas?
Algumas, só por si, são bem sofridas!
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