A "Feira dos Sabores"
do Tejo, assim dita,
merecedora de louvores
tal como foi descrita...
Dela ausente, pena minha
lamento tal ausência
mas , "Poeta de Sarnadinha"
tenho presente a essência,
Dos sabores da nossa terra.
Da manja simples à casamenteira,
a memória não se me encerra,
à gastronomia desta Beira.
Tem uma extensa lista
mas prima pela simplicidade.
Não há quem lhe resista,
falando da sua qualidade.
Quem alguma vez provou,
aquelas sopas da boda...
poderá dizer que não gostou,
que não a comeu toda?!
E o cabritinho no forno
bem tostado, tão cheiroso...
Dele pedimos retorno,
bem assim do queijo queimoso!
Sobre enchidos, temos dito!
Morcelas, chouriças, paínho...
do mais elevado gabarito!
Até falo do simples toucinho!
E os sabores do rio?
As sopas do nosso peixe?
Que se fazem ao desafio
e não há quem delas se queixe?!
Se já falámos do conduto,
de tantas as iguarias,
aos doces rendo o tributo,
aquele das mais valias:
Tigelada! Haverá doce melhor
do que essa especialidade?
É bem nossa, sim senhor,
reconhecida com verdade.
Nesta virtual e saborosa refeição,
não poderia deixar de mencionar
a qualidade do nosso pão.,
fosse de trigo ou centeio (por azar)!
Bem quente, à saída do forno
fazia crescer água na boca.
Quem dele fosse dono e senhor
nunca tinha "cousa" pouca!
E tudo levado a preceito
como recordo bem e agora,
desejando um "bom proveito"
e... vamos almoçar! Tá na hora!
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