Na Assembleia da República
Instalava relógio descomunal
A regular a coisa pública.
Porque em boa verdade
As discussões parlamentares
Até me causam piedade
Pelo comportamento dos pares.
Há um limite de tempo
Para debitar paleio confuso
Mas não há gente com tento
Para cumprir o bom uso.
"Faz favor de terminar ..."
Senhor deputado, o tempo acabou ...!
Constante o apelo num repisar
E o orelhas moucas, não calou!
Até o Primeiro-ministro
É conivente com o defeito
Por isso mesmo não resisto:
Relógio à vista! Bom efeito.
Ninguém ultrapassará o tempo.
O Presidente calará o lamento.
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