terça-feira, 1 de agosto de 2017

SARNADINHA DE LUTO

Quando estiver de abalada,
chegada a inevitável hora
da partida sempre marcada,
lá me irei, deixando em penhora,
a saudosa recordação
do que foi a minha Aldeia.
Sentirei, apertado o coração,
vendo-a agora, triste e feia.
Devastada por mão criminosa
que lhe deu cabo da singeleza,
ela que foi pobre mas airosa
e vive, cheia de tristeza.
Não a verei já como era
pois estou em fim de vida
e nem a radiosa Primavera
lhe devolverá, a beleza ardida!

Assim, quando eu partir,
irei bem triste e a carpir ...

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