Poesia da terra queimada.
a que tenho para vos dar,
sentindo a voz embargada
com tanto para lamentar.
Conheci os locais e as gentes
que más notícias divulgaram.
Compartilhei-os, em contentes
e boas novas se festejaram.
Agora, uma tristeza enlutada.
A verde esperança, jaz morta.
Tanto esforço, ... para nada!
Defunta está, aquela horta ...
E os vinhedos e os pinhais,
o bem pouco mas tão nosso.
Também, inocentes animais ...
Tento compreender. Não posso!
Não posso sobretudo admitir
que alheamento imperdoável
fosse, só por si permitir,
a destruição de algo notável:
As nossas "Portas de Ródão"!
Nossas pois delas nos orgulhamos
como símbolo que um acórdão,
as valoriza perante humanos.
"Poesia das Portas Queimadas" ...
Como possível tanto desleixo,
tendo o Tejo e elas, "arrimadas"?!
Nesta imensa raiva, me queixo!
Bastaria no alerta, a prontidão,
ocorrendo em número e força!
Chegaram tarde, o heli e o avião.
Ao que arde, não há Diabo que torça!
E agora?
Os grifos e toda a imensa flora ? ...
Para "Poesia, um dia", escrito
mas não lido. -Setembro, 2017
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