quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

ANO DE 2020

 No meu livro Deve/Haver

só terei de agradecer,

o facto de estar vivo.

Não foi ano de benesses.

Quiçá, devido ás preces,

suportei, o estar cativo.


Tive vivência alterada.

Da normal, menos ou nada.

Nem da praia sazonal

gozei os bons efeitos.

Era sempre um dos eleitos,

no mesmíssimo local:


Carvoeiro,

prazer por inteiro.


Visitar a nossa aldeia?

Tirei daí a ideia.

Foi ano para esquecer

e não nos deixou saudades.

Esteve cheio de maldades

não nos deu, bom viver.


Está defunto, já no fim

e, tenho cá para mim

que não será chorado.

A terra lhe seja leve

quando a sua vida prescreve.

Que fique bem sepultado!

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