De um profundo Inferno
desconhecido e externo,
a "besta" surgiu de repente.
Rápida e progressiva,
malévola, tão nociva ...
infectou, um ror de gente.
Crescendo em pandemia
roubou-nos a alegria
de um viver rotinado.
Veio a doença, e morte,
ansiedade e desnorte,
o mundo ficou pasmado.
Nem o tempo a fez parar.
Quantos infelizes a chorar
em sequência continuada?
Fiz parte dos infelizes
sem saber que deslizes
cometi de forma errada.
Salvo por mãos caridosas
com boas artes milagrosas
retomei a vida antiga
sem ter grandes sobressaltos.
Pensamentos sempre altos,
nos devidos, peso e medida.
E foi chegado o Dezembro.
Com ele, o bom que relembro
desde os tempos de criança:
É, o mês natalício!
Tão desejável benefício
da inalterada Esperança.
Que mantenho e perdura
mesmo sentindo amargura
pelos desvalidos da sorte.
Continuo a adorar o Natal.
Não há outra Quadra igual
com luz, da estrela do Norte.
Confinado eu estarei,
obedecendo à ordem da lei.
Terei sempre, "o meu Natal".
Diferente, mais contido
mas sempre fazendo sentido,
apesar de ser, desigual.
Que assim seja para ti também
e repitas comigo, Àmen!
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