O manifesto alheamento
A mim que fui dos eleitos
São prova que ao momento
Só acumulaste defeitos.
Condição a que se alude
E certa verdade encerra
A Ministra da Saúde
Sozinha não vence a guerra.
Do tanto que edificámos
Grande parte já perdemos
Bem mais pobres ficámos
E cada vez temos menos.
Desperdiçar não custa nada
Já o criar pede esforço
Do que passar à privada
Só nos deixa pele e osso.
Anda tudo aos atropelos
Medidas atabalhoadas
Como um desfiar de novelos
De complicadas meadas
Tantas vezes repetida
A morte tornou-se vulgar
Muitos perdem a vida
Mais os ficam a chorar.
Quem tanto nos prometeu
Mas tanto mais falhou
Os erros que cometeu
Foi o povo que os pagou.
Quando o "láparo" governativo
Deu luz verde para emigrar
Mal saberia do motivo
Que nos deu para chorar
Corrupção de baixo nível
Desce até ás vacinas
Já nada parece incrível
E tu Moral nada ensinas.
Ao vómito sucede o nojo
Por essa gente da ralé
Que só pensa no seu bojo
E nos rouba até a fé.
Sofro de várias patologias
Insisto em sobreviver
Mas sinto que as boas valias
Nos tardam a aparecer
O que um 25 pariu
E antes não se abortou
Foi um lamentável desvio
Ao que depois se chegou.
A desejada Democracia
Que derrubou a Ditadura
Por ideal bem poderia
Ter tido melhor postura.
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