Sem mortes por pandemia.
Está voltando a harmonia.
Sou da Beira; ex-militar; India,Moçambique e Guiné. Na velhice o vicio da poesia, e o amor que me une às boas tradições beirãs.
Vendo tanta aldrabice
em quem devo acreditar?
O que ontem se disse,
hoje não vai vigorar?
Quando se diz, "prescreveu",
é porque um mal aconteceu.
Daí, o julgado pecaminoso
e arguido na questão,
mesmo sem sofrer punição,
será sempre, um criminoso.
E, quanto a dinheiros?
Ninguém fala dos mealheiros
que eles tinham ao dispor?
Fomos todos roubados
por senhores engravatados
e ninguém refere o horror?
Só previstas para Setembro
mas já hoje estão mexendo.
É a cobiça generalizada
pela subida ao "poleiro"
que lhes dará, fama e dinheiro.
Daí, a "guerra" declarada!
Temos um país de estupidez
latente e tacanha
que na sua extensão
nem consegue distinguir
o bom do razoável.
Cospe-se no prato,
esbanja-se à mão cheia.
Rasgando páginas da História
que não interessa,
perdem-se monumentos
num abandono selvático.
Bestialidades
com cultura mínima,
chegam ao ponto de admitir
que a estatuária
imensa e variada
não interessa.
Serão sinais do colonialismo.
Portugal, país de "chouriços"
a merecerem ... sumiços!
"Juntos na Eternidade".
Com toda a sua bondade
meus pais zelam por nós.
Porque estão perto de Deus,
gozam a graça dos céus
e não nos deixam a sós.
Lhes devemos o nosso bem,
o que temos e o que convém.
A vida equilibrada,
ensinamentos da Moral,
distinção do Bem e do Mal,
na sua lição, bem dada.
Quem assim teve, tais pais,
será, um dos felizes mortais...
Temos um eleito de paixões.
Assolapadas, a esfriar.
Namoros de curtas durações?
Não basta, querer amar.
Será preciso sentir
e respeitar o momento.
Assim, evitará ferir,
o seu falso sentimento.
Governo está empenhado
em prevenir a corrupção.
E também terá pensado
em punir sem abstenção?
"Neste Lugar Onde Nasci"
também nasceu a Poesia.
Desde então, tanto escrevi
compulsivo, dia após dia.
Pelo que se depreende
nunca esteve na mente
deste governo Socialista,
repor a antiga tabela.
Sempre na boa-vai-ela,
a maldade, não revista.
Foi através do amor
que despertei a Poesia.
Descobri o bom sabor,
nos versos que lhe escrevia.
A ela, minha namorada,
menina de tenra idade.
Tanto foi elogiada
que até ganhou vaidade.
Mais vaidoso eu fiquei,
ganhado o seu coração.
Tal como ouro de lei,
mantemos boa cotação.
Já em "Bodas de Diamante",
continuamos, adiante!
Acabar a emergência
e voltar à calamidade?
Haja muita paciência
até à normalidade.
Mas verdade, verdadeira,
já demos bons exemplos.
Continuar de forma ordeira,
evitará, os contratempos.
Não estragar o que foi feito
e seremos, um povo eleito.
"O processo da vacinação
merece ser destacado".
Palavras de ocasião,
dando contas do recado.
Certo que, em tal verdade,
o valor dos militares
é prova de validade.
O vejam, com bons olhares.
É feio um homem chorar
mas num dia para esquecer,
disseste já não querer
o amor que eu te dava.
Contrariando o ditado,
aqui deixo registado,
este homem, bem chorava!
Pandemia moderada,
nova etapa programada:
Repor a Economia.
Adivinho o esforço.
Só grande arcabouço,
mostrará, a valia.
Cenas tão repetidas
só nos causam agonia.
Ver figuras conhecidas
a falar da pandemia.
O que era, já foi
não haverá bom regresso.
Andar a "passo de boi"
só trará, insucesso.
Com o futuro incerto
e presente, desgastante
é preciso ser espert9o
para continuar, adiante.
Nem mesmo a casmurrice
tão própria da velhice,
esmorece este querer.
Hei-de tê-lo, até morrer.
Mulher empreendedora
e até, grande gestora
é ela e vive comigo.
Fui buscá-la em menina
para cumprir boa sina:
Viver um amor antigo!
Partilhado a longo tempo,
para nosso contentamento.
Ontem, fui ver o "espantalho"
na sua presença dominical.
Aquilo, só com um malho,
no espalhafato habitual.
Ela, de azulão forte
com abundante alta-costura,
a valorizar o porte
dessa incrível criatura.
A palhaçada dos cem
que ninguém já contem
completando o cenário,
de valor, contestatário.
Um país assim, bem pequeno
mas com tantos vigaristas?
Nunca atingirá o pleno
das suas metas previstas.
Justiça e corrupção,
dois cancros da sociedade.
Não merecem perdão
os causadores da maldade
Foi só e apenas mais um.
Tudo em lugar comum.
Oradores nos seus discursos,
cravos vermelhos mais murchos
e de novo o desfile
para que ninguém refile.
O recado do Presidente
que ficou bem presente.
A ensombrar a celebração,
gritos contra a corrupção.
Também não surpreendeu,
o "meu General" apareceu
Notório o seu sacrifício.
Cansado, cumpriu "ofício"!
Quanto ao resto, tudo vulgar,
o que já começa a cansar.
E, viva a Revoluão!
Pró ano, a mesma versão.
Honra a farda que envergou
e o alto cargo que desempenhou
fiel à sua honesta crença.
Como sempre, marcou presença,
atitude que o dignifica
e para nós, tanto significa!
Ramalho Eanes, uma distinção,
ao serviço da sua Nação!
Porque é ÚNICO,
seja tornado público.
Ostentam cravos ao peito
causando um bom efeito.
Heróis? Talvez pensem ser
mas foi à custa dos militares
que ganharam os bons lugares
e deveriam agradecer.
Não o fazem e até desprezam
o esforço dos que se prezam
defender a sua Nação.
A conquista foi de todos,
deixem lá esses engodos
e ouçam a voz da Razão.
A mesma tónica, repetida
com igual peso e medida
e tudo continua igual.
É como chover no molhado,
decerto não desejado,
o que se passa em Portugal.
Um discurso muito extenso
nem sempre atinge o consenso.
Reconhecem, "há muito a fazer"
Para quando, o fim do lazer?
Viva o 25 de Abril,
este ano, com águas mil!
E o tempo vai passando,
com os cravos, murchando ...
Quarenta e sete anos ...
Reparados todos os danos?
Das palavras passem aos actos.
Ficareis melhor nos retratos.
Marcelo com cravo na mão,
os outros com ele ao peito,
comemorada a Revolução,
assim, com belo efeito.
Mas o feito, sem o negares
e dele gozas benesses,
pertenceu aos militares.
Vê lá bem se tal esqueces!...
Estagnados no temp9o,
"deixando correr o marfim",
só criaram o lamento
que nos ditou, triste fim.
Sem construção de ferrovia,
o que deveria ser futuro,
perdeu-se sem ter valia
em alheamento, ao futuro.
Eu próprio e quem serei,
tive uma visão deste país,
quando então, bem pensei,
no transporte sobre carris.
Passadas décadas, o "milagre"!
Vem agora uma sumidade
exclamar com muito alarde,
o que já foi, a minha verdade.
A ferrovia nacional,
irá então entrar nos eixos.
O que se perdeu em Portugal
se arquive na pasta, "Desleixos"!
Sempre mal governado,
pobre país, carenciado.
Cada um, pessoalmente,
por si e pelo que sente,
comemorará essa conquista.
Sem filiações partidárias
que no caso serão contrárias,
ao espírito que se regista.l
Vivemos hoje por fases
atingindo a obsessão.
Os magníficos rapazes,
imperam, na profissão.
Sócrates, dia após dia,
Pandemia, diária também,
saturam em demasia
até que novo motivo vem.
Aí está, "Enriquecimento"
ilícito e logo, punível.
Vigorará longo tempo
até às raias do impossível.
Nós Portugueses, somos assim,
muito pródigos no sem fim.
"A Liberdade Não Tem Dono"
Com Esquerdas e Direita,
sem esquecer o Centro,
nada de bom se ajeita
para celebrar o evento?
Há por aí quem pense
que é só dele a festa
mas decerto não convence
com aquilo que manifesta.
25 de Abriol, é de todos
sem distinção do colorido.
Moderem pois os maus modos
sejam, de qual for, o Partido.l
"Avacalhar" a Revolução
com atitudes mesquinhas?
Ela foi de toda a Nação
nunca só, de pessoas sozinhas.
Tenham pois, muito juízo
que ele «é bem preciso.
Política, o mal pior
do que podia ser bom.
Mas olhando em redor
não se vislumbra, bom tom.
Porque dela se servem
para governo pessoal
e de jogadas enfermam,
desprezando, Portugal!
Vemos o mundo em derrocada
e sem formas de mudança.
Uns com tudo, outros nada,
nem com uma leve esperança!
Se a nossa Assembleia
é a Casa da Democracia,
tinha na minha ideia
que a Moral lá existia.
Engano simples e duro.
Descreio pois, dessa gente,
sendo bem claro e puro.
Alguns, são um mal vigente!
Só mudarei de opinião
no dia em que algum deles
for deposto da função
por esse motivo, reles:
Ser residente local
e declarar outra residência,
aumentando o soldo mensal?
Pela Santa Paciência! ...
Simplesmente arredado.,
a Deputada ou Deputado.
Só assim, finalmente,
confiarei, nessa gente!
Juntei letras, fiz palavras,
soletrei belas histórias
e em tantas horas passadas
boas foram as memórias,
aumentadas na idade
com outros livros também.
Não fui à Universidade,
o que sei, chega-me bem.
Tudo isso eu devo
ao livro meu bom amigo,
pois se agora escrevo,
nele, terei aprendido.
Já velho, maior valia
que desenvolvi a gosto,
a de fazer Poesia,
desde manhã, ao sol-posto!
Tudo isso devido ao LIVRO
esse meu eterno amigo.
Bem desejo gozar a vida,
quero fazer e não posso,
a verdade nos castiga,
já deixámos de ser moço!...
Cada cavadela
uma minhoca
e a ela,
alguém topa.
Vem o inquérito,
há o arguido,
tiveram mérito
no conseguido.
Haverá julgamento?
Nem pensar! Não é momemto
de condenar.
E o tempo passa
fará esquecer
toda a trapaça,
no prescrever.
Tema para canto ritmado
de cantor afamado.
Desde que os sujeitos
me paguem direitos.
Vem o Bloco perguntar
se a barragem do Ocreza
é ou não para concretizar
e, para quando a certeza?
O Ministro do Ambiente,
recatado no gabinete,
esquece o prometido à gente
e não refere, o brilharete.
Quando lhe convier
faça o favor de dizer ...
Pobreza,
neste país tão rico?
De tudo
mas não para todos?
Como se não bastasse,
também a doença, atinge a maioria
e pela diferença,
o pobre, agonia!
"Eatá verde, não presta"
o meu querido Rio Tejo.
Do pouco que agora resta.
só poluição lhe vejo.
Aspecto sinistro.
E o que faz o ministro?
Será por cobardia?
Não assiste à cerimónia,
temendo a pandemia.
Faz disso, parcimónia.
Do 25 de Abril, falando,
alguns estarão, faltando.
Hoje, é o Dia da Terra
onde vive o "bicho-homem".
Tanta riqueza ela encerra
e dela, todos bem comem.
Mas parece não chegar
a por ambição aparte,
já andam aí a pensar,
buscar o que falta, em Marte.
E a pobre Mãe-Terra
de tristeza, até berra!
Eu gostaria de morrer
lutando por boa causa,
nem que tivesse de sofrer
nessa derradeira pausa.
Ter tido uma vida útil
em favor de terceiros
sem preconceitos do fútil,
através de modos ordeiros.
Querer mas não poder,
limitado assim andarei.
Portanto, quando morrer,
bem pouco vos deixarei.
Não defendo ordenado.
Já estou reformado.
Não alinho em Partido.
Sou livre, nesse sentido.
Não invejo este ou aqueloutro.
Sou modesto, quero pouco.
Não cobiço o que não tenho.
Já me basta, o meu amanho.
Não procuro outro viver.
O que tenho, gosto de o ter.
Não provoco o mal-estar.
Vou indo e deixo andar.
Não pretendo aborrecer alguém.
Nem me aborreçam, também.
Sem ter classe de pavão,
mais parece, peru inchado,
esse mentiroso cidadão
que tanto terá roubado.
Tenta agora buscar lã
com recurso em julgamento.
Tosquiado nesse afã,
tal lhe desejo, ao momento.
E então nós, os idosos,
por ninguém somos lembrados?
Quantos haverá, talentosos,
estando assim, ignorados?
Se há concurso para miúdos
e graúdos, eles e elas,
porque deixar os velhos mudos,
considerados fatelas?!
Fica lançado o desafio
aos "donos" das Televisões:
Encham-se lá de brio,
ultrapassem as excepções
Os idosos em cantoria,
competição sem vaidades.
Lhes seja dada a valia
de entrarem, nas "variedades"
Lembrar os velhos,
é honrar os Evangelhos!
Não haverá outros motivos
para além da pandemia
que nos mantem cativos,
neste martírio, dia-a-dia?
O que é de mais enjoa,
na conversa, assim à toa.
Tentem fazer-me acreditar
que querem mesmo acabar
com a dita corrupção.
Já basta de tanta treta
que conduz à mesma pêta
do vosso eterno senão.
"Enriquecimento ilícito",
expressão em termos finos?
Será para mim, mais explícito,
"roubalheira" de certos meninos..
Deixem-se de meias ...
digam, com palavras feias.
Tive um sonho mau,
aquele em que te perdia
no meio da multidão.
Desesperado, corria
em ânsias de procura
e, da tua ausência,
o coração chorava.
Sem forças já desfalecia
quando o sonho se transformou.
Em persadelo, gritei
O teu nome e acordei.
Ao sentir-te a meu lado,
sorri, com beatitude.
Acariciei o teu corpo
e de novo sonhei,
agora, bem acordado.
Vestida de puro cetim,
ornada de jóias caras
mas não deixa de ser assim,
uma das tais, "aves raras"!
Sem ponta onde se lhe pegue
na vulgaridade dourada
e do tanto que se empregue,
só falta, apregoar a pescada?!
Porque para peixeirada,
tem dose, ultrapassada!
Inactivo por cansaço
que pouco me deixa fazer
não passarei de madraço?
Que mais vos posso dizer?
Hoje, teremos um novo dia
na história da pandemia.
Já vão abrindo janelas
e portas, serão a seguir.
O que nos leva a sorrir,
na vida com menos sequelas.
Soa, com grande estrondo.
Ao ruído, sucede o assombro,
Sabendo envolvidos os figurões.
Televisão, Rádio, comentadores,
Escalpelizam a vida dos doutores
E são ouvidos pelas multidões.
Vem depois o contraditório
A tentar safar o tal "finório"
Rodeado de bons advogados
Que fazem parte da mesma teia.
A confusão nasce, pois se semeia
A dúvida, dos actos declarados.
Os dias, lentamente passando.
Assunto escabroso em memorando
No suave deixar passar o tempo.
Normalmente, as versões assentam
Em fraudes que bem alimentam,
Oa hábitos, do bom sustento.
Há quem lhe chame, corrupção.
Não sei se tal será, ou não.
Mas todos sabemos, isso sim
Que a Justiça, por preguiçosa
Se deixa embalar, caprichosa
Num processo, sem bom fim.
Ou, se "tiver de ser",
Com carimbo, "Prescrever"!
Em Abril, "águas mil". Não só.
São tantos os acontecimentos,
alguns do tempo da nossa avó
e resistiram aos ventos.
Vejam se não tenho razão:
Do Combatente, das Vocações,
da Cosmonáutiva Aviação,
Cigano, Dança dos salões
e da desejada Revolução.
Dos Monumentos e da Voz
da Terra e dos Bombeiros,
das Mentiras de todos nós,
do Circo e dos Escuteriros.
Também da Comunidade,
a tal, Luso-Brasileira.
Dos Moinhos, é verdade!
Do Livro, à boa maneira ...
É um nunca acabar
neste Abril que decorre,
de momentos a comemorar,
o que agora me ocorre.
Livre, isento de dívidas,
Mais um "senhor vigarista"!
Quem vive das más vidas,
Justiça de Deus lhe assista.
Porque a da Terra,
por vezes, emperra.
Vivo em país irrealista
onde se perdoam milhões
a qualquer vigarista
que use de más intenções.
Todo o Mundo Circense
comemora o seu dia.
Falo assim dessa gente
que nos dá tanta magia.
São várias as suas artes,
algumas bem arriscadas,
também os "bonifrates"
nas típicas palhaçadas!
Gente simples, lutadora
no seu estilo de vida,
por vezes bem sofredora,
com escassa contrapartida.
Hoje e sempre, "Viva o Circo"!
Estarei ultrapassado.
O sinto e não nego.
Mas cometerei pecado
Se alterar o meu ego.
Ser simples, é virtude
Não defeito que se aponte.
Prefiro a minha quietude
Ao estrondo que afronte.
Terei poucos seguidores
Mas os que tenho me bastam.
Para eles, muitos penhores,
Pois meus defeitos, afastam.
E assim, dia após dia
vou escrevendo Poesia.
O espertismo português
para conseguir freguês
é, o de criar esplanadas
em qualquer sítio ou lugar.
Todos estão a inventar,
novas formas bem ousadas.
E esquecem a licença?
Haja quem os convença!
Espanta e dá que pensar
a situação das vacinas.
Bem tentas explicar
mas bem pouco nos ensinas ...
No cerne desta questão,
algo há que se evidencia
e lança tal confusão,
como se, ordem do dia:
Para maiores de sessenta?
Parece ter água no bico!
Pois assim se comenta,
e eu, calado não fico.
Se já tenho oitenta e seis,
estou na lista dos tais
a quem vós, pretendereis
dizer, que estou a mais?
Triste vida, triste sina,
que a realidade nos ensina!
O que lá vai já passou.
O romance está completo
e o Juiz determinou
o futuro, do "Chico-esperto"
Sentar o rabo no banco
e julgado a preceito
mas para nosso espanto
lá p'ra velho, com efeito!
Se no cofre da mãezinha
havia tanto dinheiro
porque razão a alminha,
pedinchava, ao Engenheiro?
Leis justas e bem claras
decerto não dariam asos
a que, novidades raras,
revelassem certos casos.
Será difícil legislar
leis que se façam seguir?
Andamos nós a pagar
e "eles" a não cumprir?
Até quando,
tanto desmando?
Feita a tal entrevista,
por bem ou por mal,
jamais seja vista,
outra, ao mesmo "animal"!
Desprezo, o melhor sinal!
As leis até existem
para combate à corrupção
mas os corruptos insistem
e não há condenação!
Sendo "eles" os corruptos
como criar legislação
que os torne "produtos"
dessa mesma corrupção?
Há crimes que não devem prescrever.
Corrupção? É bem de ver!
Notícias já transmitidas
repetidas em dias seguintes
são violências abusivas
a saturar os ouvintes.
Não têm emenda
e ninguém que repreenda?
Como pavão de vaidade
até parece conquistador
mas na crueza da verdade
não passa de um estupor.
Uma porta com postigo
e janela cimeira
num sobrado antigo
de rústica madeira.
Acolhia dez alminhas,
avós e oito filhos.
Com estas palavras minhas,
não descrevo os cadilhos.
Antes, a enorme admiração
que muita gente detinha
pela avó, Conceição,
mulher e mãe de Sarnadinha.
Tão singela e pobre,
a casa da avó Conceição
mas de pobreza nobre,
seja feita a confissão.
Numa quelha apertada,
junto ao forno da aldeia.
Tinha, pouco ou nada,
Bem o recordo, na ideia.
Ainda existe, a casinha.
Mantenho, a surpresa minha.
São tantos os contratempos
desta "dança das vacinas"
que muitos mais lamentos,
assim nos originas.
Anda tudo desordenado
sem programa definido
e quem já foi vacinado,
até pode estar arrependido.
Organizem-se por favor,
isto assim é um horror!
Terei toda a razão
para a total indiferença,
evitando a sujeição.
Pensar, pela minha cabeça.
Bramo contra a Esquerda
pelos motivos à vista.
E a Direita, sem merda?
Nem mal que lhe assista?
Falando também do Centro,
esqueceram os submarinos?
Estou pois, bem por dentro.
Não me tentem, "meus meninos"!
Serei sempre um isento,
na escala dos 100 por cento.
COMO PODEREI ESQUECER
O NOSSO PRIMEIRO BEIJO
DADO COM TANTO PRAZER
NA SATISFAÇÃO DE DESEJO?
Trôpega em lentidão,
de seu nome, Justiça,
faz livrar da prisão,
por inegável preguiça,
aqueles que devia condenar.
Não o faz e o tempo passa
ficando assim por julgar
quem faz uso da trapaça.
Sete anos passados...
e tantos crimes perdoados?...
Com ares de triunfador
Filosoficamente falando,
Assim vemos o tal senhor
Em imperador comando!...
Já está anunciada
para amanhã na TVI,
entrevista indesejada
ao tal fulano. Até sorri.
Com sorriso de desdém
por julgar ultrajante
ouvir esse mesmo alguém,
mentiroso e pedante.
Não o ouvirei, pois
nessa mesma entrevista.
Chamar pelos nomes os bois,
eu diria, "que vigarista"!
De quem a maior vergonha,
Entrevistador ou entrevistado?
Cena assim tão bisonha
Só merece um mau olhado!
Por "furto" do seu trabalho
Diz ser um homem rico
Quis ser "Rei do Baralho"
Ficou com "água no bico"!
Quis cumprir a miss\ao
e o computador, disse> n\ao!
Trocou as voltas ao poeta.
Fica apenas, a porta aberta.
Reiniciei ...
mas nada remediei.
Amanh\a logo se ver]a
e tudo se remediar]a.
Como folhas de Outono
foram caindo acusações.
A Justiça com mau abono,
eliminou, suposições.
Coube a Juiz passar a crivo
tenebrosas e vis sentenças
que pesavam no activo
de certas e más presenças.
Lenta e paulatinamente,
em horas de monólogo,
apenas um Juiz, somente
teve artes de politólogo.
"Desmontou", absolveu,
à partida e no instante,
fazendo duvidar o plebeu
que sou, mas não ignorante.
Muita "arte" ali escondida,
manipulando leis vigentes,
Terão, certo peso e medida
mas não convençem as gentes.
Feito registo, uma dúvida
à partida, assim seria.
Infelizmente, nesta vida,
a Verdade, é uma vadia!
NOTAS DE RESCALDO
De arguidos a inocentes,
da noite à luz do dia,
expliquem às nossas gentes
essa estranha magia
Andámos então enganados
durante anos a fio,
por espíritos malvados
a enegrecer um brio?
E agora, como é?
Vão colocar em pedestal
esse filósofo José,
que não praticou o mal?
Ou será bem compensado
por lhe mancharem o "brazão"?
Do quanto ficou provado,
só nos causa, admiração.
Sem fundamento
ou por prescrição
assim se fez, ao tempo,,
a mais torpe condenação.
Tudo cai e prescreve
nesta Justiça que temos?
Afinal, para que serve?
Pouco, mais ou menos?
A montanha pariu ratinho,
tantos crimes deram em nada.
Mercê de certo jeitinho
Na proteção à "cambada"!
O "filósofo" passou a Santo
e colocado num altar.
Não vos causou certo espanto,
esta Justiça "exemplar"?!
Em toda a extensa "salganhada"
O que ficou provado? Pouco ou nada!
O CRIME COMPENSA
Todos os bens arrestados,
obtidos com cifrões roubados
devolvidos à "excelência"?
Fica feita a má prova,
Se a Justiça vale uma ova,
o crime é benemerência.
Com Justiça assim
não atingiremos o bom fim.
É o descrédito total
da Justiça em Portugal.
Corruptos não condenados,
bafejados por prescrição,
não convencem o cidadão
que cumpre, sem pecados.
Corrupto e corruptor,
ilibados com favor,
são a causa provada
que neste triste país,
para além do que se diz,
Justiça, não vale nada!
Não creio fugir à razão
que será generalizada,
ao mais simples cidadão
mesmo d'alma mal formada.
Mas ficou por julgar
com verdadeira justiça,
aquele "raro exemplar"
que pecou, pela cobiça.
Já anunciada entrevista
ao referido "artista"
Fará algum sentido?
Por mim, duvido!
Digam o que disserem
para mim, assim não!
Todo o mal que fizerem,
larápios, na prisão!
Acabem as prescrições
que beneficiam os "figurões"!
Corrupção não condenada
porque então, já prescreveu?
Mas se foi comprovada,
a Justiça não convenceu.
Música do Fado Corrido
O fado que hoje canto
É bem triste na verdade
Perdido que foi o encanto (bis)
Ficou somente a saudade,(bis)
O encanto doutos tempos
Da fraterna amizade
Que em todos os momentos(bis)
Nos dava muita vaidade(bis)
Momentos de vida simples
Respeito e moral vigentes
No dia-a-dia e seguintes(bis)
Na união das nossas gentes(bis)
A união já cá não mora
Deu lugar à desavença
E desde que se foi embora(bis)
O povo vive em descrença(bis)
Porque assim mal governados
Por gente de fraca Moral
São agora tristes os fados(bis)
Que se cantam em Portugal(bis)
A ESTÁTUA
Figura de Mulher Portuguesa
assente em pedestal e bem posta,
causa hoje, funda tristeza,
vendo-a vergada, como deposta.
Continua sendo a Justiça,
haja quem disso tenha fé
Do original é mestiça
por tantos males da ralé.
Na destra, segura a espada
já gasta, com pouco fio.
E por ser tão maltratada,
revela nas vestes, o bafio.
Em canhota, eleva a balança,
ferrugenta, fiel avariado.
Por tanto perdoar à "finança"
um prato cai para o mau lado.
Venda negra, inparcialidade?
Rasgada, antevê desfechos
sempre iguais na desigualdade
que ninguém, "mete nos eixos"!
Esta pobre e triste figura
presente à porta dos tribunais,
espera de alguém a cura
que a todos, nos torne iguais!
O que ainda não acontece
pois só o pobre, padece!
A MARATONA:
Foi apenas o começo,
extenso de muitas horas.
Mas a mim, me convenço,
sofrerá largas demoras ...
Os recursos serão certos
para gáudio dos advogados,
todos rapazes espertos
e muito bem compensados.
Juiz assim, parece advogado
na arte de bem defender
quem estava a ser analisado.
Não sei se me faço entender...
Como não há prova,
condenação? Uma ova!
Tudo "caíu" com estrondo
na divulgação mediática,
causando grande assombro.
Justiça, na melhor prática?
Livre dos crimes de corrupção
só falta erguer um monumento
a tão ilustre cidadão,
assim castigado no momento!
Mas tantos indiciados
por crimes diversos
e nem serão julgados?
Não cabem nestes versos.
Será que alguém me diz,
porquê apenas um Juiz
a julgar o Caso Marquês?
Não merecia um colectivo
face ao espinhoso motivo
que envolve tantos porquês?
A Justiça em Portugal
chega a ser original.
... e nada ficou provado,
mesmo no caso do Salgado! ...
Alguns nem a julgamento.
Venha de lá o champanhe.
Grande festa ao momento,
cada um que se amanhe.
"Nunca cometi esses crimes"
Por acaso, terei sido eu?
Filosoficamente te exprimes
mas a "lábia" não convenceu.
O cúmulo da minha admiração:
Nenhum condenado por corrupção:
"Todos as mentiras cairam ..."
Mas a sua vergonha permanece.
Sempre vai a julgamento,
por seis crimes será julgado.
Mas saberemos a seu tempo
se virá a ser condenado.
Durante anos e anos
andaram a brincar connosco?
"Desenterrando" tantos danos
como se lhes desse gosto?!
POIS! ...
Se houve, já prescreveu.
Assim fica resolvido.
A quantos, tal convenceu?
A mim, não faz sentido!
Houve "artes" no tardar
Para que assim fosse.
Não me venham a enganar
Com a palavrinha, doce!
Justiça e Democracia
Palavras fáceis de dizer.
Aldrabices, hoje em dia
Que nos tentam convencer.
Lançar semente à terra
e ver nascer uma flor?
O que a Natureza encerra
sob o mando do Criador!
O Sol namora a Lua
mas com ela não casará.
A galdéria, vive na rua
nas noites, ao "Deus-dará"!
Andam desencontrados
em namoro sem paixão,
diariamente afastados,
agora sim, mais logo não.
Porque ela tem fases
e ele acorda cedo,
ambos não são capazes
de desvendar o segredo.
Por vezes em Poesia,
acontece, a fantasia.
Verdade nua e crua,
ninguém reage nem actua
ao mal que se vê em volta.
Desigualdades imensas,
vidas paradas ou suspensas,
o que me dá, certa revolta.
Pobre interior deste país.
Melhorar, ninguém quis.
Antes pelo contrário,
entregue à triste sorte,
fadários virados s norte
num pesadelo diário.
Além, onde a pureza mora,
muito se clama e se chora
pedindo melhor compreensão.
Haja meios e atitudes
porque as imendas virtudes
é lá, que elas estão.
Reverter,
e teremos melhor viver.
Como é bom hoje recordar
a arte que foi de avô,
com o pai a continuar.
Os bendigo, por quem sou.
Ao recordar este dia
que evoca tal profissão,
é certeza de garantia,
uma grata recordação.
Tenho uma mó de granito
que herdei, naturalmente.
Agora mesa, onde medito
sobre o labor de antigamente.
Estamos já na Primavera
e o Verão virá de seguida.
Então, ficaremos à espera
do grande mal da nossa vida:
O fogo que nunca falha
quando a temperatura aquece.
Tanta gente que ralha ...
e muita gente, empobrece.
Não sou versado na matéria
mas tenho cabeça pensadora.
Julgo não dizer uma léria,
ao lançar, voz avisadora:
À passividade do momento,
os Bombeiros em acção.
Fogos controlados, no tempo,
nos espaços de contenção.
Assim se evitariam
pejuízos incalculáveis.
Soldados da Paz, treinariam
com ganhos muito palpáveis.
Estará na hora.
Não tardem pela demora.
Obedecendo a mando,
por vezes com mau Comando,
fui Combatente do Ultramar.
Senti medos e fome,
conheci muitas carências
mas obedeci às exigências,
com a saudade que consome..
Tenho pois, toda a razão
de chamar a mim a isenção
de a ninguém estar sujeito.
Criei a minha própria Verdade
e a palavra Liberdade
tem todo o sentido e efeito.
Paguei o meu compromisso.
Agora, apenas e só, omisso!
O nascer de uma criança,
simples, natural, tão perfeito,
certifica a continuidade
do que nasceu para viver.
Pena, tão somente
que esse pequeno ser,
um dia tenha de morrer.
Lei da vida,
onde a morte também mora!
Há Presidentes assim.
Diria, como Isaltino Morais.
que procura o bom fim
e trata todos, por iguais.
Boas práticas decorrentes
na Segurança Social
em favor das suas gentes,
tem em si, prática usual.
No caso dos testes em curso
já o temos a liderar,
sem pagamento de recurso.
Isso sim, é de louvar!
O exemplo será seguido?
Mais que certo e sabido.
Tudo o que me vai na alma,
reflexos do pensamento,
tenta conseguir a calma
que não sinto e, lamento.
Ansioso por natureza,
procuro o que não tenho
sem saber qual a certeza
obtida em tal empenho.
Só ganho a desilusão,
impaciência acumulada
e o meu pobre coração,
sofre, sem culpa formada.
Cada um será como é.
Terei eu, falta de Fé?
NESTE LUGAR ONDE NASCI
TAMBÉM VIVE A POESIA.
E NO MUITO QUE JÁ VIVI,
SER POETA, QUEM DIRIA?
SILVÉRIO
SEM MISTÉRIO
A que pobre estado chegamos...
E porque Estado somos nós,
o tão pouco que ganhámos,
se dissipou, logo após.
Na protecção a falidos,
desde a TAP, a mau Banco
com gestores protegidos
segundo "leis de tamanco"!
Desfeita uma ilusão
que nos diziam ser dourada,
chegamos à conclusão:
O que temos? Pouco ou nada!
Apenas as más previsões.
Nisso somos concordantes.
Vindas novas contenções
Seremos, tal como antes ...
Tristemente enganados,
pobres e confinados!
Sem ponta por onde se pegue
com ridículo "airbag"
a enfeitar a barriga?
Estúpidez feita música,
orquestra de coisa lúdica ...
Do que sofre, a rapariga?
Já não sinto tanta alegria,
aquela mesma que sentia
quando a idade não "pesava"
Hoje, vejo a vida a passar
e sem ter que me apressar,
paro, com a alma descansada.
Um café na esplanada
o que nos deu tanto prazer.
Na prática, recomeçada,
gosto simples de se viver.
Vestida de mal a pior,
Agora com um "airbag".
Nem o Christian Dior ...
Vejamos o que segue!
Dimensionados no rectângulo
na verdade seremos poucos
mas espalhados pelo mundo
somos imensos. Somos tantos!
E demos exemplos,
fomos exemplares,
na Raça e no Credo.
Não compreendo pois,
porque hoje somos assim...
Em tabela dos bons,
nos lugares, do fim ...
Aleluia! Aleluia!
Reina na Terra harmonia,
o Senhor ressuscitou
subindo ao infinito.
Será sempre bendito
na Terra que o condenou.
Chora o Mundo Cristão
Jesus Cristo irá morrer
Dando-nos a grande lição
Que teremos de aprender.
Por ordem do Senhor Costa,
Almoço da Páscos, nem pensar!
A fazer como ele gosta
Pensarei só, no meu jantar.
És, borboleta de mil-cores
esvoaçando livremente
na brisa que te embala
em círculos de prazer.
Procuras mais perfume
a juntar ao que já tens
para o espalhar em meu redor.
Ao ver-te redopiando
sinto que estás comigo
embora longe
para meu castigo!
A papoila e a espiga
amigas tão naturais
Ambas de beleza antiga
a enfeitar vastos trigais.
Galos, galaricos e galaroucos,
que são tantos, nada poucos,
querem alcançar o poleiro
das Autárquicas Eleições.
Todos com boas intenções,
pretendem o lugar cimeiro.
Tudo a bem do nosso povo,
embora os galos não ponham ovo.
Mas fica assim registado.
Esta a sua grande luta
que terá acesa disputa.
O Destino está traçado.
Até Setembro,
eu bem vos lembro.
Neste nojento mundo cão,
a morte de negro americano
provocou uma explosão.
Não houve lugar a engano.
Massacrar um povo inocente
e ninguém se insurge na hora?
É dor mais que punjente,
Lágrima que ninguém chora?
Mundo cão em que vivemos
e de todo, não compreendemos.
Hoje, é dia das mentiras.
No país que tanto mente
Alguém a que te refiras
Colocas mal muita gente.
Desde logo os governantes
Mentirosos compulsivos.
Esquecem o dito antes
Sejam quais forem os motivos.
Em caso que reedito,
Do Ministro do Ambiente.
Prometeu, sobre o Alvito
E até hoje, cala e consente!
Mentir será defeito
Que não dignifica um sujeito