sábado, 10 de abril de 2021

A JUSTIÇA COMO A VEJO

A ESTÁTUA

Figura de Mulher Portuguesa

assente em pedestal e bem posta,

causa hoje, funda tristeza,

vendo-a vergada, como deposta.


Continua sendo a Justiça,

haja quem disso tenha fé

Do original é mestiça

por tantos males da ralé.


Na destra, segura a espada

já gasta, com pouco fio.

E por ser tão maltratada,

revela nas vestes, o bafio.


Em canhota, eleva a balança,

ferrugenta, fiel avariado.

Por tanto perdoar à "finança"

um prato cai para o mau lado.


Venda negra, inparcialidade?

Rasgada, antevê desfechos

sempre iguais na desigualdade

que ninguém, "mete nos eixos"!


Esta pobre e triste figura

presente à porta dos tribunais,

espera de alguém a cura

que a todos, nos torne iguais!


O que ainda não acontece

pois só o pobre, padece!

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