domingo, 27 de junho de 2021

COMPASSO DE ESPERA

A vida, é compasso de espera.

Esperamos nove meses para nascer

enquanto a mãe desespera

nos ânsias do seu sofrer.


Marcamos passo no crescimento.

Primeiro, gatinhar a quatro

tudo em compasso lento,

no erguer, acima do sapato.


Depois, crescimento juvenil

esperando a entrada na escola.

Brincadeiras, devaneios do pueril

até ao pegar na sacola.


Soletrar as primeiras letras

na espera do conhecimento

que virá, com muitas tretas

no desejado momento.


Porque quem espera, desespera,

o dia do exame chegou.

E o menino, "pequena fera",

sabedor da matéria, passou!


A espera não acaba. Continua.

Prosseguir estudos no seguir.

Entrar na avenida, deixar a rua.

O canudo será fruto do porvir.


Fica a espera finalizada

no enontro da companheira.

Valeu a espera. Encontrou a amada

que o será, para a vida inteira.


E o ciclo da espera, a esmo

tal como numa revolução

se reforma, voltando ao mesmo,

agora como nova geração.


A vida é companheira da espera

e, se quem espera sempre alcança,

esperar o que nunca se gera

é frustração, morte de criança.


Tal, foi suprimido e ultrapassado,

nos sucessivos momentos acumulados

Somam os anos, presente e passado

e finalmente, vamos. Somos levados!


("Neste Lugar Onde Nasci")


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