A vida, é compasso de espera.
Esperamos nove meses para nascer
enquanto a mãe desespera
nos ânsias do seu sofrer.
Marcamos passo no crescimento.
Primeiro, gatinhar a quatro
tudo em compasso lento,
no erguer, acima do sapato.
Depois, crescimento juvenil
esperando a entrada na escola.
Brincadeiras, devaneios do pueril
até ao pegar na sacola.
Soletrar as primeiras letras
na espera do conhecimento
que virá, com muitas tretas
no desejado momento.
Porque quem espera, desespera,
o dia do exame chegou.
E o menino, "pequena fera",
sabedor da matéria, passou!
A espera não acaba. Continua.
Prosseguir estudos no seguir.
Entrar na avenida, deixar a rua.
O canudo será fruto do porvir.
Fica a espera finalizada
no enontro da companheira.
Valeu a espera. Encontrou a amada
que o será, para a vida inteira.
E o ciclo da espera, a esmo
tal como numa revolução
se reforma, voltando ao mesmo,
agora como nova geração.
A vida é companheira da espera
e, se quem espera sempre alcança,
esperar o que nunca se gera
é frustração, morte de criança.
Tal, foi suprimido e ultrapassado,
nos sucessivos momentos acumulados
Somam os anos, presente e passado
e finalmente, vamos. Somos levados!
("Neste Lugar Onde Nasci")
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