Bem-vindo sejas, Outono.
Passarás a ser, "meu dono"
no teu suave cair da folha.
Irás anteceder o Inverno,
para nós, velhos, um inferno
com exigências de recolha.
De ti espero a harmonia
das cores fortes de magia.
Poentes dignos de poemas
dos simples e grandes poetas,
evitando as portas abertas
mas sentindo, brisas serenas.
Trazes contigo, coisas boas
cantadas em antigas loas.
O vinho que ferve na adega
e a sua prova desejada.
Também, a castanha assada
que a gulodice aconchega.
Festejaremos, os "Santos"
respeitando os nossos prantos
por aqueles que nos deixaram.
Também, a feira tradicional
em realização pontual.
As saudades já pesaram ...
Sem esquecer o labor
desse pormenor de valor,
do colher a azeitona.
Prática sempre repetida
nos planos da nossa vida.
A exigência, é sua dona!
Sê pois e assim, bem-vindo.
Contigo, eu irei indo
até quando Deus quiser.
Tenta ser, um bem sereno,
porque, Outono ameno,
é como afago de mulher.
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